A Doutora da FUNCEME Meyre Sakamoto fez uma exposição sobre demonstração dos métodos de coletas de dados para as previsões climatológicas focando no El nino e La Nina, Zonas de Convergências Intertropical e Temperaturas da Águas do Oceano Atlântico no Norte e Sul.
Doutora Meyre fez um balanço da situação hídrica no estado, a posição atual, o aporte de água nos açudes e apresentou as projeções da FUNCEME para o próximo trimestre. Concluiu-se, com esta apresentação, que o Estado do Ceará apresenta uma evolução no armazenamento de água superior a igual período do ano passado com projeções de boas perspectivas de um maior aporte de água para este ano. Os participantes da reunião fizeram seus questionamentos e também confirmaram uma elevação dos níveis de água nos reservatórios o que nos deixa em uma situação bem mais animadora, haja vista que a situação hídrica não está tão ruim.
Nilo da FUNCEME apresentou o Desenvolvimento de uma Metodologia de Modelagem de Qualidade de Água para ser aplicada nos Reservatórios do Estado do Ceará.
A apresentação foi feita com foco no Açude Araras. Trata-se da avaliação da poluição das águas dos açudes devido ao acumulo de matéria orgânica e sedimentos causados pelos processos de erosão, agrotóxicos usados nas plantações que são levados para os açudes pelas águas das chuvas e o estrume de currais de criação de gado, suínos e aves. Todo este material se acumulado nos açudes causa o desenvolvimento de bactérias tornando, em muitos casos, a água imprópria para o consumo humano ou encarecendo o processo de tratamento. O Engenheiro Agrônomo Antônio dos Santos manifestou-se dizendo que reconhecia a importância deste trabalho, mas, de pouco resultado prático, pois quando havia acúmulo de água no período das chuvas, os poluentes eram dissolvidos dando uma falsa impressão de melhoria da qualidade da água. Defendia a tese de que estes açudes fossem esvaziados periodicamente afim que que toda esta água fosse substituída e despoluído o açude, embora reconhecesse ser uma operação difícil, mas viável sob o ponto de vista técnico para a melhoria da qualidade da água, ou do contrário, estaríamos, sempre, na mesma situação do “vai e vem”. Situação que se agrava quando os açudes passam vários anos seguidos sem sangrar. Temos como exemplo o Açude de Forquilha que, de tanta poluição, as suas águas ficaram improprias para o consumo.
A Doutora Patrícia Vasconcelos da COGERH fez uma exposição sobre a situação dos
Açudes da Bacia Hidrográfica do Acaraú.
Também esteve em pauta das discursões, a construção do açude de Poço Cumprido, no Rio Macaco, orçado em R$240.000.000,00, com capacidade para armazenar 60.000.000m³ e o Açude Pedregulho no Rio Jucurutu com capacidade de 79.000.000m³ a um custo previsto de R$ 240.000.000,00. A principal dificuldade apresentada para a construção destes açudes é a falta de recursos financeiros que está justifica pelas autoridades em época de crise financeira.
A reunião foi encerrada com a apresentação de proposta[L1] [L2] de um projeto para revitalização das Nascentes do Rio Acaraú na Serra das Mata.
Também estiveram participando da reunião uma representação dos Índios Tabajaras sob o comando da Liderança Indígena de nove Aldeias Luiza Canuto da Serra das Mata em
Monsenhor Tabosa.
Após um alço farto e muito saboroso, nos despedimos e fomos embora agraciados com uma boa chuva que banhou a região para alegrar os visitantes.
Dr. Lima
Radialista
Membro do CBH-Acaraú
http://www.jacintopereira.com/
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