terça-feira, 31 de outubro de 2023

Giro das Onze | Lula trola Bolsonaro: ficou em casa chorando

O Parlamento Brasileiro parece que está tentando minar o Governo Lula

A chamada Imprensa corporativa se incomoda quando o Governo Lula fala que será difícil fechar o ano fiscal com zero déficit fiscal, mas não fala nada quando o Congresso propõe renúncia fiscal para todos os município com menos de 142 mil pessoas

Explicando melhor:  Os parlamentares querem responsabilidade fiscal por parte do Poder Executivo, mas não param de arranjar penduricalhos para gastar verbas orçamentárias e de forma impositiva, ou seja, que o governo é obrigado a pagar, mesmo que as verbas orçamentárias já estejam chanceladas para outras despesas. Já existem: Emendas individuais, emendas de bancada e agora criaram as emendas de lideranças, e todas serão impositivas. para completar, eles aprovaram isenção fiscal para os municípios com menos de 142mil pessoas. Só essa última, se sancionada, dará um rombo nas contas públicas de 19 bilhões de reais. Estão tentando todo dia, enfraquecer cada vez mais os poderes do Executivo. Querem mesmo é mandar nas verbas orçamentarias. Ou seja: querem que o Poder Executivo seja apenas o órgão arrecadador, enquanto o parlamento se torna o órgão gestor das verbas arrecadadas. Mas isso não é divulgado pelo PIG - Partido da Imprensa Golpista, não divulga para o Povo Brasileiro não reaja.

13 anos da eleição da primeira mulher para o cargo de presidente de nosso Brasil

 por Jacinto Pereira

Hoje faz 13 anos que elegemos pelo partido 13, a primeira mulher para o cargo de Presidente do Brasil, uma petista honesta a toda prova. Aliás, ela foi tirada da presidência no seu segundo mandato, através de um golpe perpetrado após ela não aceitar se corromper.

 

8.525 palestinos morreram em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro, diz Ministério da Saúde

8.525 palestinos morreram em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro, diz Ministério da Saúde: Segundo a pasta, 3.542 crianças foram mortas desde o início do conflito

"Ano de 2023 está sendo exitoso. Conseguimos fazer quase que um milagre", diz Lula

"O PIB vai crescer três vezes mais do que o FMI previa no começo do ano. (...) Esse país vai acontecer agora", declarou o presidente

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 - O presidente Lula (PT), na edição do Conversa com o Presidente desta terça-feira (31), classificou o primeiro ano de seu terceiro governo como “exitoso”: “nós conseguimos fazer quase que um milagre”. Ele pontuou que herdou a administração federal “semi-destruída” do ponto de vista de políticas públicas. “E nós já recuperamos praticamente todas as políticas públicas de inclusão social que tinham dado certo no Brasil. Depois fizemos o PAC, depois recuperamos a imagem do Brasil no exterior e agora, a partir de 2024, é viajar o Brasil, conversar com o povo, fazer investimento na educação, no Ensino Médio, na saúde, na geração de emprego, na cultura. Agora eu vou me dedicar a viajar o Brasil, a conversar com prefeitos, com governadores, com sindicalistas, com a juventude, para que a gente possa colocar o Brasil definitivamente no centro da democracia”. A fala do presidente sobre viagens pelo Brasil vem após pesquisa Quaest revelar uma insatisfação entre a população pelas viagens internacionais de Lula, consideradas por alguns como excessivas. >>> Lula sanciona lei que prevê pensão especial para órfãos de feminicídio

Lula também destacou a normalização das relações entre as instituições e disse que mais benefícios desta política serão percebidos com o tempo. “Nosso papel é recuperar as instituições, estabelecer a normalidade na relação com o Congresso, com a Suprema Corte, com o Poder Judiciário como um todo, e cada um cumprir com a sua função. É isso que estamos fazendo e é por isso que o ano de 2023 está sendo exitoso. Obviamente que quando você planta um pé de fruta, não vai dar fruta no meio do ano que você planta. Às vezes demora um pouco. Mas o que nós já plantamos nós vamos começar a colher, agora muita coisa já está sendo colhida. Só para ter ideia, esse ano, possivelmente, a gente chegue no final do ano a dois milhões de empregos com carteira profissional assinada, o que é importante. Esse ano o PIB vai crescer três vezes mais do que o FMI previa no começo do ano. Esse ano o que a gente vai perceber é que já melhorou a qualidade da saúde, já está melhorando a integração, já anunciamos escolas de tempo integral, bolsa para estudantes de classe média, já vamos criar uma universidade de matemática no Rio de Janeiro, vamos levar o ITA para o Ceará. Ou seja, vamos voltar a fazer esse país ser o país efetivamente do presente, não do futuro. Esse país vai acontecer agora”

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/ano-de-2023-esta-sendo-exitoso-conseguimos-fazer-quase-que-um-milagre-diz-lula

 

Desemprego cai a 7,7% no terceiro trimestre, menor taxa para o período desde 2014

Considerando diferentes períodos, a taxa de 7,7% é a mais baixa desde o trimestre que se encerrou em fevereiro de 2015

Presidente Lula e ministro Fernando Haddad participam de reunião no Palácio do Planalto - 25/05/2023
Presidente Lula e ministro Fernando Haddad participam de reunião no Palácio do Planalto - 25/05/2023 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - A taxa de desemprego no Brasil atingiu a marca de 7,7%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (31). Esse percentual representa o menor índice para esse período desde 2014, quando a economia nacional enfrentava uma crise e registrou 6,9% de desempregados. O dado histórico mostra que, considerando diferentes períodos, a taxa de 7,7% é a mais baixa desde o trimestre que se encerrou em fevereiro de 2015, quando atingiu 7,5%, conforme destacou o IBGE.

No segundo trimestre, a taxa estava em 8%, segundo a série histórica comparável da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Com essa redução na taxa de desemprego, a população considerada desempregada no Brasil no terceiro trimestre foi de 8,3 milhões, em comparação aos 8,6 milhões nos três meses anteriores.

A Pnad engloba tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal, abrangendo desde empregos com carteira assinada e CNPJ até trabalhos informais e eventuais.

Já no trimestre móvel até agosto, parte integrante de outra série da pesquisa, a taxa de desemprego já apontava uma queda, marcando 7,8%, com o número de desocupados atingindo 8,4 milhões no mesmo intervalo

O resultado está em conformidade com as expectativas do mercado financeiro, sendo a projeção de 7,7% na mediana, de acordo com analistas consultados pela agência Bloomberg.

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/desemprego-cai-a-7-7-no-terceiro-trimestre-menor-taxa-para-o-periodo-desde-2014-v2hoq4bz

 

Bom dia 247: Lula e Haddad remam na mesma direção (31.10.23)

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Os mecanismos da guerra híbrida: como o Ocidente influencia movimentos antigoverno pelo mundo?


Confrontos entre policiais e manifestantes pró-europeus no Maidan em Kiev, na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 25.08.2023

O conflito na Ucrânia suscitou extensos debates sobre guerras híbridas, presentes sobretudo na mídia e nas redes sociais, cujo intuito visa influenciar opiniões ao redor do mundo. Longe de ser um fenômeno novo, esse tipo de tática tem sido largamente usado pelo Ocidente ao longo dos últimos anos para desestabilizar governos e países inteiros.
Quando entende ser conveniente, o Ocidente é capaz de suscitar movimentos sociais antigoverno em países insubmissos aos seus ditames, por meio de seu controle dos maiores veículos de comunicação e mídia, além do financiamento de organizações não governamentais.
Como de praxe, as populações destes países, sem entender o grau de manipulação no qual foram implicadas, começam a sair às ruas de forma a demandar mudanças de regime, sem mesmo prever a instabilidade política que se avizinha. Todo esse processo é guiado por uma forte campanha midiática no sentido de incentivar uma determinada compreensão da realidade doméstica, em favor dos interesses das principais potências ocidentais.
Cidade russa de Ulianovsk recebe jornalistas e especialistas em comunicação durante o 3º Campo da Juventude do BRICS, no dia 2 de agosto de 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 03.08.2023
Panorama internacional
Notícias sobre a Rússia no Brasil são filtradas por interesses hegemônicos dos EUA, diz jornalista
Inicialmente, crises econômicas e sociais são o estopim para uma ação coordenada entre essas redes, a mídia ocidental e organizações não governamentais que, por meio de sua operação sincronizada, induzem a população a adotar slogans estranhos às suas realidades locais e, no limite, contribuindo para a derrubada de governos legítimos.
Ao passo que tais manifestações amadurecem e ganham corpo, elas se convertem em ataques disruptivos de grandes proporções às autoridades estabelecidas, resultando em crises políticas duradouras, mesmo após a "desejada" mudança de regime.
Antes e durante tais crises, a chamada "guerra informacional" se instaura, demonizando os líderes do país e suas políticas, sem que eles tenham a chance de alcançar um compromisso com as forças de oposição. Foi esse, por exemplo, o cenário predominante no Norte da África e Oriente Médio durante a Primavera Árabe de 2011 e, de modo ainda mais evidente, nas crises políticas da Ucrânia de 2004 e, anos depois, em 2014, que sedimentou a derrocada daquele país para o caos.
A deterioração das condições políticas nestas regiões, por sua vez, serviu de alerta a autoridades, tanto na Rússia como na China, sobre os perigos de uma possível ampliação dessa atuação insidiosa em seus próprios territórios, dado que ambos os países são criticados pelo Ocidente por não seguirem determinados parâmetros – pseudo-universais – de democracia e de respeito aos direitos humanos.
Um empregado limpa o pó do chão na sede da Agência Central de Inteligência (CIA) em Langley, Virgínia, 3 de março de 2005. - Sputnik Brasil, 1920, 04.05.2023
Panorama internacional
Relatório chinês: CIA está por trás de ataques de hackers e revoluções coloridas por todo o mundo
Afinal, foi justamente na esteira dos protestos oriundos da Primeira Árabe que começaram a se observar movimentações de igual natureza dentro da própria Rússia em dezembro de 2011, que visavam contestar os processos eleitorais no país. Tal tentativa foi acompanhada de perto pelo governo russo, que logo entendeu o que estava acontecendo, a saber, de que tais movimentações nada mais eram do que uma manifestação da interferência externa nos assuntos domésticos do Estado.
Deste modo, ao refletirem sobre os resultados inglórios da Primavera Árabe (vide Síria, Egito e Líbia), assim como da instabilidade econômica e social causada após as "revoluções coloridas" no espaço pós-soviético, a Rússia empreendeu sérios esforços para proteger sua soberania e evitar que semelhante caos se instalasse em seu próprio território. Diante de tal percepção, as elites russas, e em certa medida também as elites chinesas, solidificaram estratégicas para evitar que suas populações fossem alvo da influência de atores externos, sobretudo dos países ocidentais.
Não à toa, russos e chineses começaram a demonstrar uma maior coordenação para defesa de seus governos e de seus sistemas políticos, além de impedirem a ação intervencionista do Ocidente em outras partes do globo, como no caso da Síria. Não por acaso, quando discussões iniciais a respeito da criação de uma zona de exclusão aérea na Síria foram levantadas ainda em 2013, Moscou deixou bem claro que usaria seu poder de veto para brecar tais iniciativas. O que dizer então das insinuações da mídia ocidental de que o governo sírio teria usado armas químicas contra sua própria população em meados de 2013?
Conforme demonstrado pela Rússia, muitas das filmagens de crianças sendo atendidas após supostos ataques químicos nada mais eram do que encenações teatrais no intuito de causar comoção em audiências internacionais, justificando assim uma intervenção direta no país árabe. Em 2014, por sua vez, quando adveio o famigerado Euromaidan em Kiev, já estava bem claro para qualquer observador mais atento que o papel de potências externas através justamente da mídia e de ONGs locais foi preponderante para o acirramento dos protestos, que, no final das contas, culminou num ilegítimo golpe de Estado e na desestabilização da Ucrânia nos anos seguintes.
Em suma, organizações não governamentais financiadas pelo exterior, promessas de apoio logístico a manifestações públicas antigoverno, campanhas de mídia que visam demonizar autoridades locais e processos de sedução – sobretudo da população jovem – em torno de slogans vazios são as principais armas da guerra híbrida utilizada pelo Ocidente para atingir seus objetivos geopolíticos. A lição que fica então é: aos Estados que tomarem nota disso, maiores serão as chances de evitar cair no abismo.
As opiniões expressas neste artigo podem não coincidir com as da redação.
 
Fonte:  https://sputniknewsbr.com.br/20230825/os-mecanismos-da-guerra-hibrida-como-o-ocidente-influencia-movimentos-antigoverno-pelo-mundo-30044936.html

 

HISTÓRIA DE GAZA | Uma das Cidades mais Antigas do Mundo | Globalizando ...

"Há um ano, a democracia vencia nas urnas", afirma Lula

"Há um ano, a democracia vencia nas urnas", afirma Lula: “De lá para cá retomamos programas sociais, reduzimos o desmatamento e o desemprego, recuperamos a imagem do Brasil no mundo e a vida melhorou”, destacou o presidente

sábado, 28 de outubro de 2023

LULA DAY! Lula, o estadista, com Paulo Okamoto e Renecéya de Mello | Pod...

Manifestantes vão às ruas em várias partes do mundo e protestam em favor da causa palestina (vídeo)

Manifestantes vão às ruas em várias partes do mundo e protestam em favor da causa palestina (vídeo): Foram registrados atos em continentes como Europa e Ásia

EUA poem em prática o dito popular: "Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço"

por Jacinto Pereira
 
EUA que sempre exigiram dos outros países o respeito a liberdade de imprensa, quer eliminar o Julian Assange, apoia o estado de Israel no seu massacre na Faixa de Gaza, que entre as vítimas fatais já morreram mais de 20 jornalistas, pressionou o Qatar a censurar a rede de notícias Al Jazeera e agora manda prender em seu território, judeus que se manifestam em favor do povo palestino e contra o genocídio em Gaza. Vejam a matéria no endereço seguinte: https://www.brasil247.com/mundo/centenas-de-judeus-sao-presos-nos-estados-unidos-por-se-manifestar-em-favor-da-paz

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Os mecanismos da guerra híbrida: como o Ocidente influencia movimentos antigoverno pelo mundo?

Confrontos entre policiais e manifestantes pró-europeus no Maidan em Kiev, na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 25.08.2023

Especiais
O conflito na Ucrânia suscitou extensos debates sobre guerras híbridas, presentes sobretudo na mídia e nas redes sociais, cujo intuito visa influenciar opiniões ao redor do mundo. Longe de ser um fenômeno novo, esse tipo de tática tem sido largamente usado pelo Ocidente ao longo dos últimos anos para desestabilizar governos e países inteiros.
Quando entende ser conveniente, o Ocidente é capaz de suscitar movimentos sociais antigoverno em países insubmissos aos seus ditames, por meio de seu controle dos maiores veículos de comunicação e mídia, além do financiamento de organizações não governamentais.
Como de praxe, as populações destes países, sem entender o grau de manipulação no qual foram implicadas, começam a sair às ruas de forma a demandar mudanças de regime, sem mesmo prever a instabilidade política que se avizinha. Todo esse processo é guiado por uma forte campanha midiática no sentido de incentivar uma determinada compreensão da realidade doméstica, em favor dos interesses das principais potências ocidentais.
Cidade russa de Ulianovsk recebe jornalistas e especialistas em comunicação durante o 3º Campo da Juventude do BRICS, no dia 2 de agosto de 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 03.08.2023
Panorama internacional
Notícias sobre a Rússia no Brasil são filtradas por interesses hegemônicos dos EUA, diz jornalista
 Inicialmente, crises econômicas e sociais são o estopim para uma ação coordenada entre essas redes, a mídia ocidental e organizações não governamentais que, por meio de sua operação sincronizada, induzem a população a adotar slogans estranhos às suas realidades locais e, no limite, contribuindo para a derrubada de governos legítimos.
Ao passo que tais manifestações amadurecem e ganham corpo, elas se convertem em ataques disruptivos de grandes proporções às autoridades estabelecidas, resultando em crises políticas duradouras, mesmo após a "desejada" mudança de regime.
Antes e durante tais crises, a chamada "guerra informacional" se instaura, demonizando os líderes do país e suas políticas, sem que eles tenham a chance de alcançar um compromisso com as forças de oposição. Foi esse, por exemplo, o cenário predominante no Norte da África e Oriente Médio durante a Primavera Árabe de 2011 e, de modo ainda mais evidente, nas crises políticas da Ucrânia de 2004 e, anos depois, em 2014, que sedimentou a derrocada daquele país para o caos.
A deterioração das condições políticas nestas regiões, por sua vez, serviu de alerta a autoridades, tanto na Rússia como na China, sobre os perigos de uma possível ampliação dessa atuação insidiosa em seus próprios territórios, dado que ambos os países são criticados pelo Ocidente por não seguirem determinados parâmetros – pseudo-universais – de democracia e de respeito aos direitos humanos.
Um empregado limpa o pó do chão na sede da Agência Central de Inteligência (CIA) em Langley, Virgínia, 3 de março de 2005. - Sputnik Brasil, 1920, 04.05.2023
Panorama internacional
Relatório chinês: CIA está por trás de ataques de hackers e revoluções coloridas por todo o mundo
Afinal, foi justamente na esteira dos protestos oriundos da Primeira Árabe que começaram a se observar movimentações de igual natureza dentro da própria Rússia em dezembro de 2011, que visavam contestar os processos eleitorais no país. Tal tentativa foi acompanhada de perto pelo governo russo, que logo entendeu o que estava acontecendo, a saber, de que tais movimentações nada mais eram do que uma manifestação da interferência externa nos assuntos domésticos do Estado.
Deste modo, ao refletirem sobre os resultados inglórios da Primavera Árabe (vide Síria, Egito e Líbia), assim como da instabilidade econômica e social causada após as "revoluções coloridas" no espaço pós-soviético, a Rússia empreendeu sérios esforços para proteger sua soberania e evitar que semelhante caos se instalasse em seu próprio território. Diante de tal percepção, as elites russas, e em certa medida também as elites chinesas, solidificaram estratégicas para evitar que suas populações fossem alvo da influência de atores externos, sobretudo dos países ocidentais.
Não à toa, russos e chineses começaram a demonstrar uma maior coordenação para defesa de seus governos e de seus sistemas políticos, além de impedirem a ação intervencionista do Ocidente em outras partes do globo, como no caso da Síria. Não por acaso, quando discussões iniciais a respeito da criação de uma zona de exclusão aérea na Síria foram levantadas ainda em 2013, Moscou deixou bem claro que usaria seu poder de veto para brecar tais iniciativas. O que dizer então das insinuações da mídia ocidental de que o governo sírio teria usado armas químicas contra sua própria população em meados de 2013?
Conforme demonstrado pela Rússia, muitas das filmagens de crianças sendo atendidas após supostos ataques químicos nada mais eram do que encenações teatrais no intuito de causar comoção em audiências internacionais, justificando assim uma intervenção direta no país árabe. Em 2014, por sua vez, quando adveio o famigerado Euromaidan em Kiev, já estava bem claro para qualquer observador mais atento que o papel de potências externas através justamente da mídia e de ONGs locais foi preponderante para o acirramento dos protestos, que, no final das contas, culminou num ilegítimo golpe de Estado e na desestabilização da Ucrânia nos anos seguintes.
Em suma, organizações não governamentais financiadas pelo exterior, promessas de apoio logístico a manifestações públicas antigoverno, campanhas de mídia que visam demonizar autoridades locais e processos de sedução – sobretudo da população jovem – em torno de slogans vazios são as principais armas da guerra híbrida utilizada pelo Ocidente para atingir seus objetivos geopolíticos. A lição que fica então é: aos Estados que tomarem nota disso, maiores serão as chances de evitar cair no abismo.
As opiniões expressas neste artigo podem não coincidir com as da redação.
 
Fonte:  https://sputniknewsbr.com.br/20230825/os-mecanismos-da-guerra-hibrida-como-o-ocidente-influencia-movimentos-antigoverno-pelo-mundo-30044936.html

 

Censo 2022: mulheres são maioria em todas as regiões pela primeira vez

Rio de Janeiro é o estado com menor proporção de homens do país

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Por Rafael Cardoso, repórter da Agência Brasil - As mulheres são, pela primeira vez em cinco décadas, maioria em todas as grandes regiões do Brasil. Faltava apenas a Região Norte para consolidar a tendência histórica de predominância feminina. Não falta mais, segundo o Censo Demográfico de 2022, que teve novos resultados divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O país tem uma população residente de 203.080.756. Deste total, 104.548.325 (51,5%) são mulheres e 98.532.431 (48,5%) são homens. O que significa que existe um excedente de 6.015.894 mulheres em relação ao número de homens. O IBGE considera, para fins de registro, o sexo biológico do morador atribuído no nascimento.

O principal indicador usado pelo IBGE nessa categoria censitária é chamado “razão de sexo”, que leva em consideração o número de homens em relação ao de mulheres. Se o número for menor do que 100, há mais mulheres. Se for maior do que 100, há mais homens. Se em 1980, havia 98,7 homens para cada 100 mulheres, em 2022 essa proporção passou a ser de 94,2 homens para cada 100 mulheres.

Na divisão por regiões, a razão de sexo do Norte era 103,4 em 1980. No último Censo, em 2010, era 101,8. Agora, é 99,7. No Nordeste, considerando os mesmos anos, passou de 95,8 para 95,3 e agora é 93,5. No Sudeste, de 98,9 para 94,6 e 92,9. No Sul, de 100,3 para 96,3 e 95,0. E no Centro-Oeste de 103,4 para 98,6 e 96,7.

Quando se consideram os grupos etários no Brasil, a proporção de homens é maior entre o nascimento e os 19 anos de idade. Entre 25 e 29 anos, a população feminina se torna majoritária e a proporção continua crescendo nas idades mais avançadas. O IBGE explica a diferença inicial pelo número maior de nascimentos de crianças do sexo masculino. E a mudança na idade adulta pelas taxas maiores de mortalidade masculina na juventude.

“As causas de morte dessa população jovem masculina estão relacionadas às causas não naturais. Que são as causas violentas e os acidentes que acometem mais a população entre 20 e 40 anos de idade. Muito mais do que acontece com as mulheres”, afirma a pesquisadora do IBGE Izabel Guimarães.

Unidades da Federação - A análise por Unidades da Federação mostra que o Rio de Janeiro é o que tem a maior proporção de mulheres. A razão de sexo do estado é de 89,4 homens para cada 100 mulheres. Em números absolutos, são 16.055.174 de habitantes. Deste total, 8.477.499 (52,8%) são mulheres e 7.577.675 (47,2%) são homens.

Entre os cinco primeiros desse ranking, vêm logo na sequência o Distrito Federal (91,1), Pernambuco (91,2), Sergipe (91,8) e Alagoas (91,9).

O Mato Grosso lidera a lista de estados com maior proporção de homens. A razão de sexo é 101,3 homens para cada 100 mulheres. Em números absolutos, são 3.658.649 de habitantes. Deste total, 1.817.408 (49,7%) são mulheres e 1.841.241 (50,3%) são homens.

Apenas outros três estados do país têm predomínio masculino na população: Roraima (101,3), Tocantins (101,3) e Acre (100,2).

Municípios - O Censo 2022 também leva em consideração o sexo da população em cada município. E os números mostram que o número de habitantes em cada um deles influencia diretamente na diferença entre homens e mulheres. Quanto mais populosos, maior é a presença feminina.

Nos municípios com até 5 mil habitantes, a razão de sexo é, em média, de 102,3 homens para cada 100 mulheres. Entre 5 mil e 10 mil habitantes, o indicador fica em 101,4. Entre 10 mil e 20 mil, 100,3. As mulheres começam a ser maioria naqueles que têm entre 20 mil e 50 mil: razão de sexo é 98,4. Entre 50 e 100 mil, 96,2. Entre 100 mil e 500 mil, 93,3. E para aqueles que possuem mais de 500 mil, o indicador é 88,9.

Na lista dos municípios brasileiros com a maior razão de sexo, nove dos dez primeiros são do estado de São Paulo. O líder é Balbinos, que fica na Região Geográfica de Bauru, e tem 443,64 homens para cada 100 mulheres. Na sequência vêm Lavínia-SP (286,63), Pracinha-SP (250,27), Iaras-SP (209,51), Álvaro de Carvalho-SP (204,5), Pacaembu-SP (195,35), São Cristóvão do Sul-SC (184,57), Florínea-SP (181,92), Serra Azul-SP (178,54) e Marabá Paulista-SP (165,72).

“Esse número maior de homens vai acontecer em muitos municípios com uma população carcerária grande. Ela é contada por meio dos domicílios coletivos no Censo Demográfico e, em Balbinos e outros municípios principalmente de São Paulo, a razão de sexo vai ser muito alta por causa dessa população que vive em presídios masculinos”, disse Izabel Guimarães.

Entre os municípios com menor razão de sexo, o destaque é Santos, em São Paulo, com 82,89 homens para cada 100 mulheres. Logo vêm Salvador-BA (83,81), São Caetano do Sul-SP (84,09), Niterói-RJ (84,53), Aracaju-SE (84,81), Recife-PE (84,87), Olinda-PE (84,89), Porto Alegre-RS (85,24), Vitória-ES (86,18), Águas de São Pedro-SP (86,45).

infografico

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/censo-2022-mulheres-sao-maioria-em-todas-as-regioes-pela-primeira-vez-jdyxpxuv

 

Leo ao Quadrado - 27.10.2023

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Preços de alimentos têm queda pelo 5º mês consecutivo, mostra IBGE

Leite longa vida, feijão carioca e ovo de galinha foram os itens que ficaram mais baratos em outubro, conforme dados divulgados nesta quinta-feira

Presidente Lula e ministro Fernando Haddad participam de reunião no Palácio do Planalto - 25/05/2023
Presidente Lula e ministro Fernando Haddad participam de reunião no Palácio do Planalto - 25/05/2023 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - Prévia da inflação divulgada nesta quinta-feira (26) pelo IBGE revela que os preços de alimentos consumidos no domicílio recuaram pelo quinto mês seguido em outubro, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15),destaca o jornal Valor Econômico.

  • Outubro: -0,52%
  • Setembro: -1,25%
  • Agosto: -0,99%
  • Julho: -0,72%
  • Junho: -0,81%
  • Total em 5 meses: -4,29%

O IPCA-15 ficou em 0,21% em outubro, bem abaixo do mês anterior (0,35%), mas um pouco acima de igual período de 2022 (0,16%), segundo o IBGE. Com isso, a chamada “prévia” da inflação oficial soma 3,96% no ano e 5,05% em 12 meses. Os alimentos e combustíveis puxaram a queda. 

O índice do grupo Alimentação caiu 0,31% em outubro, com impacto do item alimentação no domicílio (-0,52%). Entre as quedas, o IBGE destaca leite longa vida (-6,44%), feijão carioca (-5,31%), ovo de galinha (-5,04%) e carnes (-0,44%). Subiram, entre outros, arroz (3,41%) e frutas (0,71%). A alimentação fora do domicílio subiu menos (de 0,46%, em setembro, para 0,21%).

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/precos-de-alimentos-tem-queda-pelo-5-mes-consecutivo-mostra-ibge

 

O Centrão está chantajeando o Governo Lula e por conseguinte, o Povo Brasileiro

A Caixa Econômica Federal foi entregue pelo governo como moeda de troca pela aprovação da cobrança de impostos sobre os fundos exclusivos, utilizados por indivíduos super-ricos, e das empresas offshore. Foi a forma encontrada pelo Governo Lula para cumprir uma promessa de campanha, que era: "colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda". Os deputados do Centrão, vem chantageando o Governo  na hora de votar matérias importantes para concretizar o projeto de governo apresentado por Lula na campanha e que foi aprovado nas urnas. Além da Caixa, o Centrão, sob a liderança de Artur Lira,  já abocanhou o Incra, a Codevasf, CBTU e o Denocs. A todo momento o Centrão tenta retirar direitos dos trabalhadores e impedir aprovação de políticas públicas que beneficiam as camadas mais vulneráveis da Sociedade Brasileira. Em tese, os deputados deveriam  defender os interesses do Povo em suas votações no parlamento. Mas, eles fazem exatamente o contrário disso. Eu estou decepcionado mesmo é com quem votou nesses congressistas que agem contra os interesses do nosso Governo Progressista e do povo brasileiro.

terça-feira, 24 de outubro de 2023

BNDES e FIDA destinam R$ 1,8 bi para famílias do semiárido nordestino

Ação do BNDES e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola destinará R$ 1,8 bilhão a 439 mil famílias no semiárido nordestino, para ações de combate à fome

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente Lula e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, no lançamento do Projeto Sertão Vivo, no Palácio do Planalto 24/10/2023
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente Lula e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, no lançamento do Projeto Sertão Vivo, no Palácio do Planalto 24/10/2023 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Agência Brasil - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta terça-feira (24), em Brasília, do anúncio do Projeto Sertão Vivo, Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste.

A iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), das Nações Unidas, vai destinar R$ 1,8 bilhão a 439 mil famílias no semiárido nordestino, para ações que contribuirão para o combate à fome e aos efeitos das mudanças climáticas.

Durante o evento no Palácio do Planalto, o BNDES e o FIDA assinaram o contrato de financiamento dos recursos que serão disponibilizados para todos os nove estados da região, que tiveram os projetos aprovados no âmbito do edital lançado em julho deste ano.

Pesquisa - O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que não é apenas um projeto social, mas um campo de pesquisa estratégico diante do cenário de eventos climáticos extremos. Segundo ele, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) também é uma das parceiras do projeto.

“Nós tivemos o ano mais quente da histórica da terra, o mês mais quente, o dia mais quente da história da terra agora. E 98% da previsão meteorológica [indicam] que os cinco próximos anos serão ainda mais quentes do que este”, destacou. “A caatinga...o semiárido é uma região que historicamente foi exposta à ausência de recursos hídricos, ao sol intenso, a variações de temperatura e ao aquecimento”, lembrou Mercadante.

“O que estamos olhando para essa experiência? Como que o planeta vai se defender do aquecimento global em áreas que podem viver o cenário que o Nordeste conhece, com tecnologia social, com toda a experiência de utilizar bem a água, de procurar água, de reúso da água, quais são as variedades que a gente tem que produzir para uma alimentação saudável. Não é só um projeto social, é também um imenso campo de pesquisa para um projeto portador de futuro não só no Brasil mas que a FAO vai se inspirar para levar para outras regiões, por exemplo, da África”, explicou o presidente do banco.

A parceria entre BNDES e FIDA vai apoiar projetos nos estados da Região Nordeste que promovam o aumento da resiliência climática da população rural do semiárido brasileiro, incluindo agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais, como povos indígenas, fundo de pasto e quilombolas.

Os beneficiados receberão capacitação e deverão adotar princípios e práticas que proporcionem acesso à água, aumentem a produtividade e a segurança alimentar de suas famílias, ampliem a resiliência dos sistemas de produção agrícola, restaurem ecossistemas degradados e promovam a redução das emissões de gases do efeito estufa.

O Projeto Sertão Vivo é acompanhado pelo Consórcio Nordeste, grupo formado pelos nove governadores da região.

Inicialmente, apenas quatro estados seriam contemplados, mas o BNDES anunciou a ampliação do projeto com recursos próprios. Do total de verbas, os governos estaduais terão financiamento de R$ 1,5 bilhão e R$ 300 milhões são recursos não reembolsáveis (sem a necessidade de devolução).

Agência especializada das Nações Unidas, o FIDA opera com recursos do Green Climate Fund (GCF), braço da ONU que financia com juros baixos a adoção das metas do Acordo de Paris.

Presença de Lula - Esse foi o primeiro evento público do presidente Lula após a cirurgia a que foi submetido, em 29 de setembro, para restauração da articulação do quadril direito. Ele não discursou na cerimônia. Nessa segunda-feira (23), o presidente já havia voltado a cumprir agendas internas no Palácio do Planalto. Até então, ele estava se recuperando e despachando na residência oficial, no Palácio da Alvorada.

O presidente da República tinha artrose na cabeça do fêmur do quadril direito, que é um desgaste na cartilagem que reveste as articulações, o que causa dores e até limitações de movimento. Nos últimos meses antes da cirurgia, ele vinha se queixando de dores com mais frequência.

Lula foi submetido a uma artroplastia total do quadril, procedimento que substitui a articulação do quadril doente por uma prótese artificial. Além dela, ele passou por uma blefaroplastia, cirurgia plástica para retirar o excesso de pele das pálpebras. 

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também participou da solenidade de hoje, no Palácio do Planalto.

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/bndes-e-fida-destinam-r-1-8-bi-para-familias-do-semiarido-nordestino

 

Governo Lula é aprovado por 53% dos brasileiros, aponta pesquisa Ipespe

A pesquisa ainda traz outros dados relevantes sobre a percepção pública. 70% dos entrevistados têm a esperança de ver uma melhoria em sua renda

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 - Pesquisa realizada pelo Ipespe em parceria com a Febraban indica que o governo do presidente Lula continua sendo aprovado por mais da metade dos brasileiros. Segundo o estudo, a aprovação atual é de 53%, marcando o segundo maior índice de satisfação desde o início da série histórica desse levantamento.

Em comparação com os dados divulgados em setembro, houve uma diminuição de 2 pontos percentuais na aprovação, que naquele mês estava em 55%. Já o índice de desaprovação apresentou uma elevação de dois pontos, alcançando agora 40%. A variação está dentro da margem de erro da pesquisa.

A pesquisa ainda traz outros dados relevantes sobre a percepção pública. Quase metade dos entrevistados (48%) acredita que o Brasil está em uma situação melhor este ano sob a gestão de Lula, em comparação a 2022, quando Jair Bolsonaro ocupava o Palácio do Planalto. Enquanto isso, a parcela que acredita que o cenário se manteve estável caiu 3 pontos, chegando a 30%. A opinião de que houve uma piora oscilou ligeiramente, de 19% para 20%.

Quando se trata de expectativas econômicas pessoais, a pesquisa revela um otimismo contínuo: 70% dos entrevistados têm a esperança de ver uma melhoria em sua renda ou da sua família até o final do ano. Apenas 8% antecipam uma piora, enquanto 20% acreditam que sua situação financeira permanecerá a mesma.

O levantamento divulgado nesta terça-feira (24) foi realizado entre os dias 12 e 16 de outubro e conta com 2 mil entrevistas por telefone. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95,5%.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/governo-lula-e-aprovado-por-53-dos-brasileiros-aponta-pesquisa-ipespe

 

Senado aprova atualização da Lei de Cotas

O projeto aumenta as chances de ingresso dos cotistas raciais ao prever primeiramente a disputa pela ampla concorrência

Relator, Paulo Paim (PT-RS) comemora aprovação no Plenário
Relator, Paulo Paim (PT-RS) comemora aprovação no Plenário (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Agência Senado - O Plenário aprovou nesta terça-feira (24) o projeto que reformula o sistema de cotas no ensino federal. O PL 5.384/2020 prevê que, entre outras mudanças, os candidatos cotistas passarão a concorrer também nas vagas gerais, e apenas se não conseguirem nota para ingresso concorrerão às vagas reservadas. Além de aprimorar a política de cotas nas universidades públicas e institutos federais, o texto altera critérios socioeconômicos (que levam em conta a renda e a formação em escola pública) e identitários, que consideram cor, etnia ou deficiência para o ingresso facilitado em estabelecimentos federais de ensino superior ou de ensino médio técnico. O texto agora segue para sanção presidencial.

O projeto foi relatado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que manteve o texto aprovado na Câmara dos Deputados e rejeitou sete emendas apresentadas em Plenário à proposição. Qualquer alteração faria com que o projeto retornasse à Câmara, e a política de cotas não poderia ser aplicada pelo Ministério da Educação a partir de 1º de janeiro de 2024, explicou o relator.

Foi rejeitado requerimento de Carlos Portinho (PL-RJ) para que tivesse preferência na votação uma emenda de Plenário apresentada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) que modificava integralmente a lei. A emenda estabelecia cotas nas instituições federais de ensino superior e técnico de nível médio apenas para estudantes oriundos de famílias com renda per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita — mantendo o percentual de 50% das vagas, mas retirando a exigência de que os estudantes tenham cursado integralmente o ensino médio ou fundamental em escola pública. O texto alternativo também eliminava a reserva de vagas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência. 

O projeto foi aprovado com os votos contrários dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Cleitinho (Republicanos-MG), Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Rogério Marinho (PL-RN).

Reserva de vagas

O projeto altera a Lei de Cotas (Lei 12.711, de 2012), que reserva no mínimo 50% das vagas em universidades e institutos federais para pessoas que estudaram todo o ensino médio em escolas públicas. Segundo a norma, a distribuição racial das vagas ocorre dentro desse percentual, de forma que um aluno negro que estudou o ensino médio em escola particular, por exemplo, não é beneficiado.

Atualmente, metade de todas as vagas para alunos oriundos de escola pública é assegurada às famílias que ganham até 1,5 salário mínimo por pessoa. Pela proposta aprovada, a renda familiar máxima será de 1 salário mínimo (que hoje corresponde a R$ 1.320) por pessoa.

Das vagas reservadas a estudante de escola pública, o processo seletivo observará a proporção de indígenas, negros, pardos e pessoas com deficiência (PcD) da unidade da Federação, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Caso o projeto vire lei, os quilombolas também serão beneficiados.

O texto prevê uma futura metodologia para atualizar anualmente os percentuais de pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência em relação à população de cada estado em até três anos da divulgação, pelo IBGE, dos resultados do Censo.

A proporção racial deve ser mantida tanto nas vagas destinadas aos egressos do ensino público de famílias com renda máxima de um salário mínimo quanto nas vagas dos estudantes de outras faixas de renda. 

O projeto aumenta as chances de ingresso dos cotistas raciais ao prever primeiramente a disputa pela ampla concorrência. Se o candidato não conseguir nota para aprovação nas vagas gerais, passará a concorrer às vagas reservadas.

A proposição também fixa avaliação do programa de cotas a cada dez anos, com a divulgação anual de relatório sobre a permanência e a conclusão dos alunos beneficiados. Os alunos optantes pela reserva de vagas que se encontrem em situação de vulnerabilidade social também serão priorizados no recebimento de auxílio estudantil.  

O texto já havia sido aprovado nas Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), sendo relatado por Paulo Paim nos dois colegiados.

Discussão

Ao defender a aprovação do projeto, Paulo Paim disse que a proposição contribui para a formação educacional dos brasileiros.

— A Lei de Cotas não é atividade perpétua, é transitória. Sonho em um dia poder dizer "não precisamos mais de Lei de Cotas". Antes da Lei de Cotas, as universidades tinham apenas 6% de pobres, vulneráveis, indígenas, pretos e pessoas com deficiência. Depois que surgiram as cotas, somos mais de 40%. É o Brasil negro, indígena, deficiente se encontrando na sala de aula — disse Paim.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, saudou a atuação política de Paulo Paim na elaboração da Constituição de 1988 e disse que o projeto contribui para o combate ao racismo no Brasil.

Líder da oposição, o senador Rogério Marinho ressaltou que o projeto prevê que a política de cotas será revista a cada dez anos, mas manifestou ressalva quanto essa iniciativa.

— Se tem que haver política de cotas, que seja uma política social e econômica, e não uma política racial que diferencia e aparta os brasileiros — afirmou.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) disse que “os resultados das cotas são bons e o país conseguiu trazer para o ensino superior pessoas que não tiveram ao longo da vida oportunidades que os demais tiveram”.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) ressaltou que o projeto “foi relatado pela pessoa que mais tenha passado por bullying, por dificuldades para se formar, para estudar, e está aqui hoje como senador”, referindo-se a Paulo Paim.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) defendeu a adoção de políticas públicas para a população negra e para “todos os povos que influíram na construção do país”.

O senador Flávio Bolsonaro disse que o combate ao racismo “une o Senado inteiro”. Ele afirmou ainda que “racismo se combate com educação e punição, pois a impunidade é que é o combustível desse crime hediondo, bárbaro e covarde”.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) apontou a necessidade da implantação de cotas no Brasil e a sua ampliação para vários outros setores da sociedade brasileira como forma de alcançar a igualdade no país.

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) questionou “o que são dez anos da Lei de Cotas [quando comparados] a 300 anos de escravidão. “Dez anos não são suficientes para compensar o que essa população sofreu”, afirmou.

Também manifestaram apoio ao projeto os senadores Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Alessandro Vieira (MDB-SE), Otto Alencar (PSD-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Flávio Arns (PSB-PR), além das senadoras Augusta Brito (PT-CE) e Leila Barros (PDT-DF).

Fonte: Agência Senado

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/senado-aprova-atualizacao-da-lei-de-cotas

 

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

5.087 palestinos morreram em ataques israelenses desde 7 de outubro, diz Ministério da Saúde de Gaza

Segundo o ministério, 436 palestinos foram mortos em ataques israelenses nas últimas 24 horas, incluindo 182 crianças

(Foto: Reuters/Ibraheem Abu Mustafa)

Reuters - Pelo menos 5.087 palestinos foram mortos em ataques israelenses desde 7 de outubro, incluindo 2.055 crianças, informou o Ministério da Saúde de Gaza nesta segunda-feira, acrescentando que 15.273 ficaram feridos.

O ministério disse que 436 palestinos foram mortos em ataques israelenses nas últimas 24 horas, incluindo 182 crianças, a maioria no sul da Faixa de Gaza.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/5-087-palestinos-morreram-em-ataques-israelenses-desde-7-de-outubro-diz-ministerio-da-saude-de-gaza

 

domingo, 22 de outubro de 2023

Sobe para 4.651 número de palestinos mortos em Gaza pelo exército israelense; 40% são crianças

O Ministério da Saúde de Gaza disse que 266 palestinos, incluindo 117 crianças, foram mortos por ataques aéreos israelenses nas últimas 24 horas

Uma menina palestina reage após os ataques israelenses, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, 14 de outubro.
Uma menina palestina reage após os ataques israelenses, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, 14 de outubro. (Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

247 - O Ministério da Saúde palestino comunicou que o número de vítimas fatais na Faixa de Gaza aumentou para 4.651 pessoas, incluindo 40% de crianças. Outras 14.245 pessoas sofreram ferimentos, sendo 70% delas crianças e mulheres, de acordo com as informações do ministério. Hoje, no 16º dia do conflito, o total de óbitos, que inclui 1.406 israelenses, ultrapassou 6 mil vítimas fatais.

Além dos ataques aéreos, a população em Gaza enfrenta um bloqueio israelense que impede a entrada de água, alimentos, combustíveis e suprimentos médicos na região. Neste domingo (22), o segundo comboio de assistência humanitária, composto por 17 caminhões, recebeu autorização para atravessar a fronteira de Rafah, no Egito.

Saiba mais - As preocupações sobre o risco de a guerra Israel-Hamas se transformar num conflito mais amplo no Médio Oriente aumentaram no domingo, com os EUA a enviarem mais meios militares para a região, enquanto Israel atacava Gaza durante a noite e atingia apoiantes do Hamas no Líbano e na Síria.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que 266 palestinos, incluindo 117 crianças, foram mortos por ataques aéreos israelenses nas últimas 24 horas no enclave, ao qual Israel colocou "cerco total" após uma infiltração em massa mortal em Israel por homens armados do Hamas em 7 de outubro.

Na vizinha Síria - onde o Irã, o principal apoiante regional do Hamas, tem presença militar - mísseis israelitas atingiram os aeroportos internacionais de Damasco e Aleppo na manhã de domingo, colocando ambos fora de serviço e matando dois trabalhadores, informou a mídia estatal síria.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/sobe-para-4-651-numero-de-palestinos-mortos-em-gaza-pelo-exercito-israelense-40-sao-criancas

 

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

O aumento de poder do BRICS a meu ver, está mexendo nos nervos do governo dos EUA

 Por Jacinto Pereira

O PIB do BRICS, após sua expansão com a entrada de seis novos membros a partir de primeiro de janeiro de 2024, será de 37% do PIB global, enquanto o G7, comandado pelos Estados Unidos,  fica com aproximadamente  30%. A meu ver, isso contribui para a atitude do governo dos EUA ao demonstrar força militar com porta aviões no Oriente Médio, em meio ao conflito Israel palestino, prometendo apoio ilimitado ao Estado de Israel nos seus ataques aos componentes do Hamas e aos cidadãos civis daquela faixa de terra. Também o fato de vetar uma resolução humanitária para a saída de pessoas e entrada de ajuda no território palestino da Faixa de Gaza, apresentada pelo Brasil, que recebeu 12 votos favoráveis no Conselho de Segurança da ONU, que é presidido pelo Brasil neste mês. Recebeu inclusive o voto da China, líder do BRICS e apoiadora da entrada nesse grupo, de países do Oriente Médio como Irã e Arábia Saudita, dois países grandes produtores de petróleo e que negociarão entre si em suas próprias moedas, isolando o dólar americano.

Número de palestinos mortos por Israel em Gaza sobe para 4 mil, segundo Ministério da Saúde local

Deste total, 1.661 vítimas eram crianças. São mais de 13 mil feridos. Cirurgias estão sendo realizadas no chão dos hospitais

Um homem palestino carrega uma menina ferida no local dos ataques israelenses, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, 14 de outubro
Um homem palestino carrega uma menina ferida no local dos ataques israelenses, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, 14 de outubro (Foto: REUTERS/Yasser Qudih)

247 - O Ministério da Saúde de Gaza revelou nesta sexta-feira (20) que diante da continuidade dos ataques aéreos israelenses à região, o número de vítimas fatais em Gaza continua aumentando e, até agora, 4.137 pessoas morreram. Deste total, 1.661 eram crianças. Além disso, mais de 13.260 pessoas estão feridas, deixando um rastro de dor e sofrimento.

O cenário é de extrema angústia. Segundo o órgão, "as cirurgias estão sendo feitas no chão, nos corredores do hospital". A situação se torna ainda mais desesperadora, pois as ações militares de Israel não cessam. A última noite em Gaza foi mais uma vez de bombardeios incessantes, segundo a Al Jazeera.

A UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos, afirma que mais dois de seus funcionários foram mortos em Gaza, elevando o número total para 16 desde o início da guerra. “A UNRWA continua a defender a adesão ao direito humanitário internacional – o pessoal da ONU e os civis devem ser protegidos em todos os momentos”, afirmou pelo X, antigo Twitter.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/numero-de-palestinos-mortos-por-israel-em-gaza-sobe-para-4-mil-segundo-ministerio-da-saude-local

 

PF identifica ligação entre espionagem clandestina da Abin e roteiro do golpe bolsonarista

 Para os investigadores, a atuação de Jair Bolsonaro e aliados ‘ultrapassou a mera cogitação e atos preparatórios’: o grupo tentou efetivamente "dar um golpe”

(Foto: ABr | Reuters | Polícia Federal)

247 - O monitoramento ilegal de cidadãos brasileiros pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é mais uma peça dentro da investigação mais ampla sobre os atos antidemocráticos e, de acordo com a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, "o entendimento entre investigadores é que a atuação de Bolsonaro e aliados ‘ultrapassou a mera cogitação e atos preparatórios’ e efetivamente ‘tentou’ dar um golpe”.

A tentativa de efetivação do golpe inclui uma série de eventos interligados, como bloqueios em rodovias, acampamentos de militantes do bolsonarismo em frente aos quartéis, financiamentos suspeitos, incidentes como a bomba encontrada nas imediações do aeroporto de Brasília e a tentativa de invasão da sede da PF em 12 de dezembro de 2022, além do "monitoramento de autoridades".  

PF investiga quadrilha da Abin que espionava jornalistas e adversários de Bolsonaro

“Esses elementos, embora aparentemente investigados de forma separada, estão todos ligados e aparecerão costurados ao final dos trabalhos de investigação — expectativa para o primeiro semestre de 2024 — quando a PF deverá apontar quem foram os 'mentores' da tentativa de golpe”, destaca a reportagem.  

Espionagem ilegal da Abin ocorreu sob a direção de Ramagem, homem de confiança de Bolsonaro

Um ponto de destaque que evidencia a conexão entre todos esses eventos é o entendimento estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que as diversas investigações tenham um único relator, o ministro Alexandre de Moraes.  

Esquema de espionagem ilegal da Abin foi "sistematicamente usado" em 2022 e em "cerco ao STF"

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (20) a Operação Última Milha, para apurar a espionagem ilegal por parte de servidores da Abin a jornalistas, advogados, políticos e opositores do governo Jair Bolsonaro (PL).  

Servidores da Abin realizaram mais de 30 mil monitoramentos ilegais de cidadãos brasileiros, diz PF 

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/pf-identifica-ligacao-entre-espionagem-clandestina-da-abin-e-roteiro-do-golpe-bolsonarista