Tradição e descaso revolta população que visitou a Praia do Preá no dia de São José  
Cruz.
 A Festa de São José, na Praia do Preá, Distrito de Caiçara, Município 
de Cruz, à 300Km de Fortaleza, no Território Litoral Norte do Ceará, já é
 uma tradição de mais de 30 anos.  

 
  


Neste
 dia, a Festa Religiosa realizava a procissão marítima com a imagem de 
São José, que além de Padroeiro do Ceará, também é o Padroeiro da Vila 
de Pescadores. Dezenas de canoas saiam para um passeio pelo mar com a 
Imagem de São José, que atraia multidão de devotos para acompanharem a 
procissão em mar e em terra.  
A Festa Profana, nos últimos anos, 
tinha Show com bandas de forró, Regatas de canoas, jogos de futebol de 
praia, saltos de paraquedas, Ambulâncias com equipes médicas e corpo de 
bombeiro com salva-vidas que ficavam de prontidão para qualquer 
emergência. O policiamento era reforçado para garantir a segurança dos 
banhistas. Cordões de isolamento separavam a áreas dos banhistas e de 
trânsito de veículos.  
 
  
  
O
 comercio reforçava seus estoques de mercadorias, as churrascarias se 
preparavam para atender à distinta clientela diversificando sua 
gastronomia.  
Vendedores ambulantes (feirantes) vinham dos mais 
distantes lugares para esporem seus produtos e sempre faziam boas 
vendas. Churrascos, confecções, calçados, bebidas, milho verde, frutas e
 verduras não faltavam entre os feirantes.  
 
  
  
Chuveiros
 de água doce eram colocados à disposição dos banhistas e dezenas de 
sanitários químicos eram distribuídos por diversos pontos da praia.  
 
  
  
Parques
 de diversão, jogos diversos, brinquedos, apresentação de capoeiras 
faziam parte de uma festa que atraia multidões. Chegou-se a registrar 
até 20.000 visitantes neste dia com 800 carros e 1.200 motos.  
Todos
 os anos, milhares de banhistas visitavam a Praia do Preá no dia de São 
José, para o tradicional banho de mar, sempre em número crescente.  

 
  
A
 população local aproveitava o ensejo da festa para ganhar uma renda 
extra trabalhando na organização da festa, expondo seu artesanato local,
 que é muito rico e diversificado ou, até mesmo, improvisando 
estacionamentos para vigiar carros e motos.
Mas, este ano, a situação
 foi bem diferente. Não houve qualquer tipo de organização. Nenhum 
evento foi programado, nenhum esquema de segurança foi montado.
A 
maioria dos vendedores, tiveram que voltar sem montarem suas bancas de 
venda e os que ficaram reclamaram pelas poucas vendas que fizeram. 
Prejuízos na certa. O comércio nada vendeu. Alguns comerciantes, até que
 tentaram fazer algum negócio, mas, sem a presença dos consumidores, 
logo fecharam as portas e foram procurar diversão nas praias das 
comunidades vizinhas onde multidões se acotovelavam, atraídas pelos 
shows com bandas famosas e várias outras atrações.  
 
  
  
A
 população ficou revoltada e se manifestou através das redes sociais 
mostrando o seu descontentamento e não hesitaram em responsabilizar o 
Vereador local Carlos Dias por ter se pronunciado contra a realização de
 eventos na Praia do Preá, no Dia de São José, através de pronunciamento
 na Câmara Municipal e transmitido pela emissora de rádio local.  
O
 descontentamento dos banhistas, tanto da comunidade quanto os 
visitantes é o que mais se tem comentado nos dias que sucederam à Festa 
de São José, seja em rodas de conversa ou através de redes sociais.  
O
 público presente foi o menor desde 1998, quando foram construídas vias 
de acesso ligando às Praias do vizinho Município de Acaraú à Praia do 
Preá. Neste dia, os banhistas, aproveitavam para visitar diversas praias
 do nosso litoral.  
Fotos comparativas mostram a diferença entre a população de visitantes neste ano e de anos anteriores.  
Dr. Lima  
Radialista
GRIFO MEU: Não acredito que o Vereador Carlos Dias seja o responsável pelo fracasso  da festa de São José este ano no Preá. Sei da sua paixão pelas coisas boas de sua terra. Acredito até que este momento de crise econômica, onde as gestões municipais prefiram colocar o dinheiro público em coisas mais urgentes, como Saúde Educação e etc. Talvez também o medo dos motoqueiros e motoristas, que andam em veículos sem estarem em dia com suas documentações,  e sabendo que este ano a fiscalização estava mais rigorosa, estejam entre as causas da pouca frequência este ano para a festa de são José. Fico torcendo para que no próximo ano, tudo esteja melhor e a festa seja mais bonita do que já foi.
Por Jacinto Pereira