segunda-feira, 31 de julho de 2023

Desenrola já renegociou R$ 2,5 bilhões em dívidas em apenas duas semanas, diz Febraban

Dados da Federação Brasileira dos Bancos apontam que mais de 400 mil contratos foram repactuados e cerca de 3,5 milhões de pessoas tiveram suas restrições de crédito removidas

dívidas
dívidas (Foto: (Foto: Pixabay | ABr))

247 - O Desentrola, programa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltado para a renegociação de dívidas junto a instituições financeiras, já alcançou o volume de R$ 2,5 bilhões em débitos negociados nas primeiras duas semanas desde sua implementação.

Segundo a Folha de S. Paulo, dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) apontam que mais de 400 mil contratos foram repactuados e cerca de 3,5 milhões tiveram suas restrições de crédito removidas devido a débitos de até R$ 100 com instituições financeiras. Essa medida é aplicada automaticamente aos participantes do programa.

"Consideramos que o Programa cumpre o papel essencial no momento delicado das finanças das famílias brasileiras, ao procurar reduzir dívidas da maior quantidade possível de pessoas", disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney, por meio de nota.

Ainda conforme a reportagem, alguns bancos têm estendido as mesmas condições a outros clientes que não se enquadram oficialmente no programa. Por exemplo, no Banco do Brasil, 150 mil clientes renegociaram suas dívidas, embora apenas 65 mil deles sejam oficialmente participantes do Desenrola.

No momento, podem aderir ao programa os clientes de bancos com renda mensal superior a dois salários mínimos e inferior a R$ 20 mil, que também não estejam inseridos no Cadastro Único do governo federal. O foco atual das dívidas renegociadas é apenas as dívidas bancárias.

A partir de setembro, o programa será expandido para incluir clientes com renda mensal de até dois salários mínimos e aqueles que estejam no Cadastro Único, permitindo a inclusão de dívidas não bancárias. Essas condições valerão até o final de 2023.

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/desenrola-ja-renegociou-r-2-5-bilhoes-em-dividas-em-apenas-duas-semanas-diz-febraban

 

Lula sanciona Programa de Escola Integral e diz que pretende criar "escola especial de matemática" para "acolher nossos gênios"

 

Presidente afirmou que o país tem “milhares de gênios” que, se acolhidos, “a gente vai fazer uma revolução ainda nessa primeira metade do século XXI”
Lula com medalhistas das Olimpíadas de Matemática e Física
Lula com medalhistas das Olimpíadas de Matemática e Física (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O presidente Lula (PT) sancionou nesta segunda-feira (31), em cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto que institui o Programa Escola em Tempo Integral. Em seu discurso, ele falou novamente na intenção de fundar no Brasil uma “escola especial” de matemática, para “acolher nossos gênios”.

O presidente disse que o país tem “milhares de gênios” que, se acolhidos, “a gente vai fazer uma revolução ainda nessa primeira metade do século XXI”. “O povo não tem noção do quanto de gênio tinha o Santos Dumont.E aqui no Brasil a gente não está habituado, não sei se é uma cultura nossa, mas a gente não está habituado a criar ídolos, símbolos, pessoas que deram importância. Na verdade, a gente só aprendeu com o Ayrton Senna depois que ele morreu e com o Pelé. Mas a gente não tem símbolos. E a história do Santos Dumont é uma história que merece orgulho. Ele que inventou o avião, o único que conseguiu fazer uma coisa mais pesada que o ar subir, e os americanos criaram a ideia que foram eles que inventaram o avião. Eu acho que nós poderemos ter milhares de gênios espalhados por esse país, que se a gente acolher, a gente vai fazer uma revolução ainda nessa primeira metade do século XXI. A gente não pode esperar para a segunda metade”.

Lula ainda rasgou elogios ao ministro da Educação, Camilo Santana (PT). “Haddad foi o melhor ministro da Educação que eu tive. Pelo que eu estou vendo, o Haddad precisa se preparar, porque eu acho que ele pode perder o pódio se você [Camilo Santana] conseguir fertilizar nesse país um pouco daquilo que é uma qualidade excepcional de um estado como o Ceará. Eu não sei se é porque as escolas de lá são melhores, se os professores são melhores. O dado concreto é que 40% dos alunos que entram no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) estudam no Ceará”.

Sobre a criação do Programa de Escola em Tempo Integral, o presidente admitiu que sua implementação vem com atraso. “A história do nosso país é triste porque a gente nunca fez as coisas no tempo que era necessário e possível fazer. Sempre se utilizava o discurso de que ‘isso é gasto, isso não pode fazer, gasta muito’. A gente nunca se perguntou quanto custou a gente não fazer. Nunca paramos para perguntar quanto custou não alfabetizar esse país no começo do século passado. É só lembrar que até 1920 a Argentina já tinha feito sua primeira reforma universitária e a gente não tinha sequer a nossa primeira universidade. Então no Brasil é sempre tudo muito atrasado. O voto da mulher demorou muito, a libertação dos escravos demorou muito, a independência demorou muito, a igualdade salarial entre mulher e homem só foi feita 20 dias atrás. Então tudo é atrasado. E a escola em tempo integral chega atrasada, porque quem sabe a gente pudesse ter feito há 20 anos, 30 anos. Mas não foi, certamente porque alguém dizia que custava muito. E assim a gente vai levando a vida, e quem vai ficando sempre para escanteio é o povo mais humilde”.

“A educação precisa ser enxergada como o mais importante investimento que pode ser feito. E aí a gente tem que levar em conta a necessidade de os professores terem salários razoáveis, pelo menos. A gente tem que levar em conta a mudança do feitio das escolas brasileiras, porque as escolas brasileiras em muitas cidades são quase como uma caixa em que o aluno entra e fica preso. Não é uma escola prevista para ser uma coisa prazerosa. Por que as crianças não gostam muito de ir para a escola? Porque não é atrativa. Às vezes as professoras e professores não são atrativos na questão de dar aula, o espaço não é atrativo. Então as crianças ficam desestimuladas. Precisamos então recriar essa coisa da criança ir para a escola porque ela está alegre, feliz, vai aprender, vai ter contato com as coisas. Obviamente que é importante a gente saber que [Pedro Álvares] Cabral descobriu o Brasil, mas ele já descobriu. Pronto. Agora, a questão do clima tem que ser discutida na escola, porque se não as crianças não ajudam a educar os pais dentro de casa. Tem um monte de coisa que a gente tem que discutir dentro da escola porque a criança pode mudar a cabeça do pai. O pai tem mais dificuldade de mudar a cabeça da criança do que a criança a cabeça do pai se a criança for orientada para isso”.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/lula-sanciona-programa-de-escola-integral-e-diz-que-pretende-criar-escola-especial-de-matematica-para-acolher-nossos-genios

domingo, 30 de julho de 2023

Internacionalismo itinerante de Lula: como foi a política externa brasileira no 1º semestre de 2023?


Muitos consideram que o comportamento dos Estados nas relações internacionais pode ser explicado através das ações e interações dos indivíduos no poder, como é o caso com os chefes de Estado. No caso do Brasil, o primeiro semestre de 2023 caracterizou-se por um "internacionalismo itinerante" empreendido pelo presidente Lula.
Com efeito, o comportamento nacional frequentemente acaba por refletir as escolhas particulares dos responsáveis pela condução da política externa. Quando se trata de Brasil, por sua vez, vemos que a escolha de Lula foi tentar reaver a altivez das relações internacionais brasileiras que foram uma das marcas de seus dois primeiros mandatos à frente do país. Em todo caso, a maioria dos políticos de fato possuem visões de mundo únicas e, portanto, são essas visões que acabam afetando as percepções dos tomadores de decisão e suas escolhas de discurso. Tais visões, sem prejuízo do que já foi exposto, também sofrem influência da posição do país no sistema internacional e de como é formulado o então chamado "interesse nacional".
Sem sombra de dúvidas, o Brasil é um país no qual as predisposições pessoais do chefe de Estado são geralmente transformadas em orientações gerais para as relações exteriores do país. Isso porque as crenças do líder sempre sugerem formas de interpretar o ambiente internacional, motivo pelo qual o presidente Lula, assim como seu antecessor Bolsonaro, moveu o governo a agir de forma consistente com suas interpretações da realidade. Logo, nota-se aqui a difícil dissociação entre a formação ideológica de Lula e sua ação e conduta política durante esses primeiros seis meses de 2023 que, mais uma vez, caracterizou-se por um "internacionalismo itinerante" e por críticas ao Norte Global.
Marco importante nesse sentido foi a (re)aproximação com a China, que representou o retorno da ênfase na diversificação das relações internacionais do país, mas que também causou certas preocupações quanto a um suposto afastamento do Brasil dos Estados Unidos e do resto Ocidente. Após o restabelecimento de uma melhora no âmbito bilateral, a parceria estratégica sino-brasileira objetivou retomar ações conjuntas em tópicos de interesses comum, como o fomento ao desenvolvimento mais igualitário da globalização e a desdolarização das relações comerciais. Apesar de diferenças em relação aos seus sistemas políticos, ambas, Brasil e China, continuam determinadas a assegurar a sua autonomia nacional, opondo-se a qualquer tipo de interferência externa em seus assuntos internos. Na visita de Lula à China em abril, firmaram-se diversos acordos de cooperação e investimentos chineses no Brasil, além de parcerias no âmbito de transferência de tecnologias.
A partir da esquerda, Pedro Sanchéz, primeiro-ministro da Espanha, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, Lula da Silva, presidente do Brasil, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, posam para fotos durante terceira cúpula UE-CELAC, em Bruxelas, Bélgica, 17 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 17.07.2023
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No âmbito do BRICS, Lula viu sua parceira política de longa-data, Dilma Rousseff, assumir o cargo de chefia do Novo Banco de Desenvolvimento. Apesar de não trazer em si grandes mudanças para o funcionamento prático do banco, a presença de Dilma à frente da instituição é o símbolo de uma época em que o BRICS se movia em uníssono no intuito de aumentar seu prestígio internacional.
No que concerne à América Latina, Lula fez o Brasil retornar ao quadro da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) ainda no começo do ano, sinalizando para o revigoramento das relações brasileiras com a região. No final de maio, Lula também realizou uma cúpula de líderes sul-americanos em Brasília, demonstrou novamente a prioridade do vetor regional para a política externa brasileira em seu terceiro mandato. Com isto, a intenção do governo foi ampliar os processos de cooperação econômica e social entre os países latino-americanos, com o Brasil a desempenhar um papel de liderança nesse processo.
Em relação à Europa, tanto nas cúpulas sobre um novo pacto financeiro em Paris como na recente terceira reunião CELAC-UE, Lula criticou os privilégios europeus nas instituições de Bretton Woods (representadas pelo Banco Mundial e o FMI), a abordagem patronal do Ocidente em relação à questão climática no Sul Global, assim como muitas as dificuldades em torno do acordo Mercosul-União Europeia.
Embaixador do Brasil em Moscou, Rodrigo Baena Soares, discursa na cerimônia de abertura do Fórum Internacional de Especialistas do BRICS em Medicina Nuclear, em Moscou, Rússia, 20 de julho de 2023.  - Sputnik Brasil, 1920, 20.07.2023
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Em suma, a política externa brasileira no primeiro semestre de 2023 foi marcada pela intenção de promover o Brasil como um dos atores mais importantes do Sul Global, defendendo os interesses latino-americanos em fóruns internacionais de relevância e causando, ainda assim, algumas críticas no âmbito doméstico. Isso porque no Brasil, por vezes, enxergou-se que Lula estivesse se afastando perigosamente das posições defendidas pelos Estados Unidos no sistema, dado sobretudo o contexto atual em torno de uma nova guerra fria entre o eixo euroatlântico (capitaneado pelos americanos) e o eixo euroasiático (capitaneado por China e Rússia). Contudo, o Brasil de Lula, nas palavras do chanceler Mauro Vieira, procurou até aqui simplesmente exercer uma política de "não alinhamento automático" a nenhum dos lados, ao mesmo tempo em que usou seu internacionalismo itinerante para ampliar a margem de manobra de sua diplomacia e retomar seu discurso em defesa do multilateralismo e da multipolaridade nas relações internacionais.
As opiniões expressas neste artigo podem não coincidir com as da redação.
 
Fonte:  https://sputniknewsbr.com.br/20230724/internacionalismo-itinerante-de-lula-como-foi-a-politica-externa-brasileira-no-1-semestre-de-2023-29681142.html

A Mídia corporativa não aceita um governo progressista

Por Jacinto Pereira

Míriam Leitão era contra o pré sal, depois dizia que o Brasil não tinha como explorar esse petróleo em águas profundas, agora diz que a PETROBRAS tem que aumentar o preço dos combustíveis. Quem será que paga ela para ser contra nosso desenvolvimento? Ela sempre tenta pautar ou dar pitaco no governo Lula, até tenta desqualificar o economista e professor Marcio Pochmann, indicado pelo Presidente para dirigir o IBGE

 

Bom Dia 247, com Attuch, Hilde e Florestan (30.07.23)

sábado, 29 de julho de 2023

"O Brasil não estará livre da fome enquanto houver Rede Globo e Lula deve enfrentá-la", diz Gustavo Conde

Linguista afirma que Lula acabou com a fome, mas ela voltou após o golpismo liderado pela Globo

Gustavo Conde e Lula
Gustavo Conde e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil 247 | Ricardo Stuckert)

247 – Na última edição da Live do Conde, o jornalista e linguista Gustavo Conde trouxe à tona uma contundente reflexão sobre a persistência da fome no Brasil, destacando a relação entre esse problema social e a atuação da Rede Globo. Além disso, ele instigou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a enfrentar a influência da emissora em questões cruciais para o desenvolvimento do país.

Gustavo Conde destacou que, com o apoio da população, o presidente Lula desenvolveu políticas sociais que resultaram na significativa redução da pobreza e da insegurança alimentar durante seus mandatos. No entanto, o jornalista aponta que esse avanço foi temporário e a fome voltou a ser uma realidade para muitos brasileiros.

De acordo com Conde, o ressurgimento da fome não pode ser atribuído exclusivamente a Jair Bolsonaro, Michel Temer ou Aécio Neves. Em suas palavras, a verdadeira responsável é a "mãe de todos eles": a Rede Globo. O comunicador critica a emissora por conduzir uma campanha permanente contra o Brasil e seu desenvolvimento, enfatizando que essa postura da mídia teria impacto direto nas políticas públicas e nas decisões governamentais. "O Brasil não estará livre da fome enquanto houver Rede Globo e Lula deve enfrentá-la", diz Gustavo Conde.

Fonte:  https://www.brasil247.com/midia/o-brasil-nao-estara-livre-da-fome-enquanto-houver-rede-globo-e-lula-deve-enfrenta-la-diz-gustavo-conde

sexta-feira, 28 de julho de 2023

TSE multa Bolsonaro e Braga Netto em R$ 110 mil por propaganda do 7 de setembro

 

Além disso, Benedito Gonçalves determinou que Bolsonaro e Braga Netto expliquem a origem de recursos utilizados em atos de campanha realizados no 7 de setembro

Braga Netto e Jair Bolsonaro
Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

247 - O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral, determinou nesta sexta-feira (28) uma multa de R$ 110 mil para o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto, devido ao descumprimento de uma decisão judicial. 

Ambos são alvos de ações no TSE por abuso de poder político e uso indevido de comunicação. Segundo a determinação de Gonçalves, Bolsonaro e Braga Netto não cumpriram a ordem para remover de seus perfis em redes sociais a propaganda eleitoral contendo imagens do ex-presidente capturadas durante os eventos oficiais de comemoração do Bicentenário da Independência. Cada um deverá pagar R$ 55 mil.

O ministro destacou que as postagens irregulares foram mantidas entre 12/09/2022 e 22/09/2022, mesmo após a campanha ter se comprometido a retirar o conteúdo. Dos 40 links que deveriam ter sido excluídos, 17 permaneceram em desacordo com a decisão.

Além disso, Benedito Gonçalves determinou que Bolsonaro e Braga Netto expliquem a origem de recursos utilizados em atos de campanha realizados no 7 de setembro. 

As solenidades ocorreram tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília e foram transmitidas pela TV Brasil. Em sua passagem pela capital federal, o ex-presidente dirigiu críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal, comemorou a redução do preço da gasolina e a expansão do Auxílio Brasil, ao mesmo tempo que afirmou que as eleições daquele ano se configurariam como uma "batalha entre o bem e o mal", fazendo alusão a Lula.

Em quatro decisões distintas, o ministro Benedito Gonçalves também agendou audiências com as seguintes autoridades: o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB); o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL); o senador Ciro Nogueira (PP), que na época era ministro-chefe da Casa Civil e atualmente é senador; e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.

 https://www.brasil247.com/poder/tse-multa-bolsonaro-e-braga-netto-em-r-110-mil-por-propaganda-do-7-de-setembro

A semana no mundo - Lula: Política externa de paz, desenvolvimento e int...

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Mulheres negras dobram participação nos cursos mais disputados do Prouni

Levantamento inédito feito pela Gênero e Número e Agência Pública mostra aumento da diversidade no ensino superior

(Foto: Reuters)

Por Diego Nunes, Mariama Correia, Raphaela Ribeiro, Vitória Régia da Silva, Gênero e Número, Agência Pública - Mulheres negras ampliaram participação nos dez cursos universitários mais procurados pelo Prouni (Programa Universidade para Todos), que concede bolsas integrais e parciais de estudo em instituições particulares de ensino superior. Ao longo de 14 anos, a presença delas em programas como Pedagogia, Direito e Medicina mais do que dobrou, segundo levantamento inédito feito pela Gênero e Número e Agência Pública. 

A análise da série histórica considera informações sobre gênero e raça das matrículas entre 2006 e 2020, último ano com dados disponíveis nesse recorte, tanto de bolsas integrais quanto parciais, disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC). O Prouni foi criado em 2004. 

Em números absolutos, as bolsas de prounistas negras nesses cursos mais do que dobraram de volume, passando de 15.340 em 2006 para 31.868 matrículas, um percentual de 108%.

Em 2006, elas representavam 28% entre os estudantes bolsistas do Prouni nos 10 cursos mais procurados do ensino superior, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em 2020, esse percentual cresceu para 38%. 

As mulheres negras também foram o grupo demográfico que mais se beneficiou com as bolsas disponibilizadas pelo programa. Em 2012, elas ultrapassaram outros grupos chegando a representar 30% das bolsas – contra 26% de mulheres brancas, 24% de homens negros e 19% de homens brancos. Durante o período analisado, homens brancos foram o único grupo que apresentou queda proporcional no acesso a bolsas do Prouni, passando de 20% em 2006 para 15% em 2020.

Priscila Cristina Evangelista, 36 anos, nascida e criada em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, formou-se em pedagogia, o primeiro da lista dos dez cursos mais disputados, com bolsa de 100%. Quando ela entrou na Faculdade Torricelli, em 2006, ninguém de sua família tinha curso universitário. “Foi essa oportunidade que abriu as portas da universidade para mim. Depois para os meus irmãos, minha mãe e a minha família”. Atualmente, os dois irmãos dela e a mãe também estão formados e ela está cursando a segunda graduação em psicologia pela Universidade de Guarulhos (UNG).

Ana Paula Conceição de Souza, 24 anos, nasceu e cresceu em Parelheiros, bairro periférico do extremo sul de São Paulo. Em 2021, ela passou em psicologia, sexto curso universitário mais disputado do Brasil. Atualmente, ela estuda com bolsa Prouni 100% na Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) de Santo Amaro. 

“O Prouni para mim significa ascensão, significa acesso, porque, sem a bolsa, eu dificilmente conseguiria custear a faculdade”, conta. Da turma de oito estudantes, três possuem bolsa do Prouni. Ana, que é filha de trabalhadora doméstica e a primeira da sua família a acessar a universidade, é a única negra.

“Nos primeiros anos de faculdade, durante a pandemia, não abria a câmera e não colocava foto de perfil. Logo, os colegas não tinham como saber que era uma mulher negra. E eu comecei a perceber que as pessoas davam muito mais credibilidade para o que eu falava quando eu não tinha identidade. Até professores, sabe?”, conta. 

Larissa Araujo Aniceto, 25 anos, moradora de Santo Amaro, periferia do extremo sul de São Paulo, também foi a primeira de sua família a cursar o ensino superior. Em 2016, ela foi beneficiada com uma bolsa de 100% para estudar administração na Fundação Instituto de Administração (FIA). Formada desde 2019, no terceiro curso universitário mais disputado do Prouni, hoje atua como analista de treinamento.

“Provavelmente eu teria cursado gestão empresarial (curso técnico) e entraria no mercado, mas com uma menor visibilidade do que a graduação oferece”, diz. Com a graduação, Larissa sente que está “galgando um espaço que foi negado para os meus pais”, uma dona de casa e um funcionário público que cursaram até o ensino médio. 

Mais nordestinas e nortistas na universidade  - A participação de nordestinas e nortistas negras no Prouni também aumentou no período analisado pela Gênero e Número e Agência Pública. Houve um crescimento de 233% no acesso a bolsas por mulheres negras do Norte e de 216% no Nordeste, que concentra a maior população autodeclarada negra do país, de acordo com a PNAD Contínua do IBGE.

Hoje no último ano da bolsa de doutorado em comunicação na UFPE, Raíssa Santos, 34 anos, moradora do Recife (PE) cursou jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco com 100% de bolsa pelo Prouni, em 2007. Criada em uma comunidade periférica ribeirinha chamada Vila Arrais, bairro da Várzea, zona norte do Recife, ela conta que foi uma das poucas pessoas negras de sua turma. “Tinha 60 pessoas e só duas negras, eu e meu amigo, que também era prounista”. 

Acessar uma universidade de elite fazia com que Raíssa se sentisse como um “peixe fora d’água”. “A gente não saía para os mesmos lugares que os outros alunos porque não tinha dinheiro. E como tinha meta de nota para não perder a bolsa, o foco era estudar. Não tinha, naquela época, referências de mulheres como eu para me espelhar. Hoje sei que sou inspiração para muitas meninas da minha comunidade”, diz. 

O objetivo de Raíssa é passar em um concurso federal para fazer um projeto de comunicação na comunidade de Vila Arrais, que fica próxima da Universidade Federal de Pernambuco. “Os jovens que moram lá trabalham como flanelinhas na universidade, mas não se sentem parte do campus. Quero ajudar a inserir esses jovens no ambiente acadêmico”. 

Prouni facilitou acesso à universidade, mas há desafios - O Prouni prevê cotas para ocupação de vagas por pretos, pardos e indígenas de forma proporcional às populações desses grupos demográficos em cada estado. Enquanto o acesso das mulheres negras aos cursos mais concorridos aumentou 108% pelo Prouni, a participação de homens negros também cresceu em 63% e de pessoas indígenas e amarelas 51% no período analisado pela reportagem, o que revela o impacto do programa principalmente no acesso à educação superior de grupos minoritários. 

De fato, o programa serviu como um fator de diversificação do perfil de estudantes, sobretudo nos cursos mais elitistas, como medicina e direito, por exemplo, mas ainda há muitas barreiras para um maior acesso de pessoas negras ao ensino superior, considera a professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPR, Cláudia Baukat Silveira Moreira. Ela pesquisou o Prouni no seu doutorado e é autora da tese “Um olhar sobre o muro: avaliação do Programa Universidade para Todos”. 

“O Prouni incluiu pessoas na universidade que sem as bolsas não estariam lá. Mas ainda há muitos desafios. O primeiro é a falta de fiscalização do quanto as bolsas são distribuídas. O segundo é que o programa, sem querer, provocou uma reconfiguração do mercado de ensino superior privado no Brasil”, explica. 

De acordo com a pesquisadora, antes do Prouni, havia as instituições com fins lucrativos e as beneficentes, que gozam de imunidade tributária. Por lei, essas últimas são obrigadas a aderir ao Prouni. As privadas stricto sensu não têm essa obrigação. 

“O que aconteceu, ao longo dos anos, foi que muitas das beneficentes passaram a ser instituições privadas e isso tem relação tanto com o Prouni como com outros fatores econômicos”, explica. Para ela, também falta fiscalização para uma distribuição mais proporcional e justa das bolsas e para uma melhor qualidade no ensino superior particular. “Temos hoje poucos grupos privados assumindo o controle de várias faculdades. Além disso, a pandemia apressou a oferta da educação à distância com uma qualidade muito ruim.”

Simone Nascimento, integrante do Movimento Negro Unificado e co-deputada estadual de São Paulo pela Bancada Feminista, que se formou em jornalismo em 2016 através do Prouni, diz que o programa foi criado como uma política de transição, que deveria ter sido acompanhada de outras ações para fortalecimento da educação básica e da ampliação de oferta de vagas no ensino superior público. “Menos de 20% da juventude brasileira está na universidade. Então é possível sim no Plano Nacional da Educação dos próximos dez anos, pensar em uma transição da faculdade privada para a pública”, defende. 

Mesmo dentro das universidades, mulheres negras ainda enfrentam muitos desafios para garantir sua permanência e conclusão dos cursos. No âmbito do ensino superior, as desigualdades sociais, econômicas e raciais se tornam ainda mais evidentes, segundo os relatos ouvidos pela reportagem.

A concessão de bolsas de estudos, sem o complemento de programas de permanência, faz com que a evasão escolar seja mais comum do que se imagina. Segundo os Censos da Educação Superior do MEC mais recentes, em 2021, a taxa de desistência dos estudantes de instituições privadas foi de 38,8% – o que equivale a uma perda de 2,19 milhões de estudantes. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o número vem seguindo uma tendência de crescimento observada desde 2017, quando a taxa de evasão nas instituições privadas era de 29,8%.

Sem apoio, Larissa não teria conseguido concluir a graduação. Durante o curso, mesmo com bolsa integral do Prouni, ela precisou contar com ajuda financeira dos pais para gastos com alimentação, xerox e transporte até o campus, que ficava há mais de 20 quilômetros de distância da sua casa. Além disso, enfrentou preconceito por ser a única mulher negra e bolsista. “Isso me impactou durante os quatro anos, a forma como eu lidava com a turma e como eu era acolhida e recebida”, lembra.

Para ela, não basta apenas inserir mulheres negras no ensino superior, sem promover um ambiente receptivo. “Essas dificuldades reforçam as barreiras para o ingresso de mulheres negras na universidade. É importante ter auxílio e incentivo também para que a gente permaneça.”

O Ministério da Educação não respondeu os questionamentos da reportagem até a publicação. 

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/mulheres-negras-dobram-participacao-nos-cursos-mais-disputados-do-prouni

 

Brasil abre mais de 157 mil empregos formais em junho

No acumulado do ano (janeiro/2023 a junho/2023), o saldo foi de 1.023.540 empregos

Carteira de trabalho
Carteira de trabalho (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Agência Brasil - O Brasil registrou um saldo positivo de 157.198 empregos com carteira assinada no mês de junho deste ano. No período foram registradas 1.914.130 admissões e 1.756.932 desligamentos.

Os dados são do Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

No acumulado do ano (janeiro/2023 a junho/2023), o saldo foi de 1.023.540 empregos, resultado de 11.908.777 admissões e 10.885.237 desligamentos. Os dados serão detalhados pelo Ministério do Trabalho e Emprego ainda hoje.

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/brasil-abre-mais-de-157-mil-empregos-formais-em-junho

 

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Procedimento de Lula no quadril ocorreu "sem intercorrências", informa o Planalto


Presidente passou por procedimento de “denervação percutânea” para “para alívio de dor crônica" até cirurgia em outubro. Lula cumpre agenda no Alvorada até quinta

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


247 - O procedimento ao qual o presidente Lula (PT) se submeteu nesta quarta-feira (26) no quadril ocorreu "sem intercorrências", informou o Palácio do Planalto em nota. >>> Lula detalha dores no quadril e diz que vai operar em outubro: 'enquanto me recupero o Alckmin fica no comando'

O mandatário passou por procedimento de “denervação percutânea” para “para alívio de dor crônica" até cirurgia em outubro. Lula cumprirá agenda no Palácio da Alvorada até quinta-feira (27).

Leia a nota na íntegra: "o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deu entrada no Hospital Sírio-Libanês - unidade Brasília -, nesta manhã (26), para a realização de um procedimento eletivo, minimamente invasivo, de denervação percutânea, no quadril direito, para alívio de dor crônica até a realização de uma cirurgia prevista para outubro, uma artroplastia de quadril, para a solução definitiva do problema. O procedimento de hoje foi realizado sem intercorrências e o presidente deve cumprir agenda no Palácio da Alvorada até esta quinta-feira (27)".

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/procedimento-de-lula-no-quadril-ocorreu-sem-intercorrencias-informa-o-planalto

Ponto e contra ponto sobre o que acontece na Geopolítica e é noticiado

 por Jacinto Pereira

A imprensa ocidental controlada pelo imperialismo liderado pelos EUA continua batendo na Rússia pela invasão na Ucrânia, mas ninguém fala na invasão de Israel no território palestino e nem da ocupação de grande parte do território sírio pelos EUA, inclusive roubando o petróleo do território ocupado.

A Imprensa comandada pelo império americano continua chamando a Venezuela e Cuba de ditaduras e pressionando os países da região a ficarem do seu lado contra essas nações que são sancionadas pelos EUA a mais de meio século, no entanto apoiam a ditadura na Arábia Saudita sem nunca ter sancionado o país árabe por desrespeito aos Direitos Humanos ou qualquer outra coisa.

Virou moda agora a vinda de autoridades americanas dar pitaco no Governo Lula, seja para apoiar os EUA em sua guerra contra a Rússia, seja para pressionar o Brasil para derrubar o Maduro e colocar um capacho dos interesses econômicos dos EUA, seja para Brasil cuidar só da questão ambiental e esquecer política de desenvolvimento industrial e científico, seja oferecendo satélites de vigilância para a Amazônia onde as informações seriam controlados por eles ou para Brasil se afastar da China e da Rússia.

 

domingo, 23 de julho de 2023

Governo é obrigado a incinerar 36 milhões de vacinas compradas por Bolsonaro já vencidas ou próximas do vencimento

 

O levantamento foi feito com base em dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação

(Foto: Pexels)


247 - “Pelo menos 36 milhões de vacinas compradas pelo governo Bolsonaro foram herdadas pela gestão Lula já vencidas ou prestes a perder a validade, sem prazo suficiente para o uso. Como resultado, o Ministério da Saúde incinerou essas doses no primeiro semestre deste ano, numa média de 200 mil doses descartadas ao dia”, informa o jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no portal Metrópoles.

“O levantamento, feito pela coluna com base em dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, mostra que, de janeiro a junho, o ministério incinerou 36,6 milhões de doses de imunizantes. A cada 10 doses de vacina descartadas, nove venceram ainda em 2022 ou até março deste ano”, acrescenta.

Fonte:  https://www.brasil247.com/saude/governo-e-obrigado-a-incinerar-36-milhoes-de-vacinas-compradas-por-bolsonaro-ja-vencidas-ou-proximas-do-vencimento

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Conheça a história da guerra na Ucrânia contada por um grande professor de Harvard

A verdadeira história da guerra na Ucrânia

Uma cronologia de eventos e um argumento a favor da diplomacia

(Foto: Reuters/Alexander Ermochenko)


Por Jeffrey D. Sachs, especial para o The Kennedy Beacon

O povo americano precisa urgentemente conhecer a verdadeira história da guerra na Ucrânia e suas perspectivas atuais. Infelizmente, a mídia tradicional - The New York Times, Wall Street Journal, Washington Post, MSNBC e CNN - tornaram-se meros porta-vozes do governo, repetindo as mentiras do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e ocultando a história do público.

Biden está mais uma vez denegrindo o presidente russo Vladimir Putin, desta vez acusando Putin de uma "luxúria covarde por terras e poder", depois de declarar no ano passado que "Pelo amor de Deus, aquele homem [Putin] não pode permanecer no poder". No entanto, é Biden quem está aprisionando a Ucrânia em uma guerra sem fim, ao continuar pressionando pela expansão da OTAN para a Ucrânia. Ele tem medo de dizer a verdade ao povo americano e ucraniano, rejeitando a diplomacia e optando, em vez disso, pela guerra perpétua.

A expansão da OTAN para a Ucrânia, que Biden promoveu há muito tempo, é uma jogada dos Estados Unidos que fracassou. Os neoconservadores, incluindo Biden, acreditavam desde o final dos anos 1990 que os Estados Unidos poderiam expandir a OTAN para a Ucrânia (e Geórgia) apesar da oposição veemente e duradoura da Rússia. Eles não acreditavam que Putin realmente iria à guerra por causa da expansão da OTAN.

No entanto, para a Rússia, a expansão da OTAN para a Ucrânia (e Geórgia) é vista como uma ameaça existencial à segurança nacional russa, especialmente considerando a fronteira de 2.000 km da Rússia com a Ucrânia e a posição estratégica da Geórgia na extremidade leste do Mar Negro. Diplomatas americanos explicaram essa realidade básica aos políticos e generais americanos há décadas, mas os políticos e generais persistiram de forma arrogante e grosseira em empurrar a expansão da OTAN.

Neste ponto, Biden sabe muito bem que a expansão da OTAN para a Ucrânia desencadearia a Terceira Guerra Mundial. É por isso que, nos bastidores, Biden colocou a expansão da OTAN em marcha lenta na Cúpula da OTAN em Vilnius. No entanto, em vez de admitir a verdade - que a Ucrânia não fará parte da OTAN - Biden prevarica, prometendo a adesão eventual da Ucrânia. Na realidade, ele está comprometendo a Ucrânia com um derramamento de sangue contínuo sem motivo além da política doméstica dos Estados Unidos, especificamente o medo de Biden de parecer fraco diante de seus adversários políticos. (Há meio século, os presidentes Johnson e Nixon sustentaram a Guerra do Vietnã essencialmente pela mesma razão patética e com as mesmas mentiras, como explicou brilhantemente o falecido Daniel Ellsberg.)

A Ucrânia não pode vencer. É mais provável do que não que a Rússia prevaleça no campo de batalha, como parece estar acontecendo agora. No entanto, mesmo que a Ucrânia consiga avançar com forças convencionais e armamentos da OTAN, a Rússia escalará para uma guerra nuclear, se necessário, para impedir a presença da OTAN na Ucrânia.

Durante toda a sua carreira, Biden serviu ao complexo militar-industrial. Ele promoveu incansavelmente a expansão da OTAN e apoiou as guerras de escolha profundamente desestabilizadoras da América no Afeganistão, Sérvia, Iraque, Síria, Líbia e agora na Ucrânia. Ele se submete a generais que querem mais guerra e mais "surpresas" e que preveem uma vitória iminente apenas para manter o público crédulo ao seu lado.

Além disso, Biden e sua equipe (Antony Blinken, Jake Sullivan, Victoria Nuland) parecem ter acreditado em sua própria propaganda de que as sanções ocidentais estrangulariam a economia russa, enquanto armas milagrosas como o HIMARS derrotariam a Rússia. E durante todo esse tempo, eles têm dito aos americanos para não prestarem atenção às 6.000 armas nucleares russas.

Os líderes ucranianos têm seguido a decepção dos Estados Unidos por razões difíceis de entender. Talvez eles acreditem nos Estados Unidos, ou tenham medo dos Estados Unidos, ou temam seus próprios extremistas, ou simplesmente sejam extremistas, prontos para sacrificar centenas de milhares de ucranianos em morte e ferimentos na ingênua crença de que a Ucrânia pode derrotar uma superpotência nuclear que considera a guerra como existencial. Ou talvez alguns dos líderes ucranianos estejam enriquecendo ao se apropriar de dezenas de bilhões de dólares de ajuda e armas ocidentais.

A única maneira de salvar a Ucrânia é uma paz negociada. Em um acordo negociado, os Estados Unidos concordariam que a OTAN não se expandirá para a Ucrânia, enquanto a Rússia concordaria em retirar suas tropas. Questões pendentes - Crimeia, Donbas, sanções americanas e europeias, o futuro dos acordos de segurança europeus - seriam tratadas politicamente, não por meio de uma guerra interminável.

A Rússia tentou repetidamente negociações: tentou evitar a expansão da OTAN para o leste, tentou encontrar arranjos de segurança adequados com os Estados Unidos e a Europa, tentou resolver questões interétnicas na Ucrânia após 2014 (os acordos de Minsk I e Minsk II), tentou manter limites para mísseis antibalísticos e tentou encerrar a guerra na Ucrânia em 2022 por meio de negociações diretas com a Ucrânia. Em todos os casos, o governo dos Estados Unidos desprezou, ignorou ou bloqueou essas tentativas, muitas vezes apresentando a grande mentira de que é a Rússia e não os Estados Unidos que rejeita as negociações. JFK disse exatamente certo em 1961: "Nunca devemos negociar por medo, mas nunca devemos temer negociar." Se ao menos Biden prestasse atenção à sabedoria duradoura de JFK.

Para ajudar o público a ir além da narrativa simplista de Biden e da mídia tradicional, ofereço uma breve cronologia de alguns eventos-chave que levaram à guerra contínua.

31 de janeiro de 1990. O ministro das Relações Exteriores alemão, Hans Dietrich-Genscher, promete ao presidente soviético Mikhail Gorbachev que, no contexto da reunificação alemã e do desmantelamento da aliança militar do Pacto de Varsóvia, a OTAN descartará uma "expansão de seu território para o Leste, ou seja, aproximando-se das fronteiras soviéticas".

9 de fevereiro de 1990. O secretário de Estado dos EUA, James Baker III, concorda com o presidente soviético Mikhail Gorbachev que a "expansão da OTAN é inaceitável".

29 de junho a 2 de julho de 1990. O secretário-geral da OTAN, Manfred Woerner, informa uma delegação russa de alto nível que "o Conselho da OTAN e ele [Woerner] são contra a expansão da OTAN".

1º de julho de 1990. A Rada ucraniana (parlamento) adota a Declaração de Soberania Estatal, na qual "a RSS ucraniana declara solenemente sua intenção de se tornar um estado permanentemente neutro, que não participa de blocos militares e adere aos três princípios de não proliferação nuclear: não aceitar, não produzir e não comprar armas nucleares".

24 de agosto de 1991. A Ucrânia declara independência com base na Declaração de Soberania Estatal de 1990, que inclui a promessa de neutralidade.

Meados de 1992. Os formuladores de políticas do governo Bush chegam a um consenso interno secreto de expandir a OTAN, em contradição com os compromissos recentemente feitos à União Soviética e à Federação Russa.

8 de julho de 1997. Na Cúpula da OTAN em Madri, Polônia, Hungria e República Tcheca são convidados a iniciar as negociações de adesão à OTAN.

Setembro-outubro de 1997. Na revista Foreign Affairs (setembro/outubro de 1997), o ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA Zbigniew Brzezinski detalha a cronologia da expansão da OTAN, com negociações da Ucrânia previstas para começar durante 2005-2010.

24 de março a 10 de junho de 1999. A OTAN bombardeia a Sérvia. A Rússia classifica o bombardeio da OTAN como uma "flagrante violação da Carta das Nações Unidas".

Março de 2000. O presidente ucraniano Kuchma declara que "não há questão de a Ucrânia ingressar na OTAN hoje, pois essa questão é extremamente complexa e tem muitos aspectos".

13 de junho de 2002. Putin critica veementemente a tentativa dos EUA de criar um mundo unipolar, apoiado pela expansão da OTAN, em um discurso na Conferência de Segurança de Munique, declarando: "Acho óbvio que a expansão da OTAN... representa uma séria provocação que reduz o nível de confiança mútua. E temos o direito de perguntar: contra quem essa expansão é destinada? E o que aconteceu com as garantias que nossos parceiros ocidentais fizeram após a dissolução do Pacto de Varsóvia?"

1º de fevereiro de 2008. O embaixador dos EUA na Rússia, William Burns, envia um telegrama confidencial à conselheira de Segurança Nacional dos EUA, Condoleezza Rice, intitulado "Nyet significa Nyet: Linhas Vermelhas da Rússia para a Expansão da OTAN", enfatizando que "as aspirações da Ucrânia e da Geórgia de ingressar na OTAN não apenas tocam uma ferida exposta na Rússia, mas geram sérias preocupações sobre as consequências para a estabilidade na região".

18 de fevereiro de 2008. Os EUA reconhecem a independência do Kosovo em meio a objeções calorosas da Rússia. O governo russo declara que a independência do Kosovo viola "a soberania da República da Sérvia, a Carta das Nações Unidas, a Resolução 1244 do Conselho de Segurança da ONU, os princípios do Ato Final de Helsinque, o Quadro Constitucional do Kosovo e os acordos de alto nível do Grupo de Contato".

3 de abril de 2008. A OTAN declara que a Ucrânia e a Geórgia "se tornarão membros da OTAN". A Rússia declara que "a adesão da Geórgia e da Ucrânia à aliança é um erro estratégico enorme que terá as consequências mais graves para a segurança paneuropeia".

20 de agosto de 2008. Os EUA anunciam que implantarão sistemas de defesa antimísseis (BMD) na Polônia, seguidos posteriormente pela Romênia. A Rússia expressa forte oposição aos sistemas de BMD.

28 de janeiro de 2014. A secretária de Estado assistente Victoria Nuland e o embaixador dos EUA Geoffrey Pyatt planejam a mudança de regime na Ucrânia em uma ligação que é interceptada e postada no YouTube em 7 de fevereiro, na qual Nuland observa que "[o vice-presidente] Biden está disposto" a ajudar a finalizar o acordo.

21 de fevereiro de 2014. Governos da Ucrânia, Polônia, França e Alemanha alcançam um Acordo para a solução da crise política na Ucrânia, que prevê novas eleições posteriormente no ano. A extrema-direita Setor Direita e outros grupos armados, no entanto, exigem a renúncia imediata de Yanukovych e assumem prédios governamentais. Yanukovych foge. O Parlamento imediatamente retira os poderes do presidente sem um processo de impeachment.

22 de fevereiro de 2014. Os EUA endossam imediatamente a mudança de regime.

16 de março de 2014. A Rússia realiza um referendo na Crimeia que, segundo o governo russo, resulta em uma maioria esmagadora votando a favor do domínio russo. Em 21 de março, a Duma russa vota para admitir a Crimeia na Federação Russa. O governo russo estabelece a analogia com o referendo no Kosovo. Os EUA rejeitam o referendo da Crimeia como ilegítimo.

18 de março de 2014. O presidente Putin caracteriza a mudança de regime como um golpe, declarando: "Aqueles que estavam por trás dos últimos eventos na Ucrânia tinham uma agenda diferente: eles estavam preparando outra tomada de governo; eles queriam tomar o poder e não poupariam esforços. Recorreram ao terror, assassinato e tumultos".

25 de março de 2014. O presidente Barack Obama zomba da Rússia "como uma potência regional que ameaça alguns de seus vizinhos imediatos - não por força, mas por fraqueza".

12 de fevereiro de 2015. Assinatura do acordo de Minsk II. O acordo é apoiado unanimemente pela Resolução 2202 do Conselho de Segurança da ONU em 17 de fevereiro de 2015. A ex-chanceler Angela Merkel mais tarde reconhece que o acordo de Minsk II foi projetado para dar tempo para a Ucrânia fortalecer suas forças militares. Ele não foi implementado pela Ucrânia, e o presidente Volodymyr Zelensky reconheceu que não tinha intenção de implementar o acordo.

1º de fevereiro de 2019. Os EUA unilateralmente retiram-se do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF). A Rússia critica duramente a retirada do INF como um ato "destrutivo" que aumentou os riscos de segurança.

14 de junho de 2021. Na Cúpula da OTAN de 2021 em Bruxelas, a OTAN reafirma a intenção de expandir a OTAN e incluir a Ucrânia: "Reiteramos a decisão tomada na Cúpula de Bucareste em 2008 de que a Ucrânia se tornará membro da Aliança".

1º de setembro de 2021. Os EUA reiteram o apoio às aspirações da Ucrânia de ingressar na OTAN na "Declaração Conjunta sobre a Parceria Estratégica EUA-Ucrânia".

17 de dezembro de 2021. Putin apresenta um projeto de "Tratado entre os Estados Unidos da América e a Federação Russa sobre Garantias de Segurança", com base na não expansão da OTAN e limitações na implantação de mísseis de alcance intermediário e de curto alcance.

26 de janeiro de 2022. Os EUA respondem formalmente à Rússia que os EUA e a OTAN não negociarão com a Rússia sobre questões de expansão da OTAN, fechando a porta para um caminho negociado para evitar a expansão da guerra na Ucrânia. Os EUA invocam a política da OTAN de que "Qualquer decisão de convidar um país para ingressar na Aliança é tomada pelo Conselho do Atlântico Norte com base no consenso entre todos os Aliados. Nenhum país terceiro tem voz nessas deliberações". Em suma, os EUA afirmam que a expansão da OTAN para a Ucrânia não é da conta da Rússia.

21 de fevereiro de 2022. Em uma mensagem à nação, o presidente Putin declara: "É um fato que, nos últimos 30 anos, tentamos pacientemente chegar a um acordo com os principais países da OTAN em relação aos princípios de segurança igual e indivisível na Europa. Em resposta às nossas propostas, invariavelmente nos deparamos com decepção e mentiras cínicas ou tentativas de pressão e chantagem, enquanto a aliança do Atlântico Norte continuou a se expandir apesar de nossos protestos e preocupações. Sua máquina militar está se movendo e, como disse, está se aproximando de nossas próprias fronteiras."

16 de março de 2022. Rússia e Ucrânia anunciam progressos significativos em direção a um acordo de paz mediado pela Turquia e pelo primeiro-ministro israelense Naftali Bennett. Conforme relatado na imprensa, a base do acordo inclui: "um cessar-fogo e retirada russa se Kyiv declarar neutralidade e aceitar limites em suas forças armadas".

28 de março de 2022. O presidente Zelensky declara publicamente que a Ucrânia está pronta para a neutralidade combinada com garantias de segurança como parte de um acordo de paz com a Rússia. "Garantias de segurança e neutralidade, o status não nuclear de nosso Estado - estamos prontos para isso. Esse é o ponto mais importante... eles começaram a guerra por causa disso".

7 de abril de 2022. O ministro das Relações Exteriores russo, Lavrov, acusa o Ocidente de tentar sabotar as negociações de paz, afirmando que a Ucrânia voltou atrás em propostas previamente acordadas. O primeiro-ministro Naftali Bennett mais tarde afirma (em 5 de fevereiro de 2023) que os EUA bloquearam o acordo de paz pendente entre Rússia e Ucrânia. Quando perguntado se as potências ocidentais bloquearam o acordo, Bennett respondeu: "Basicamente, sim. Eles bloquearam e eu achei que estavam errados". Em algum momento, Zelensky também retirou sua oferta de neutralidade.

Com a cronologia acima, fica claro que a expansão da OTAN para a Ucrânia foi uma política desastrosa que ignora a segurança e os interesses vitais da Rússia, que está disposta a travar uma guerra nuclear para evitar essa expansão. A única saída para a Ucrânia é um acordo de paz negociado, que reconheça a neutralidade do país e ofereça garantias de segurança para todas as partes envolvidas.

No entanto, o governo Biden continua a rejeitar essa opção, optando por manter a pressão militar e retórica hostil contra a Rússia. Essa abordagem apenas prolongará a guerra e aumentará o sofrimento humano na Ucrânia.

É hora de rejeitar a narrativa da guerra e buscar uma solução pacífica e diplomática para o conflito na Ucrânia. A paz e a segurança da região dependem disso.

Fonte:  https://www.brasil247.com/blog/a-verdadeira-historia-da-guerra-na-ucrania

 

quarta-feira, 19 de julho de 2023

A tentativa dos bancos em tomar dinheiro de quem ganha pouco faz da vida dos aposentados um desassossego

São tantas as formas usadas pelos bancos para tomar dinheiro de pequenos correntistas, que as fezes faz a gente se sentir como se estivéssemos sendo assaltados, tantas são as taxas que nos cobram para manter ativa uma conta em algum deles. Como se não bastasse, passamos o dia atendendo telefonemas de seus agentes financeiros, tentando nos empurrar um empréstimo consignado em prestações a perder de vista. Tem bancos cobrando empréstimos em até 96 prestações. As agências programam seus computadores para ficarem ligando para as pessoas selecionadas por eles e se a gente atende e não tem um funcionário disponível para falar com o futuro cliente, eles desligam e liga outra vez e do mesmo lugar ou de outros lugares. Eu por exemplo, aciono o Spam que seleciona uma boa parte, mas eles chamam de outros números, até de cidades próximas de onde moro, que enganam esse mecanismo de seleção e ainda me sobram mais de trinta ligações por dia. Isso tira a minha paz e acredito que o mesmo aconteça com outras pessoas também. Parece que a coisa piora quando o juro da celic aumenta e os bancos ficam com menos tomadores de empréstimos para investimento. O 'pobre' é tão perseguido, que as  vezes me lembro de um enunciado que um amigo sempre repetia, que era o seguinte: "Pobre é como cachimbo, nasceu pra levar fumo".

Eu pergunto aos bolsomínios o seguinte:

Ainda acreditam que o Governo Lula vai fechar igrejas? 

Que este governo vai tomar as casas das? 

Acredita que este governo vai distribuir mamadeira de piroca? 

Ainda acreditam que este governo vai incentivar o aborto? 

Ainda concordam que o Brasil se tornará uma Venezuela? 

O  Lula, já implantou o comunismo no Brasil? 

Vocês não gostaram da queda da inflação? 

O que acharam da queda do dólar? 

Não gostaram de ver o Brasil acumular mais de quarenta bilhões de dólares de reservas internacionais? 

Não estão gostando de comprar comida e combustível mais barato? 

O que acham da saída de mais de vinte milhões de famílias da linha da misérias com as políticas sociais deste governo?

Continuam admirando um presidente que foi transformado em inelegível, que já tem mais de trezentos processos para responder e que nesses meses visitou mais a polícia do que os templos religiosos?

Fico aguardando as respostas de vocês.

 

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Metade das divisões de mísseis estratégicos da Rússia agora usam hipersônicos em resposta à escalada dos EUA. Falhas do Pentágono em capacidades de armas estratégicas?

Por Drago Bosnic

InfoBrics

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Certamente não é novidade que a Rússia é líder mundial em tecnologias militares avançadas, particularmente novos tipos de mísseis e outras armas similares. Como Moscou tem uma vantagem confortável sobre Washington DC tanto no desenvolvimento quanto na implantação de armas hipersônicas , decidiu capitalizar essa enorme vantagem e agora está usando uma porção maior de seu arsenal incomparável para deter a beligerante talassocracia. No final de junho, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que aproximadamente metade de todas as divisões de mísseis estratégicos russos foram rearmadas com ogivas hipersônicas.

“Cerca de metade das unidades da Força de Mísseis Estratégicos da Rússia [RVSN] foram equipadas com os mais recentes sistemas de mísseis 'Yars' e estão sendo rearmadas com ogivas modernas 'Avangard'”, Putin foi citado pela TASS, acrescentando ainda: “À luz da os novos desafios e a inestimável experiência da operação militar especial [SMO] continuaremos a melhorar as Forças Armadas de todas as maneiras possíveis.”

Putin também enfatizou a importância dos esforços da Rússia para desenvolver ainda mais sua tríade nuclear como a principal garantia da segurança estratégica do gigante eurasiano, bem como da estabilidade geopolítica em nível global. Além disso, ele também anunciou que novas unidades do combustível líquido, o superpesado “Sarmat” ICBM (míssil balístico intercontinental) “em breve entrará em serviço”. Parece que esse processo está em suas fases finais e que Moscou de fato enviará lançadores adicionais dessas armas incomparáveis. O presidente russo acrescentou que esforços de modernização semelhantes estão sendo implementados nas outras duas pernas de sua tríade nuclear.

No momento em que as declarações mencionadas foram dadas, não estava exatamente claro por que Putin “de repente” teve que enfatizar a importância das armas hipersônicas da Rússia e outros sistemas estratégicos importantes . Ou seja, no início de julho, o Exército dos EUA informou que demonstrou a capacidade operacional de seu mais novo lançador de mísseis terrestres com o recente disparo bem-sucedido do sistema de um míssil de cruzeiro de ataque terrestre “Tomahawk”. Isso ocorreu após um lançamento de teste de um míssil SM-6 multifuncional no início deste ano, do que é oficialmente conhecido como Sistema de Armas “Typhon”.

O Exército dos EUA agora tem uma unidade registrada sob o nome oficial de bateria de capacidade de médio alcance equipada com o “Typhon”, que possui quatro lançadores baseados em reboques e outros veículos e equipamentos de apoio. O Rapid Capabilities and Critical Technologies Office (RCCTO) do serviço anunciou o lançamento do “Tomahawk” em 28 de junho , mas o teste real ocorreu no dia 27. Isso aconteceu há pouco mais de meio ano, depois que o Exército dos EUA recebeu seus primeiros lançadores “Typhon” e outros componentes de sua primeira bateria de capacidade de médio alcance (MRC) da Lockheed Martin, um dos gigantes do Complexo Industrial Militar da América (MIC ).

Os oficiais de alto escalão do Exército dos EUA declararam recentemente que seu objetivo é atingir pelo menos o nível inicial de verdadeira capacidade operacional com a primeira bateria MRC antes do final do ano fiscal de 2023 (que será em setembro deste ano). Como mencionado anteriormente, uma bateria “Typhon” completa é composta por quatro lançadores e um posto de comando, todos em reboques, além de outros veículos de apoio. O serviço planeja empregar o “Typhon” principalmente contra alvos terrestres usando “Tomahawk” ou SM-6. E enquanto o primeiro tem origem terrestre ( BGM-109G “Gryphon” da era da Guerra Fria ), o último é um míssil naval.

Na verdade, o SM-6 foi originalmente projetado como um míssil superfície-ar (SAM), com uma capacidade anti-navio secundária. No entanto, a Marinha dos EUA o modificou e agora opera várias versões projetadas para missões multiuso. Considerando o quão atrás os EUA estão da Rússia em termos de armas hipersônicas, o SM-6 é sua melhor aposta para engajar armas hipersônicas altamente manobráveis. E mesmo isso é altamente questionável, apesar das tentativas dos EUA de apresentar suas alegações ridículas sobre o “Patriota” derrubando mísseis hipersônicos russos como verdadeiras . Se essa afirmação fosse verdadeira, os EUA nunca precisariam do SM-6 para combater os mísseis russos.

A velocidade do 9-A-7660 “Kinzhal” varia de mais de 12.000 km por hora a quase 16.000 km por hora. Se imaginarmos um míssil interceptador voando a 4.000 km por hora atingindo outro míssil voando três ou quatro vezes mais rápido do que isso, alguém pode realmente acreditar que haveria algo mais do que um monte de faíscas, muito menos destroços de qualquer tipo? Pior ainda, o suposto “míssil hipersônico russo 'Kinzhal'” caiu no chão em condições relativamente boas e foi até fotografado e apresentado como suposta “evidência”. Assim, novamente, se nada mais do que a física básica for levado em consideração, as alegações tornam-se extremamente difíceis de considerar , muito menos de considerar pelo valor de face.

No entanto, como os EUA não possuem armas hipersônicas operacionais próprias, com o cancelamento mais recente de seu projeto de míssil AGM-183A , essa capacidade do Pentágono foi adiada ainda mais. Isso está tornando desesperador apresentar os mísseis da Rússia como muito piores do que realmente são. E, no entanto, em total contraste com os EUA, a Rússia possui o míssil hipersônico lançado do ar “Kinzhal” com capacidade para Mach 12, transportado por interceptadores MiG-31K/I modificados e bombardeiros de longo alcance Tu-22M3, o “Avangard” com capacidade para Mach 28. ” O HGV implantado em vários ICBMs e o míssil de cruzeiro hipersônico “Zircon” com capacidade de Mach 9, implantado em plataformas navais (submarinos e navios de superfície) e (em breve) em plataformas terrestres.

A Rússia está décadas à frente dos EUA , tanto em termos de implantação quanto de capacidades de armas hipersônicas. Além disso, Moscou tem usado esses sistemas contra o regime de Kiev e alvos de alto valor da OTAN na Ucrânia. As forças armadas russas não são apenas a única força armada do mundo que utiliza amplamente mísseis hipersônicos, mas também a única que os introduziu em todos os domínios (ar, terra, mar), inclusive em armas estratégicas.

Fonte: http://undhorizontenews2.blogspot.com/

 

Jornal A FOLHA: Por que o grande capital está abandonando a agenda...

Jornal A FOLHA: Por que o grande capital está abandonando a agenda...:   Por  Dr. Mathew Maavak A agenda ambiental, social e de governança (ESG) já teve o firme apoio de bilionários, governos ocidentais e das ...

Lula quer cortar impostos para estimular troca de eletrodomésticos, mas enfrenta resistência da equipe econômica

O presidente quer incentivar o setor de eletrodomésticos, assim como fez com a indústria automobilística

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

247 - A pedido do presidente Lula (PT), o governo está analisando a possibilidade de reduzir impostos como forma de incentivar a troca de eletrodomésticos, porém, a equipe econômica se mostra relutante devido ao impacto fiscal, informa o jornal O Globo. Neste momento, o foco da equipe econômica é a redução do déficit projetado para as contas públicas deste ano e a meta de zerá-lo até 2024.

Caso Lula insista no programa, espera-se que o ministro Haddad o aceite e busque fontes para compensação. Em uma entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da Rede TV!, o ministro declarou que poderá discutir um possível programa com Lula. "Amanhã eu tenho despacho com ele [presidente Lula] e isso deve ser tema". Haddad ressaltou que é necessário encontrar espaço fiscal para implementar a proposta.

Ao apresentar a ideia ao vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), na quarta-feira (12), Lula mencionou o programa de incentivo para carros, ônibus e caminhões, que utilizou créditos tributários como forma de desconto em futuros pagamentos de impostos. Para compensar os gastos desse programa, a solução encontrada foi antecipar a cobrança de impostos sobre o óleo diesel, movendo-a de dezembro para setembro. No caso dos eletrodomésticos, o governo poderia adotar novamente o crédito tributário ou reduzir as alíquotas dos impostos federais sobre os produtos, como foi feito em 2009. A proposta seria baseada na eficiência energética e no consumo de água dos aparelhos, como critério para desoneração.

Lula solicitou à ministra Simone Tebet (MDB) uma 'aberturazinha' no Orçamento para criar esse programa. No entanto, a ministra do Planejamento afirmou que ainda não há nada calculado nesse sentido. De acordo com ela, apesar da vontade política de Lula e do governo como um todo, não faz sentido apresentar um programa de estímulo ao consumo antes do 'Desenrola', que busca reduzir o endividamento dos brasileiros. "O mais importante e necessário para que isso ocorra é o 'Desenrola' acontecer antes. As famílias estão endividadas, então não adianta lançar uma linha branca com desconto. As pessoas não irão comprar ou terão que recorrer a empréstimos com juros altos".

A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) considera a ideia positiva, pois incentiva a substituição de produtos antigos por modelos mais eficientes, com menor consumo de energia e água. O presidente executivo da Eletros, Jorge José do Nascimento Júnior, destacou que os consumidores pagarão menos pelo produto final e terão uma redução nas contas de energia e água. A Eletros planeja entregar ao governo um esboço de um programa de incentivos nos próximos 40 dias, priorizando a sustentabilidade e a eficiência energética dos produtos. Nascimento afirmou que já ocorreram reuniões do setor em três ministérios para discutir o assunto: Casa Civil, Cidades e Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Ele ressaltou que o programa precisa atender a famílias de diferentes níveis de renda e garantir acesso a produtos com eficiência energética.

Além da redução tributária, a indústria sugere a criação de crédito subsidiado para a troca de eletrodomésticos, beneficiando os participantes do programa Minha Casa, Minha Vida. "A desoneração é interessante. No entanto, precisamos de um programa sustentável", disse Nascimento.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/lula-quer-cortar-impostos-para-estimular-troca-de-eletrodomesticos-mas-enfrenta-resistencia-da-equipe-economica

 

"Sempre indicarei pessoas de acordo com os interesses da sociedade brasileira", diz Lula, sobre próxima vaga no STF

 O presidente afirmou ainda: "nunca vou precisar de um favor pessoal do Zanin, porque eu nunca vou fazer nada errado"

Lula no Congresso da UNE Lula no Congresso da UNE (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

SÃO PAULO (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu na noite desta quinta-feira a discussão de emendas com deputados federais, mas acrescentou que "não pode" haver orçamento secreto.

"Você pode discutir emendas que sejam feitas publicamente, (com) a sociedade sabendo para onde é que vai ser encaminhado aquele recurso, para que projeto vai ser encaminhado aquele recurso. Não tem nenhum problema você fazer isso, o que é grave é quando você passa a ideia de que é secreto. Aí você já cria a tese da suspeição, e nunca é bom você viver sob suspeição", disse Lula em entrevista à Record TV.

O chamado orçamento secreto foi um mecanismo criado durante o governo de Jair Bolsonaro para distribuição de recursos conforme indicação de parlamentares sem que houvesse clareza sobre onde o dinheiro era efetivamente aplicado. Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou o mecanismo inconstitucional.

No atual governo, a liberação de emendas vem sendo utilizada pelo Planalto como uma das maneiras para obter apoio dos deputados em votações importantes, como a da reforma tributária.

STF – Durante a entrevista Lula também reafirmou que não indica amigos para o STF. Recentemente, o presidente recebeu uma série de críticas por ter indicado o advogado Cristiano Zanin para vaga de ministro do STF, em substituição a Ricardo Lewandowski. As críticas surgiram justamente por conta da proximidade de Zanin e Lula – o advogado defendeu o presidente em processos no âmbito da operação Lava Jato.

"Eu nunca escolho um amigo para ser ministro da Suprema Corte, porque ele não está lá para prestar serviços para mim, ele está lá para prestar serviço para a sociedade brasileira", disse Lula.

Ao ser perguntado especificamente sobre Zanin e sua proximidade com ele, Lula respondeu: "Ele não era amigo, ele era meu advogado. E uma pessoa extremamente capaz."

O presidente afirmou ainda: "nunca vou precisar de um favor pessoal do Zanin, porque eu nunca vou fazer nada errado".

Questionado sobre sua próxima indicação para o tribunal, ele se esquivou.

"Eu sempre indicarei as pessoas de acordo com os interesses da sociedade brasileira", disse.

Em outubro, a atual presidente do Supremo, ministra Rosa Weber terá que se aposentar compulsoriamente, abrindo uma vaga na corte.

Lula foi perguntado ainda sobre um possível asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que está preso no Reino Unido e deverá ser extraditado aos Estados Unidos.

Assange é procurado pelas autoridades norte-americanas por 18 acusações relacionadas à divulgação pelo WikiLeaks de vastos documentos militares confidenciais e mensagens diplomáticas dos Estados Unidos.

"Eu acho que não era nem possível (o asilo), porque ele está preso na Inglaterra, e acho que já foi inclusive julgada a extradição dele para os EUA", respondeu Lula, acrescentando que, como democrata, fica incomodado com o fato de Assange estar preso num momento em que muito se fala sobre liberdade de imprensa.

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/sempre-indicarei-pessoas-de-acordo-com-os-interesses-da-sociedade-brasileira-diz-lula-sobre-proxima-vaga-

Programa do governo Lula faz com que 1,5 milhão de brasileiros fiquem com nome limpo na segunda-feira

José Reinaldo

O Desenrola Brasil entrará em operação no início da próxima semana operação

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia em Brasília - 27/06/2023 Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia em Brasília - 27/06/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O Desenrola Brasil entrará em operação na próxima segunda-feira (17), quando 1,5 milhão de brasileiros que devem até R$ 100 vão sair da lista de negativados e cidadãos com renda de até R$ 20 mil poderão renegociar suas dívidas diretamente com instituições financeiras. O pontapé inicial do programa será dado com a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (14), informa a Folha de S.Paulo.

O Desenrola garante que serão renegociadas dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2022, e o devedor terá o prazo mínimo de 12 meses para quitar os débitos. Segundo o secretário de Reformas Econômicas da pasta, Marcos Barbosa Pinto, a etapa inicial do programa tem dois efeitos diretos na economia. 

As instituições financeiras que negociarem dívidas bancárias no Desenrola terão direito a um crédito presumido que, na prática, melhora a posição de capital do banco e abre espaço para impulsionar novos financiamentos. O governo estima que cerca de R$ 50 bilhões poderão ser negociados nesse contexto, beneficiando em torno de 30 milhões de pessoas.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/programa-do-governo-lula-faz-com-que-1-5-milhao-de-brasileiros-fiquem-com-nome-limpo-na-segunda-feira

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Giro das Onze: Centrão vem aí, com Leonardo Attuch, Jeferson Miola e Mig...

Dívida pública global atinge recorde de US$ 92 tri, diz relatório da ONU

A dívida interna e externa em todo o mundo aumentou mais de cinco vezes nas últimas duas décadas, superando a taxa de crescimento econômico

Dívida pública dos EUA bate recorde e vai a mais de US$ 21 trilhões Dívida pública dos EUA bate recorde e vai a mais de US$ 21 trilhões (Foto: REUTERS/Jo Yong-Hak)

Reuters - A dívida pública global subiu para um recorde de US$ 92 trilhões em 2022, à medida que os governos faziam empréstimos para combater crises, como a pandemia de Covid-19, com o ônus sendo sentido de forma aguda pelos países em desenvolvimento, mostrou um relatório da ONU.

A dívida interna e externa em todo o mundo aumentou mais de cinco vezes nas últimas duas décadas, superando a taxa de crescimento econômico, uma vez que o Produto Interno Bruto (PIB) apenas triplicou desde 2002, de acordo com o relatório desta quarta-feira (12), divulgado antes da reunião dos ministros das Finanças e chefes dos BCs do G20, de 14 a 18 de julho.

"Os mercados podem parecer não estar sofrendo – ainda. Mas as pessoas estão", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, a repórteres. "Alguns dos países mais pobres do mundo estão sendo forçados a escolher entre pagar sua dívida ou servir seu povo."

Os países em desenvolvimento são responsáveis por quase 30% da dívida pública global, dos quais 70% são representados por China, Índia e Brasil. Cinquenta e nove países em desenvolvimento enfrentam uma relação dívida/PIB acima de 60%, um limite que indica altos níveis de dívida.

"A dívida tem se traduzido em um fardo substancial para os países em desenvolvimento devido ao acesso limitado a financiamento, custos crescentes de empréstimos, desvalorizações da moeda e crescimento lento", acrescentou o relatório da ONU.

Além disso, a arquitetura financeira internacional tornou o acesso ao financiamento para os países em desenvolvimento inadequado e caro, disse a ONU, apontando para pagamentos líquidos de juros da dívida superiores a 10% das receitas de 50 economias emergentes em todo o mundo.

"Na África, o valor gasto em pagamentos de juros é maior do que os gastos com educação ou saúde", constatou o relatório, com 3,3 bilhões de pessoas vivendo em países que gastam mais com pagamentos de juros da dívida do que com saúde ou educação.

"Os países estão enfrentando a escolha impossível de pagar sua dívida ou servir seu povo."

Credores privados, como detentores de títulos e bancos, representam 62% do total da dívida pública externa dos países em desenvolvimento.

Na África, essa participação dos credores cresceu de 30% em 2010 para 44% em 2021, enquanto a América Latina tem a maior proporção de credores privados detentores de dívida externa do governo para qualquer região em 74%.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/divida-publica-global-atinge-recorde-de-us-92-tri-diz-relatorio-da-onu