sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

17.177 palestinos morreram em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro, diz Ministério da Saúde

Ataques voltaram a se intensificar na região nesta semana após trégua temporária

Crianças palestinas desamparadas em Gaza Crianças palestinas desamparadas em Gaza (Foto: Reuters/Mohammed Salem)

DUBAI (Reuters) – O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza disse nesta quinta-feira que 17.177 palestinos foram mortos e 46.000 ficaram feridos em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro.

O porta-voz Ashraf Al-Qidra afirmou que 350 palestinos foram mortos e 1.900 ficaram feridos nas últimas 24 horas em Gaza.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/17-177-palestinos-morreram-em-ataques-israelenses-em-gaza-desde-7-de-outubro-diz-ministerio-da-saude

 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Brasil e Alemanha assinam 19 acordos ambientais com geração de emprego e renda

 

Lula e Scholz: estreitamento de laços históricos entre Brasil e Alemanha Foto: Ricardo Stuckert

Na retomada da parceria estratégica Brasil-Alemanha, o presidente Lula e o chanceler alemão, Olaf Scholz, assinaram, nesta segunda-feira (4), em Berlim, uma declaração conjunta de intenções. Por meio do ato, serão realizados projetos que busquem, entre outras medidas, uma transformação ecológica socialmente justa, com iniciativas que gerem emprego e renda no Brasil e ampliem janelas de cooperação entre empresários dos dois países.

A declaração conjunta foi assinada após os dois líderes participarem, junto com os respectivos ministros, da segunda Reunião de Consultas Intergovernamentais de Alto Nível, o mais elevado mecanismo teuto-brasileiro. A única vez em que essa reunião aconteceu foi em 2015.

Ao todo, foram assinados 19 acordos em áreas como meio ambiente, mudança do clima, desenvolvimento global, agricultura, bioeconomia, energia, saúde, ciência, tecnologia e inovação.

Em declaração à imprensa, ao lado de Scholz, Lula afirmou que os dois países estão trabalhando para recuperar o dinamismo da parceria. “A reunião de hoje trouxe excelentes resultados e traça um caminho para a nossa cooperação daqui em diante”, disse Lula.

Leia mais: Brasil e Alemanha assinam declaração sobre integridade da informação e combate à desinformação

“Adotamos a Parceria para uma Transformação Ecológica e Socialmente Justa. Vamos reforçar a robusta cooperação na área ambiental, que inclui o Fundo Amazônia e muitos outros projetos. Queremos atuar juntos na promoção da industrialização verde, a agricultura de baixo carbono e a bioeconomia”, prosseguiu o presidente.

Lula relatou ter conversado com Scholz sobre as medidas que o governo brasileiro tem tomado para cumprir a meta de zerar o desmatamento até 2030 e combater os ilícitos ambientais. “Este ano, reduzimos o desmatamento na Amazônia em quase 50%”, disse o presidente.

Segundo ele, outro tema tratado com o líder alemão foram as ameaças à democracia e ao Estado de Direito. Nesse contexto, um dos acordos bilaterais firmados foi a Declaração de Intenções Conjunta sobre Integridade da Informação e Combate à Desinformação .

Esse acordo prevê ações de cooperação nas áreas de promoção da integridade da informação, combate à desinformação e defesa das instituições democráticas, além de regulação de serviços digitais e educação midiática. “Concordamos em atuar juntos no enfrentamento de forças antidemocráticas que atuam de forma coordenada internacionalmente e fomentam o extremismo”, afirmou Lula.

Cooperação técnica

Ainda durante a declaração à imprensa, o presidente Lula ressaltou que a Alemanha é o mais tradicional parceiro do Brasil em matéria de cooperação técnica e financeira. Anunciou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o banco de fomento alemão KfW vão estreitar ainda mais a parceria, que já dura 60 anos.

O presidente também lembrou que a Alemanha é o primeiro país do G20 que ele visita depois que o Brasil assumiu, em 1º de dezembro, a presidência rotativa do grupo, que reúne 19 das maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana.

“Reafirmei as prioridades da presidência brasileira em combater as desigualdades, a pobreza, a fome, a mudança do clima e discutir a reforma das estruturas da governança global”, disse.

Lula voltou a defender novos integrantes no Conselho de Segurança da ONU e disse que o organismo criado no pós-guerra, em 1945, precisa refletir a realidade geopolítica atual e fazer valer as decisões tomadas em grupo, sobretudo as ambientais. O chanceler alemão manifestou concordância com a posição brasileira.

Acordo Mercosul-UE

Lula contou ter conversado com o chanceler alemão sobre os esforços do Brasil para concluir o Acordo MERCOSUL-União Europeia.

“São quase 23 anos de esforços inconclusivos. Na próxima quinta-feira, na Cúpula do Mercosul, teremos um momento decisivo nessa negociação. Reiterei ao chanceler a expectativa de que a União Europeia decida se tem ou não interesse na conclusão de um acordo equilibrado. Num contexto de fragmentação geopolítica, a aproximação entre nossas regiões é central para a construção de um mundo multipolar e o fortalecimento do multilateralismo”, disse o presidente.

Lula assegurou que continuará trabalhando para que o acordo entre os blocos aconteça. “Sou um homem muito crente. Sou um homem que não desiste”, afirmou. “Não vou desistir enquanto não conversar com todos os presidentes e ouvir um não de todos”.

Ao seu lado, Scholz manifestou o apoio da Alemanha ao acordo. “O Brasil e a Alemanha apoiam a celebração do Acordo União Europeia-Mercosul. Vamos envidar esforços adicionais para que esse acordo possa ser concluído”, afirmou o chanceler.

Empregos no Brasil

A respeito da parceria estratégica com o Brasil, Scholz destacou que, desde 2008, os dois países têm colhido benefícios e que ambos trabalham em prol da sustentabilidade, da proteção da natureza e da descarbonização da economia. O chanceler também agradeceu a Lula por ter resgatado a proteção das florestas como pauta prioritária. “Queremos lhe agradecer do fundo do coração por isso”, afirmou.

Scholz, porém, observou que a parceria entre os dois países só terá sucesso se for socialmente justa. Nesse sentido, afirmou que a Alemanha trabalhará para que, através desses acordos bilaterais, sejam criados empregos no Brasil.

“Nós associamos o potencial do Brasil ao interesse da Alemanha no hidrogênio verde, o que seria profícuo para ambas as partes. Nós também queremos criar empregos in loco, ou seja, criar empregos no Brasil através da transformação de matérias-primas no Brasil. Senhoras e senhores, o Brasil é o nosso principal parceiro comercial na América Latina. Temos mais de 1.100 empresas [brasileiras] na Alemanha”, declarou o chanceler.

Retomada

A visita de Lula a Berlim é mais um passo no esforço de reinserção do Brasil no mundo, após quatro anos de um isolamento provocado pela desastrada política externa do governo passado, que levou o país à condição de pária internacional.

A agenda de Lula em Berlim começou com uma reunião, nesta segunda-feira (4), com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Investimentos em infraestrutura via Novo PAC, avanços no processo de melhoria do cenário econômico brasileiro, reafirmação da prioridade à proteção ambiental e uma perspectiva de almejar protagonismo na transição energética foram alguns assuntos discutidos.

Na sequência, Lula teve um encontro com a presidenta do Senado, Bundesrat, e Governadora de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Manuela Schwesig. O presidente teve ainda uma reunião com parlamentares da coalizão governista.

Outro compromisso foi um encontro com o chanceler Olaf Scholz e altos representantes de empresas alemãs e brasileiras. Além disso, Lula participou da sessão de encerramento do seminário empresarial Brasil-Alemanha.

Da Redação

 
Fonte:  https://ptnacamara.org.br/brasil-e-alemanha-assinam-19-acordos-ambientais-com-geracao-de-emprego-e-renda/

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

ICL Notícias - 05/12/2023

Brasil tem déficit em conta corrente de US$ 230 milhões em outubro, menos que o esperado

O resultado veio melhor do que a expectativa do mercado

Banco Central
Banco Central (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil teve déficit em transações correntes de 230 milhões de dólares em outubro, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,62% do Produto Interno Bruto, informou o Banco Central nesta segunda-feira (4).

O resultado veio melhor do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de 399 milhões de dólares em outubro.

Em outubro de 2022, o Brasil havia registrado déficit em transações correntes de 5,808 bilhões de dólares.

No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 3,306 bilhões de dólares, bem abaixo dos 4,6 bilhões de dólares projetados na pesquisa e dos 5,826 bilhões do ano passado.

No mês, segundo o BC, houve ingressos líquidos de 4,7 bilhões de dólares em participação no capital e saídas líquidas de 1,4 bilhão em operações intercompanhia.

No mês, a conta de renda primária apresentou déficit de 4,223 bilhões de dólares, ante rombo de 4,568 bilhões de dólares no mesmo período do ano anterior.

As despesas líquidas com lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram 2,8 bilhões de dólares, ante 3,5 bilhões em outubro de 2022.

Já as despesas líquidas com juros somaram 1,4 bilhão de dólares em outubro de 2023, 334 milhões acima do resultado de outubro do ano anterior.

Em outubro deste ano, a balança comercial teve superávit de 7,372 bilhões de dólares, bem acima dos 2,009 bilhões de dólares no mesmo mês de 2022. As exportações de bens totalizaram 29,7 bilhões de dólares, aumento de 7,6% na comparação interanual, enquanto as importações de bens recuaram 12,7%, a 22,3 bilhões de dólares.

Já o rombo na conta de serviços ficou em 3,548 bilhões de dólares, contra 3,566 bilhões de dólares em outubro do ano anterior.

(Por Camila Moreira. Edição de Luana Maria Benedito)

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/brasil-tem-deficit-em-conta-corrente-de-us-230-milhoes-em-outubro-menos-que-o-esperado

 

Brasil e Alemanha assinam acordos em energia, inovação e muito mais

 

Países fizeram parceria relacionada também ao combate à desinformação

Lula e Olaf Scholz durante coletiva de imprensa conjunta em Berlim, Alemanha 04/12/2023
Lula e Olaf Scholz durante coletiva de imprensa conjunta em Berlim, Alemanha 04/12/2023 (Foto: Ricardo Stuckert)

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, assinaram, nesta segunda-feira (4), uma declaração conjunta de intenções durante a 2ª Reunião de Consultas Intergovernamentais de Alto Nível, em Berlim, na Alemanha 

O documento engloba instrumentos de cooperação em áreas como meio ambiente e mudança do clima, agricultura, bioeconomia, energia, saúde, ciência, tecnologia e inovação, desenvolvimento global, integridade da informação e combate à desinformação. Os acordos já vêm sendo discutidos há meses. 

Em declaração à imprensa após o encontro, Lula destacou a amplitude dos atos. “Adotamos a parceria para uma transformação ecológica e socialmente justa. Vamos reforçar a robusta cooperação na área ambiental que inclui o Fundo Amazônia e muitos outros projetos. Queremos atuar juntos na promoção da industrialização verde, agricultura de baixo carbono e da bioeconomia”, detalhou Lula.  

O chanceler Olaf Scholz endossou a disposição dos dois países em lutar em prol da sustentabilidade e da descarbonização das indústrias. Segundo Scholz, o país europeu vai lançar projetos para contribuir com a meta brasileira de alcançar o desmatamento zero até 2030. “Queremos criar indústrias neutras e promover pesquisa em matéria climática. Essa transição só será bem sucedida se for socialmente justa”, disse, explicando a intenção de gerar empregos no Brasil através da transformação de matérias-primas. 

“Os nossos ministros assinaram mais de uma dúzia de declarações de intenção para dotar essa parceria de conteúdo. Isso passa por uma cooperação aprofundada nos setores de energias renováveis e hidrogênio. Nós associamos o potencial do Brasil ao interesse da Alemanha ao hidrogênio verde”, acrescentou Olaf Scholz. 

Informação

Outro ato assinado hoje foi a declaração sobre integridade da informação e combate a desinformação. O chanceler alemão disse que os atos de 8 de janeiro, quando vândalos invadiram as sedes do Três Poderes, em Brasília, foram um “evento triste”, com “imagens horríveis”. “Não só as janelas do palácio foram quebradas. Se quebrou algo em matéria de democracia. Ficou claro que nossas democracias têm que ser resilientes, por isso vamos combater a desinformação, as campanhas de ódio nas redes sociais”, disse. 

Lula acrescentou que as “forças antidemocráticas” atuam internacionalmente de forma coordenada para fomentar o extremismo, por isso a importância do acordo bilateral. 

As Consultas de Alto Nível são o mais elevado mecanismo teuto-brasileiro, que teve sua única reunião em Brasília, em 19 e 20 de agosto de 2015. A então Chanceler Angela Merkel visitou o Brasil acompanhada de sete ministros e cinco vice-ministros federais. A partir do encontro de hoje, os dois países realizarão as consultas a cada dois anos. 

A presidência brasileira no G20, que teve início em 1º de dezembro, e o acordo Mercosul-União Europeia também foram discutidos na reunião.  

Na agenda de hoje, Lula também tem reunião com altos representantes de empresas alemãs e brasileiras e participa da sessão de encerramento do seminário empresarial Brasil-Alemanha. Segundo Lula, será a oportunidade para apresentar os projetos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

Agenda 

O presidente desembarcou em Berlim neste domingo (3). Antes da Europa, Lula esteve no Oriente Médio onde participou da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes. O presidente também cumpriu agendas em Riade, na Arábia Saudita, e em Doha, no Catar. 

A programação da comitiva brasileira na capital alemã teve início ainda ontem, com um jantar de trabalho oferecido pelo chanceler Olaf Scholz. Nesta segunda-feira, Lula iniciou o dia numa agenda com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e, na sequência, com a presidenta do Conselho Federal da Alemanha, Manuela Schwesig.  

Com Frank-Walter Steinmeier, o presidente tratou sobre investimentos em infraestrutura via Novo PAC; avanços no processo de melhoria do cenário econômico brasileiro; reafirmação da prioridade à proteção ambiental e uma perspectiva de almejar protagonismo na transição energética. De acordo com o Palácio do Planalto, durante o diálogo, o presidente alemão agradeceu, “em nome da Alemanha e do mundo”, a retomada da proteção do meio ambiente e da Amazônia com as políticas adotadas desde janeiro de 2023 pelo governo federal. 

Já o encontro com Manuela Schwesig teve o objetivo de profundar as relações entre governadores de regiões da Alemanha com o Brasil, ampliar cooperações já existentes no setor de bioenergia e sinalizar novas oportunidades para a relação entre empresários do Brasil e do país europeu. O Conselho Federal da Alemanha reúne governos locais, no que seria uma espécie de Senado, numa comparação com os moldes de governo brasileiro. A presidente da entidade também é governadora de Meclemburgo-Pomerânia Ocidental. 

Em comunicado, a Presidência da República informou ainda que Lula e Schwesig reforçaram a importância da democracia, “em especial diante de ameaças representadas pela extrema-direita”. “Schwesig agradeceu a volta de um Brasil democrático e saudou a longeva e sólida relação entre Brasil e Alemanha, inclusive com empresas do seu estado com negócios em bioenergia no Brasil, no Paraná e Santa Catarina, aproveitando sobras da criação de animais para gerar energia”, diz. 

Terceira maior economia mundial, atrás dos Estados Unidos e da China, a Alemanha é um importante parceiro do Brasil, sobretudo nos campos tecnológico e industrial. Mais de mil empresas alemãs atuam em território brasileiro e, segundo o Banco Central, o país germânico é a oitava maior fonte de investimentos no Brasil, com US$ 23,73 bilhões em estoque. 

O comércio bilateral alcançou US$ 19 bilhões em 2022. Entre janeiro e outubro de 2023, já somou US$ 15,9 bilhões. 

Guerras 

Durante a conversa com a imprensa, o presidente brasileiro e o chanceler alemão foram questionados sobre as posições diferentes sobre o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, na Faixa de Gaza. Enquanto o Brasil defende um cessar-fogo permanente, a Alemanha defende o direito de Israel “se defender e derrotar o Hamas”. 

Lula disse que os conflitos internacionais não foram objeto de ampla discussão na reunião de hoje e que continuará brigando pela paz e pela reforma dos organismos internacionais, capazes de decidirem sobre as controvérsias do mundo. Para o presidente, o ato do Hamas foi terrorista e irresponsável, ao atacar Israel, e as Nações Unidas deveriam ter interferido para evitar a intensificação do conflito.

“A única solução para o conflito entre Israel e os palestinos é a consolidação de dois países, para viverem nos seus territórios pacificamente, harmonicamente. E é preciso ter vontade. Já conversei com muita gente de Israel e da Palestina, mas parece que tem gente que não quer paz, que não quer dois países. O povo quer, quem não quer é porque tem outros interesses”, afirmou, lamentando a grande quantidade de mortes de mulheres e crianças na Faixa de Gaza. “Ninguém deve morrer por irracionalidade de chefes de governos, de grupos, ninguém deve ser vitimado pela irracionalidade”, acrescentou. 

O chanceler Olaf Scholz endossou a necessidade de se evitar as vítimas civis e defendeu a entrada de ajuda humanitária duradoura em Gaza. Sholz concorda com a importância de reforma da governança global e disse que s agressão a países vizinhos é inaceitável. 

“O ataque do Hamas é um crime hediondo, que violou todos os princípios da humanidade. Por isso que Israel tem direito a autodefesa, que também deverá ter direito de derrotar o Hamas e impedir que conduza novos ataques”, disse o alemão. Para ele, ao fim da guerra, é possível um futuro que passa pela convivência de dois Estados. “Mas não é possível com o Hamas, que quer destruir Israel. Agora, a perspectiva de paz com dois Estados e com autogestão por parte dos palestinos é uma ideia que apoiamos”, completou. 

No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.  

Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios. A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos. 

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/brasil-e-alemanha-assinam-acordos-em-energia-inovacao-e-muito-mais

Bom dia 247: Lula fecha o ano com chave de ouro na Alemanha (05.12.23)

domingo, 3 de dezembro de 2023

Políticos, ministros e banqueiros lideram ranking da desconfiança dos brasileiros, diz Ipsos

Por outro lado, professores, cientistas e médicos são considerados os mais confiáveis

Plenário da Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Pesquisa do instituto intitulada "Confiabilidade Global" revela que as categorias profissionais que os brasileiros menos confiam são os políticos, ministros e funcionários de gabinetes, além de banqueiros. Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o estudo aponta que a desconfiança em relação aos políticos atingiu um índice de 66%, superando a média global de 60%.

Ministros e funcionários de gabinetes também foram alvo de descrença, registrando 55% no Brasil, ante 53% em nível mundial. Os banqueiros, por sua vez, foram desaprovados por 49% dos brasileiros, enquanto a média internacional foi de 38%.

“Padres, pastores e líderes religiosos vieram em seguida, com 39% de descrença entre os brasileiros (abaixo da média global, de 40%). O ‘top cinco’ ficou completo com os juízes, cujo índice de desconfiança da população foi de 38% (lá fora, o patamar foi de 31%)”, destaca a reportagem.

A pesquisa revela, ainda, que os profissionais mais confiáveis aos olhos dos brasileiros são os professores, com um índice de confiança de 64%. Cientistas também desfrutam de uma boa reputação, com 59% de aprovação, seguidos pelos médicos, que conquistaram a confiança de 56% da população.

A Ipsos destaca que o Brasil se destaca globalmente como o terceiro país que mais confia em seus professores, ficando atrás apenas da Indonésia (74%) e Chile (64%). Em contraste, países como Japão (20%), Coreia do Sul (34%) e Polônia (38%) demonstram uma confiança menos expressiva em seus docentes.

A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de maio e 9 de junho, com mil entrevistados no Brasil.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/politicos-ministros-e-banqueiros-lideram-ranking-da-desconfianca-dos-brasileiros-diz-ipsos

 

Veias abertas - A disputa por Essequibo

sábado, 2 de dezembro de 2023

Lula pede que países ricos paguem conta por preservação de florestas

 

"É a primeira vez que florestas vêm falar por si", disse o presidente Lula na COP28

Evento sobre Florestas: Protegendo a Natureza para o Clima, Vidas e Subsistência na COP28, Dubai, EAU
Evento sobre Florestas: Protegendo a Natureza para o Clima, Vidas e Subsistência na COP28, Dubai, EAU (Foto: Ricardo Stuckert)

Agência Brasil - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado (2), que são os países ricos que devem pagar a conta pela preservação das florestas. Ao discursar em reunião na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, Lula destacou que essa é a primeira vez, em 28 anos de COPs, que as "florestas falam por si”.

“É a primeira vez que as florestas vêm falar por si. É a primeira vez que nós estamos dizendo: não basta evitar desmatamento, é preciso cuidar da floresta, cuidar das pessoas que moram na floresta, e cuidar da biodiversidade da floresta. Isso custa muito dinheiro, e os países ricos têm que ajudar a pagar essa conta. É isso que nós queremos nesta COP”, afirmou.

O presidente participou, ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de evento chamado Protegendo a Natureza para o Clima, Vidas e Subsistência, que reuniu especialistas, representantes de povos de florestas e chefes de Estado de países com florestas, como o presidente da França, Emannuel Macron, devido a posse sobre o território da Guiana Francesa, aqui na América do Sul.

Lula cedeu seu tempo de fala para a ministra Marina uma vez que ela cresceu nos seringais da floresta amazônica, no Acre. O presidente chorou ao lembrar a história de vida da ministra.

“Eu não poderia utilizar a palavra sobre a floresta, se tenho no meu governo uma pessoa da floresta. A Marina nasceu na floresta, se alfabetizou aos 16 anos. Eu acho que é justo que, para falar da floresta, ao invés de falar o presidente, que é de um Estado que não é da floresta, a gente tem é que ouvir ela, que é a responsável pelo sucesso da política de preservação ambiental que nós estamos fazendo no Brasil”, destacou.

Em seu primeiro dia, na quinta-feira (30), a COP28 aprovou um fundo climático para financiar perdas e danos de países vulneráveis. O objetivo do novo fundo é ajudar as nações pobres a lidar com desastres climáticos.

Polícias ambientais do Brasil

A ministra Marina Silva fez um breve relato das políticas do governo federal para preservação da floresta, destacando as ações de combate ao desmatamento ilegal da Amazônia que, de acordo com Marina, foram responsáveis por reduzir a derrubada da floresta em 49,5% nos 10 primeiros meses de governo, “evitando lançar na atmosfera 250 milhões de toneladas de CO₂. Se não fossem suas medidas, teríamos um aumento do desmatamento de 54%”.

Marina também destacou as políticas para os povos indígenas e quilombolas como essenciais para preservação das florestas. “Os povos originários são responsáveis por 80% das florestas protegidas do mundo, e o povo quilombola agora também tem uma mulher, uma mulher negra, Anielle Franco, uma jovem que está ajudando a proteger floresta com o povo quilombola”, ressaltou.

Ainda segundo a ministra do Meio Ambiente, a política do governo não é setorial, mas está em todos os ministérios e citou, como exemplo dessa abordagem sistêmica, o Plano de Transformação Ecológica apresentado pelo Ministério da Fazenda.

Referindo-se ao presidente Lula, a ministra afirmou que "sua diretriz para proteger a floresta é mais do que comando e controle [fiscalização e repressão], é uma diretriz de desenvolvimento sustentável em suas quatro dimensões: na dimensão ambiental, na dimensão social, na dimensão econômica e na dimensão cultural.”

Nesta COP, o Brasil apresentou proposta para que os países com Fundos Soberanos invistam, ao menos, US$ 250 bilhões em um Fundo para manutenção das florestais tropicais de todo o mundo. 

Fonte:  https://www.brasil247.com/meioambiente/lula-pede-que-paises-ricos-paguem-conta-por-preservacao-de-florestas