sábado, 25 de outubro de 2025

Presidente Lula participa da cerimônia de outorga do título de doutor "h...

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Sobral de Prima: A VITÓRIA DE ROMEU ALDIGUERI CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DE JERICOACOARA

  

A privatização do Parque Nacional de Jericoacoara foi uma medida intempestiva do Ministério do Meio Ambiente e desnecessária, do ponto de vista estratégico.

A decisão desagradou nativos, trabalhadores do turismo e ambientalistas, como o deputado Romeu Aldigueri, que, quando gestor do Ibama, idealizou a criação do Parque Nacional com o propósito de manter o local como patrimônio público e área de preservação ambiental.

A falta de bom senso da autoridade ambiental do Ministério pode ser analisada como uma grande contradição. Cobrar acesso a Jeri seria o mesmo que taxar o mar, as dunas e o sol. O processo é incompreensível.

O deputado Romeu Aldigueri, com mestrado e cursos na área ambiental e passagens pela Semace e pelo Ibama, praticamente nasceu e viveu em Jericoacoara, onde sua família mantém casa. Seria prudente, por parte das autoridades que decidem entre quatro paredes, ouvir a comunidade, vereadores, deputados e ambientalistas antes de adotar medidas de tamanha relevância. Fica a lição: a Justiça desfez uma marmota.

(Blog do Roberto Moreira)

Fonte:  https://sobraldeprima.blogspot.com/2025/10/a-vitoria-de-romeu-aldigueri-contra.html

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Agência Brasil: Uso de internet por adolescentes nas escolas cai de 51% para 37%

 

Uma das causas é a lei que restringe celulares em colégios
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 22/10/2025 - 10:43
São Paulo
Brasília (DF) 14/02/2025 - Proibição do uso de celulares nas escolas. A aluna do colégio Galois, Joana Chiaretto. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O uso de internet por crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de idade nas escolas caiu em 2025, revelou o estudo Tic Kids Online Brasil 2025, divulgado hoje (22), em São Paulo. Segundo a pesquisa, a proporção dos usuários dessa faixa etária que acessa a internet nas escolas recuou de 51% no ano passado para 37% este ano.

Para Luísa Adib, coordenadora da pesquisa Tic Kids, uma das explicações para esse recuo pode ser a lei que restringiu o uso de celulares nas escolas, aprovada no início deste ano.

“A gente começou a coleta da pesquisa em março, quando a medida de restrição de celular nas escolas já tinha sido implementada. Então, a gente pode ver uma relação entre a restrição do celular e a queda do acesso à internet na escola”, salientou ela, em entrevista à Agência Brasil.

No entanto, ela aponta outros fatores para essa queda no uso dentro das escolas. “Acho que elas são influenciadas também pelo debate político que está muito centrado e muito forte na agenda de proteção de crianças e adolescentes e o ambiente digital. Porque, por exemplo, já está ocorrendo uma queda [no uso] das redes sociais e o Estatuto da Criança e do Adolescente  digital [que dispõe sobre a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais] ainda não está em vigor. Então, acho que uma parte [dessa queda] pode ser explicada pela regulamentação, como no caso das escolas, que já aconteceu, mas também pelo debate político”, opinou.

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Uso estável

O estudo Tic Kids Online Brasil 2025 - conduzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), apontou, ainda, que o número de crianças e adolescentes com acesso à internet se manteve com certa estabilidade em relação aos dois anos anteriores.

Segundo o estudo, 92% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de todo o país são usuárias de internet no Brasil, pouco abaixo do que a pesquisa apontou no ano passado (93%) e no ano retrasado (95%). Isso significa que quase 24,6 milhões de pessoas nessa faixa etária acessaram a internet nos últimos três meses no Brasil.

Embora haja uma certa estabilidade nesse número, a coordenadora do estudo apontou que houve mudanças nas formas de uso da rede.

“A gente começa a ver uma queda no acesso à internet na escola e uma queda no uso de rede social para as faixas etárias mais novas, retomando a um patamar parecido ao que a gente tinha antes da pandemia”, argumentou.

Segundo o estudo, o celular foi o principal dispositivo de acesso usado pela população de 9 a 17 anos, sendo citado por 96% dos entrevistados, seguido pela televisão (74%), computador (30%) e pelo videogame (16%).

Ainda de acordo com a pesquisa, 84% dos usuários dessa faixa etária fazem esse acesso à internet de suas casas, várias vezes ao dia. Nas escolas, 12% reportaram acesso à internet várias vezes ao dia, 13% uma vez por semana e 9% uma vez ao mês.

Entre as atividades mais desenvolvidas na internet estão o uso para pesquisas escolares (81%), pesquisas sobre temas que interessam (70%), leitura ou vídeos com notícias (48%) e informações sobre saúde (31%).

Cresce total dos que nunca acessam a internet

O número de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos que afirmam nunca terem acessado a internet também cresceu este ano. Se no ano passado esse público somava 492.393 pessoas, agora em 2025 710.343 pessoas dessa faixa etária revelaram jamais ter acessado a rede. 

Fraude, golpe, cibercrime, telefone celular- Idec aponta fragilidades na segurança de aplicativos de bancos. Foto: rawpixel.com / Chanikarn Thongsupa
Pesquisa revela que 46% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos acessam a internet para ver vídeos  Foto: rawpixel.com/Chanikarn Thongsu

“A gente já tinha o dado [em outras pesquisas] de que a atividade multimídia era das mais realizadas e que 80% declaravam ter assistido a vídeos. Mas, a gente queria saber que vídeos são esses. Fomos atrás de algumas opções e a que aparece em maior proporção e frequência são os influenciadores”, explicou a coordenadora do estudo. Outro dado da pesquisa é que quase metade (46%) das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos acessam a internet para ver vídeos feitos por influenciadores digitais. E isso ocorre várias vezes ao dia.

“Não perguntamos qual o conteúdo que foi produzido por esse influenciador, mas sabemos que tem o módulo de consumo, com pessoas divulgando produtos, pessoas indo a lojas pela primeira vez, pessoas divulgando jogos de apostas e proporções superiores a 50% para todos esses tipos de conteúdo vinculados. Claro que pode ter um outro tipo de conteúdo divulgado por esses influenciadores digitais que não seja potencialmente danoso, mas a gente sabe que tem uma parte que pode ser”, argumentou Luísa Adib.

Como o uso da internet sempre pode estar associado a riscos, a coordenadora do estudo alerta para que os pais estejam sempre atentos ao acesso feito por seus filhos. “A gente sabe, pela pesquisa, que a mediação ativa é mais eficiente. Então, quando há diálogo e um acompanhamento das práticas que a criança realiza, isso tende a ter resultados mais efetivos”, observou.

Mediação

Também é importante, destacou ela, que as próprias plataformas façam um tipo de mediação sobre isso, o que já está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA Digital. “Mas é importante saber que nenhuma estratégia isolada vai ser efetiva. Então, a partir do momento que esse responsável faz o uso de um recurso técnico [das plataformas], isso vai funcionar se também estiver alinhado a uma mediação ativa, através de um diálogo, de um monitoramento e de um acompanhamento”, avaliou.

A pesquisa ouviu 2.370 crianças e adolescentes de todo o país, com idades entre 9 e 17 anos e 2.370 pais e responsáveis. O estudo foi realizado entre março e setembro deste ano. O Tic Kids Online Brasil é uma pesquisa feita anualmente desde 2012 e só não foi realizada em 2020 por causa da pandemia de covid-19.

terça-feira, 21 de outubro de 2025

DER conclui estradas que conectam Piauí com Ceará, Bahia e Pernambuco

Grifo meu: Como os estados do Nordeste ficarão juntos e misturado depois da construção dessa infra estrutura viária.

Brasil247: Bolsa Família fortalece proteção à infância e amplia oportunidades para mães


Com foco no desenvolvimento das criançs e na autonomia feminina, programa alia transferência de renda a políticas de saúde, educação e inclusão social

Bolsa Família fortalece proteção à infância e amplia oportunidades para mães (Foto: Lyon Santos/MDS)

A primeira infância — período que abrange os seis primeiros anos de vida — é considerada decisiva para o desenvolvimento humano. É nessa fase que o cérebro forma conexões em ritmo acelerado e recebe estímulos fundamentais para o crescimento físico, cognitivo e emocional. Reconhecida pela Constituição como prioridade absoluta, essa etapa demanda políticas públicas estruturadas, capazes de promover equidade e romper os ciclos de desigualdade social.

Mais do que um programa de transferência de renda, o Bolsa Família atua como instrumento de proteção integral, garantindo que crianças, adolescentes e gestantes tenham acesso a direitos básicos de saúde, educação e assistência social, por meio das chamadas condicionalidades — compromissos que reforçam o papel das famílias e do poder público no desenvolvimento das novas gerações.

Entre essas condicionalidades estão o acompanhamento pré-natal das gestantes, o cumprimento do calendário nacional de vacinação, o monitoramento do peso e da altura de crianças menores de sete anos e a exigência de frequência escolar mínima: 60% para crianças de quatro e cinco anos e 75% para estudantes de seis a 18 anos que ainda não concluíram a educação básica.

Em setembro de 2025, o Benefício Primeira Infância (BPI) alcançou 8,4 milhões de crianças de até seis anos, com repasse total de R$ 1,19 bilhão do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). O programa também contemplou 623 mil gestantes, com R$ 28,9 milhões pelo Benefício Variável Gestante (BVG), e 302 mil famílias com bebês de até seis meses, com R$ 14,4 milhões pelo Benefício Variável Nutriz (BVN).

Esses compromissos reforçam a importância de estados e municípios na oferta de serviços públicos de qualidade. Creches, escolas, unidades básicas de saúde e Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) são fundamentais para garantir que as famílias cumpram as condicionalidades e tenham acesso aos seus direitos.

Na primeira vigência de 2025, o Bolsa Família assegurou o acompanhamento de saúde de 81,38% do público-alvo, alcançando 27 milhões de pessoas, entre elas 5,6 milhões de crianças e 560 mil gestantes.

A experiência de Alexandra Guinsonares, 25 anos, mãe de quatro filhos e moradora do Rio Grande do Sul, mostra o impacto concreto das políticas públicas. Beneficiária do Bolsa Família, ela afirma que o apoio financeiro foi decisivo para garantir o básico aos filhos e permitir a retomada dos estudos. “O Bolsa Família representa esperança. Sei que aquele dinheiro vai estar ali e vai me ajudar. Posso terminar meus estudos para conseguir um trabalho melhor e dar um futuro aos meus filhos”, relatou.

Mais do que o auxílio financeiro, Alexandra destaca o valor das condicionalidades de saúde e educação. “Cuidem dos seus filhos, porque eles são o futuro. Temos o SUS, as vacinas, as escolas. É preciso insistir para que estudem. Sem educação, a gente não é nada.”

Inserção de mães no mercado de trabalhomãe-filho-bolsa-família

Mães beneficiárias do Bolsa Família registram participação mais elevada no emprego formal quando comparadas a outros grupos de mulheres. As conclusões constam do artigo “Transferência de renda e participação feminina no mercado laboral: o caso do Programa Bolsa Família”, publicado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

O estudo identificou aumento de 1,13 ponto percentual na presença dessas mães no mercado de trabalho com carteira assinada, o que representa crescimento de 7,4% em relação à média anterior ao início do recebimento do benefício. O efeito positivo é ainda mais expressivo entre mães de crianças de três a seis anos, fase em que o apoio financeiro e as políticas de cuidado infantil têm papel decisivo para facilitar a inserção profissional.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) do IBGE, cerca de um terço das mulheres afirma não estar disponível para aceitar uma oferta de emprego — índice que cai para 10% entre os homens. Entre as mulheres, 20% apontam a necessidade de cuidar da casa e dos filhos como principal motivo para essa indisponibilidade, fator praticamente inexistente entre os homens.

A relação entre o trabalho das mães e a frequência escolar das crianças é direta. Para garantir o benefício, o programa exige que as crianças e adolescentes mantenham presença mínima na escola, estimulando um ciclo virtuoso de educação e autonomia familiar.

A moradora de Sobradinho (DF) Elizângela da Silva, 40 anos, mãe de quatro filhos, reforça a importância desse apoio. “Quando eu tive meus dois primeiros filhos, nós passamos muita fome. Eu era nova, não arrumava emprego e o Bolsa Família me ajudou muito”, contou.

Com o benefício, ela conseguiu estabilidade e tempo para se capacitar. “Usava o dinheiro para fazer as compras e aproveitava o tempo em que as crianças estavam na escola para fazer cursos de cuidadora de idoso e agente de portaria. Consegui um emprego e não preciso mais receber. Espero não precisar mais e dar oportunidade para outras mães que passam pelo que eu passei.”

Brasil atinge o menor patamar de fome da história

Os avanços das políticas sociais como o Bolsa Família se refletem também nos indicadores nacionais de segurança alimentar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil voltou, em 2024, ao menor patamar de fome da história, repetindo o índice alcançado em 2013.

Entre 2023 e 2024, o número de domicílios em insegurança alimentar grave — quando falta comida até para as crianças — caiu de 3,1 milhões para 2,5 milhões, uma redução de 19,9%. Mais de 2 milhões de pessoas deixaram a condição de fome em apenas um ano, e 8,8 milhões passaram à segurança alimentar.

A melhora foi registrada em todas as regiões do país, tanto em áreas urbanas quanto rurais, embora o Norte e o Nordeste ainda concentrem os maiores índices.

Os dados confirmam que o Bolsa Família permanece como um instrumento essencial de proteção social, reduzindo desigualdades, fortalecendo a primeira infância e ampliando as oportunidades para mulheres e famílias em todo o Brasil.

Fonte: https://www.brasil247.com/conteudo-publicitario/bolsa-familia-fortalece-protecao-a-infancia-e-amplia-oportunidades-para-maes

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Agência Brasil: Lula: educação e política são pilares para país ter um futuro melhor

 

Presidente falou para plateia de estudantes em São Bernardo do Campo
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/10/2025 - 15:25
Brasília
18.10.2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com os alunos da Rede de Cursinhos Populares (CPOP).
Ginásio Adib Moysés Dib - São Bernardo do Campo-SP.

Foto: Ricardo Stuckert/PR
© Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que educação e participação política são elementos fundamentais para o país ter um futuro melhor que o presente. Dirigindo-se a uma plateia de estudantes de São Bernardo do Campo (SP), Lula afirmou que é com esse propósito que o governo tem elaborado suas políticas públicas.

“Pelo amor de Deus, agarrem essas chances com suas mãos. Nós daremos sustentações a vocês”, disse o presidente neste sábado ao anunciar mais R$ 108 milhões em apoio a 500 cursinhos da Rede Nacional de Cursinhos Populares.

O investimento nos cursinhos populares está previsto em um edital que, segundo o governo, está prestes a ser publicado. Essa rede representa, segundo o governo, um “suporte técnico e financeiro para a preparação de estudantes da rede pública em situação de vulnerabilidade social, que buscam ingressar na educação superior por meio do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”.

Ele ajuda cursinhos pré-vestibulares populares e comunitários com orientações específicas para o exame, de forma a dar mais oportunidades de acesso ao ensino superior.

Educação

Durante o evento, Lula disse que é pela educação que o indivíduo consegue melhorar sua qualidade de vida, uma vez que se torna um profissional mais capacitado e consciente. Disse também que é pela participação política que ele terá condições de melhorar a vida do coletivo.

“O pai e a mãe de vocês, por mais necessidade que tenham, o maior sonho deles não é deixar riqueza para vocês. É deixar uma profissão. É ver o filho ou a filha se formando para ter uma independência na vida”, discurso o presidente ao falar sobre sua “obsessão pela educação”, em um país que, historicamente, nunca levou a sério a educação para o povo pobre.

Segundo Lula, a autonomia proporcionada pela educação ajuda, inclusive, em situações de violência doméstica. Em especial quando praticada contra mulheres. Ele ressaltou que a profissionalização é uma ferramenta de autonomia e de ascensão social, para que as pessoas não fiquem sujeitas a problemas desse tipo.

“Profissão é coisa sagrada. É por isso que eu aposto na educação”, disse.

Lula reiterou que não existe país no mundo que tenha se desenvolvido sem antes investir na educação. “Não queremos ser apenas exportador de soja, milho ou minério de ferro. A gente quer exportar conhecimento, inteligência e valor agregado e produzido por nossa capacidade”, complementou.

O presidente disse que esse desafio abrange vários outros países. Ele lembrou que, por esse motivo, o governo brasileiro está desenvolvendo várias parcerias com países africanos; países de língua portuguesa; e com países da América Latina.

No caso da América Latina, a ideia, segundo ele, é “formar uma doutrina latino-americana para sonhar que nosso continente um dia seja independente, para que nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso”.

Participação política

Na sequência, o presidente disse que a conscientização proporcionada pela educação faz com que as pessoas tenham melhores condições tanto de cobrar e exigir mais do governo. E mais do que isso: de participar mais diretamente do ambiente político do país.

“A desgraça de quem não gosta de política é que é governado por quem gosta. E se quem gosta for uma tranqueira, vocês serão governados por uma tranqueira. Não coloquem raposa para tomar conta do galinheiro, porque ele vai comer as galinhas”, disse o presidente.

“E quando vocês virem que a classe política está querendo aprovar uma lei que dá impunidade para ladrão, não desistam. Entrem na política porque o político bom está dentro de vocês. Não está dentro deles”, acrescentou.

Cursinhos populares

Em nota sobre o evento de hoje, em que Lula anunciou R$ 108 milhões em investimentos em cursinhos populares, o governo federal informou que, no primeiro edital da Rede Nacional de Cursinhos Populares, o programa já havia selecionado 384 cursinhos, beneficiando mais de 12,1 mil estudantes em todas as regiões do país. Foram R$ 74 milhões em investimentos.

“Cada cursinho contemplado recebeu até R$ 163,2 mil para pagamento de professores, coordenadores e equipe técnico-administrativa, além de auxílio-permanência de R$ 200 mensais para até 40 alunos por unidade”, detalhou o Planalto.

Em geral, aulões dos cursinhos ocorrem aos sábados, em universidades públicas, uma vez que boa parte do público é de estudantes que trabalham durante os dias da semana.

Brasil247: Lula lança Reforma Casa Brasil com crédito de R$ 40 bilhões para recuperação de moradias

 Programa do governo federal pretende beneficiar 1,5 milhão de famílias com financiamento acessível e assistência técnica para melhorias estruturais

Lula (de chapéu) durante entrega de obras no Pará (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança nesta segunda-feira (20), às 15h30, o programa Reforma Casa Brasil, que oferecerá crédito facilitado e apoio técnico para reformas de moradias em todo o país. As informações foram divulgadas pelo jornal Valor Econômico. A iniciativa busca atender famílias que já possuem casa própria, mas convivem com problemas estruturais e falta de condições adequadas de habitação.

Ao todo, o governo prevê a destinação de R$ 40 bilhões para o programa, com a expectativa de alcançar 1,5 milhão de famílias. Desse montante, R$ 30 bilhões serão provenientes do Fundo Social, abastecido por recursos de royalties do petróleo, e direcionados a famílias com renda mensal de até R$ 9,6 mil. Outros R$ 10 bilhões virão da Caixa Econômica Federal, por meio de operações com Letras de Crédito Imobiliário (LCI), voltadas para famílias com renda superior a esse limite.

Reformar, ampliar e garantir segurança

De acordo com o governo federal, o programa será destinado a proprietários de imóveis que enfrentam problemas como telhados comprometidos, pisos danificados, redes elétricas e hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação. A proposta é melhorar as condições de moradia e, ao mesmo tempo, movimentar a economia da construção civil.

A expectativa do Palácio do Planalto é de que os financiamentos injetem ao menos R$ 20 bilhões no mercado imobiliário, especialmente por meio dos bancos públicos. Esse volume poderá ser ampliado se instituições financeiras privadas também aderirem ao programa.

Impacto econômico e social

Além de promover melhorias habitacionais, o Reforma Casa Brasil é visto como instrumento de geração de emprego e renda no setor da construção civil, um dos que mais empregam no país. Obras de pequeno e médio porte, como reformas e ampliações, costumam ter forte impacto regional, com contratação de mão de obra local e consumo de materiais de construção nas próprias comunidades.

Com o lançamento do programa, o governo busca fortalecer sua agenda social, com foco no direito à moradia digna, ao mesmo tempo em que estimula a atividade econômica.

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Fonte: https://www.brasil247.com/poder/lula-lanca-reforma-casa-brasil-com-credito-de-r-40-bilhoes-para-recuperacao-de-moradias

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Agência Brasil: Mulheres rurais enfrentam informalidade e desigualdade no campo

 

ONU comemora hoje o Dia Internacional das Mulheres Rurais
Rafael Cardoso - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 15/10/2025 - 17:49
Rio de Janeiro
São Paulo SP) - No sertão do nordeste brasileiro, a produtora rural Rafaela Alves conta os desafios com a produção do gado leiteiro. Rafaela e sua filha Ana Luiza, na pequena propriedade de gado leiteiro em Sergipe. Foto: Arquivo Pessoal
© Arquivo pessoal

Criado há exatos 30 anos pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional das Mulheres Rurais é celebrado neste em 15 de outubro para destacar o papel essencial das trabalhadoras e garantir seus direitos.

Por ocasião da data, a ONU Mulheres emitiu uma declaração em que apela para uma ação mais ousada dos poderes constituídos para promover igualdade e empoderamento daquelas que vivem em áreas rurais.

“Todos os dias, elas alimentam comunidades, protegem o meio ambiente e impulsionam o desenvolvimento sustentável. Investir nelas é um ato de justiça e uma salvaguarda para o nosso futuro compartilhado”, diz um dos trechos da declaração.

A instituição diz que o grupo impulsiona, há gerações, movimentos coletivos por mudança. E alerta para o número alto de mulheres que vivem em situação precária pelo mundo.

“Sua liderança continua a construir pontes entre a ação local e o progresso global, mesmo que as áreas rurais sejam as mais afetadas pela pobreza extrema e pela insegurança alimentar, impactando principalmente mulheres, jovens e povos indígenas. Se as tendências atuais continuarem, 351 milhões de mulheres e meninas ainda viverão em extrema pobreza até 2030”, alerta outro trecho da declaração.

No Brasil, as mulheres representam cerca de 30% da força de trabalho rural e comandam 20% dos empreendimentos rurais, segundo o último Censo Agropecuário de 2017. Ainda assim, quase metade (48%) não têm vínculo formal, o que as impede de acessar benefícios como licença-maternidade e aposentadoria.

Ainda segundo o censo, as mulheres ganham 20% menos que os homens em funções equivalentes e enfrentam dupla jornada de trabalho, acesso limitado a crédito e políticas públicas, além da exposição a agrotóxicos e da falta de infraestrutura básica nas propriedades.

“As mulheres rurais desempenham atividades essenciais, mas muitas vezes não têm seus direitos garantidos”, assegura a auditora-fiscal do Trabalho Alessandra Bambirra, e representante da Delegacia Sindical em Minas Gerais do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (DS-MG/Sinait).

“Valorizar o trabalho feminino no campo é essencial para garantir direitos, combater a informalidade e fortalecer o protagonismo econômico, social e político dessas mulheres que sustentam o campo brasileiro”, defende.

O Ministério das Mulheres aproveitou a data para reforçar que tem criado e fortalecido políticas públicas para que as mulheres do campo sejam economicamente autônomas. Um dos destaques apontados é o Fórum Nacional Permanente de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas, que elabora estudos, diagnósticos e estratégias integradas.

O ministério também destaca as políticas para mulheres rurais no âmbito da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que vai ser realizada em novembro, em Belém, lembrando que tem mobilizado “gestoras públicas, lideranças comunitárias, representantes de movimentos sociais e especialistas de todas as regiões do país para ampliar a presença das mulheres nas discussões e decisões sobre o enfrentamento à crise climática”.

O Projeto Rural Sustentável (PRS), que atua nos biomas Cerrado e Amazônia, com foco em ampliar a autonomia financeira feminina, traz alguns exemplos de mulheres e dos desafios enfrentados.

O projeto foi criado durante a COP27 para fortalecer seis cadeias produtivas na região da Amazônia Legal, desde o cultivo até a comercialização. Ele faz parte da Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido. Tem o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como beneficiário institucional e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) como responsável pela sua execução.

Mais de 1.500 mulheres são beneficiárias do projeto, entre elas, Sônia Maria de Abreu, produtora de Perolândia, em Goiás. Ligada à Associação dos Trabalhadores na Agricultura do Projeto de Assentamento Três Pontes (Atuap), Sônia cultiva soja, milho, banana, laranja e mandioca.

“O produtor rural é 24 horas. A gente mexe com a lavoura desde que começa o dia, cuida da plantação, dos porcos, das galinhas. Mas, também, enfrentamos desafios. Na hora de comercializar, as pessoas colocam muitas barreiras para chegarmos ao consumidor final”, diz Sônia.

Sônia destaca ainda as dificuldades no acesso ao crédito rural e a necessidade de maior valorização feminina no campo.

“Meu marido tentou por 3 anos tomar crédito junto ao banco, até que eu tomei frente e disse que não iria desistir até conseguir. A mulher tem persistência e mais mulheres têm que ser valorizadas”, revelou Sônia.

Na Amazônia, a produtora Ediana Capich, associada à Cooperativa dos Agricultores Familiares da Amazônia - Rondônia (Lacoop), representa a terceira geração de uma família dedicada ao café. Desde 2019, em Novo Horizonte do Oeste, em Rondônia, ela cultiva o robusta amazônico com foco em qualidade e sustentabilidade.

“Levar o que há de mais especial do nosso trabalho para as pessoas é contagiante. Levar amor, carinho e respeito, e ainda poder me sustentar disso, é simplesmente maravilhoso”, comemora Ediana.

Ela participa de todas as etapas da produção, do cultivo à torra e ao envasamento. “Temos habilidades e visão com mais precisão, somos dedicadas e isso traz bons resultados. Mas ainda desejo que nosso trabalho tenha o valor correspondente à altura da dedicação que realizamos”, ressalta Ediana, sobre o valor da presença feminina na produção rural.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Portal Ceará: Cozinhas Ceará Sem Fome são premiadas por atuação de destaque - Portal Ceará

 

Certificação reconhece unidades do programa Ceará Sem Fome por atuação nas áreas de qualificação, sustentabilidade e participação social

O Governo do Ceará premiou 317 cozinhas do programa Ceará Sem Fome com o certificado “Cozinha Transformadora”, em reconhecimento às ações voltadas à segurança alimentar e nutricional. A entrega ocorreu durante o primeiro dia do 2º Festival Ceará Sem Fome, com a presença do governador Elmano de Freitas, da primeira-dama e presidente do Comitê Intersetorial de Governança, Lia de Freitas, além de autoridades nacionais e internacionais.

A premiação fez parte das atividades alusivas ao Dia Mundial da Alimentação, celebrado nesta quinta, dia 16. Neste ano, a data é comemorada de forma inédita no Ceará, escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como palco principal da celebração mundial.

As cozinhas premiadas foram avaliadas em três categorias: Qualificação e Renda, Sustentabilidade e Participação Social. Para obter o certificado, as unidades precisaram comprovar funcionamento regular por, no mínimo, seis meses e contar com a atuação de Agentes Populares de Segurança Alimentar. “A gente é muito grato por trabalhar neste programa e fazer 100 quentinhas todos os dias para saciar a fome de quem realmente precisa”, disse Gerusa da Conceição, da Cozinha Solidária Benjamim Sem Fome, em Pacatuba.

Em Fortaleza, a Cozinha Maria Tomásia também foi certificada. “Muita gente que antes não tinha o que comer procura a nossa cozinha. São mais de 100 cadastros, entre crianças, trabalhadores da reciclagem e outras pessoas. Só tenho gratidão e parabenizo os responsáveis por essa obra tão grande”, afirmou Rosângela da Silva, integrante da unidade.

O representante da FAO no Brasil, Jorge Meza, destacou o papel do Ceará no combate à fome. “Sempre estaremos naqueles lugares onde encontramos exemplos de boas políticas públicas que estão gerando resultados importantes. E o que encontramos aqui, no Ceará, esperamos iniciar um processo mais intenso de diálogo, para que essas experiências sejam utilizadas em outras partes do mundo”, afirmou.

Fonte:  https://draft.blogger.com/blog/post/edit/7910370922163291105/7901644300200623358

Portal Ceará: CNH Popular terá 3 mil vagas para estudantes de graduação e ensino técnico

 

Expansão do programa destina vagas a universitários e alunos do ensino técnico de instituições públicas estaduais e federais.
 
Foto: Reprodução


Durante o evento, Elmano destacou o impacto social da iniciativa. “Isso permite que esse jovem não tenha essa despesa, possa tirar a sua carteira e também, quem sabe, até conseguir uma renda extra”, afirmou o governador, agradecendo aos servidores do Detran pelo trabalho voltado ao povo cearense.

Os interessados devem ter pelo menos 18 anos, estar inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e vinculados a uma instituição pública de ensino. As habilitações oferecidas são das categorias A (moto) e B (carro). Segundo o superintendente do Detran-CE, Waldemir Catanho, mais novidades sobre o programa serão divulgadas em breve. “Somente neste ano, atendemos mais de 33 mil pessoas em todos os municípios do Ceará com a CNH Popular”, destacou.

Das novas vagas anunciadas, 1.800 serão destinadas a motociclistas. Em 2025, o Detran-CE já emitiu mais de 3 mil documentos por meio do programa, que recebeu R$ 25 milhões em investimentos nos últimos dois anos. 

Fonte:  https://portalceara.jor.br/ceara-amplia-cnh-popular-com-3-mil-vagas-para-estudantes-de-graduacao-e-ensino-tecnico/

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Presidente Lula participa de cerimônia de Comemoração do Dia dos Profess...

Grifo meu: Parabéns para todos os Professores, Professoras e demais profissionais da Educação. Que nosso Criador continue abençoando todos eles.

Agencia Brasil: PNE: relatório sugere investimento de 7,5% do PIB para educação

 

Entre as fontes dos recursos são apontadas verbas do pré-sal
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 14/10/2025 - 20:05
São Luís
Brasília (DF), 26/03/2025 - Alunos de escola no Itapuã, região administrativa do Distrito Federal. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os investimentos necessários para assegurar uma educação de qualidade, zerar deficiências, manter infraestrutura e valorizar profissionais da educação nos próximos 10 anos é de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB). É o que aponta relatório do Plano Nacional de Educação (PNE) 2025-2035, apresentado nesta terça-feira (14) na Comissão Especial que analisa o tema na Câmara dos Deputados. O texto agora será discutido em cinco sessões do colegiado antes de ser colocado para votação.

Segundo o relatório do deputado Moses Rodrigues (União Brasil-CE), o resultado diz respeito ao somatório dos recursos alocados, de investimentos e subsídios, com a educação pública em todos os níveis - infantil, fundamental e superior. A estimativa é de que o valor fique em R$ 280 bilhões, nos próximos 10 anos, dos quais R$ 130 bilhões seriam para zerar deficiências históricas, como analfabetismo, percentual mínimo de pessoas com ensino fundamental e médio, entre outros, e R$ 150 bi para a manutenção da infraestrutura educacional.

“Estamos aqui evidenciando que encontramos um número adequado em percentual e a gente não podia deixar de ter um compromisso com a educação brasileira e repetir um número que vem sendo repetido a muito tempo que é de 10% [do PIB]. Lá atrás, considerada a questão demográfica, talvez se precisasse de 10%, mas com a redução da estimativa de população chegamos a esse percentual”, afirmou Rodrigues durante a apresentação do parecer.

O PNE traça 19 objetivos a serem alcançados na próxima década. Para cada objetivo previsto no plano, foram estabelecidas metas que permitem monitoramento ao longo do decênio, por meio de um conjunto de estratégias com as principais políticas, programas e ações envolvendo a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.

A ênfase do novo PNE está na qualidade do ensino, com objetivos e metas focados em padrões de qualidade na educação infantil, na educação profissional e tecnológica, no ensino superior e na formação de docentes.

>>Saiba os objetivos

Além disso, há objetivos específicos para as modalidades de educação escolar indígena, educação do campo e quilombola. O projeto mantém metas para educação integral e também para os públicos-alvo da educação especial e da educação bilíngue de surdos.

Para financiar as metas previstas no plano, o relator propôs a necessidade de alocação de recursos da exploração de petróleo para investimentos em expansão, modernização e adequação da infraestrutura física e tecnológica das escolas; na redução das desigualdades entre redes de ensino e na garantia de padrões nacional de qualidade. As redes também têm previsão de receber recursos adicionais, condicionados ao cumprimento das metas de acesso e rendimento escolar.

Um projeto de Lei foi incluído no PNE, para que os recursos de exploração do Pré-Sal, estimados em R$ 220 bilhões, sejam voltados para educação.

“Encontramos um crescimento de recursos de exploração do pré-sal, existe um crescimento que não tem previsão de uso de 2026 em diante e antes que aparecesse um dono estamos amarrando esse recursos extraordinário, que excede o que está já previsto. Só o petróleo atende 80% do que estamos colocando no nosso parecer”, afirmou.

“Além disso, a proposta coloca o PNE e tudo o que vai ser investido em infraestrutura nos próximos 10 anos fora do arcabouço fiscal, pois vamos ter orçamento e não vai ter como gastar, pois vai ficar dentro do arcabouço fiscal. Não adianta ter o dinheiro e não ter como utilizar”, completou.

O restante dos recursos para financiamento do PNE viriam da negociação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), em que os estados se comprometeriam em trocar parte de suas dívidas por investimentos sociais. O projeto de lei deixa aberta ainda a possibilidade de o governo federal encaminhar novas fontes para o plano.

“A sociedade vai investir mais em educação e aqui as redes estaduais e municipais vão ter que competir entre si. Nós não vamos pegar um município pobre lá no Nordeste ou no Norte, para competir com um município com a nota, desempenho ou resultado no Paraná. Queremos que desempenho e resultado seja sempre em referência com os resultados anteriores desse município para que ele possa ter mais acesso a recursos novos”, defendeu Moses.

Para tanto, o texto estabelece um calendário, com datas para o planejamento estratégico de cada gestor para o atingimento das metas. Um Plano de Educação, de longo prazo, com a definição de metas e diretrizes gerais e um Plano de Ação, a ser elaborado a cada dois anos, por União Estados e Municípios, com indicadores, metas intermediárias e planos operacionais.

“Todos os recursos serão mantidos e inclusive antecipados, mas no plano de ação, a cada dois anos, ele tem que ter um compromisso para que a sociedade possa saber como está sendo investido e quais os resultados que estão sendo alcançados”, explicou.

Brasil247: Governo Lula beneficiará 60 milhões de brasileiros com Gás do Povo

 

Segundo o ministro Alexandre Silveira, o Gás do Povo é o “maior programa de combate à pobreza energética do planeta”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de minas e Energia, Alexandre Silveira - 04/09/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou, nesta terça-feira (14) a importância para o País do programa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva Gás do Povo, que promete beneficiar dezenas de milhões de brasileiros e se tornar a maior iniciativa de combate à pobreza energética do planeta.

Em entrevista à TV Brasil, Silveira detalhou: o programa assegura gratuidade no fornecimento de gás de cozinha para 17 milhões de famílias brasileiras. A iniciativa alcançará cerca de 60 milhões de pessoas em todo o país, projetou. 

“O Gás do Povo é um grande programa social. É o maior programa social de combate à pobreza energética do planeta”, afirmou Silveira, durante participação no programa Bom Dia, Ministro.

O benefício contempla famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para quem recebe o Bolsa Família.

Luz do Povo

Silveira também destacou o programa Luz do Povo, também do governo do presidente Lula, que, segundo ele, garante o acesso à energia elétrica de qualidade e preços justos a milhares de brasileiros. 

O programa prevê descontos para quem mais precisa, além de liberdade de escolha e mais equilíbrio para o setor elétrico. Com o Luz do Povo, o consumidor que tem direito à Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) passa a ter gratuidade na tarifa de energia se seu consumo mensal for de até 80 KWh. 

Outro ponto importante do Luz do Povo diz respeito ao acesso ao mercado livre de energia, por meio do qual o consumidor escolhe de qual empresa comprar energia, seja ele residenciais e rurais, ou pequenas e médias empresas ou indústrias. 

“A medida provisória enviada por nós ao Congresso Nacional era uma medida provisória estruturante. Ela tinha o programa social como primeiro eixo. O segundo eixo é a abertura completa e total de mercado. Qualquer cidadão poder comprar e escolher a fonte energética que vai comprar energia. Na medida provisória, até 120 quilowatts a partir de janeiro vai ter o desconto da CDE. Então, parte da classe média também é atendida com um grande programa social, que é o Luz do Povo. Eu confio plenamente que o Congresso Nacional vai fazer um bom debate, vai entregar um bom projeto”, afirmou o ministro.

O Luz para Todos foi criado em 2003 no primeiro mandato do presidente Lula e retomado em agosto do ano passado, para atender 500 mil famílias na nova fase.

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Fonte: https://www.brasil247.com/economia/governo-lula-beneficiara-60-milhoes-de-brasileiros-com-gas-do-povo

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Ag%encia Brasil: Pix Automático torna-se obrigatório a partir desta segunda

 

Nova modalidade substituirá débito automático e boletos
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/10/2025 - 14:39
Brasília
Brasília (DF), 16/01/2025 - Aplicativo bancário para pagamento financeiro em pix. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
© Bruno Peres/Agência Brasil
Com a promessa de substituir o débito automático e os boletos, o Pix automático torna-se obrigatório nesta segunda-feira (13). Lançada em caráter opcional em junho, a extensão do Pix foi desenvolvida para o usuário autorizar pagamentos periódicos a empresas e prestadores de serviços, como microempreendedores individuais (MEI). O cliente autoriza uma única vez, com os débitos ocorrendo automaticamente na conta do pagador.

A ferramenta pretende beneficiar tanto empresas como consumidores. De acordo com o Banco Central (BC), o débito automático beneficiará até 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito.

Para as empresas, a nova tecnologia facilitará a cobrança ao simplificar a adesão à cobrança automática. Isso porque o débito automático exige convênios com cada um dos bancos, o que na prática só era possível a grandes companhias. Com o Pix automático, bastará a empresa ou o MEI pedir a adesão ao banco onde tem conta.

arte pix automático
Arte/Agência Brasil

Como funciona

  • Empresa envia pedido de autorização de Pix automático a cliente
  • No aplicativo do banco ou instituição financeira, o cliente acessa a opção “Pix automático”
  • Lê e aceita os termos da operação
  • Define a periodicidade da cobrança, o valor (fixo ou variável) e o limite máximo por transação
  • A partir da data acordada, o sistema faz os débitos automaticamente
  • Cobrança pode ser feita 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive em feriados
  • Usuário pode cancelar autorização e ajustar valores e periodicidade a qualquer momento

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Tipos de contas

O Pix automático só é válido para pessoas físicas como pagadoras e empresas ou prestadores de serviços como cobradores. O pagamento periódico entre pessoas físicas, como mesadas ou salários de trabalhadores domésticos, é feito por outra modalidade, o Pix agendado recorrente, serviço que os bancos devem oferecer obrigatoriamente desde outubro de 2024.

Algumas contas pagas com Pix automático

  • Contas de consumo (luz, água, telefone)
  • Mensalidades escolares e de academias
  • Assinaturas digitais (streaming, música, jornais)
  • Clubes de assinatura e serviços recorrentes
  • Outros serviços com cobrança periódica

Algumas empresas, principalmente micro e pequenas empresas, usavam o Pix agendado recorrente para cobranças periódicas. O Pix automático promete simplificar as operações de cobrança.

No Pix agendado recorrente, o pagador tinha de digitar a chave com a conta da empresa, o valor e a periodicidade da cobrança, o que poderia levar a erros e divergências. No Pix automático, o usuário receberá uma proposta de adesão, bastando confirmar a cobrança, podendo ajustar valores e a frequência dos pagamentos.

Segurança

O Pix automático traz alguns riscos de segurança. O principal são falsas empresas que enviam propostas de cobrança que irão para contas de terceiros. Para minimizar o risco de golpes, o BC editou, em junho, uma série de normas para as empresas que aderirem ao Pix automático.

Bancos e instituições de pagamentos deverão checar uma série de informações das empresas, divididas em três eixos: dados cadastrais, compatibilidade entre a atividade econômica e o serviço ofertado no Pix automático e histórico de relacionamento com o participante. Para impedir fraudes por empresas recém-criadas, somente empresas em atividade há mais de seis meses poderão oferecer a nova modalidade do Pix.

As regras de segurança que os bancos deverão checar são as seguintes:

  • Data de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); situação cadastral dos sócios e administradores no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), e outras informações da empresa
  • Compatibilidade entre a atividade econômica e o serviço oferecido para o Pix automático
  • Quantidade de funcionários, valor do capital social e faturamento
  • Tempo de abertura da conta e uso de outros meios de cobrança
  • Frequência das transações com o participante

domingo, 12 de outubro de 2025

Agência Brasil: Conferência inspira jovens a combaterem injustiça climática no Brasil

 

Participantes levam para seus lares nova visão sobre mudança climática
Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 11/10/2025 - 10:15
Brasília
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA). Centro Técnico Educacional da CNTI, Luziânia - GO.

Foto: Ricardo Stuckert / PR
© Ricardo Stuckert / PR

As crianças e adolescentes participantes da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (6ª CNIJMA), em Luziânia, Goiás, voltaram para seus lares, nesta sexta-feira (10), depois de vivenciarem cinco dias de debates, gincanas, palestras, oficinas temáticas e atrações culturais. 

Na bagagem, estão os planos de desenvolver a educação ambiental em seus territórios e chamar a atenção para a necessidade de combater a injustiça climática, que, normalmente, atinge desproporcionalmente as comunidades mais vulneráveis e marginalizadas no Brasil, com chuvas, secas, calor intenso e inundações.

De Itapemirim, no Espírito Santo, Lara Guimarães Silva (foto) deseja que os saberes e práticas ancestrais sejam considerados na oferta global de soluções que resgatem o respeito à natureza e promovam a equidade de oportunidades. As comunidades tradicionais, segundo a jovem, são as que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas, mesmo contribuindo menos para as alterações do clima.

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Lara Guimarães participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Lara Guimarães vive em comunidade que valoriza o clima - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

“As mudanças climáticas são muito ruins porque afetam a terra, o solo e o ciclo da água. Isso faz a nossa agricultura familiar desequilibrar”, afirma.

Com 13 anos de idade, Lara foi criada na comunidade de quilombola de Graúna, que, segundo ela, valoriza bastante o clima. 

“Com o clima desregulado, a gente perde um pouco das nossas tradições e culturas”, diz a adolescente.

Da Região Norte, Jessyane Cavalcante, com 12 anos de idade, percebe que a poluição, sobretudo pelo plástico, afeta o município de Mucajaí, em Roraima. Na conferência nacional, ela defendeu a reciclagem de embalagens plásticas para ter um território saudável. 

“A reutilização de materiais pet mal descartados na nossa vila fariam a diferença para combater a poluição”, defende.

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Adrielle Silveira participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Para Adryellen Silveira impactos de eventos climáticos são visíveis - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Na realidade da estudante indígena Adryellen Silveira Bertoldo, de 13 anos, os impactos de eventos climáticos são visíveis e prejudicam o pequeno plantio de alimentos na aldeia onde vive, em Aracruz, no Espírito Santo.

“O que eu aprendi aqui, vou aplicar lá. Quero dialogar com minha comunidade e dar ideias para meu professor para fazermos atividades na escola”, disse.

Em outro bioma, o Cerrado, o jovem Elton Brenner, do 8º ano do ensino fundamental, aproveitou a última chance de participar da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente como delegado, porque já tem a idade limite de 14 anos.

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Elton Dener  participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Elton Dener apresentou projeto de compromisso com a sustentabilidade, com o meio ambiente e de mobilização comunitária - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O projeto escolar que Elton Brenner trouxe de Goiatuba, em Goiás, para a conferência, reafirma o compromisso com a sustentabilidade, com o meio ambiente e de mobilização comunitária. O documento sugere soluções para problemas urbanos, como mais áreas verdes dentro de escolas, melhoria das praças das cidades, o reaproveitamento da água, o plantio de hortas comunitárias e a fiscalização do descarte de resíduos sólidos.

Elton acredita que eventos como a conferência, criam consciência ambiental desde cedo nos estudantes.

“Quem participa já aprende a importância do meio ambiente, conhece a reciclagem, conhece uma horta, se aprofunda em alimentação saudável e até domina como gerenciar uma casa”, avalia.

De outro ponto do estado de Goiás, o jovem delegado da conferência Kleber Medeiros de Oliveira Júnior, de 13 anos, observou que no trajeto feito de carro de sua cidade, São Miguel do Araguaia, até o local da conferência nacional, em Luziânia, a vegetação nativa do Cerrado foi substituída por extensas plantações de monoculturas. 

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Kleber Pereira participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Aos 13 anos, Kleber Pereira participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“Quanto menos árvores tiver, mais vai ter o calor, porque essas árvores param de produzir o oxigênio, o que vai agravar o efeito estufa”, sentencia.

Kleber ainda lamenta a poluição do rio da localidade. [FOTO]

“Jogam muito lixo nas ruas, nos esgotos, e pensam que não vai acontecer nada. Mas o vento traz tudo para os rios, os peixes comem isso e acabam morrendo”, diz.

Mais experiente

Nas cinco edições anteriores, a conferência infantojuvenil envolveu milhares de pessoas. A 6ª edição, com o tema Vamos transformar o Brasil com educação e justiça climática, contabilizou mais 800 participantes, todos representantes das etapas preparatórias.

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Francisco Gelmo participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Francisco Gelmo participou em 2006, aos 11 anos, da Conferência Infantojuvenil - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Uma das pessoas que acumula a experiência de outras conferências infantojuvenis pelo meio ambiente e que esteve em Luziânia esta semana é o cantor e compositor Francisco Gelmo Sousa, de 30 anos de idade. A primeira conferência da qual participou foi em 2006, aos 11 anos, como delegado representante de Itapajé, no Ceará. 

O artista ainda passou pela experiência como integrante do coletivo de jovens facilitadores em outras edições da mobilização nacional e como organizador das etapas estaduais do evento. Nesta 6ª edição da conferência, na função de educador, ele foi o responsável por cuidar de jovens cearenses durante a viagem. 

“É uma alegria enorme ver como essa conferência transforma a vida da gente, abre portas e desenha um presente e um futuro para a gente. Essa ligação com o ambiente sempre foi muito forte para mim”, afirmou.

Conferência transformadora

Outros gestores de educação presentes no evento, representando as delegações estaduais, apostam justamente no poder de transformação socioambiental das conferências, tanto na consciência sobre o futuro, nos hábitos atuais dos participantes jovens, assim como no combate à desinformação.

É o que destaca a servidora da Secretaria de Educação do Estado do Piauí Luana Batista, responsável pela delegação do estado. 

“São projetos com o envolvimento da comunidade escolar que dão certo. Há uma mudança significativa nas atitudes, nos comportamentos e valores para melhorar a qualidade de vida do nosso cotidiano”, acredita.

Luana Batista percebe mudanças nos jovens que vivenciam as experiências das conferências que tratam de meio ambiente. “Essas mudanças de atitude tendem a melhorá-los. Até mesmo a fala deles, como protagonistas juvenis, dentro da sua comunidade escolar, em seu território”.

O representante da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, professor Alexandre Guimarães, presente pela primeira vez em uma conferência nacional, aposta no potencial da juventude para melhorar o planeta Terra.

Luziânia (GO), 06/10/2025 – Alexandre Guimarães participa da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Alexandre Guimarães aposta no potencial da juventude para melhorar o planeta Terra - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

“Os estudantes de 11 a 14 anos da Bahia foram muito engajados em todos os projetos desenvolvidos em suas escolas. Isso nos traz o alento de que essa transição geracional vai acontecer e será com qualidade, garantindo o futuro desse planeta que a gente tanto ama e quer bem”, disse.

A mobilização para a conferência alcançou 8.732 escolas em 2.307 municípios e reuniu delegações dos 26 estados e do Distrito Federal.

Na quarta-feira (8), os representantes dos estudantes do 6º ao 9ª ano do ensino fundamental de várias partes do Brasil, apresentaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministros a Carta Musical Raiz que Floresce, e entregaram a versão preliminar da Carta Compromisso das Crianças e Jovens pelo Futuro do Planeta, com o pacto das novas gerações pela construção de uma sociedade sustentável e solidária. 

A versão final da carta será levada pelo governo do Brasil à COP30 [Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima], em Belém, a partir de 10 de novembro, como forma de reconhecer o protagonismo dos jovens na conscientização e no enfrentamento às mudanças climáticas.