segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Brasil247: China amplia a compra de soja brasileira e sustenta a balança comercial do País

 Parceria sólida entre os presidentes Lula e Xi Jinping fortalece o agro brasileiro, em meio à guerra comercial com os EUA

Lula e Xi Jinping - 13/05/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 – A relação estratégica entre os presidentes Lula e Xi Jinping tem se traduzido em resultados concretos para o Brasil, especialmente no campo do agronegócio. Segundo revelou o jornal O Estado de S.Paulo, a China ampliou em 31% suas compras de soja brasileira em agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado, ajudando a sustentar a balança comercial em meio à retração das exportações para os Estados Unidos.

Esse avanço das exportações para o mercado chinês foi fundamental para compensar a queda de 18,5% nas vendas para os EUA, resultado direto do tarifaço de 50% imposto por Washington. A cooperação entre Brasil e China tem se mostrado uma alternativa sólida em um cenário global de disputas comerciais, reafirmando a importância do alinhamento político e diplomático entre os presidentes Lula e Xi.

Brasil garante superávit com apoio da China

A parceria sino-brasileira fortalece a posição do país como fornecedor estratégico de alimentos, especialmente em um momento em que Pequim busca diversificar suas fontes de suprimento. Além da soja, o Brasil também foi beneficiado pelo aumento de 40,4% nas exportações para a Argentina, puxadas pela venda de automóveis. O desempenho conjunto assegurou um superávit 3,9% maior na balança comercial de agosto em relação a 2024, mostrando que a diplomacia ativa e pragmática fortalece os resultados econômicos.

O reposicionamento da China no mercado global de soja decorre da guerra comercial com os Estados Unidos. O jornal chinês Global Times ressaltou que agricultores norte-americanos estão “perdendo bilhões de dólares em vendas de soja para a China, justamente no auge da temporada de comercialização”, reflexo direto das tarifas impostas por Washington e da decisão chinesa de buscar fornecedores alternativos, sobretudo Brasil e Argentina.

Prioridade ao Brasil

A publicação lembra que, durante décadas, cerca de metade da soja produzida nos EUA tinha como destino a China, e agora produtores enfrentam dificuldades inéditas para escoar sua produção. Para Pequim, usar o Brasil como parceiro comercial confiável é também uma forma de assegurar sua segurança alimentar diante de instabilidades políticas e econômicas norte-americanas.

Com a solidez da parceria entre Lula e Xi Jinping, o Brasil se consolida como elo fundamental no abastecimento da segunda maior economia do mundo. Ao mesmo tempo, o deslocamento da demanda chinesa revela os prejuízos da política de confrontos adotada pelos EUA, que deixou seus produtores agrícolas em desvantagem.

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Fonte: https://www.brasil247.com/economia/china-amplia-a-compra-de-soja-brasileira-e-sustenta-a-balanca-comercial-do-pais

domingo, 14 de setembro de 2025

Agência Brasil: Lula lembra covid e diz que saúde não tem esquerda ou direita

 

Presidente participou, hoje, de mutirão de saúde no hospital da UnB
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/09/2025 - 14:57
Brasília
Brasília (DF) 13/09/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Dia E
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Em um mutirão de atendimentos hospitalares promovido neste sábado (13) pelo governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou do papel do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia de covid-19 e disse que não há esquerda ou direita quando se fala na saúde da população.

“Em se tratando de saúde, você não tem esse negócio de direita e esquerda, tem é pessoas comprometidas com a saúde do povo brasileiro”, disse Lula, numa referência ao trabalho dos profissionais do SUS.

Lula esteve no Hospital Universitário de Brasília (HUB), ligado à Universidade de Brasília (UnB) e gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Ao todo, 45 hospitais, em 25 estados, todos geridos pela companhia estatal, participam do mutirão, que inclui cirurgias eletivas, exames e consultas com especialistas.

Os atendimentos serão voltados a várias especialidades, como cardiologia, ortopedia, oftalmologia e saúde da mulher.

Segundo dados do governo, em um único dia estão sendo realizadas cerca de 2 mil cirurgias eletivas (não urgentes), 4,5 mil consultas e 22,7 mil exames, que foram pré-marcados para ocorrer neste sábado, com a mobilização das equipes médicas e de enfermagem. “A gente paga hora extra, agora é o seguinte, a gente vai ter que fazer mais”, brincou Lula para uma plateia formada por funcionários do hospital e pacientes.

O mutirão deste sábado conta com turnos extras e envolvimento direto de mais de 2,5 mil médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais especialistas, além de aproximadamente 700 estudantes. Ao todo, mais de 3,2 mil profissionais participam do mutirão, informou a Ebserh.

A ação, chamada de Dia E, faz parte do programa Agora Tem Especialistas, com o qual o governo federal pretende reduzir a fila de atendimentos do SUS. Atualmente, devido à falta de médicos, um paciente em geral precisa aguardar meses para ser atendimento com um especialista, como um cardiologista ou oncologista.

O programa prevê a viabilização de atendimentos na rede privada, com o abatimento, por exemplo, de dívidas de operadoras de Saúde com o SUS. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, cerca de 190 hospitais demonstraram interesse em aderir.

O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, anunciou a meta de aumentar em 40% o número de cirurgias realizadas em hospitais universitários, que contam com a mão de obra de médicos residentes e graduandos oriundos das próprias universidades.

“Isso não significa só números. Na vida das pessoas significa a chance de viver com dignidade. Muitas vezes, de ter seu diagnóstico feito no momento certo”, frisou Chioro.

Médico anestesista, o vice-presidente Geraldo Alckmin também discursou, exaltando o SUS como patrimônio do brasileiro.

Essa é a segunda edição do Dia E neste ano. Em julho, foram realizados 12.464 procedimentos em todo o país, sendo 10.160 exames, 1.244 consultas e 1.060 cirurgias. Em 2025, a Ebserh em Ação já realizou um total de 417 mutirões em diferentes momentos.

Uma terceira edição do mutirão de atendimentos está prevista para dezembro.

sábado, 13 de setembro de 2025

Brasil247: Superação da pobreza e alimentos mais baratos marcam a semana no Brasil

 

Queda nos preços e recorde agrícola impulsionam resultados sociais e econômicos

Prato de comida (Foto: Sergio Amaral/Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social)
Guilherme Levorato avatar
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247 - Entre os dias 8 e 12 de setembro, o governo Lula (PT) apresentou balanço de medidas que apontam avanços sociais e econômicos relevantes no Brasil. Em dois anos, o número de famílias registradas em situação de pobreza no Cadastro Único caiu 25%. Isso significa que 6,55 milhões de famílias superaram a linha de R$ 218 por pessoa ao mês, o que representa uma melhora na vida de 14,17 milhões de brasileiros.

Segundo a publicação oficial, outro dado que trouxe alívio ao bolso dos consumidores foi a redução dos preços dos alimentos. Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,11%, queda de 0,37 ponto percentual em relação a julho. Esse é o primeiro índice negativo desde agosto de 2024 e o mais expressivo desde setembro de 2022.

Recorde agrícola e impacto econômico

A safra 2024/25 registrou novo marco histórico na produção de grãos, atingindo 350,2 milhões de toneladas. O levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta crescimento de 16,3% em relação à temporada anterior, ou seja, 49,1 milhões de toneladas a mais. Milho, soja, arroz e algodão respondem por cerca de 47 milhões desse aumento.

Esse desempenho reforça o papel do agronegócio como motor da economia e garante maior estabilidade no abastecimento interno, contribuindo também para conter a inflação de alimentos.

Compromissos na Amazônia

Na semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Manaus (AM) para inaugurar o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia). Durante o evento, ele ressaltou a importância da presença estatal para enfrentar o crime:

“O crime ocupa os lugares que o Estado não preenche. Nossa missão é restituir a força da lei pela presença estatal”, afirmou.

Além disso, Lula lançou obras de interligação das infovias do programa Norte Conectado e entregou o cabo subfluvial da Infovia 04, considerado um dos maiores projetos de infraestrutura digital já realizados na região. Ainda em Manaus, o presidente participou do lançamento do Programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais, destacando o compromisso ambiental:

“A gente acredita na ciência e acredita que o ser humano é o único animal tão irresponsável que é capaz de destruir o seu habitat natural, mesmo sabendo que está destruindo”, declarou.

Educação e proteção social

Outro destaque foi a sanção da Lei nº 15.202/2025, que cria a Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB), integrada ao Programa Mais Professores pelo Brasil. O objetivo é valorizar o magistério, ampliar a qualificação e incentivar a carreira docente.

No campo da proteção social, o governo anunciou a devolução de R$ 1,29 bilhão a aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos em seus benefícios. Desde 24 de julho, mais de 2,3 milhões de pessoas já aderiram ao acordo de ressarcimento, o que equivale a aproximadamente 70% dos beneficiários com direito ao pagamento.

A semana, marcada pela queda da pobreza, deflação nos alimentos, recorde agrícola e investimentos em infraestrutura e educação, reforça o discurso oficial de avanços sociais e econômicos, além de ampliar o foco na proteção ambiental e digitalização da Amazônia.

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https://www.brasil247.com/brasil-soberano/superacao-da-pobreza-e-alimentos-mais-baratos-marcam-a-semana-no-brasil

 

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Brasil247: STF condena Bolsonaro e seus cúmplices e interrompe um ciclo de trevas na história do Brasil

 

José Reinaldo Carvalho avatar

José Reinaldo Carvalho

Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

479 artigos

Suprema Corte pune crimes contra a democracia em julgamento histórico que sela a queda do ex-presidente e de seus aliados civis e militares

Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

José Reinaldo Carvalho - Neste 11 de setembro de 2025, o Brasil testemunhou um julgamento que já se inscreve entre os mais importantes da história republicana. Pela primeira vez na história, um ex-presidente da República é punido pela Corte Suprema por tentativa de golpe de Estado. Foi condenado e vai pagar severa pena de prisão um dos mais abjetos seres nascidos em solo brasileiro, comparável a Silvério dos Reis e aos generais fascistas que chefiaram a ditadura militar durante 21 anos praticando crimes de lesa-pátria e lesa-humanidade, como torturas e assassinatos de patriotas e democratas.

Bolsonaro foi condenado por crimes tipificados  no Código Penal, crimes graves contra a democracia. A decisão da Corte foi resultado de uma investigação rigorosa da Procuradoria-Geral da República (PGR), que reuniu provas robustas sobre a tentativa de subversão da ordem constitucional e a prática de atos de corrupção, terrorismo e conspiração contra as instituições.

O voto do ministro relator Alexandre de Moraes destacou a gravidade dos atos, apontando como Bolsonaro e seus asseclas atuaram para corroer as bases democráticas da República. Bolsonaro alimentou um projeto de poder autoritário, buscando implantar no Brasil um regime de feições fascistas e agindo para perpetuar-se no poder por meio do golpe pelo qual é condenado agora. Ele efetivamente montou uma engrenagem golpista, baseada no seu clã, em oficiais das Forças Armadas e militares subalternos, policiais e políticos ultradireitistas. Com estes cúmplices promoveu ataques sistemáticos às urnas eletrônicas, disseminou o ódio contra adversários, incentivou a violência armada e realizou diversas ações visando à ruptura institucional.

O ápice desta escalada foi a ocupação dos quartéis em todas as principais cidades do país, os atentados terroristas em 12 e 24 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro de 2023, quando prédios dos Três Poderes foram depredados em Brasília. A tentativa de golpe fracassou, mas deixou explícito o crime que, se consumado, lançaria o país na longa noite de uma nova ditadura fascista. 

A condenação agora imposta, com a pena de 27 anos e três meses de prisão, conduz Bolsonaro não apenas ao cárcere, mas ao lixo da história. Também serão presos, com elevadas penas, generais, ministros e operadores civis que sustentaram a engrenagem golpista e autoritária.

Para quem observa e vive intensamente a luta política no país, a condenação de Bolsonaro não está desvinculada de sua trajetória política e do modo como exerceu o mais alto cargo da nação. Bolsonaro nunca foi uma liderança legítima ou reformadora. Deputado irrelevante por quase três décadas, construiu sua imagem explorando o ódio à política, os ataques a minorias e a nostalgia de setores militares pela ditadura. Sua ascensão se deveu a ressentimentos acumulados na sociedade e ao golpe contra a presidenta Dilma Rousseff em 2016, que acarretou também a injusta prisão de Luiz Inácio Lula da Silva. 

Elegeu-se presidente como chefe de uma súcia de reacionários, aventureiros, corruptos e ativistas da extrema direita. Ele desonrou o país em toda a linha, vilipendiou os direitos sociais, as liberdades políticas, os direitos humanos, violou as leis, mentiu, prevaricou, praticou desmandos, atos de corrupção, genocídio, desmoralizou o país no concerto internacional. 

O mandato presidencial de Bolsonaro foi uma verdadeira tragédia para o Brasil. A economia entrou em declínio, o desemprego e a fome cresceram, os direitos sociais foram atacados e os serviços públicos enfraquecidos. A condução criminosa na pandemia deixou um rastro de morte e sofrimento. Literalmente, Bolsonaro promoveu um genocídio contra o povo brasileiro. No campo internacional, o país passou de protagonista a pária. O que nos governos de Lula e Dilma havia sido uma política externa altiva e ativa, transformando o Brasil em polo de integração e liderança global, foi reduzido a submissão e isolamento ao imperialismo estadunidense. Por fim, liderou uma organização criminosa armada e encetou uma intentona golpista.  

A condenação de Bolsonaro e de seus cúmplices é uma vitória do povo brasileiro. Representa a resposta firme das instituições contra o arbítrio, a interrupção de um ciclo de trevas e o início de uma nova etapa de reconstrução. Foi também uma demonstração de que o país não se vergou às pressões, chantagens e ameaças de Donald Trump. 

O 11 de setembro de 2025 ficará registrado como o dia em que a Justiça venceu o arbítrio, e em que a democracia provou ser mais forte que o fascismo. Bolsonaro, que tentou se erguer como tirano, termina como criminoso condenado, desprezado pelo povo e relegado à condição de figura infame na história nacional.

Para os democratas e progressistas, é um momento de celebração, mas também de alerta: a luta contra as tendências ditatoriais é permanente. Agora, o país ingressa em nova fase da luta política em defesa da democracia. Os bolsonaristas, embora desmoralizados, vão tentar por todos os meios reverter a justa decisão da Justiça. As forças democráticas e progressistas devem elevar o grau de unidade e mobilização para impedir o retrocesso e garantir que intentonas golpistas se repitam.

O ocaso de Bolsonaro contrasta com a perspectiva da nação brasileira na construção de seu futuro democrático e progressista, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A resistência e a luta nacional para consolidar a democracia fazem parte do enfrentamento às pressões e ameaças do imperialismo estadunidense, relacionadas às suas ambições de domínio político e econômico sobre a América Latina e ao propósito de salvar seu apaniguado que acaba de ser condenado. 

A liderança do presidente Lula é decisiva para combater essas ameaças e prosseguir seu empenho para garantir a conquista de direitos democráticos e sociais pelo povo brasileiro.

O Brasil segue em frente, mais consciente de quem são seus inimigos e mais decidido a nunca mais permitir que a extrema-direita reduza o país à condição de colônia do imperialismo e apanágio da violência, da mentira e da destruição.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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https://www.brasil247.com/blog/stf-condena-bolsonaro-e-seus-cumplices-e-interrompe-um-ciclo-de-trevas-na-historia-do-brasil

 

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Brasil247: STF FAZ HISTÓRIA E CONDENA BOLSONARO

 

Voto da ministra Cármen Lúcia, do STF, sacramentou o destino de Bolsonaro. Resta estabelecer o tamanho da pena e o voto de Zanin

Jair Bolsonaro e Cármen Lúcia (Foto: Reuters | Victor Piemonte/STF)
Leonardo Sobreira avatar
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André Richter - Repórter da Agência Brasil - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta quinta-feira (11) maioria de votos para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados na ação penal da trama golpista.

A maioria foi formada com o voto da ministra Cármen Lúcia. Com o entendimento da ministra, o placar pela condenação de todos os réus está em 3 votos a 1. Falta o último voto, que será proferido em seguida pelo ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado.

Nas duas sessões anteriores, Alexandre de Moraes e Flávio Dino se manifestaram pela condenação de todos os réus. Luiz Fux absolveu Bolsonaro e mais cinco aliados e votou pela condenação de Mauro Cid e o general Braga Netto pelo crime de abolição do Estado Democrático de Direito. 

O tempo de pena ainda não foi anunciado e será definido somente ao final dos votos dos cinco ministros, quando é feita a chamada dosimetria. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 30 anos de prisão em regime fechado.

Voto 

Em sua manifestação, a ministra disse que o julgamento da trama golpista remete ao passado do Brasil, com rupturas institucionais. 

"O que há de inédito nesta ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro na área das políticas públicas dos órgãos de Estado", afirmou.

Cármen Lúcia também destacou que Bolsonaro e os demais réus não podem questionar a legitimidade da Lei 14.197/21, norma que definiu os crimes contra a democracia e que foi usada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para basear a acusação. 

A norma foi sancionada pelo ex-presidente e pelos réus Anderson Torres, Braga Netto e Augusto Heleno, ex-integrantes do governo. 

“Não é apenas legitima [a lei], como ainda não se pode dizer que se desconhecia que tentaram atentar contra a democracia. Quatro dos oito réus são exatamente os autores, os que têm a autoria do autógrafo", disse. 

8 de janeiro

A ministra também disse que os atos golpistas foram fruto de um "conjunto de acontecimentos" contra a democracia.

"O 8 de janeiro de 2023 não foi um acontecimento banal, depois de um almoço de domingo, quando as pessoas saíram a passear", completou. 

"Prova cabal"

A ministra afirmou que há "prova cabal" da participação do ex-presidente Bolsonaro e dos demais acusados em uma "empreitada criminosa". 

"A procuradoria fez prova cabal de que o grupo liderado por Jair Messias Bolsonaro, composto por figuras chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, desenvolveu e implementou um plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas com a finalidade de prejudicar a alternância legitima de poder nas eleições de 2022, minar o exercício dos demais poderes constituídos, especialmente o Poder Judiciário", disse.

Acompanhe na TV 247: 

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https://www.brasil247.com/brasil/stf-forma-maioria-para-condenar-bolsonaro-por-liderar-organizacao-criminosa

Agência Brasil: Novo voo com repatriados brasileiros chega hoje a Belo Horizonte

Operações humanitárias já receberam este ano 1,8 mil brasileiros
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 10/09/2025 - 14:34
São Paulo
A Brazilian migrant, deported from the U.S. under President Donald Trump's administration, is welcomed by his relative at the Confins airport in Belo Horizonte, Brazil, January 25, 2025. Reuters/Washington Alves/Proibida reprodução
© REUTERS/Washington Alves/Proibida reprodução

Uma nova operação do governo para receber brasileiros repatriados vindos dos Estados Unidos vai ocorrer nesta quarta-feira (10). Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, um avião está previsto para chegar ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, por volta das 19h45. Ainda não foram divulgadas informações sobre o número de brasileiros que estarão neste voo.

Na madrugada do dia 4 de setembro, um voo com repatriados pousou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte com 100 pessoas a bordo, o 20º voo que chegou ao país com brasileiros deportados pelos Estados Unidos somente neste ano. Desde fevereiro, mais de 1,8 mil brasileiros já foram recebidos em operações humanitárias organizadas pelo governo federal, em sua maioria, oriundos dos Estados Unidos.

De acordo com o ministério, o fluxo de deportações vem crescendo nos últimos meses. Desde agosto do ano passado, os Estados Unidos passaram a mandar para o Brasil um voo por semana com imigrantes considerados ilegais pelo governo norte-americano. Antes, era um voo a cada 15 dias.

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Recepção

Uma equipe interministerial estará no aeroporto na noite desta quarta-feira para receber esses brasileiros e fazer o acolhimento humanizado, que inclui alimentação, distribuição de kits de higiene pessoal e apoio psicossocial, além de acolhimento e deslocamento para suas residências por meio terrestre.

A operação, informa o ministério, vai seguir as diretrizes do programa Aqui é Brasil, de acolhimento humanizado a brasileiros repatriados ou deportados. O programa é coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, em articulação com os ministérios das Relações Exteriores (MRE), do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), da Saúde (MS) e da Justiça e Segurança Pública (MJSP); além da Polícia Federal (PF), Defensoria Pública da União (DPU), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), governos estaduais e organismos internacionais como a Organização Internacional para as Migrações (OIM). 

O objetivo desse programa, diz o governo, é oferecer uma “resposta articulada e humanizada à deportação e repatriação forçada de brasileiros no exterior”, fortalecendo “o compromisso do Estado com a proteção dos direitos humanos e a dignidade das pessoas retornadas”.

De acordo com a Polícia Federal, 1.659 brasileiros foram deportados dos Estados Unidos para o Brasil somente neste ano, com dados coletados entre 1º de janeiro e 21 de agosto. Em todo o ano passado, informou o órgão, 1.660 brasileiros foram deportados dos Estados Unidos.

Agência Brasil: Brasil baterá novo recorde na safra de grãos

 

Segundo Conab, serão colhidas 350 milhões de toneladas
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 11/09/2025 - 12:40
Brasília
Colheita de soja. Governo retoma Programa de Estoque Público de Alimentos. Foto: Wenderson Araujo/Trilux
© Wenderson Araujo/Trilux

A produção de grãos no Brasil bateu, novamente, recorde, atingindo a marca de 350,2 milhões de toneladas na safra 2024-25. O resultado representa, em termos de volume, uma alta de 16,3% na comparação com a safra 2023/24, quando foram colhidas 324,36 milhões de toneladas.

De acordo com o 12º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o resultado foi impulsionado, em especial, pela produção de soja, milho, arroz e algodão – responsáveis por 47 milhões das 49,1 milhões de toneladas colhidas a mais na safra atual, se comparada à anterior.

“Esse crescimento verificado na atual safra em relação ao ciclo 2023/24 é atribuído à expansão de 1,9 milhão de hectares na área cultivada, saindo de 79,9 milhões de hectares na temporada passada para 81,7 milhões de hectares em 2024/25, bem como às condições climáticas favoráveis, sobretudo no Centro-Oeste, com destaque para o Mato Grosso”, inforna o boletim da Conab.

Segundo a companhia, o clima favorável influenciou a recuperação na produtividade média nacional das lavouras em 13,7%, sendo estimada em 4.284 quilos por hectare no atual ciclo, enquanto que em 2023/24 ficou em 3.769 kg/ha.

Soja

A soja foi o produto mais cultivado, registrando uma produção recorde estimada em 171,5 milhões de toneladas. Este valor corresponde a uma alta de 20,2 milhões de toneladas na comparação com a safra anterior.

Esse “resultado histórico” reflete, segundo a Conab, o aumento da área semeada combinado com a melhora da produtividade média nacional das lavouras.

“Diante de condições climáticas mais favoráveis na maioria das regiões produtoras em relação a 2023/24, o desempenho médio nacional das lavouras no atual ciclo atingiu 3.621 kg/ha, o maior já registrado", informou a Conab.

Goiás foi o estado que obteve a maior produtividade nesta safra, com 4.183 kg/ha. Já o Rio Grande do Sul, com 2.342 kg/ha, foi a unidade federativa que obteve o menor resultado, uma vez que suas regiões produtoras passaram por altas temperaturas e irregularidades nas precipitações a partir de dezembro até o fim de fevereiro.

Milho e algodão

Outro produto com resultado recorde foi o milho, considerando as 3 safras do grão, estimada em 6.391 quilos por hectare no atual ciclo.

“Com isso, é esperada uma produção total de 139,7 milhões de toneladas na safra 2024/25, aumento de 20,9% em relação a 2023/24 e a maior colheita do produto já registrada pela estatal”, detalha a companhia.

A primeira safra tem uma produção estimada em 24,9 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 8,6% na comparação com a safra anterior. Com 97% da área colhida e 3% em maturação, a segunda safra deve registrar crescimento de 24,4% na produção, prevista em 112 milhões de toneladas.

A terceira safra de milho está com as lavouras ainda em desenvolvimento. A expectativa é que resulte em uma produção de 2,7 milhões de toneladas.

É também esperado recorde na produção de algodão, com as lavouras produzindo 4,1 milhões de toneladas – resultado que representa alta de 9,7% sobre a safra anterior. Esse aumento decorre a alta de 7,3% da área semeada, bem como pelas condições climáticas favoráveis.

“No final de agosto, já estava colhida 72,8% da área e 27,2% encontrava-se em maturação”, detalhou a Conab.

Arroz e feijão

Com a colheita já encerrada, o arroz totalizou 12,8 milhões de toneladas produzidas. Resultado foi um “expressivo crescimento” de 20,6% sobre 2023/24. Trata-se, de acordo com a companhia, a 4ª maior já registrada, atrás dos volumes obtidos nas temporadas de 2010/2011, de 2004/2005 e de 2003/2004.

“O aumento reflete a expansão de 9,8% na área semeada e as condições climáticas favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul, principal estado produtor”, informou a companhia.

As três safras de feijão está estimada em cerca de 3,1 milhões de toneladas, o que garantirá o abastecimento interno do país.

Culturas de inverno

Com a semeadura já concluída, o trigo foi o produto que, entre as culturas de inverno, mais se destacou. Em termos de área, apresentou redução de 19,9% na comparação com a safra anterior, totalizando 2,4 milhões de hectares no atual ciclo.

Já em termos de produtividade, ele tende a apresentar uma recuperação, saindo de 2.579 quilos por hectare em 2024 para 3.077 kg/ha neste ano.

“Ainda assim, a produção está estimada em 7,5 milhões de toneladas nesta safra, redução de 4,5% em comparação com a temporada passada”, destacou a Conab.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Agência Brasil: Investimento global em merenda dobra e alimenta 80 milhões a mais

 

Avanço foi maior no continente africano e em países de renda baixa
Mariana Tokarnia* - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 10/09/2025 - 05:01
Rio de Janeiro
Brasília (DF), 19/02/2025 - Alimentação escolar. Adriane Alves da Silva, trabalha na escola CED619  da Samambaia. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
© Antônio Cruz/Agência Brasil

Em todo o mundo, os países estão investindo mais em merenda escolar. O relatório O Estado da Alimentação Escolar no Mundo, divulgado nesta quarta-feira (10), mostra que o financiamento global para alimentação escolar mais que dobrou entre 2020 e 2024. Com isso, nesse período, 80 milhões de crianças, que não tinham acesso a alimentação na escola, passaram a contar com a merenda escolar.

O relatório é divulgado a cada dois anos pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP). Os dados mostram que o investimento global passou de US$ 43 bilhões em 2020 para US$ 84 bilhões em 2024. Esses valores equivalem a cerca de R$ 232 bilhões e R$ 454 bilhões, respectivamente, na cotação atual.

Segundo o relatório, desde 2020, houve um aumento de 20% no número de crianças atendidas com alimentação escolar em todo mundo, chegando a 466 milhões de estudantes em 2024. O número de países com políticas nacionais de alimentação escolar quase dobrou, no mesmo período, passando de 56 para 107.

De acordo com o estudo, o aumento do atendimento está ocorrendo “onde é mais necessário: países de baixa renda aumentaram em 60% o número de crianças atendidas nos últimos dois anos”, diz comunicado à imprensa. A África lidera esse avanço, com 20 milhões de crianças a mais sendo alimentadas por programas nacionais, com destaque para Quênia, Madagascar, Etiópia e Ruanda.

Segundo o diretor e representante do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas no Brasil, Daniel Balaban, os países estão cada vez mais compreendendo a importância desse investimento.

“O mais importante é que 99% desses valores são de orçamentos dos próprios países. Não é de empréstimo, são os próprios países colocando seus próprios orçamentos. E cada vez mais nós estamos vendo países pobres, pequenos, principalmente da África, entendendo a importância do investimento em alimentação escolar, porque é um investimento nas crianças, é um investimento na agricultura, é um investimento na educação, é um investimento na saúde. Então você tem um retorno”, diz.

 

Merenda escolar -  Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Merenda escolar melhora aprendizado, gera renda e empregos para a comunidade - Sergio Amaral/Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome/Divulgação

Impacto na aprendizagem

O relatório mostra que as refeições escolares contribuem para melhorar o desempenho cognitivo, as habilidades em matemática e a alfabetização.

“Nós fizemos uma pesquisa mostrando que exatamente aquelas crianças que recebem uma alimentação adequada conseguem ter melhores notas, ter melhor desempenho na escola”, diz Balaban.

“Quanto mais as crianças recebem alimentos nas escolas, mas elas têm os nutrientes necessários para que possam entender e compreender o que o professor está ministrando em sala de aula. Muitas vezes, a criança está tão fraca que vai caindo, e as pessoas pensam: ‘Ah, tá com preguiça, não dormiu à noite’. Mas é fome. A gente tem que compreender isso. Alimentada, a criança está esperta e está desperta”, acrescenta.

As merendas também trazem, de acordo com o relatório, retornos financeiros e sociais. Cada US$ 1 investido em merenda gera entre US$ 7 e US$ 35 em benefícios econômicos. Além disso, o estudo estima que alimentar 466 milhões de crianças gera cerca de 7,4 milhões de empregos em cozinhas escolares, além de empregos indiretos em logística, agricultura e cadeias de suprimento.

O estudo destaca ainda que modelos sustentáveis, como os programas de alimentação escolar com compras locais, promovem dietas saudáveis e sistemas alimentares enraizados nas economias locais e nacionais.

Protagonismo brasileiro

O relatório aponta o Brasil como uma das referências, com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é um dos maiores do mundo. Atualmente, o programa fornece refeições diárias a quase 40 milhões de alunos em 150 mil escolas, totalizando 50 milhões de refeições por dia e um investimento anual de R$ 5,5 bilhões.

“O Brasil é um dos pioneiros no mundo. Em 2009, conseguiu aprovar uma lei de alimentação escolar que coloca que pelo menos 30% dos recursos que vão para alimentação têm que ser comprados diretamente dos agricultores familiares. Isso foi algo revolucionário, porque fez com que o agricultor familiar local pudesse vender parte da sua produção para a alimentação escolar. Antes disso, os alimentos eram comprados de comércios, de grandes redes, e o dinheiro nem ficava na comunidade”, ressalta Balaban.

O crescimento dos programas é, segundo a pesquisa, mais rápido nos países membros da Coalizão para a Alimentação Escolar, que é uma rede global liderada por mais de 100 governos e seis organismos regionais, com secretariado sediado no WFP e apoio de mais de 140 parceiros. Dois em cada três novos beneficiários estão em países da Coalizão. Atualmente, o Brasil é um dos presidentes da Coalizão, junto com Finlândia e França.

Além disso, o Brasil criou em 2011 o Centro de Excelência contra a Fome, em colaboração com o WFP, que hoje apoia mais de 80 países em todo o mundo no desenvolvimento de soluções sustentáveis para combater a fome e melhorar a nutrição por meio da alimentação escolar e outras estratégias de proteção social.

O relatório é lançado na semana anterior à 2ª Cúpula Mundial da Coalizão de Alimentação Escolar, que será realizada no Brasil, nos dias 18 e 19 de setembro, maior evento mundial sobre o tema, que reúne líderes do mundo todo para avaliar os avanços e mobilizar novas ações.

*Colaborou Lana Cristina, da TV Brasil.

Brasil247: Mais uma vez Lula fala pela nação brasileira

Paulo Moreira Leite

Colunista e comentarista na TV 247


A defesa da soberania nacional e a urgência da responsabilização para preservar a democracia e a dignidade do povo brasileiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
“Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro" - (Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República, 7 de setembro de 2025).

Numa conjuntura na qual a América do Sul enfrenta uma das mais graves ameaças ocorridas em qualquer época da existência humana, em um processo destrutivo comparável aos eventos descritos nos estudos sobre a Colonização do Novo Mundo nos séculos XVI e XVIII, a firmeza de Lula representa uma combinação necessária de consciência e coragem para enfrentar o indispensável esforço de reconstrução do país e da região.

Não há nem haverá qualquer chance de recuperação de povos e países, incluídas as respectivas economias, sem respeito aos valores fundamentais e aos direitos da maioria da população, a começar pelos trabalhadores e as camadas mais humildes.

Esta é a tarefa urgente e necessária, na hora dramática de um povo que tem o direito de apurar e punir o comportamento de quem traiu suas responsabilidades numa hora de tantos perigos e exigir: sem anistia!

Mais uma vez, o que está em jogo no destino do país é a devida apuração de responsabilidades e a necessária proteção ao regime democrático.

Alguma dúvida?

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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Fonte: https://www.brasil247.com/blog/mais-uma-vez-lula-fala-pela-nacao-brasileira

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Agência Brasil: Lista de desconto em crédito para a agricultura familiar é ampliada

 

Foram íncluídos 20 produtos em diferentes regiões do país
Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 08/09/2025 - 12:08
Brasília
Agricultores familiares fazem colheita manual de feijão-caupi
© Emanuel Cavalcante/Divulgação Embrapa Amapá

A lista que reúne os produtos com bônus de desconto no pagamento de parcelas de crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foi ampliada neste mês de setembro. Foram incluídos 20 produtos em diferentes regiões do país.

Entre as culturas que passaram a integrar a lista estão: açaí, alho, banana, cana-de-açúcar, cará (inhame), cebola, feijão, feijão-caupi, laranja, raiz de mandioca e o trigo. Também terão direito ao benefício, produtores de dez estados que cultivam múltiplas culturas incluindo feijão, leite, mandioca e milho.

A medida é parte do Programa de Garantia de Preço para a Agricultura Familiar (PGPAF), que visa compensar produtores afetados pela redução dos valores de mercado abaixo do valor de garantia definido para cada cultura. E a lista vale para o período entre 10 de setembro e 9 de outubro de 2025.  

Os descontos são calculados com base nos valores de mercado divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento e validados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

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Os bônus são aplicados por unidade da federação, com base nos preços do mês anterior, nesse caso, de agosto. E os percentuais de desconto dado aos agricultores familiares no pagamento de parcelas ou na liquidação das operações de crédito rural do Pronaf variam conforme a diferença entre preços médios de mercado e os valores de garantia definidos para as culturas pelo PGPAF.

Por exemplo, este mês, os produtores de cará, da agricultura familiar no Paraná, terão o maior bônus de desconto, com redução de 59,52%, enquanto os de cana-de-açúcar na Bahia terão o menor, de 0,47%.

Para o mês, saíram da lista a batata-doce, o arroz (TO), a banana (TO, SC e GO), a cana-de-açúcar (MA) e o mel de abelha (PI e RS).

Para ver a lista completa de produtos com bônus de desconto acesse a publicação no Diário Oficial da União