quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Portal Ceará: Cozinhas Ceará Sem Fome são premiadas por atuação de destaque - Portal Ceará

 

Certificação reconhece unidades do programa Ceará Sem Fome por atuação nas áreas de qualificação, sustentabilidade e participação social

O Governo do Ceará premiou 317 cozinhas do programa Ceará Sem Fome com o certificado “Cozinha Transformadora”, em reconhecimento às ações voltadas à segurança alimentar e nutricional. A entrega ocorreu durante o primeiro dia do 2º Festival Ceará Sem Fome, com a presença do governador Elmano de Freitas, da primeira-dama e presidente do Comitê Intersetorial de Governança, Lia de Freitas, além de autoridades nacionais e internacionais.

A premiação fez parte das atividades alusivas ao Dia Mundial da Alimentação, celebrado nesta quinta, dia 16. Neste ano, a data é comemorada de forma inédita no Ceará, escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como palco principal da celebração mundial.

As cozinhas premiadas foram avaliadas em três categorias: Qualificação e Renda, Sustentabilidade e Participação Social. Para obter o certificado, as unidades precisaram comprovar funcionamento regular por, no mínimo, seis meses e contar com a atuação de Agentes Populares de Segurança Alimentar. “A gente é muito grato por trabalhar neste programa e fazer 100 quentinhas todos os dias para saciar a fome de quem realmente precisa”, disse Gerusa da Conceição, da Cozinha Solidária Benjamim Sem Fome, em Pacatuba.

Em Fortaleza, a Cozinha Maria Tomásia também foi certificada. “Muita gente que antes não tinha o que comer procura a nossa cozinha. São mais de 100 cadastros, entre crianças, trabalhadores da reciclagem e outras pessoas. Só tenho gratidão e parabenizo os responsáveis por essa obra tão grande”, afirmou Rosângela da Silva, integrante da unidade.

O representante da FAO no Brasil, Jorge Meza, destacou o papel do Ceará no combate à fome. “Sempre estaremos naqueles lugares onde encontramos exemplos de boas políticas públicas que estão gerando resultados importantes. E o que encontramos aqui, no Ceará, esperamos iniciar um processo mais intenso de diálogo, para que essas experiências sejam utilizadas em outras partes do mundo”, afirmou.

Fonte:  https://draft.blogger.com/blog/post/edit/7910370922163291105/7901644300200623358

Portal Ceará: CNH Popular terá 3 mil vagas para estudantes de graduação e ensino técnico

 

Expansão do programa destina vagas a universitários e alunos do ensino técnico de instituições públicas estaduais e federais.
 
Foto: Reprodução


Durante o evento, Elmano destacou o impacto social da iniciativa. “Isso permite que esse jovem não tenha essa despesa, possa tirar a sua carteira e também, quem sabe, até conseguir uma renda extra”, afirmou o governador, agradecendo aos servidores do Detran pelo trabalho voltado ao povo cearense.

Os interessados devem ter pelo menos 18 anos, estar inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e vinculados a uma instituição pública de ensino. As habilitações oferecidas são das categorias A (moto) e B (carro). Segundo o superintendente do Detran-CE, Waldemir Catanho, mais novidades sobre o programa serão divulgadas em breve. “Somente neste ano, atendemos mais de 33 mil pessoas em todos os municípios do Ceará com a CNH Popular”, destacou.

Das novas vagas anunciadas, 1.800 serão destinadas a motociclistas. Em 2025, o Detran-CE já emitiu mais de 3 mil documentos por meio do programa, que recebeu R$ 25 milhões em investimentos nos últimos dois anos. 

Fonte:  https://portalceara.jor.br/ceara-amplia-cnh-popular-com-3-mil-vagas-para-estudantes-de-graduacao-e-ensino-tecnico/

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Presidente Lula participa de cerimônia de Comemoração do Dia dos Profess...

Grifo meu: Parabéns para todos os Professores, Professoras e demais profissionais da Educação. Que nosso Criador continue abençoando todos eles.

Agencia Brasil: PNE: relatório sugere investimento de 7,5% do PIB para educação

 

Entre as fontes dos recursos são apontadas verbas do pré-sal
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 14/10/2025 - 20:05
São Luís
Brasília (DF), 26/03/2025 - Alunos de escola no Itapuã, região administrativa do Distrito Federal. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os investimentos necessários para assegurar uma educação de qualidade, zerar deficiências, manter infraestrutura e valorizar profissionais da educação nos próximos 10 anos é de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB). É o que aponta relatório do Plano Nacional de Educação (PNE) 2025-2035, apresentado nesta terça-feira (14) na Comissão Especial que analisa o tema na Câmara dos Deputados. O texto agora será discutido em cinco sessões do colegiado antes de ser colocado para votação.

Segundo o relatório do deputado Moses Rodrigues (União Brasil-CE), o resultado diz respeito ao somatório dos recursos alocados, de investimentos e subsídios, com a educação pública em todos os níveis - infantil, fundamental e superior. A estimativa é de que o valor fique em R$ 280 bilhões, nos próximos 10 anos, dos quais R$ 130 bilhões seriam para zerar deficiências históricas, como analfabetismo, percentual mínimo de pessoas com ensino fundamental e médio, entre outros, e R$ 150 bi para a manutenção da infraestrutura educacional.

“Estamos aqui evidenciando que encontramos um número adequado em percentual e a gente não podia deixar de ter um compromisso com a educação brasileira e repetir um número que vem sendo repetido a muito tempo que é de 10% [do PIB]. Lá atrás, considerada a questão demográfica, talvez se precisasse de 10%, mas com a redução da estimativa de população chegamos a esse percentual”, afirmou Rodrigues durante a apresentação do parecer.

O PNE traça 19 objetivos a serem alcançados na próxima década. Para cada objetivo previsto no plano, foram estabelecidas metas que permitem monitoramento ao longo do decênio, por meio de um conjunto de estratégias com as principais políticas, programas e ações envolvendo a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.

A ênfase do novo PNE está na qualidade do ensino, com objetivos e metas focados em padrões de qualidade na educação infantil, na educação profissional e tecnológica, no ensino superior e na formação de docentes.

>>Saiba os objetivos

Além disso, há objetivos específicos para as modalidades de educação escolar indígena, educação do campo e quilombola. O projeto mantém metas para educação integral e também para os públicos-alvo da educação especial e da educação bilíngue de surdos.

Para financiar as metas previstas no plano, o relator propôs a necessidade de alocação de recursos da exploração de petróleo para investimentos em expansão, modernização e adequação da infraestrutura física e tecnológica das escolas; na redução das desigualdades entre redes de ensino e na garantia de padrões nacional de qualidade. As redes também têm previsão de receber recursos adicionais, condicionados ao cumprimento das metas de acesso e rendimento escolar.

Um projeto de Lei foi incluído no PNE, para que os recursos de exploração do Pré-Sal, estimados em R$ 220 bilhões, sejam voltados para educação.

“Encontramos um crescimento de recursos de exploração do pré-sal, existe um crescimento que não tem previsão de uso de 2026 em diante e antes que aparecesse um dono estamos amarrando esse recursos extraordinário, que excede o que está já previsto. Só o petróleo atende 80% do que estamos colocando no nosso parecer”, afirmou.

“Além disso, a proposta coloca o PNE e tudo o que vai ser investido em infraestrutura nos próximos 10 anos fora do arcabouço fiscal, pois vamos ter orçamento e não vai ter como gastar, pois vai ficar dentro do arcabouço fiscal. Não adianta ter o dinheiro e não ter como utilizar”, completou.

O restante dos recursos para financiamento do PNE viriam da negociação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), em que os estados se comprometeriam em trocar parte de suas dívidas por investimentos sociais. O projeto de lei deixa aberta ainda a possibilidade de o governo federal encaminhar novas fontes para o plano.

“A sociedade vai investir mais em educação e aqui as redes estaduais e municipais vão ter que competir entre si. Nós não vamos pegar um município pobre lá no Nordeste ou no Norte, para competir com um município com a nota, desempenho ou resultado no Paraná. Queremos que desempenho e resultado seja sempre em referência com os resultados anteriores desse município para que ele possa ter mais acesso a recursos novos”, defendeu Moses.

Para tanto, o texto estabelece um calendário, com datas para o planejamento estratégico de cada gestor para o atingimento das metas. Um Plano de Educação, de longo prazo, com a definição de metas e diretrizes gerais e um Plano de Ação, a ser elaborado a cada dois anos, por União Estados e Municípios, com indicadores, metas intermediárias e planos operacionais.

“Todos os recursos serão mantidos e inclusive antecipados, mas no plano de ação, a cada dois anos, ele tem que ter um compromisso para que a sociedade possa saber como está sendo investido e quais os resultados que estão sendo alcançados”, explicou.

Brasil247: Governo Lula beneficiará 60 milhões de brasileiros com Gás do Povo

 

Segundo o ministro Alexandre Silveira, o Gás do Povo é o “maior programa de combate à pobreza energética do planeta”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de minas e Energia, Alexandre Silveira - 04/09/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou, nesta terça-feira (14) a importância para o País do programa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva Gás do Povo, que promete beneficiar dezenas de milhões de brasileiros e se tornar a maior iniciativa de combate à pobreza energética do planeta.

Em entrevista à TV Brasil, Silveira detalhou: o programa assegura gratuidade no fornecimento de gás de cozinha para 17 milhões de famílias brasileiras. A iniciativa alcançará cerca de 60 milhões de pessoas em todo o país, projetou. 

“O Gás do Povo é um grande programa social. É o maior programa social de combate à pobreza energética do planeta”, afirmou Silveira, durante participação no programa Bom Dia, Ministro.

O benefício contempla famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para quem recebe o Bolsa Família.

Luz do Povo

Silveira também destacou o programa Luz do Povo, também do governo do presidente Lula, que, segundo ele, garante o acesso à energia elétrica de qualidade e preços justos a milhares de brasileiros. 

O programa prevê descontos para quem mais precisa, além de liberdade de escolha e mais equilíbrio para o setor elétrico. Com o Luz do Povo, o consumidor que tem direito à Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) passa a ter gratuidade na tarifa de energia se seu consumo mensal for de até 80 KWh. 

Outro ponto importante do Luz do Povo diz respeito ao acesso ao mercado livre de energia, por meio do qual o consumidor escolhe de qual empresa comprar energia, seja ele residenciais e rurais, ou pequenas e médias empresas ou indústrias. 

“A medida provisória enviada por nós ao Congresso Nacional era uma medida provisória estruturante. Ela tinha o programa social como primeiro eixo. O segundo eixo é a abertura completa e total de mercado. Qualquer cidadão poder comprar e escolher a fonte energética que vai comprar energia. Na medida provisória, até 120 quilowatts a partir de janeiro vai ter o desconto da CDE. Então, parte da classe média também é atendida com um grande programa social, que é o Luz do Povo. Eu confio plenamente que o Congresso Nacional vai fazer um bom debate, vai entregar um bom projeto”, afirmou o ministro.

O Luz para Todos foi criado em 2003 no primeiro mandato do presidente Lula e retomado em agosto do ano passado, para atender 500 mil famílias na nova fase.

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Fonte: https://www.brasil247.com/economia/governo-lula-beneficiara-60-milhoes-de-brasileiros-com-gas-do-povo

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Ag%encia Brasil: Pix Automático torna-se obrigatório a partir desta segunda

 

Nova modalidade substituirá débito automático e boletos
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/10/2025 - 14:39
Brasília
Brasília (DF), 16/01/2025 - Aplicativo bancário para pagamento financeiro em pix. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
© Bruno Peres/Agência Brasil
Com a promessa de substituir o débito automático e os boletos, o Pix automático torna-se obrigatório nesta segunda-feira (13). Lançada em caráter opcional em junho, a extensão do Pix foi desenvolvida para o usuário autorizar pagamentos periódicos a empresas e prestadores de serviços, como microempreendedores individuais (MEI). O cliente autoriza uma única vez, com os débitos ocorrendo automaticamente na conta do pagador.

A ferramenta pretende beneficiar tanto empresas como consumidores. De acordo com o Banco Central (BC), o débito automático beneficiará até 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito.

Para as empresas, a nova tecnologia facilitará a cobrança ao simplificar a adesão à cobrança automática. Isso porque o débito automático exige convênios com cada um dos bancos, o que na prática só era possível a grandes companhias. Com o Pix automático, bastará a empresa ou o MEI pedir a adesão ao banco onde tem conta.

arte pix automático
Arte/Agência Brasil

Como funciona

  • Empresa envia pedido de autorização de Pix automático a cliente
  • No aplicativo do banco ou instituição financeira, o cliente acessa a opção “Pix automático”
  • Lê e aceita os termos da operação
  • Define a periodicidade da cobrança, o valor (fixo ou variável) e o limite máximo por transação
  • A partir da data acordada, o sistema faz os débitos automaticamente
  • Cobrança pode ser feita 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive em feriados
  • Usuário pode cancelar autorização e ajustar valores e periodicidade a qualquer momento

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Tipos de contas

O Pix automático só é válido para pessoas físicas como pagadoras e empresas ou prestadores de serviços como cobradores. O pagamento periódico entre pessoas físicas, como mesadas ou salários de trabalhadores domésticos, é feito por outra modalidade, o Pix agendado recorrente, serviço que os bancos devem oferecer obrigatoriamente desde outubro de 2024.

Algumas contas pagas com Pix automático

  • Contas de consumo (luz, água, telefone)
  • Mensalidades escolares e de academias
  • Assinaturas digitais (streaming, música, jornais)
  • Clubes de assinatura e serviços recorrentes
  • Outros serviços com cobrança periódica

Algumas empresas, principalmente micro e pequenas empresas, usavam o Pix agendado recorrente para cobranças periódicas. O Pix automático promete simplificar as operações de cobrança.

No Pix agendado recorrente, o pagador tinha de digitar a chave com a conta da empresa, o valor e a periodicidade da cobrança, o que poderia levar a erros e divergências. No Pix automático, o usuário receberá uma proposta de adesão, bastando confirmar a cobrança, podendo ajustar valores e a frequência dos pagamentos.

Segurança

O Pix automático traz alguns riscos de segurança. O principal são falsas empresas que enviam propostas de cobrança que irão para contas de terceiros. Para minimizar o risco de golpes, o BC editou, em junho, uma série de normas para as empresas que aderirem ao Pix automático.

Bancos e instituições de pagamentos deverão checar uma série de informações das empresas, divididas em três eixos: dados cadastrais, compatibilidade entre a atividade econômica e o serviço ofertado no Pix automático e histórico de relacionamento com o participante. Para impedir fraudes por empresas recém-criadas, somente empresas em atividade há mais de seis meses poderão oferecer a nova modalidade do Pix.

As regras de segurança que os bancos deverão checar são as seguintes:

  • Data de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); situação cadastral dos sócios e administradores no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), e outras informações da empresa
  • Compatibilidade entre a atividade econômica e o serviço oferecido para o Pix automático
  • Quantidade de funcionários, valor do capital social e faturamento
  • Tempo de abertura da conta e uso de outros meios de cobrança
  • Frequência das transações com o participante

domingo, 12 de outubro de 2025

Agência Brasil: Conferência inspira jovens a combaterem injustiça climática no Brasil

 

Participantes levam para seus lares nova visão sobre mudança climática
Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 11/10/2025 - 10:15
Brasília
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA). Centro Técnico Educacional da CNTI, Luziânia - GO.

Foto: Ricardo Stuckert / PR
© Ricardo Stuckert / PR

As crianças e adolescentes participantes da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (6ª CNIJMA), em Luziânia, Goiás, voltaram para seus lares, nesta sexta-feira (10), depois de vivenciarem cinco dias de debates, gincanas, palestras, oficinas temáticas e atrações culturais. 

Na bagagem, estão os planos de desenvolver a educação ambiental em seus territórios e chamar a atenção para a necessidade de combater a injustiça climática, que, normalmente, atinge desproporcionalmente as comunidades mais vulneráveis e marginalizadas no Brasil, com chuvas, secas, calor intenso e inundações.

De Itapemirim, no Espírito Santo, Lara Guimarães Silva (foto) deseja que os saberes e práticas ancestrais sejam considerados na oferta global de soluções que resgatem o respeito à natureza e promovam a equidade de oportunidades. As comunidades tradicionais, segundo a jovem, são as que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas, mesmo contribuindo menos para as alterações do clima.

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Lara Guimarães participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Lara Guimarães vive em comunidade que valoriza o clima - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

“As mudanças climáticas são muito ruins porque afetam a terra, o solo e o ciclo da água. Isso faz a nossa agricultura familiar desequilibrar”, afirma.

Com 13 anos de idade, Lara foi criada na comunidade de quilombola de Graúna, que, segundo ela, valoriza bastante o clima. 

“Com o clima desregulado, a gente perde um pouco das nossas tradições e culturas”, diz a adolescente.

Da Região Norte, Jessyane Cavalcante, com 12 anos de idade, percebe que a poluição, sobretudo pelo plástico, afeta o município de Mucajaí, em Roraima. Na conferência nacional, ela defendeu a reciclagem de embalagens plásticas para ter um território saudável. 

“A reutilização de materiais pet mal descartados na nossa vila fariam a diferença para combater a poluição”, defende.

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Adrielle Silveira participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Para Adryellen Silveira impactos de eventos climáticos são visíveis - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Na realidade da estudante indígena Adryellen Silveira Bertoldo, de 13 anos, os impactos de eventos climáticos são visíveis e prejudicam o pequeno plantio de alimentos na aldeia onde vive, em Aracruz, no Espírito Santo.

“O que eu aprendi aqui, vou aplicar lá. Quero dialogar com minha comunidade e dar ideias para meu professor para fazermos atividades na escola”, disse.

Em outro bioma, o Cerrado, o jovem Elton Brenner, do 8º ano do ensino fundamental, aproveitou a última chance de participar da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente como delegado, porque já tem a idade limite de 14 anos.

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Elton Dener  participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Elton Dener apresentou projeto de compromisso com a sustentabilidade, com o meio ambiente e de mobilização comunitária - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O projeto escolar que Elton Brenner trouxe de Goiatuba, em Goiás, para a conferência, reafirma o compromisso com a sustentabilidade, com o meio ambiente e de mobilização comunitária. O documento sugere soluções para problemas urbanos, como mais áreas verdes dentro de escolas, melhoria das praças das cidades, o reaproveitamento da água, o plantio de hortas comunitárias e a fiscalização do descarte de resíduos sólidos.

Elton acredita que eventos como a conferência, criam consciência ambiental desde cedo nos estudantes.

“Quem participa já aprende a importância do meio ambiente, conhece a reciclagem, conhece uma horta, se aprofunda em alimentação saudável e até domina como gerenciar uma casa”, avalia.

De outro ponto do estado de Goiás, o jovem delegado da conferência Kleber Medeiros de Oliveira Júnior, de 13 anos, observou que no trajeto feito de carro de sua cidade, São Miguel do Araguaia, até o local da conferência nacional, em Luziânia, a vegetação nativa do Cerrado foi substituída por extensas plantações de monoculturas. 

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Kleber Pereira participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Aos 13 anos, Kleber Pereira participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“Quanto menos árvores tiver, mais vai ter o calor, porque essas árvores param de produzir o oxigênio, o que vai agravar o efeito estufa”, sentencia.

Kleber ainda lamenta a poluição do rio da localidade. [FOTO]

“Jogam muito lixo nas ruas, nos esgotos, e pensam que não vai acontecer nada. Mas o vento traz tudo para os rios, os peixes comem isso e acabam morrendo”, diz.

Mais experiente

Nas cinco edições anteriores, a conferência infantojuvenil envolveu milhares de pessoas. A 6ª edição, com o tema Vamos transformar o Brasil com educação e justiça climática, contabilizou mais 800 participantes, todos representantes das etapas preparatórias.

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Francisco Gelmo participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Francisco Gelmo participou em 2006, aos 11 anos, da Conferência Infantojuvenil - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Uma das pessoas que acumula a experiência de outras conferências infantojuvenis pelo meio ambiente e que esteve em Luziânia esta semana é o cantor e compositor Francisco Gelmo Sousa, de 30 anos de idade. A primeira conferência da qual participou foi em 2006, aos 11 anos, como delegado representante de Itapajé, no Ceará. 

O artista ainda passou pela experiência como integrante do coletivo de jovens facilitadores em outras edições da mobilização nacional e como organizador das etapas estaduais do evento. Nesta 6ª edição da conferência, na função de educador, ele foi o responsável por cuidar de jovens cearenses durante a viagem. 

“É uma alegria enorme ver como essa conferência transforma a vida da gente, abre portas e desenha um presente e um futuro para a gente. Essa ligação com o ambiente sempre foi muito forte para mim”, afirmou.

Conferência transformadora

Outros gestores de educação presentes no evento, representando as delegações estaduais, apostam justamente no poder de transformação socioambiental das conferências, tanto na consciência sobre o futuro, nos hábitos atuais dos participantes jovens, assim como no combate à desinformação.

É o que destaca a servidora da Secretaria de Educação do Estado do Piauí Luana Batista, responsável pela delegação do estado. 

“São projetos com o envolvimento da comunidade escolar que dão certo. Há uma mudança significativa nas atitudes, nos comportamentos e valores para melhorar a qualidade de vida do nosso cotidiano”, acredita.

Luana Batista percebe mudanças nos jovens que vivenciam as experiências das conferências que tratam de meio ambiente. “Essas mudanças de atitude tendem a melhorá-los. Até mesmo a fala deles, como protagonistas juvenis, dentro da sua comunidade escolar, em seu território”.

O representante da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, professor Alexandre Guimarães, presente pela primeira vez em uma conferência nacional, aposta no potencial da juventude para melhorar o planeta Terra.

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Alexandre Guimarães participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Alexandre Guimarães aposta no potencial da juventude para melhorar o planeta Terra - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

“Os estudantes de 11 a 14 anos da Bahia foram muito engajados em todos os projetos desenvolvidos em suas escolas. Isso nos traz o alento de que essa transição geracional vai acontecer e será com qualidade, garantindo o futuro desse planeta que a gente tanto ama e quer bem”, disse.

A mobilização para a conferência alcançou 8.732 escolas em 2.307 municípios e reuniu delegações dos 26 estados e do Distrito Federal.

Na quarta-feira (8), os representantes dos estudantes do 6º ao 9ª ano do ensino fundamental de várias partes do Brasil, apresentaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministros a Carta Musical Raiz que Floresce, e entregaram a versão preliminar da Carta Compromisso das Crianças e Jovens pelo Futuro do Planeta, com o pacto das novas gerações pela construção de uma sociedade sustentável e solidária. 

A versão final da carta será levada pelo governo do Brasil à COP30 [Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima], em Belém, a partir de 10 de novembro, como forma de reconhecer o protagonismo dos jovens na conscientização e no enfrentamento às mudanças climáticas.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

VERMELHO: Lula lança novo modelo de crédito imobiliário voltado para classe média

 

Modernização do modelo de crédito habitacional permite financiamentos de até R$ 2,25 milhões com juros de 12% ao ano para famílias com renda entre R$12 mil e R$20 mil

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Lula anunciou, nesta sexta-feira (10) em São Paulo (SP), um novo modelo de crédito imobiliário para ampliar os recursos do financiamento habitacional com foco na classe média, ao mesmo tempo em que fortalece o setor de construção civil e gera mais empregos.

A intenção é permitir que famílias que ganham mais de R$12 mil por mês, a renda máxima da Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, possam ter acesso a financiamentos com a modernização do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). A expectativa é financiar 80 mil novas moradias até 2026 com juros de 12% ao ano.

Para alcançar a classe média, com renda entre R$12 mil e R$ 20 mil mensais, o valor máximo de financiamento dos imóveis pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação) subiu de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. O governo calcula que a solução irá elevar as operações de crédito imobiliário em mais de R$ 50 bilhões.

Na sua fala, o presidente Lula ressaltou a importância da iniciativa, ao atender um público que hoje é carente de acesso ao crédito pela faixa de renda, mas fez cobranças públicas quanto às entregas feitas no âmbito do Minha Casa Minha Vida.

Leia mais: Governo Lula 3 bate marca de 70 mil moradias entregues apenas no Maranhão

Sobre a recente inauguração de um conjunto habitacional em Imperatriz, no Maranhão, o presidente ressaltou que, pela dimensão da entrega, para 11 mil pessoas (em 2.837 unidades habitacionais), o governo praticamente entregou uma cidade. No entanto, alertou que os agentes públicos envolvidos não se atentaram para à falta de infraestrutura para essas pessoas, e cobrou que sejam construídas praças e unidades de saúde, assim como seja levado o comércio para a localidade. Ele assumiu o compromisso de voltar em março ao local para inaugurar equipamentos públicos.

“Não é possível a gente continuar fazendo casas assim. Não é porque a pessoa não pode pagar que a gente vai tratá-la com desrespeito”, afirmou.

O presidente ainda lembrou que na próxima semana será lançado o programa voltado para a reforma de moradias. De acordo com o Ministério das Cidades, será oferecido crédito entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, com prazos de pagamento de 24 a 60 meses, para famílias com renda bruta de até R$ 9.600.

“Vamos dar a essas pessoas o direito de ter um financiamento, de chegar na Caixa Econômica Federal com facilidade e sem burocracia, porque a burocracia, às vezes, demora mais do que a reforma. Então é importante a gente facilitar”, destacou Lula.

Mais crédito

O ministro das Cidades, Jader Filho, reforçou que a modernização na captação de crédito permitirá à Caixa 80 mil novos financiamentos com juros justos (12% ao ano) e o lançamento do programa de reformas.

“Cabe no bolso dessas famílias. Esse é o recado que nós temos que dar para o Brasil para mostrar que ninguém fica para trás nesse governo. Na próxima semana, vamos tratar de um outro ponto importante. A gente vai atacar outro problema real do Brasil, que é a inadequação habitacional. É aquela família que quer construir um banheiro, um cômodo, ajeitar o telhado, e não tem uma fonte de crédito justa. Será o maior programa que esse Brasil jamais viu”, celebrou o ministro.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo Lula propiciou com essa nova decisão sobre a poupança, aliada a outras já tomadas, a maior “reforma do sistema de crédito brasileiro”.

As novas regras permitem que o financiamento pelas regras do SFH incorpore depósitos interfinanceiros imobiliários, além das cadernetas de poupança, para aumentar a disponibilidade de crédito habitacional. A medida envolveu o Banco Central, os ministérios da Cidades e Fazenda e a Caixa Econômica Federal.

Com a manutenção dos juros em alto patamar, investidores da poupança migraram parte dos recursos para outros investimentos, o que fez o modelo de poupança perder força, afetando o crédito imobiliário.

Modernização

Atualmente, 65% dos depósitos da poupança eram aplicados pelos bancos em crédito imobiliário, 20% eram depositados compulsoriamente no Banco Central e 15% tinham livre aplicação.

Com uma transição até 2027, o total dos recursos depositados na caderneta de poupança passará a ser referência para o volume de dinheiro que os bancos irão ofertar como crédito habitacional pelo SFH e do SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário).

Com a maximização da poupança, o mercado poderá ampliar a captação para o crédito imobiliário por LCIs (Letras de crédito imobiliário) e CRIs (Certificados de recebíveis imobiliários), por exemplo.

Como explica o governo federal, em um exemplo hipotético: “se uma instituição captar no mercado R$ 1 milhão e direcionar integralmente esse montante para financiamento imobiliário, ela poderá usar a mesma quantia captada na poupança, que tem custo mais baixo, para aplicações livres por um período predeterminado. Mas, para isso, 80% dos financiamentos habitacionais deverão ser feitos pelas regras do SFH (que têm juros limitados a 12% ao ano).”

Também estiveram presentes no ato o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Márcio Macedo e Paulo Teixeira, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, os presidentes da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) Luiz França; da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) Renato Correia; da Febraban, Isaac Sidney; e da Secovi-SP, Rodrigo Luna.

Fonte:  https://vermelho.org.br/2025/10/10/lula-lanca-novo-modelo-de-credito-imobiliario-voltado-para-classe-media/