terça-feira, 30 de setembro de 2025

Brasil247: Efeito Lula: desemprego no Brasil cai para 5,6% e repete recorde histórico

 

Brasil tem menor taxa de desocupação desde o início da série em 2012

Lula e ministro do Trabalho, Luiz Marinho. (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)
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247 - A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em agosto de 2025, mantendo-se no menor nível da série histórica iniciada em 2012. O índice representa queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1 ponto percentual frente ao mesmo período de 2024. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população desocupada somou 6,08 milhões de pessoas, a menor já registrada.

Ocupação em alta e renda estável

A população ocupada alcançou 102,4 milhões de trabalhadores, com aumento de 555 mil pessoas no trimestre e 1,9 milhão em relação a 2024. O nível de ocupação permaneceu no recorde de 58,8%.

O rendimento médio real foi de R$ 3.488, estável em relação ao trimestre anterior, mas 3,3% maior que no ano passado. A massa de rendimento habitual chegou a R$ 352,6 bilhões, crescendo 5,4% em um ano.

Subutilização e desalento em queda

A taxa de subutilização caiu para 14,1%, também o menor patamar da série, enquanto o número de desalentados recuou para 2,7 milhões — o menor desde janeiro de 2016.

Emprego formal bate recorde

O setor privado registrou 52,6 milhões de empregados, novo recorde histórico. Entre eles, 39,1 milhões possuíam carteira assinada, crescimento de 3,3% em um ano. Em contrapartida, os trabalhadores sem carteira caíram para 13,5 milhões.

O setor público manteve 12,9 milhões de empregados, enquanto os trabalhadores por conta própria chegaram a 25,9 milhões.

Setores em destaque

A agricultura, pecuária e pesca cresceram 4,4% no trimestre, enquanto a administração pública, saúde e educação avançaram 1,7%. Já os serviços domésticos tiveram queda de 3%.

No rendimento médio, agricultura, construção, administração pública e serviços domésticos apresentaram ganhos significativos na comparação anual.

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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Agência Brasil: Brasil é referência na alimentação escolar, diz especialista

 

Refeições atendem inclusive alunos com restrições alimentares
Eliane Gonçalves - Repórter da Radioagência Nacional
Publicado em 29/09/2025 - 10:02
Fortaleza
Brasília (DF), 29/09/2025 – Fernando Luiz Venâncio, cozinheiro da  Escola Ensino Médio Tempo Integral Johson, de Fortaleza (CE).
 Como o Brasil virou referência na alimentação escolar .
Foto: Fernando Luiz Venâncio/Arquivo pessoal
© Fernando Luiz Venâncio/Arquivo pessoal

“O Brasil não gosta de se auto elogiar”. É assim que Daniel Balaban, diretor do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, começa a responder perguntas sobre a política brasileira de alimentação nas escolas.

Apesar dessa espécie de modéstia nacional, as Nações Unidas reconhecem o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) como um “dos maiores e melhores projetos de alimentação escolar do mundo”, disse Balaban. 

Oficialmente, o projeto completou 70 anos. Mas, para o representante da ONU, ele ganhou destaque a partir de 2009. Foi quando entrou em vigor a lei que definiu os parâmetros do tipo de comida que deveria estar nas escolas, tirando espaço dos biscoitos açucarados para colocar refeições completas no lugar.

Foi também em 2009 que Fernando Luiz Venâncio deu uma guinada na carreira. O colega que cuidava da cozinha da empresa onde trabalhava saiu de férias e Fernando, até então metalúrgico, se ofereceu para ficar no lugar. Nunca mais saiu de perto das panelas.

Hoje, ele chefia a equipe responsável pelas três refeições servidas todos os dias para os mais de 400 estudantes da Escola Johnson, em Fortaleza, no Ceará. Uma escola de ensino médio em tempo integral. 

No cardápio há pratos como baião de dois, carne picadinha, farofa de ovo e o aclamado creme de galinha.

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Peito de galinha

“O creme de galinha não posso trocar por nada”, diz Fernando. Feito com peito de galinha desfiado e caldo de legumes, o prato não passa perto de ingredientes como creme de leite.  “Não pode. A gente não usa isso, não usa queijo, nada disso”, diz Fernando.

A restrição não é aleatória. A comida tem que atender todos os estudantes, incluindo os que têm restrições alimentares. “A gente não pode fazer uma comida para dez e outra para 400. Tem que fazer para todo mundo, todos devem comer, tem que gostar e sem passar mal”, avalia. 

Mas não é o Fernando quem define o que entra no cardápio. “A nutricionista passa para a gente e a gente tem que trabalhar em cima do cardápio”, enfatiza.  A presença de nutricionistas no espaço escolar é uma das exigências de uma lei de 2009 que transformou merenda em refeição. Os cardápios precisam atender às necessidades nutricionais, estar conectados à cultura local, priorizar alimentos preparados na própria escola, restringir ao máximo de 15% a presença de ultraprocessados e privilegiar alimentos da agricultura familiar, com no mínimo 30% de alimentos com essa origem. 

Do campo para a escola

“De tudo o que eu produzo, 30% vão para a merenda escolar”, afirma Marli Oliveira, agricultora familiar. No sítio de 6,5 hectares, em Ocara, no Ceará, ela cria galinhas caipiras, porcos, ovinos e abelhas. Mel, ovos e carnes que não vão para o Pnae, ficam nas vendinhas do município. Mas a venda garantida para as escolas “faz diferença na vida do agricultor, principalmente nos pequenos municípios, já que a renda é praticamente da agricultura”, explica Marli. 

Um levantamento do Observatório da Alimentação Escolar (OAE) traduziu em números o que é fazer a “diferença”. O estudo mostra que, para cada R$ 1 que o Pnae investe na agricultura e na pecuária familiar, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresce R$ 1,52 na agricultura e R$ 1,66 na pecuária. 

Brasília (DF), 29/09/2025 – Marli Oliveira, agricultora familiar que fornece ovos, mel e carnes de galinha, porco e ovinos para o Pnae no Ceará 
 Como o Brasil virou referência na alimentação escolar .
Foto: Marli Oliveira/Arquivo pessoal
Marli Oliveira, agricultora familiar, fornece ovos, mel, carnes de galinha, porco e ovinos para o Pnae no Ceará - Foto: Marli Oliveira/Arquivo pessoal

A partir de 2026, a participação da agricultura familiar no Pnae pode chegar a pelo menos 45%.  Alteração aprovada pelo Congresso Nacional pode ser sancionada pelo presidente Lula. Luzia Márcia, que é assentada da reforma agrária e produz castanha de caju em Chorozinho, no Ceará, comemorou a mudança. Ela ainda não fornece para o Pnae. “A gente até concorreu recentemente. Infelizmente, pela questão da pontuação, a gente não passou”, assegura.

Com o aumento da demanda, ela espera conseguir abrir a porta: “o Pnae é muito importante porque o escoamento da produção é um dos maiores gargalos do agricultor hoje. Não é só produzir, mas é onde eu vou colocar minha produção?”.

Tipo exportação

Entre os dias 18 e 19 de setembro, o Brasil sediou a 2ª Cúpula da Coalização Global pela Alimentação Escolar, que reuniu representantes de mais de 90 países que se comprometeram a garantir comida de qualidade para mais de 700 milhões de estudantes até 2030. 

Foi lá que a ministra da Educação de São Tomé e Príncipe, Isabel Abreu, falou da cooperação com o Brasil. “Nossas nutricionistas foram formadas online com nutricionistas do Brasil e tivemos o apoio de uma nutricionista brasileira que ficou conosco três anos a orientando como confeccionar a refeição”, assegura Isabel. São Tomé também tem sido seguido no princípio de colocar alimentos locais dentro da escola.

Hoje, no Brasil, o Pnae atende 40 milhões de estudantes todos os dias, da creche ao EJA (Educação de Jovens e Adultos.

“O programa ajudou o Brasil a sair do Mapa da Fome da ONU,” observa Daniel Balaban. “Se você não tivesse comida na escola, você deixaria em insegurança alimentar grande parte desses 40 milhões de alunos. Para muitos, a principal refeição do dia é na escola”, enfatiza.

Desafios

No entanto, apesar dos elogios, tocar o Pnae no dia a dia é tarefa cercada de desafios. Em 2025, o orçamento do programa foi de R$ 5,5 bilhões. O repasse por dia por estudante variou de R$ 0,41 para alunos do EJA até R$ 1,37 para creches e estudantes do ensino integral. Mas, antes do último reajuste, em 2023, os valores ficaram congelados por cinco anos. 

Além do repasse federal, estados e municípios precisam complementar o valor com recursos próprios. Mas, nem sempre isso acontece. Segundo o Observatório da Alimentação Escolar, mais de 30% dos municípios das regiões Norte e Nordeste do Brasil não fazem isso. 

Em outro levantamento, o OAE ouviu nutricionistas do Brasil para saber se eles conseguem cumprir as exigências nutricionais do programa.

Praticamente a metade (47%) disse que não e apontou os problemas. Entre os mais frequentes estão a falta de estrutura para o preparo da alimentação, a resistência das famílias e dos profissionais de educação, a inflação dos alimentos, o orçamento curto e a falta de profissionais de nutrição e de cozinheiros e cozinheiras. 

Alimentação escolar

Para Albaneide Peixinho, presidente da Associação Brasileira de Nutrição, esses problemas são reflexo de como os gestores públicos seguem entendendo a alimentação escolar.

“Infelizmente, a visão que a maioria dos gestores ainda tem é de que o programa se chama ‘merenda’. Ele é apenas um lanche rápido do ponto de vista do conceito da nutrição. [Eles] entendem como um programa assistencialista e acham que é um grande favor que estão fazendo”, acentua. 

Albaneide coordenou o Pnae durante 13 anos e fez parte da equipe que elaborou a lei de 2009 que está tentando enterrar essa ideia da merenda. Se contrapondo a essa noção antiga, ela lembra de outro ingrediente que diferencia o Pnae: “esse é um programa pedagógico de promoção à saúde. A formação de hábitos saudáveis é tão importante quanto a oferta das refeições que contribuem para a melhoria do ensino-aprendizagem”. E finaliza: “apesar de entender que o Pnae é uma referência mundial, porque está na Constituição, algo que muitos países não têm, ainda há muito a avançar”. 

* A repórter viajou a convite do MEC

Agência Brasil: Lula abre conferência e sanciona ampliação da licença-maternidade

 

Afastamento se estenderá por 120 dias após a alta da mãe ou do bebê
Andreia Verdélio e Daniella Almeida - Repórteres da Agência Brasil
Publicado em 29/09/2025 - 13:59
Brasília
Brasília (DF), 29/09/2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da cerimônia de abertura da 5ª conferência nacional de políticas para as mulheres.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
© Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta segunda-feira (29), a lei que amplia a licença-maternidade e o salário-maternidade quando mãe ou bebê ficarem internados por mais de duas semanas por complicações após o parto. Assim, o afastamento se estenderá por 120 dias após a alta, descontando-se o tempo de repouso anterior ao parto, caso haja.

O texto altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e também a Lei de Benefícios da Previdência Social para que o salário-maternidade seja pago durante o período de internação e por mais 120 dias após a alta, também descontando-se o tempo de recebimento do benefício anterior ao parto, se for o caso.

Hoje, a prorrogação de ambos os benefícios já é amparada por jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula participou da abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será realizada até quarta-feira (1º/10), em Brasília, com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”.

De acordo com o governo, a conferência marca a retomada da “principal instância de participação social voltada à promoção da igualdade de gênero no Brasil”. A última edição do evento ocorreu em 2016, no governo da presidenta Dilma Rousseff.

Para Lula, não existe democracia sem ouvir as mulheres, e ações contínuas são necessárias para que seus direitos não retrocedam.

“Essa conferência é também um grito contra o silêncio. Um grito pela liberdade das mulheres falarem o que quiserem, quando quiserem e onde quiserem. Não há democracia plena sem a voz das mulheres. De todas as mulheres, pretas, brancas, indígenas, do campo e da cidade, trabalhadoras, domésticas, empresárias, profissionais liberais, que trabalham fora ou se dedicam a cuidar da família”, afirmou.

“O golpe contra a presidenta Dilma Rousseff serviu não apenas para derrubar a primeira mulher a governar esse país, foi também a tentativa de calar milhões de vozes femininas, porque o autoritarismo não apenas odeia, ele também teme as mulheres. Estruturas de proteção foram desmontadas, discurso preconceituosos e violentos e carregado de ódio ecoaram do mais alto escalão da República e fizeram das mulheres um dos seus alvos preferidos”, acrescentou Lula.

Ações

O presidente destacou algumas ações desenvolvidas ao longo dos últimos anos, entre elas o plano de igualdade salarial, que, segundo Lula, “é briga antiga” dos movimentos femininos organizados. De acordo com ele, ainda há muita luta pela frente para que a lei seja efetivamente implementada.

“Entre a gente aprovar uma lei, entre a gente regulamentar, e as mulheres começarem a receber o salário igual, ainda vai ter muita briga, vai ter muito processo, vai ter muita Justiça, porque é difícil você fazer as pessoas mudarem de hábito quando se trata de colocar um pouquinho de dindin na mão do povo trabalhador”, disse Lula.

Durante o evento, o presidente ainda sancionou a lei que institui a Semana Nacional de Conscientização sobre os Cuidados com as Gestantes e com Mães, na semana de 15 de agosto, data em que se comemora o Dia da Gestante. O objetivo é divulgar informações e direitos relacionados à saúde da mulher com ênfase nos primeiros mil dias – da gestação até o segundo ano de vida da criança – de forma a estimular o desenvolvimento integral da primeira infância.

A Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres reúne cerca de 4 mil participantes de todas as regiões do país.

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou que as propostas construídas durante o encontro, que foi precedido de etapas preparatórias, servirão de base para a atualização do novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.

"O futuro é uma semente que já germina nas nossas mãos. Cada palavra, cada proposta e cada gesto vivido nesta conferência regarão esta semente. O que construiremos juntas nestes dias será raiz firme e tronco vigoroso para garantir dignidade, direitos e igualdade para todas nós. Serão também asas abertas e fortes que nos conduzirão à esperança da manhã tão desejada, liberdade, justiça e de plenitude para todas as mulheres, sem nenhuma violência”, disse.

Os debates centrais abordarão o enfrentamento às desigualdades sociais, econômicas e raciais; fortalecimento da participação política das mulheres; enfrentamento à violência de gênero; as políticas de cuidado e autonomia econômica; e a articulação intersetorial entre governo e sociedade civil.

Brasil247: Gleisi: governo Lula "vai apoiar cada vez mais" o fim da escala 6x1

 

Ministra destaca varejistas que implementaram jornada de trabalho 5 x 2: “é possível”

Gleisi Hoffmann (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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247 - A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), se manifestou nesta segunda-feira (29) sobre a adoção da escala 5x2 por grandes redes varejistas no Brasil. Para ela, a medida é um exemplo concreto de que a redução da jornada de trabalho é possível e viável.

Em publicação nas redes sociais, a ministra comentou reportagem divulgada pelo Valor Econômico sobre a mudança já implementada por grupos do setor. “Valor publica hoje que redes varejistas no Brasil começaram a implantar a jornada de trabalho 5 x 2. É uma forte demonstração de que é possível reduzir a jornada de trabalho de 44 horas semanais e a escala 6 x 1, como já é realidade em muitos países, inclusive na América Latina. O governo do presidente Lula vai apoiar cada vez mais a tramitação desta pauta no Congresso”, escreveu.

Mudança no setor varejista

O tema vem ganhando destaque no setor privado. Companhias como o Grupo DPSP, responsável pelas drogarias Pacheco e São Paulo, já migraram para o regime 5x2, impactando milhares de trabalhadores. A multinacional sueca H&M também adotou a escala no Brasil, alinhando sua prática às políticas de outros mercados onde atua.

A iniciativa ocorre em paralelo ao debate no Congresso Nacional sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 8/25), apresentada pela deputada Erika Hilton (Psol-SP), que propõe o fim do regime 6x1.

Apoio do governo e impacto social

Ao reforçar que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoia a tramitação do tema, Gleisi Hoffmann sinaliza que a agenda trabalhista deve ganhar mais espaço nas articulações políticas. A proposta tem como objetivo não apenas reduzir a carga horária, mas também ampliar o tempo livre dos trabalhadores para atividades pessoais, familiares e de lazer.

O debate sobre a flexibilização da jornada no Brasil acompanha uma tendência internacional. Países como França, Canadá e Itália já operam com limites semanais menores do que os 44 horas praticados no Brasil, e nações latino-americanas, como Chile e México, avançam para regimes de 40 horas semanais.

Com a adesão de grandes empresas do varejo e o apoio político declarado pelo governo federal, a discussão sobre o fim da escala 6x1 e a adoção da jornada 5x2 ganha força no Congresso e deve marcar o calendário legislativo nos próximos meses.

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Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/gleisi-governo-lula-vai-apoiar-cada-vez-mais-o-fim-da-escala-6x1

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sábado, 27 de setembro de 2025

Brasil247: Padilha anuncia mais de 320 médicos especialistas e R$ 2,5 bilhões para fortalecer o SUS

 Governo anuncia investimento bilionário e chegada de profissionais para ampliar a rede pública de saúde em todo o Brasil

Alexandre Padilha (Foto: Ministério da Saúde)

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247 – O Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira (26), um pacote de medidas que promete fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. De acordo com reportagem da Agência Gov, serão destinados R$ 2,5 bilhões para a construção de 899 novas unidades de atendimento, além da chegada de 322 médicos especialistas que já começaram a atuar em 156 municípios das cinco regiões do país.

As iniciativas fazem parte do programa Agora Tem Especialistas e do Novo PAC Seleções 2025, que incluem a criação de 100 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), 31 policlínicas e 768 novas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A expectativa é que esses investimentos ampliem a capacidade de atendimento da rede pública, reduzindo filas e o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias.

Redução da espera por consultas e exames

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a medida representa uma resposta imediata à demanda reprimida da população:

 “Esse é um esforço importante do Agora Tem Especialistas para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias. A expansão imediata da oferta de serviços, com a mobilização de toda a estrutura pública e privada de saúde do país, vem acompanhada de mais investimento em infraestrutura pelo Novo PAC Saúde. Uma frente estruturante que vai garantir mais serviços de saúde para a nossa população”, afirmou.

Padilha ressaltou que o programa inaugura um novo ciclo de provimento de especialistas no SUS, levando profissionais para regiões historicamente carentes. Segundo ele, o objetivo é garantir presença médica onde há escassez, em especial no interior do país.

 “Essa é a primeira chamada desta iniciativa inédita do Agora Tem Especialistas, que, pela primeira vez na história do SUS, faz um programa de provimento de médicos especialistas para ampliar o atendimento em hospitais e policlínicas. O objetivo não é colocar mais médicos onde eles já estão, mas levá-los para onde precisa, para atender quem precisa”, declarou.

Interior e Nordeste recebem maior reforço

Dos 322 novos médicos, 212 atuarão no interior do Brasil, em 24 estados. O Nordeste concentra o maior número de profissionais (188, ou 58% do total), seguido pelo Sudeste (70), Norte (40), Centro-Oeste (17) e Sul (7). Além disso, 72% dos especialistas serão alocados em áreas de alta vulnerabilidade, incluindo 22% em municípios da Amazônia Legal.

As especialidades prioritárias incluem ginecologia (98 profissionais), anestesiologia (37), otorrinolaringologia (26), cirurgia geral (25) e oncologia em diversas áreas (66).

Incentivos inéditos e novas bolsas de residência

O Ministério também anunciou incentivos inéditos para residentes, preceptores e tutores em 20 especialidades médicas, além de enfermagem obstétrica e física médica, com previsão de investimento de R$ 112 milhões até 2026. O objetivo é estimular a formação em áreas críticas como radioterapia e patologia, consideradas essenciais para o atendimento oncológico.

Outra frente é a abertura de 4 mil bolsas de residência, sendo 3 mil médicas e 1 mil multiprofissionais, o maior número dos últimos 10 anos. O investimento previsto em 2025 é de R$ 1,8 bilhão, um acréscimo de 32% em relação a 2023.

Qualificação da rede hospitalar

Para melhorar a formação de especialistas e a qualidade do atendimento, o ministério retomou a certificação de hospitais de ensino, que exige comprovação de práticas de aprendizagem permanentes e número mínimo de leitos destinados ao SUS. Atualmente, o país conta com 202 hospitais de ensino já certificados.

Um salto histórico para o SUS

Combinando recursos, infraestrutura e qualificação profissional, o pacote anunciado representa um marco para a rede pública de saúde. Ao mesmo tempo em que amplia a presença de médicos em regiões desassistidas, o programa fortalece a atenção primária e especializada, além de impulsionar a formação de futuros especialistas.

Para o ministro Alexandre Padilha, o impacto será direto na vida dos brasileiros:

 “Os médicos que começaram a atuar nesta semana vão atender pacientes do SUS prioritariamente em locais em que há escassez de serviços especializados. Com esse reforço, conseguiremos ampliar a capacidade da oferta de atendimento em hospitais e policlínicas”, disse.

Com isso, o SUS inicia uma nova etapa de expansão e fortalecimento, buscando atender com mais rapidez, qualidade e abrangência milhões de brasileiros que dependem exclusivamente do sistema público de saúde.

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Fonte: https://www.brasil247.com/saude/padilha-anuncia-mais-de-320-medicos-especialistas-e-r-2-5-bilhoes-para-fortalecer-o-sus

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Como as coisas mudam rápido em nosso país com as contribuições do nosso parlamento

 Por Jacinto Pereira

O Poder Legislativo é quem faz as nossas leis, o Poder Executivo executa as leis que o parlamento aprova e o Poder Judiciário protege as leis e pune a quem as desobedece. 

 No Poder Legislativo, o Senado representa as unidades da federação e a Câmara representa o povo.

Nas avaliações populares através de pesquisas, a Câmara dos deputados é quem tem a pior avaliação, com a rejeição ultrapassando os 70% e isso se deve ao fato de os deputados esquecerem sua obrigação de defenderem os interesses do povo e passarem a legislar contra. 

Até parece que o povo virou inimigo dos deputados. Querem usar o Poder que o povo lhes deu através do voto, para defender seus interesses coletivos e tentam aprovar leis que possam usar como escudo para se protegerem contra responsabilização criminal por seus atos ilícitos.

Os deputados de direita, extrema direita e fascistas, se juntaram em defesa da blindagem contra investigações criminais e também por anistia a condenações anteriores em processos já julgados e condenados.

Uma coisa me parece clara, os órgãos fiscalizadores, principalmente a Polícia Federal, agora sabem quais são os deputados federais que tem contas a ajustar junto à Justiça. Basta olhar a lista dos que votaram pela aprovação da PEC da blindagem ou como é mais conhecida nas redes sociais, a "PEC da bandidagem".

A votação da PEC da bandidagem, mesmo já tendo sido arquivada no Senado Federal, já prestou um grande serviço à Justiça. Ou seja, a identificação através da votação, de quem defende crime e criminoso. "Quem não deve, não teme". 

Sem levar em conta só as maldades do nosso parlamento, onde a maioria são de oposição, já foram aprovadas várias proposições provenientes do Poder Executivo, que vem ajudando a melhorar nosso país em todas as áreas de nossa Sociedade. Dois bons exemplos disso são a reforma fiscal e o retorno do Programa de Aceleração do Crescimento.


Agência Brasil: Sobral: governo do Ceará reforça segurança e MEC oferece apoio federal

Dois estudantes foram mortos após tiros disparados fora da escola
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 25/09/2025 - 15:21
 - Atualizado em 25/09/2025 - 16:58
São Luís
 
Sobral (CE), 25/09/2025 - Escola Estadual Luís Felipe. Foto: Crede 6/Divulgação
© Crede 6/Divulgação

Autoridades e políticos se manifestaram sobre o ataque a tiros, na manhã desta quinta-feira (25), que deixou dois alunos mortos e três feridos no estacionamento da Escola Estadual Luís Felipe, em Sobral, no interior do estado. Em publicação em uma rede social, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, expressou "indignação e profundo pesar" com o episódio. O governador afirmou que determinou a ida da cúpula da segurança pública do estado para a região.

“Recebi com indignação e profundo pesar a informação da morte de dois adolescentes e outros três baleados numa escola de Sobral, um fato gravíssimo e intolerável”, escreveu o governador.

“Além de reforço policial em toda a região para capturar os criminosos, determinei a ida da cúpula da Segurança Pública ao município para a adoção de todas as medidas que forem necessárias. Externo minha solidariedade aos familiares e amigos das vítimas desse ato tão cruel”, acrescentou Elmano de Freitas.

O ministro da Educação, Camilo Santana, também se manifestou, lamentando o ataque. O ministro disse que telefonou para o governador, a fim de oferecer o auxílio da pasta. Segundo Camilo, equipes do ministério especializadas em situações de crise e violência extrema já acompanham o caso de perto, por meio do Núcleo de Resposta e Reconstrução de Comunidades Escolares.

“A hora é de unir forças e trabalharmos, juntos, para preservar a escola como espaço sagrado, lugar de paz e de acolhimento. Meus sentimentos e minha solidariedade às famílias das vítimas, estudantes, professores e toda a comunidade escolar”, acrescentou.

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O prefeito de Sobral, Oscar Rodrigues, também utilizou uma rede social para falar sobre o ataque. Ele informou que determinou ações emergenciais para garantir a segurança no local. “No âmbito municipal, determinei as seguintes ações emergenciais. Secretaria da Segurança Cidadã: reforço da Guarda Municipal no local e em todo o entorno da escola; Secretaria da Saúde: envio de ambulâncias e profissionais para atendimento às vítimas; Secretaria da Educação: oferta de transporte seguro aos alunos; e Secretaria dos Direitos Humanos e Assistência Social: apoio integral às famílias atingidas”, afirmou.

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O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Romeu Aldigueri (PSB), disse que recebeu a notícia com tristeza. “Lamento profundamente o ataque ocorrido em uma escola pública de Sobral. Recebo com enorme tristeza a notícia e me solidarizo com as famílias dos adolescentes vitimados e com toda a sociedade sobralense, que hoje sofre unida. A violência é inaceitável e não pode ser naturalizada. Tenho confiança de que as forças de segurança darão uma resposta imediata, com a devida apuração dos fatos”, afirmou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) também lamentou o ataque, por meio de uma rede social, e disse que é preciso refletir sobre a segurança nas escolas. “A tragédia na Escola Luiz Felipe, em Sobral (CE), atinge a todos nós. Com profunda tristeza e indignação, me solidarizo com a dor das famílias que perderam seus filhos. É fundamental refletirmos sobre a segurança e o acolhimento nas nossas escolas. Minha solidariedade às famílias, amigos e toda comunidade escolar, além de votos de plena recuperação aos estudantes feridos”, escreveu.

Investigação

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do estado afirmou que os tiros foram disparados da calçada do lado de fora da unidade de ensino. A nota diz ainda que todos os esforços estão sendo feitos para capturar os envolvidos. Os três feridos foram levados a hospitais, e ainda não há informações sobre o estado de saúde deles.

"Os suspeitos efetuaram os disparos de arma de fogo pela calçada da escola atingindo as vítimas no estacionamento da instituição. Na ocorrência, uma quantidade de droga, balança de precisão e embalagens foram apreendidas com uma das vítimas", disse a secretaria.

 

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

PT na Câmara: Lula: O futuro da humanidade depende da reconstrução democrática

 

O presidente Lula discursou no evento Democracia Sempre, nesta quarta-feira (24) Foto: Ricardo Stuckert

Em evento paralelo à Assembleia Geral da ONU, presidente questiona falhas do campo progressista diante da ascensão da extrema direita e propõe reflexão sobre novas formas de organização popular

O presidente Lula participou, nesta quarta-feira (24), da 2ª Reunião “Em Defesa da Democracia, Combatendo Extremismos”, evento que reuniu 30 países na sede das Nações Unidas. Em um discurso contundente e marcado pela autocrítica, Lula defendeu a democracia como pilar essencial para o futuro da humanidade, a reconstrução do multilateralismo e a harmonia global. Ele desafiou o campo progressista a refletir sobre sua própria atuação diante da crescente ameaça da extrema direita.

O cerne do discurso de Lula foi um chamado à ação e à reflexão do campo progressista no mundo. “O que que a gente vai fazer pela democracia? O que que você fez durante o dia para fortalecer a democracia? Com quantas pessoas você falou de democracia? Com quantas pessoas você falou da necessidade da organização popular?”, questionou Lula.

O presidente compartilhou sua jornada pessoal, revelando como a aversão inicial à política se transformou na profunda convicção de que “a desgraça de quem não gosta de política é que é governado por quem gosta”. Ele lembrou a criação do PT a partir da percepção da ausência de trabalhadores no Congresso Nacional, apontando que a organização popular foi a chave para a classe trabalhadora alcançar a Presidência da República, um feito antes considerado “humanamente impossível”.

Lula também relembrou a fundação do Fórum de São Paulo, que logrou êxito em reunir a esquerda latino-americana em torno da organização dos trabalhadores. “Foi assim que nós criamos o Fórum de São Paulo. Da República Dominicana tinha 15 organizações de esquerda. A Argentina tinha umas 20 organizações de esquerda e ninguém falava com ninguém”.

Leia mais: “Nada justifica matar crianças”, diz Lula em discurso na ONU

Ameaças à democracia 

O cerne do discurso de Lula foi um chamado à ação e à reflexão. Ele instou cada cidadão e líder a se perguntar diariamente: “O que que a gente vai fazer pela democracia? O que que você fez durante o dia para fortalecer a democracia? Com quantas pessoas você falou de democracia? Com quantas pessoas você falou da necessidade da organização popular?”

A mais incisiva provocação do presidente, contudo, foi dirigida ao próprio campo democrático e de esquerda. “O que me inquieta hoje é a gente responder para nós mesmos aonde é que os democratas erraram, em que momento a esquerda errou, por que nós permitimos que a extrema direita crescesse com a força que está crescendo? É virtude deles ou é incompetência nossa?”, questionou.

Lula criticou a tendência de alguns governos, mesmo de esquerda, de priorizar os interesses “dos nossos inimigos” – como a cobrança do mercado e as demandas da imprensa – em detrimento da base popular que os elegeu. “Muitas vezes os nossos eleitores que foram pra rua, que apanharam, que foram achincalhados, são considerados por nós sectários e radicais. E a gente começa a não dar atenção a eles e dar atenção àqueles que falam bem da gente. Esse é o fracasso da democracia”, lamentou.

Para o presidente, a resposta ao avanço do negacionismo, do extremismo e do discurso fascista deve surgir de uma avaliação honesta. “Nós temos que procurar os erros que a democracia cometeu na relação com a sociedade civil. Como é que nós estamos exercendo a democracia nos nossos países? Se a gente encontrar essa resposta, a gente volta a vencer a direita, sabe? Se a gente não encontrar resposta, a gente vai continuar sendo sufocado.”

PTNacional

Fonte:  https://ptnacamara.org.br/lula-o-futuro-da-humanidade-depende-da-reconstrucao-democratica/

Brasil247: Um terço das cidades brasileiras descumpre piso salarial de professores

 

O dado faz parte do Anuário Brasileiro da Educação Básica, divulgado nesta quinta-feira (25) pelo movimento Todos Pela Educação

Aluno em sala de aula (Foto: Arquivo Agência Brasil)
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247 - Um em cada três municípios brasileiros ainda não paga o piso nacional da categoria docente, hoje fixado em R$ 4,8 mil mensais para jornadas de 40 horas semanais. O dado faz parte do Anuário Brasileiro da Educação Básica, divulgado nesta quinta-feira (25) pelo movimento Todos Pela Educação, e revela desigualdades marcantes na aplicação da lei que garante a remuneração mínima para professores da rede pública. A reportagem é de O Globo, com base em informações do Estado de Minas e do próprio anuário.

Segundo o levantamento, elaborado a partir de questionários aplicados pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em 2023, 1.544 secretarias municipais de Educação admitiram não pagar o piso. Embora nenhuma capital esteja na lista, grandes cidades como Guarulhos (SP), São Gonçalo (RJ), Uberlândia (MG), Maringá (PR), Olinda (PE), Pelotas (RS) e Cachoeira de Itapemirim (ES) figuram entre os casos de descumprimento.

A situação é mais crítica justamente no Sudeste, a região mais rica do país, onde 45% dos municípios ignoram o valor mínimo. Em São Paulo, 70% das prefeituras cumprem a regra; no Rio de Janeiro, apenas metade; e no Espírito Santo, o índice cai para 33%. Em contraste, o Nordeste lidera o cumprimento, com 80% das cidades pagando o piso, seguido pelo Norte, com 73%. O Ceará é o destaque nacional, com 98,1% dos municípios garantindo a remuneração, seguido por Piauí (93%), Rondônia (90%), Maranhão (87%), Pará (84%) e Amazonas (82%).

Para Natália Fregonesi, coordenadora de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, a valorização dos professores é um fator determinante para a qualidade do ensino. “Pagar o piso é fundamental para garantir a valorização dos professores. Eles são o principal elemento intraescolar que impacta a aprendizagem, isso está muito consolidado na literatura acadêmica. Ter professores bem formados, com boas condições de trabalho e valorizados é muito importante para o estudante”, afirma.

O piso nacional é reajustado anualmente com base em uma lei de 2008, mas a fórmula de cálculo está em disputa desde 2022, quando a Câmara dos Deputados aprovou o Novo Fundeb, principal mecanismo de financiamento da educação básica. Como a regra anterior estava vinculada ao antigo modelo de financiamento, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) recomenda que prefeituras não sigam automaticamente o índice definido pelo Ministério da Educação (MEC).

Segundo Fregonesi, essa insegurança jurídica e o impacto nas contas públicas dificultam a aplicação integral da norma. “Esse vácuo normativo é uma das causas de as prefeituras não cumprirem o piso. No entanto, há também outros fatores. Alguns municípios estão no limite da lei de responsabilidade fiscal e não conseguem dar o reajuste do piso, por exemplo”, explica.

A variação dos índices de correção é outro obstáculo. Em 2021, não houve reajuste devido à pandemia. No ano seguinte, o aumento chegou a 33%, enquanto em 2025 o percentual caiu para 6,27% e, para 2026, a previsão é de menos de 1%. “A nova fórmula do cálculo tem que ser de uma maneira que as redes consigam prever o reajuste para preparar o orçamento do ano seguinte. E elas têm que ter capacidade de pagar também. Ou seja, precisa ser uma norma que possa ser cumprida pelos estados e municípios sem comprometer suas contas”, defende a especialista.

O MEC criou em 2024 um grupo de trabalho para definir uma nova metodologia de reajuste, que também está em debate no Congresso. Entre as propostas, estão a vinculação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou a adoção da mesma fórmula usada para o cálculo do salário mínimo, numa tentativa de dar previsibilidade e evitar saltos bruscos nos valores.

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Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/um-terco-das-cidades-brasileiras-descumpre-piso-salarial-de-professores

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Brasil247: Bolsonaristas vivem 'semana-bomba' com protestos e aceno de Trump a Lula

 

Anistia e PEC da Blindagem rejeitadas em protestos, Eduardo Bolsonaro enfrenta risco de cassação e Trump elogia Lula na ONU

Ato na Avenida Paulista, em São Paulo, contra anistia e a PEC da blindagem - 21/09/2025 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Guilherme Levorato avatar
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247 - Aliados de Jair Bolsonaro (PL) vivem uma “semana-bomba”, termo usado pelos próprios parlamentares e dirigentes do PL, segundo Bela Megale, do jornal O Globo. Em menos de sete dias, acontecimentos políticos de grande impacto abalaram a base bolsonarista dentro e fora do Congresso.

A sequência começou na última quarta-feira (17), quando foi aprovado o regime de urgência para a votação da anistia a Jair Bolsonaro e aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A medida coincidiu com a proximidade da análise da chamada PEC da Blindagem — proposta que dificulta a investigação de parlamentares. No domingo (21), manifestações contrárias às duas pautas surpreenderam pela dimensão, superando até mesmo atos de referência da direita, como o do 7 de setembro na Avenida Paulista.

Pressão sobre lideranças e desgaste interno

A escolha da bancada do PL por pautar anistia e blindagem quase simultaneamente gerou críticas intensas dentro da própria direita. Os líderes Sóstenes Cavalcante e Zucco, na Câmara, e Rogério Marinho, no Senado, passaram a ser alvo de queixas de colegas que acusam a articulação de ter fragilizado a narrativa bolsonarista.

O episódio se somou ao revés político de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Nomeado pelo partido como líder da minoria para evitar a contagem de faltas que poderiam resultar em sua cassação, o deputado viu a manobra ser barrada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Além disso, o Conselho de Ética abriu processo contra Eduardo, que também foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por coação, acusado de incentivar sanções nos Estados Unidos para interferir em julgamentos no Brasil envolvendo seu pai.

Trump elogia Lula na ONU

O ponto mais inesperado da semana ocorreu durante a Assembleia Geral da ONU. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sempre foi visto como aliado da família Bolsonaro, elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Trump afirmou que teve uma “ótima química” com o brasileiro, o que causou forte desconforto na ala bolsonarista.

“Ele parece um cara muito legal, ele gosta de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando não gosto deles, eu não faço. Quando eu não gosto, eu não gosto. Por 39 segundos, nós tivemos uma ótima química e isso é um bom sinal”, declarou Trump em seu discurso.

O gesto do presidente norte-americano foi interpretado como um baque simbólico para o bolsonarismo, que tenta preservar a imagem de proximidade exclusiva com Trump. Nos bastidores, aliados de Bolsonaro admitem temer que a relação entre Trump e Lula avance, o que poderia enterrar de vez a tentativa de aprovar a anistia.

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Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/bolsonaristas-vivem-semana-bomba-com-protestos-e-aceno-de-trump-a-lula 

Agência Brasil: Brasil tem mais alunos em cursos a distância que em presenciais

 

São mais de 10 milhões de matrículas no ensino superior
Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 23/09/2025 - 21:26
Brasília
Ensino a distância cresce mais que presencial
© Divulgação/MCTIC

O Brasil atingiu, pela primeira vez, a marca de 10.227.226 de estudantes no ensino superior, em 2024. O número é 2,5% maior que o registrado em 2023 (9,97 milhões de matrículas). Entre 2014 e 2024, as matrículas na educação superior aumentaram 30,5%.

Do total de matrículas, 5,01 milhões ingressaram no ensino superior no ano passado.

Os dados constam no Censo da Educação Superior 2024, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

EaD

O levantamento mostra que as matrículas em educação a distância (EaD) são mais da metade (50,7%) do total de inscritos na graduação, e tiveram um aumento de 5,6% entre 2023 e 2024.  Enquanto o número de matrículas em cursos presenciais diminuiu 0,5%, no mesmo período.

Para o presidente do Inep, Manuel Palacios, a expansão da educação a distância, por meio de novas tecnologias, permitiu que uma parte da população tivesse acesso ao ensino superior, em especial os cidadãos que trabalham durante o dia.

“A educação a distância proporcionou a ampliação da oferta e atendeu estudantes que, de outra forma, não teriam acesso à educação superior.”

Manuel Palacios ainda que a recente regulamentação que prevê três formatos de cursos superiores – presenciais, semipresenciais e a distância – em diferentes áreas deverá descentralizar a educação superior nos próximos anos. 

“Eu acredito que vamos conhecer polos com mais recursos e mais infraestrutura para atender os estudantes da educação superior, em um modelo intermediário entre o campus universitário clássico e a educação totalmente à distância”, prevê.

Em 2024, a matrícula na modalidade EaD estava presente em 3.387 municípios brasileiros (61%), por meio de campi das instituições de ensino superior ou de polos, alta de 97%, se comparado com o ano de 2014.

Grau acadêmico

Em relação ao grau acadêmico, predominam no país os cursos de graduação no bacharelado (60%). Os tecnológicos representam 20,2% das matrículas e os de licenciatura, 16,9%.

Porém, de 2014 a 2024, as matrículas nos cursos tecnológicos cresceram 99,5%. No bacharelado, o crescimento é de 20,4% no mesmo período, enquanto nos cursos de licenciatura aumentaram em 17,2%.

Matrículas

Na média nacional, um terço dos (33%) dos concluintes do ensino médio, em 2023, se matricularam na educação superior, em 2024. 

Considerando a rede de ensino federal, 64% dos concluintes do ensino médio seguiram diretamente para a educação superior, proporção acima da média nacional. Já na rede estadual, que concentra a maior parte dos estudantes, o índice foi de 27%.

Entre os alunos da rede privada, a taxa chegou a 60%, patamar próximo ao registrado pela rede federal.

Em relação aos alunos estrangeiros, em 2024, 21,6% dos matriculados vieram do continente africano, com destaque para os angolanos.

Os venezuelanos representam o maior número de alunos estrangeiros na educação superior no Brasil.

Instituições de ensino

O país tem, ao todo, 2.561 instituições de educação superior, sendo 2.244 privadas e 317 públicas. Em 2010, havia 2.370 instituições.

Em nota, a Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (ABMes), entidade que representa a educação superior privada no país, destaca que cerca de 90% das instituições do país são particulares e totalizam 79,8% das matrículas de graduação, sendo responsáveis por mais de 8 milhões de estudantes.

Entre as instituições de ensino superior públicas, 43,8% são estaduais (139), 38,5%, federais (122) e 17,7%, municipais (56).

A maioria das universidades brasileiras é pública (56,3%), informou o Inep.

Quase três quintos das instituições federais são universidades e 33,6% são Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) e Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets).

Cursos

Em 2024, 45.772 cursos de graduação e quatro cursos sequenciais foram ofertados.

Em média, as instituições de educação superior oferecem 17,9 cursos de graduação. 

  • 3,6% ofertam 100 ou mais cursos de graduação;
  • 28,5% ofertam até dois cursos de graduação.

Quase 80% dos cursos de graduação são na modalidade presencial.

Ingresso

No ano passado, mais de 5 milhões de alunos ingressaram em cursos de graduação, crescimento de 0,3% em relação a 2023.

Se considerado o tipo de rede, entre 2023 e 2024, houve um aumento no número de ingressantes na rede pública (1,1%) e na rede privada de 0,2%.

Do total de ingressantes, 88,5% começaram a graduação em instituições privadas.

Cursos com mais matrículas

A pedagogia foi o curso com maior número de ingressantes, somando 4,48 milhões de matrículas. Em seguida, esteve o curso de administração (4,40 milhões de matrículas) e direito (3,49 milhões).

Veja outros cursos com grande número de alunos matriculados:

  • contabilidade (2,07 milhões);
  • enfermagem (1,92 milhão);
  • sistemas de informação (1,76 milhão);
  • gestão de pessoas (1,73 milhão);
  • psicologia (1,32 milhão);
  • educação Física (1,26 milhão).

Fim da graduação

Em 2024, mais de 1,3 milhão de estudantes concluíram cursos de graduação, sendo 80,8% na rede privada e 19,2% na rede pública.

Entre 2023 e 2024, o número de concluintes na rede pública apresentou queda de 0,3%, enquanto na rede privada o decréscimo foi de 3,6%.

Na saída do ensino superior, o curso de pedagogia também teve o maior número de concluintes, com 1,83 milhão. Na sequência, aparecem direito (1,61 milhão) e administração (1,58 milhão).

Docentes

Em uma década, de 2014 a 2024, a quantidade de docentes na graduação na rede pública cresceu 14,42%, passando de 159.922  para 182.980.

Na rede privada, a força de trabalho regrediu -19,54%% no mesmo período, caindo de 187.622, em 2014, para 150.963, no ano passado.

O Censo da Educação Superior aponta que, tanto na rede privada quanto na rede pública, a média de idade dos profissionais é de 43 anos. A maioria é do sexo masculino nas instituições públicas, enquanto nas privadas é o feminino.

A maior parte dos doutores atua na rede pública, enquanto na rede privada predomina os docentes com mestrado.

Em relação ao regime de trabalho, a maioria dos docentes da rede pública trabalha em tempo integral. E na rede privada, prevalece o regime parcial.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Brasil247: Lula abre a 80ª Assembleia da ONU com discurso histórico 23.9.25

A semana de alto nível da 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU teve início nesta terça-feira (23) em Nova York, reunindo cerca de 150 chefes de Estado, de governo e chanceleres. O histórico encontro marca o 80º aniversário das Nações Unidas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o primeiro a discursar.

domingo, 21 de setembro de 2025

Agência Brasil: SUS: 76% da população brasileira têm atendimento gratuito de saúde

 

Sistema faz 35 anos hoje e reúne 3,5 milhões de profissionais em ação
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/09/2025 - 16:40
Brasília
Brasília (DF), 05/07/2025 - Pacientes realizam cirurgias e exames no Hospital Universitário de Brasília (HUB) como parte do
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) completa, nesta sexta-feira (19), 35 anos de existência e, na avaliação do Ministério da Saúde, se consolida como o maior sistema público, gratuito e universal do mundo.

O SUS surgiu como resultado de um movimento histórico na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, e ganhou forma na Constituição de 1988, que definiu a saúde como direito de todos e dever do Estado.

“Antes do SUS, apenas trabalhadores formais vinculados à Previdência Social tinham atendimento garantido nos hospitais públicos. Na prática, apenas 30 milhões de pessoas eram beneficiadas”, lembrou o ministério.

“Para o restante da população, a alternativa era a caridade, serviços filantrópicos ou o pagamento direto. Hoje, toda a população tem direito aos atendimentos”, completou o ministério.

Dados do governo mostram que, atualmente, 76% da população brasileira, de um total de 213,4 milhões de pessoas, dependem diretamente do SUS. Os números indicam ainda 2,8 bilhões de atendimentos ao ano e 3,5 milhões de profissionais em atuação.

Brasília (DF), 05/07/2025 - Pacientes realizam cirurgias e exames no Hospital Universitário de Brasília (HUB) como parte do
SUS: 30 mil procedimentos realizados em 2024. Foto-arquivo: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Saúde da família

Para o ministério, uma das ações de destaque no SUS é a Estratégia Saúde da Família (eSF). Lançada em 1994 com foco na atenção primária, a estratégia conta com equipes presentes em todas as regiões do país.

As ações incluem promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento em unidades básicas de saúde (UBS) e em áreas remotas e fluviais, além de consultórios na rua e territórios indígenas.

Transplantes

A pasta ressaltou ainda que o Brasil detém hoje a maior rede pública de transplantes do mundo. Em 2024, o país bateu recorde histórico no SUS, com 30 mil procedimentos realizados. O sistema fornece ainda medicamentos imunossupressores necessários para transplantados.

Vacinação

O SUS conta também com o maior programa público de vacinação da América Latina, o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Atualmente, são disponibilizados 48 imunobiológicos, sendo 31 vacinas, 13 soros e quatro imunoglobulinas.

“As ações contribuíram para marcos como a erradicação da poliomielite, em 1994, até resultados mais recentes, como a recertificação de país livre de sarampo pela OPAS [Organização Panamericana da Saúde]," destacou o ministério.

O Brasil ainda foi pioneiro na oferta de vacina contra a dengue, ofertada atualmente para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos.

São Paulo (SP), 09/06/2025 - A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo inicia ações de intensificação da vacinação contra a influenza. Posto de vacinação no Terminal Parque Dom Pedro II, no centro da capital paulista. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
.Brasil ainda foi pioneiro na oferta de vacina contra a dengue, segundo o Ministério da Saúde. Foto-arquivo: Paulo Pinto/Agência Brasil. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil - Paulo Pinto/Agência Brasil

Outros destaques

Para a pasta, a trajetória do SUS é marcada também pela criação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em 2003; do programa Brasil Sorridente, em 2004; do Farmácia Popular, em 2004, da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em 2004; da Rede Cegonha, atual Rede Alyne, em 2011; e do Programa Mais Médicos, em 2013, dentre outros.

“Desde 2023, o governo federal retomou a agenda voltada ao fortalecimento do complexo econômico-industrial da saúde com medidas para reduzir a dependência do Brasil. A expectativa é que, em até dez anos, 70% das necessidades do SUS em medicamentos, equipamentos e vacinas sejam produzidos no país”, completou o ministério.

Desafios

A pasta avalia como um dos desafios históricos o tempo de espera para atendimento na rede pública. A expectativa do governo é que a questão seja sanada por meio do programa Agora Tem Especialistas, que tem como foco seis áreas estratégicas: oncologia, cardiologia, ginecologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

Outra estratégia apontada pelo ministério é a expansão da telessaúde, que pode reduzir em até 30% o tempo de espera por atendimento especializado no SUS e figura como um dos eixos do programa. Os dados mostram que, em 2024, foram registrados 2,5 milhões de atendimentos em telessaúde.

Ainda de acordo com o ministério, por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saúde, o governo pretende entregar novas unidades básicas de saúde (UBS), salas de teleconsulta, unidades odontológicas móveis, policlínicas, maternidades, centros de atenção psicossocial (Caps) e ambulâncias.

“A meta é universalizar o serviço de emergência até o final de 2026 e ele, agora, está presente também em território indígena, com atendimento 24 horas e profissionais bilíngues”, concluiu o ministério.