terça-feira, 31 de agosto de 2021

CELSO AMORIM: CINCO ANOS DEPOIS, RESULTADO DO GOLPE É O DESASTRE ABSOLUT...

A oitava praga


"O presidente da República passeia de moto todo final de semana, enquanto ceva uma crise institucional sem precedentes, que alimenta a inflação, o desemprego, a miséria e o dólar alto", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

30 de agosto de 2021, 09:36 h Atualizado em 30 de agosto de 2021, 10:21

(Foto: Agência Brasil)

Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

O Brasil está sendo assolado por sete pragas ao mesmo tempo: covid, inflação, desemprego, miséria, dólar alto, crise de energia e crise hídrica.

Sem conseguir acabar com alguma delas, o presidente da República passeia de moto todo final de semana, enquanto ceva uma crise institucional sem precedentes, que alimenta a inflação, o desemprego, a miséria e o dólar alto. Totalmente absurda e desnecessária.

É a oitava praga.

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/a-oitava-praga

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

“Apagão para todos”, programa do governo Bolsonaro


Paulo Guedes debocha de quem sofre para pagar a conta de luz, escreve Bernardo Mello Franco

O ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes já ofendeu as empregadas domésticas, os filhos de porteiros e os pobres em geral. Agora resolveu debochar de quem sofre para pagar a conta de luz

27 de agosto de 2021, 04:43 h Atualizado em 27 de agosto de 2021, 05:10

(Brasília - DF, 10/06/2020 O presidente Jair Bolsonaro  , Paulo Guedes durante videoconferência.
Foto: Isac Nóbrega/PR (Brasília - DF, 10/06/2020 O presidente Jair Bolsonaro , Paulo Guedes durante videoconferência. Foto: Isac Nóbrega/PR (Foto: Isac Nobrega)

247 - "O ministro desdenhou do novo reajuste nas tarifas, que deve ser anunciado na próxima semana. 'Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?',  questionou, na quarta-feira”, escreve o colunista do Globo Bernardo Mello Franco.

"Guedes conhece a resposta para a pergunta que fez. O aumento da bandeira vermelha não pesa apenas nas tarifas residenciais. Também eleva os custos de produção, o que deve resultar em mais inflação no varejo".

O jornalista diz que as declarações de Guedes são provocações. "Afirmou que a luz vai subir e 'não adianta ficar sentado chorando'. Ele ainda sugeriu que os governadores querem 'faturar em cima da crise' com a arrecadação de ICMS sobre o consumo de energia".

"As falas de Guedes combinam elitismo, insensibilidade e um certo gosto pela ficção. Em março, ele tentou se vender como um campeão de popularidade. 'Eu entro no supermercado e as pessoas me agradecem', disse. O ministro deveria se submeter ao teste da gôndola agora, mas com testemunhas. Será uma experiência inesquecível", conclui o jornalista.

Fonte: https://www.brasil247.com/midia/paulo-guedes-debocha-de-quem-sofre-para-pagar-a-conta-de-luz-escreve-bernardo-mello-franco

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Disparada dos preços dos alimentos aprofunda a fome no Brasil


Desde 2017 de volta no Mapa da Fome, país tem mais de 100 milhões de pessoas convivendo com algum grau de insegurança alimentar e a disparada da inflação aumenta a tragédia

25 de agosto de 2021, 18:24 h Atualizado em 25 de agosto de 2021, 18:46

(Foto: RENOTO ARAUJO/AGENCIA BRASILIA)

Site da CUT - “Desesperador, minha pressão já fica alta, dá vontade de desmaiar na boca do caixa, porque o dinheiro não dá para nada”, desabafa a manicure do Rio de Janeiro, Vanessa dos Santos. E ela não está sozinha. Dos 211 milhões de brasileiros, milhares estão passando pelo mesmo desespero desde que a inflação começou a disparar e transformar a cesta básica em artigo de luxo para muitos.

A insegurança alimentar voltou a ser uma realidade no Brasil, como mostra pesquisa realizada em dezembro de 2020 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).

Enquanto os fazendeiros do agronegócio colhem a safra, recebem em dólar e colocam o Brasil na segunda posição entre os que mais exportam grãos no mundo, ficando atrás apenas dos EUA, 43,3 milhões de pessoas não têm acesso aos alimentos em quantidade suficiente e 19 milhões literalmente não têm o que comer.

Isso acontece porque o Brasil é um grande produtor de commodities e prioriza o lucro, explica Tereza Campello, ex-ministra do desenvolvimento social e combate à fome do governo da presidenta Dilma Rousseff.

“A prioridade no mercado interno não é de alimentar o povo. A prioridade é que alguns poucos proprietários de terras e exportadores ganhem muito dinheiro, sem, inclusive, gerar emprego”, afirma a professora titular da cátedra Josué de Castro de sistemas alimentares, saudáveis e sustentáveis na Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com ela, o Brasil vive uma situação dramática e, mesmo antes da pandemia do novo coronavírus, que agravou a crise econômica do país, o povo já estava com fome.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, apenas um ano após o golpe que destituiu a presidenta Dilma, o país já havia retornado ao mapa da fome´, de onde havia saído em 2014, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

“O conjunto das políticas públicas que tiraram o Brasil do mapa da fome foi destruído. A família e o combate à fome deixaram de ser prioridades nesse governo”, diz a ex-ministra que acrescenta mais uma razão para a situação trágica atual: “A legislação trabalhista foi completamente desorganizada”.

E a desorganização continua com a boiada passando a passos largos. A Medida Provisória (MP) nº 1045, que incluiu no texto aprovado na Câmara dos Deputados uma nova e perversa reforma Trabalhista, retira direitos básicos dos trabalhadores e trabalhadoras, como férias, 13º, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e até o direito de não ganhar menos de um salário mínimo por mês. Tudo isso vai acabar se o Senado aprovar a MP até o dia 7 de setembro, quando a validade da medida caduca.

“Uma Medida Provisória para que a juventude vire praticamente escravizada, sem proteção nenhuma, é uma aberração. O que vai resolver o problema do desemprego são políticas voltadas para o desenvolvimento econômico, a proteção do mercado de trabalho, o enfrentamento de situações estruturais na economia do país”, afirma Tereza.

Mariana, de Angra dos Reis, região da Costa Verde fluminense, é uma dessas pessoas que se viu desesperada em meio à pandemia.

“Meu ganho no momento é o bolsa família. Antes da pandemia eu não tinha serviço fixo, mas eu saía nas praias para fazer meu serviço”, conta a mãe de três filhos, o mais novo com um ano e nove meses. O marido vive de bicos, trabalhando como ajudante de pedreiro.

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Sem um salário fixo, a família encontra dificuldades na hora de fazer as compras no mercado. “Mantimento, mistura, essas coisas para as crianças, os preços estão muito altos”, conta ela que neste momento em que escolas e creches estão fechadas no município não pode sair para procurar emprego e depende praticamente de políticas públicas governamentais.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese), o desemprego no 1º trimestre de 2021 ficou em 14,7%. E a cesta básica que em janeiro de 2020 custava R$ 507, em julho de 2021 subiu para R$ 621. Com o mercado de trabalho em crise, vagas de emprego em situações precárias, trabalhadores e trabalhadoras com a renda muito baixa e sem políticas de valorização do salário mínimo, o carrinho de mercado está cada vez mais vazio.

“Nós estamos falando de comida, a população não tem dinheiro para o básico, para comprar gás, está cozinhando com álcool, cozinhando com madeira. A situação é realmente dramática”, enfatiza Tereza.

Licenciado pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e recebendo apenas um salário mínimo, Alexander Souza, que é eletricista em Volta Redonda, no Sul Fluminense, afirma que a situação está muito complicada.

“Tenho três filhas, ajudo meu pai que tem 62 anos e está desempregado. Carne foi um item que sumiu da dispensa. Hoje consumimos mais ovos. Energia elétrica teve um aumento considerável”, lamenta ele ao falar que 2021 é mais um ano perdido.

Olhando o cenário é fácil entender que soberania, segurança alimentar e mercado interno não interessam para esse governo.

“Esse agronegócio é bom para o PIB, mas o povo não come PIB. Ao invés de enfrentar a pandemia, eles aproveitam a pandemia, tiram vantagem da crise para avançar em agendas que desorganizam tanto o mercado interno, quanto as políticas de combate à pobreza, enfrentamento da fome, e principalmente políticas estruturais de geração de emprego, que é o que o Brasil precisa”, conclui Tereza Campello.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/disparada-dos-precos-dos-alimentos-aprofunda-a-fome-no-brasil

O país da pobreza em que o Brasil se tornou depois do golpe de 2016

Pobreza sobe em 24 estados e dispara no Nordeste e Sudeste

Melhora recente é insuficiente para recuperar perdas causadas pela pandemia

25 de agosto de 2021, 17:44 h Atualizado em 25 de agosto de 2021, 17:53

Paraisópolis Paraisópolis (Foto: Rovena Rosa - Agência Brasil)

Valor Econômico - O aumento da pobreza no país por causa da pandemia se deu de forma generalizada entre os Estados e em ritmo mais intenso nos do Nordeste e naqueles com grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro. Estudo do economista Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), mostra que o percentual da população pobre aumentou em 24 das 27 unidades da federação brasileira entre o primeiro trimestre de 2019 e janeiro de 2021.

Ainda que com alguma expectativa de melhora para os dados mais recentes, por causa da retomada do pagamento do auxílio emergencial a partir de abril e de início de reação do mercado de trabalho informal, a expectativa entre economistas é que os níveis de pobreza se mantenham acima do verificado antes da covid-19.

Em São Paulo, por exemplo, a parcela de população pobre subiu de 13,8% em 2019 para 19,7% em 2021. No Rio de Janeiro, ultrapassou um quinto da população, passando de 16,9% para 23,8%.

tabela

“A pobreza aumentou na maioria dos Estados e teve altas bastante elevadas em grandes centros urbanos, no Sudeste e no Nordeste. As economias dos centros urbanos são muito focadas em serviços, como alimentação, alojamento e entretenimento, que foram mais atingidos pelas características desta crise”, explica Duque.

Leia a íntegra no Valor Econômico.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/pobreza-sobe-em-24-estados-e-dispara-no-nordeste-e-sudeste

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Carta aos arrependidos


"Vocês têm responsabilidades maiores que as de todos os outros em superar a situação trágica a que vocês contribuíram para que chegássemos", escreve o sociólogo Emir Sader

11 de agosto de 2021, 18:32 h Atualizado em 11 de agosto de 2021, 19:21


Por Emir Sader

Caros

Sei que vocês não são todos iguais. Alguns contribuíram ativamente, outros pela passividade, para que o país chegasse à situação mais catastrófica da sua história.

Alguns foram militantes da luta anti-petista, inventaram, escreveram artigos e livros sobre os “petralhas”, trabalhando para que se esquecesse todas as conquistas dos governos do PT para todo o povo e se criminalizasse o partido.e conivência com o Judiciário e a mídia.  Outros, vítimas do mesmo antipetismo, preferiram qualquer alternativa – até mesmo o Bolsonaro, por quem votaram.

Agora, uns e outros se dizem arrependidos. Arrependidos de terem votado no Bolsonaro ou de terem, de uma forma ou de outra, favorecido a eleição dele. Não é hora de retomar diferenças, agora é tirar o Bolsonaro e diminuir as desgraças que o país vive. Mas eu gostaria de lhes dizer algumas coisas.

Antes de tudo, vocês têm que entender que mecanismos os levaram a tomar essa atitude. Não podem alegar que não sabiam o que tinham sido os governos do PT. Sabiam que a economia cresceu, que se geraram mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada. Certamente vocês mesmos foram beneficiados, direta ou indiretamente, dos novos empregos.

Não podem se esquecer que os salários foram aumentados sempre acima da inflação. Certamente os próprios salários de vocês foram aumentados ao longo dos governos do PT.

Impossível que esquecessem como se expandiu o sistema educacional, tanto do ensino básico, como médio e superior. Impossível que não se dessem conta de como se multiplicaram as universidades públicas pelo país inteiro, como aumentou exponencialmente o número de estudantes nas universidades.

Não pode ser que não se dessem conta como os serviços públicos de saúde, em particular os SUS, se expandiram. Muito mais gente pôde ser atendida, sempre gratuitamente, a qualidade dos serviços melhorou.

Impossível que não soubessem como nunca como naquele momento o prestígio do Brasil no mundo foi tão alto, nunca se respeitou tanto o nosso país, nunca ele foi tão tomado como exemplo de bom governo.

Entre um professor como o Fernando Haddad e o Bolsonaro, escolheram este. Não podiam não saber das suas posições, de homenagem ao maior torturador que o Brasil já teve, de incentivo ao acesso de armas, de rejeição da educação e das escolas públicas.

Sabiam que votar nele era desconhecer tudo o que os governos do PT tinham feito, com plena democracia, com respeito pelas opiniões divergentes. Mas se deixaram levar pelo antipetismo.

Tem que se perguntar em que a vitória do PT representaria de pior do que o Bolsonaro já prometia? Como alguém com as posições dele poderia fazer um governo melhor do que os do PT?

Vocês se deixaram levar por preconceitos contra o PT, sem se perguntarem se correspondiam à realidade. Agora, que sabem que nem as acusações de corrupção contra o Lula eram verdadeiras, como se sentem?

Vocês têm que ter consciência que não basta se arrependerem. Vocês têm gravíssimas responsabilidades pela situação desastrosa que o Brasil vive. Se não tivessem apoiado as arbitrariedades do Judiciário, Lula teria sido eleito presidente do Brasil no primeiro turno e o país estaria em uma situação radicalmente distinta.

Todos estaríamos vacinados há muito tempo, milhares de vidas teriam sido poupadas. Teríamos milhões de empregos com carteira assinada, ao invés de milhões de pessoas vivendo na precariedade, sem renda suficiente, sem saber se terão renda no próximo mês.

Teríamos serviços de saúde para atender a todos, escolas e universidades abrigando a todas as crianças e jovens. Teríamos de novo um país com esperança e confiança no futuro.

Vocês têm responsabilidades maiores que as de todos os outros em superar a situação trágica a que vocês contribuíram para que chegássemos.

Um abraço.

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/carta-aos-arrependidos

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Não com que se preocupar no Brasil

Nesses últimos dias o Governo tentou demonstrar que tem poder, fazendo passar em desfile militar fora de época, para pressionar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal para mudar o sistema eleitoral brasileiro, uma fila de tanques de guerra defasados, mas a única coisa que conseguiu foi mostrar para o mundo o estado de decadência das nossas Forças Armadas, com tanques de guerra envolto em fumaça, parecendo estar usando como combustível, madeira verde. O Congresso não se sentiu ameaçado e muito menos o STF. Bolsonaro, além de não governar, passa seu tempo ameaçando o Povo. O fato de se exibir com tanques, é para mostrar que o povo e as instituições são os  seus grandes inimigos. Já tirou o Poder dos sindicatos, tirou direitos trabalhistas, deixou o Povo sem vacinas enquanto seu ministério da saúde tentava conseguir vantagens pessoais nas negociações para compra dos imunizantes. Além disso, ajudou algumas empresas a faturarem bastante com vendas de medicamentos que não tinham eficiência nenhuma contra a pandemia. Continua entregando as estatais para o setor privado, estatais que ajudavam a população. Os correios que é a bola da vez na sanha de entregar o patrimônio nacional, é a estatal que leva nossas correspondências encomendas a qualquer parte do território e que quando privatizada, só entregará encomenda onde der lucro. Empresa estatal é financiada pelo povo para prestar serviço à nação e não tem a obrigação de dar lucro e sim prestar um serviço de qualidade. A Petrobrás está sendo fatiada e vendida para agradar o mercado. A consequências foram os aumentos exorbitante nos preços dos combustíveis para os brasileiros, enquanto agraciou os acionistas com gordos dividendos. As ameaças e ataques ao povos e às instituições por parte do governo, tem a clara finalidade de desviar as atenções dos verdadeiros problemas pelos quais o povão está passando. Dentre elas, o desemprego, insegurança, (insegurança alimentar), crise nas políticas sociais públicas, desmonte da educação e da saúde. A cereja do bolo é o aumento da inflação, que solapa a renda dos trabalhadores que ainda tem. Lamentável.   

terça-feira, 10 de agosto de 2021