sábado, 29 de junho de 2024

Bom dia 247: com Lula, o menor desemprego em dez anos (29.6.24)

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Ainda bem que temos um presidente que olha pelos trabalhadores

Lula descarta desvinculação de aposentadoria do salário mínimo

Aumentar piso salarial não é gasto, e sim investimento, diz presidente

Publicado em 26/06/2024 - 13:22 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

ouvir:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou, nesta quarta-feira (26), a desvinculação do piso das aposentadorias do salário mínimo.

Em entrevista ao Portal Uol, o presidente afirmou também que não vai mexer na política de valorização do salário mínimo. “Eu não considero isso gasto”, disse Lula sobre o aumento dos salários.

“A palavra salário mínimo é o mínimo do mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu acho que eu vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, eu não vou para o céu, eu ficaria no purgatório”, argumentou o presidente na entrevista.

“Preciso garantir que todas as pessoas tenham condições de viver dignamente. Por isso, nós temos que tentar repartir o pão de cada dia em igualdade de condições. Você acha que eu quero que empresário dê prejuízo? Eu não sou doido! Porque, se ele der prejuízo, eu vou perder meu emprego. Eu quero que o empresário tenha lucro, mas eu quero que ele tenha a cabeça, como teve o Henry Ford, quando disse: ‘eu quero que meus trabalhadores ganhem bem para eles poderem comprar os produtos que eles fabricam’. Se essa filosofia predominasse na cabeça de todo mundo, este país estava maravilhoso”, acrescentou Lula.

Henry Ford (1863-1947) foi um empresário norte-americano, fundador da companhia automobilística Ford.

Em audiência pública no Congresso Nacional, neste mês, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que o governo está revisando os gastos e que a discussão está sendo feita apenas internamente. A equipe econômica estuda a possibilidade de “modernizar” as vinculações de benefícios trabalhistas e previdenciários, não relacionados à aposentadoria, como o benefício de prestação continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.

Durante a entrevista desta quarta-feira (26), Lula também afirmou que a política de valorização do salário mínimo será mantida enquanto for presidente da República. Para ele, esta é a forma de distribuir a riqueza do país.

A política prevê reajuste anual com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB – soma dos bens e serviços produzidos no país) de dois anos antes. Caso o PIB não tenha crescimento real, o valor a ser reajustado leva em conta apenas o INPC.

“Você tem sempre que colocar a reposição inflacionária para manter o poder aquisitivo, e nós damos uma média do crescimento do PIB dos últimos dois anos. O crescimento do PIB é exatamente para isso. O crescimento do PIB é para você distribuir entre os 213 milhões de brasileiros, e eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos”, afirmou Lula.

Taxação de compras

O presidente também comentou sobre a taxação federal de remessas de até US$ 50 (cerca de R$ 250), vindas do exterior. Lula defende equilíbrio de tratamento na cobrança de impostos da população, argumentando que pessoas em viagem ao exterior também têm isenção de cobranças.

“Nós temos um setor da sociedade brasileira que pode viajar uma vez por mês para o exterior e pode comprar até US$ 2 mil sem pagar imposto, pode chegar no free shop [loja livre de impostos] comprar US$ 1 mil e pode comprar US$ 1 mil no país e não paga imposto. Está tudo normal, é maravilhoso. Eu fiz isso para quem? Para ajudar a classe média, a classe média alta. Agora, quando chega a tua filha, minha filha, minha esposa, que vai comprar US$ 50 [em lojas on-line no exterior] eu vou taxar os US$ 50? Não é irracional? Não é uma coisa contraditória?”, questionou Lula.

Neste mês, a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que taxa as compras internacionais de até US$ 50, que agora está na mesa do presidente Lula para sanção. Em declaração recente, Lula disse que “a tendência é vetar” essa taxação.

Atualmente, por meio do programa Remessa Conforme, as compras do exterior abaixo de US$ 50 são isentas de impostos federais e taxadas somente pelo Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com alíquota de 17%, arrecadado pelos estados. O imposto de importação federal, de 60%, incide apenas em remessas provenientes do exterior acima de US$ 50.

A lista das empresas que já aderiram ao Remessa Conforme, que inclui Amazon, Shein e Shoppe, pode ser conferida na página da Receita Federal na internet.

Pelo texto aprovado pelos parlamentares, será cobrada uma taxa de 20% sobre as compras realizadas no exterior de até US$ 50. De US$ 50 a US$ 3 mil (cerca de R$ 15 mil), o imposto será de 60%, com desconto de US$ 20 sobre o tributo a pagar.

Fonte:  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-06/lula-diz-que-nao-vai-desvincular-aposentadoria-do-salario-minimo

Efemérides do Blog para hoje 26/06/2024

  

por Jacinto Pereira

Vilmar Rodrigues Sales - Empresário Sobralense e Rotariano.

 Reno Ximenes - Advogado Sobralense

 Gilberto Gil - Cantor brasileiro que já foi Ministro da Cultura

 Carta das Nações Unidas - É o tratado que estabeleceu as Nações Unidas, de 1941,

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Presidente Lula conversa com Rádio Verdinha, de Fortaleza

Gostei dessa e dispoibilizei aqui para vocês

 Um cara como Arthur Lira ser Presidente da Câmara Federal; um cara como Nikolas Ferreira ser Presidente da Comissão de Educação; uma fulana como Carol de Toni ser Presidenta da Comissão de Constituição e Justiça; um sicrano como Campos Neto ser Presidente do Banco Central do Brasil; um beltrano como Bolsonaro ter sido Presidente da República do Brasil, são sintomas de um país DOENTE!

Confira a fonte:

Policial no Brasil parece que ver o Povo e seus direitos como algo a ser combatido e isso acontece também depois de se tornar legislador nacional

 

Nova Câmara terá três vezes mais policiais e militares. Veja lista de eleitos - Congresso em Foco

Lucas Neiva

Compondo o núcleo duro da Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como bancada da bala, os policiais, bombeiros e militares das Forças Armadas aumentarão sua presença na próxima legislatura da Câmara dos Deputados. Essas categorias, que somavam 14 deputados eleitos em 2018, terão 44 representantes diretos na Casa a partir de 2023, conforme levantamento do Instituto Sou da Paz.

A grande maioria desses parlamentares é do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) e oposição do próximo governo. O União Brasil fica em segundo lugar, com sete nomes. O PT, do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, tem um nome, a deputada eleita Adriana Accorsi, delegada da Polícia Civil do estado de Goiás. O número de integrantes das Forças Armadas eleitos diminuiu de seis para cinco. No Senado foram eleitos Hamilton Mourão (Republicanos-RS), vice-presidente da República e general da reserva do Exército, e Marcos Pontes (PL-SP), tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB). Em 2018, havia sido eleito senador Major Olímpio (SP), da Polícia Militar, falecido em decorrência da covid-19 ano passado.

Corporativismo barulhento

De acordo com Felippe Angeli, gerente de advocacy do Instituto Sou da Paz, policiais tanto civis quanto militares e federais tendem a ter um mesmo padrão de comportamento como legisladores: em geral, são defensores assíduos de pautas ligadas à direita, e adotam posturas corporativistas. “Eles constantemente abraçam causas sociais ligadas à própria categoria, como reformulação de carreira para policiais, auxílio-moradia para agentes de segurança e coisas do tipo”, explicou.

Além de propor benefícios para policiais e militares, os parlamentares do ramo costumam defender projetos ligados de forma indireta à atividade, como endurecimento de penas para crimes comuns, facilitação do acesso às armas e criação de novos excludentes de ilicitude. “São pautas que não estão ligadas diretamente às forças policiais, mas que dialogam muito ao mesmo tempo com a sociedade e com o ethos de onde vieram”, ressalta Angeli.

Além de tentar representar suas próprias categorias, projetos vindos de deputados oriundos das forças de defesa e segurança constantemente atentam contra liberdades civis bem estabelecidas. Daniel Silveira (PTB-RJ), vindo da polícia militar, propôs uma lei de deveres de pessoas abordadas pela polícia. Junio Amaral (PL-MG), também policial militar, tentou tornar crime a realização de festas ao ar livre sem permissão das autoridades locais. Major Vitor Hugo (PL-GO), oficial do exército, propôs uma lei de combate ao terrorismo que enquadra movimentos sociais como terroristas, e abre uma série de brechas para abusos em ações policiais.

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Felippe Angeli conta que esses projetos estão ligados não apenas à visão de mundo desses parlamentares, mas também aos interesses de seus eleitores. “Essas propostas fazem barulho. Eles faturam com esses projetos na internet mostrando para os seus, mostrando que têm coragem contra um sistema que impede o dito cidadão de bem de fazer o que bem quer”.

Institucionalismo militar

Entre esses perfis, há um que se distingue: o de ex-militares das Forças Armadas. “Em geral, eles tendem a exibir uma origem institucional e corporativa de forma muito menos escandalosa do que aqueles que vieram da polícia”, apontou o representante do Instituto Sou da Paz. Os assuntos de interesse da atuação desses parlamentares tendem a divergir das áreas de atuação dos policiais.

Vindo do Exército e tendo observado a atuação de seus pares, o deputado General Peternelli (União-SP) explica que a própria natureza das Forças Armadas, com uma atuação em nível nacional, acaba por influenciar as áreas de atuação dos parlamentares eleitos. “Sem dúvida a segurança pública é um viés. Mas as relações exteriores, a defesa nacional, educação, saúde e serviço público acabam sendo temas onde procuramos ter maior proximidade”, considera o deputado, que não conseguiu se reeleger.

O relacionamento desses parlamentares com o próximo governo também tende a ser mais distinto: apesar de ideologicamente divergentes do PT, Peternelli avalia que a prioridade dos militares que tomarão posse em 2023 será a aprovação de suas pautas, em especial a reforma tributária e a atualização do código penal militar. Com isso, devem preferir a atuação independente no lugar de uma oposição enfática.

Veja a bancada de policiais e militares eleitos para o novo Congresso:

Deputados federais eleitos em 2022:
Alberto Fraga (PL-DF) – coronel da PM reformado
Cabo Gilberto (PL-PB) – policial militar
Capitão Alberto Neto (PL-AM) – capitão da PM REELEITO
Capitão Alden (PL-BA) – capitão da PM
Capitão Augusto (PL-SP) – policial militar REELEITO
Capitão Derrite (PL-SP) – ex-policial militar REELEITO
Coronel Assis (União Brasil-MT) – coronel da PM
Coronel Fernanda (PL-MT) – coronel da PM
Coronel Chrisóstomo (PL-RO) – coronel do Exército REELEITO
Coronel Meira (PL-PE) – policial militar
Coronel Ulysses (União Brasil-AC) – coronel da PM
Da Vitória (PP-ES) – policial militar REELEITO
Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) – delegada da Polícia Civil
Delegada Ione Barbosa (Avante-MG) – policial civil
Delegada Katarina (PSD-SE) – delegada da Polícia Civil
Delegado André David (Republicanos-SE) – policial civil
Delegado Bruno Lima (PP-SP) – delegado da Polícia Civil
Delegado Caveira (PL-PA) – delegado da Polícia Civil
Delegado Da Cunha (PP-SP) – delegado da Polícia Civil
Delegado Éder Mauro (PL-PA) – delegado da Polícia Civil REELEITO
Delegado Fabio Costa (PP-AL) – delegado da Polícia Civil
Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG) – delegado da Polícia Federal (PF) REELEITO
Delegado Matheus Laiola (União Brasil-PR) – delegado da PF
Delegado Palumbo (MDB-SP) – delegado da Polícia Civil
Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) – delegado da Polícia Civil
Delegado Ramagem (PL-RJ) – delegado da PF
Dr. Frederico (Patriota-MG) – ex-bombeiro REELEITO
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – policial federal REELEITO
Felipe Becari (União Brasil-SP) – policial civil
General Girão (PL-RN) – general da reserva do Exército REELEITO
General Pazuello (PL-RJ) – general do Exército
Gilvan, O Federal da Direita (PL-ES) – policial federal
Hélio Lopes (PL-RJ) – subtenente do Exército
José Medeiros (PL-MT) – policial rodoviário federal
Júnio Amaral (PL-MG) – PM reformado
Nicoletti (União Brasil-RR) – policial rodoviário federal REELEITO
Pedro Aihara (Patriota-MG) – bombeiro
Sanderson (PL-RS) – policial federal REELEITO
Sargento Fahur (PSD-PR) – policial militar reformado REELEITO
Sargento Portugal (Podemos-RJ) – policial militar
Sargento Gonçalves (PL-RN) – policial militar
Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) – tenente do Exército
Thiago Flores (MDB-RO) – policial civil
Sargento Isidório (Avante-BA) – PM aposentado REELEITO

Senadores eleitos em 2022:
Hamilton Mourão (Republicanos-RS) – general da reserva do Exército
Marcos Pontes (PL-SP) – tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB)

Fonte:  https://www.blogger.com/blog/post/edit/3222589028758249755/7821365893643109834

Bom dia 247: Lula resgata Petrobras e Campos Neto é alvo de denúncia (20...

terça-feira, 18 de junho de 2024

Vou fazer o "L" em 2026 com muita satisfação

 Lula será candidato a presidente mais uma vez em 2026. Veja na matéria do brasil247 no link: 

https://www.brasil247.com/brasil/lula-afirma-que-pode-ser-candidato-a-reeleicao-em-2026-para-evitar-volta-de-trogloditas

segunda-feira, 17 de junho de 2024

O Povão Brasileiro precisa saber disso

 Publicado por Willie Veiga num grupo no WhatsApp e seu contato +55 21 98266-1630

 74% das mulheres estupradas e que engravidam tem entre zero e 14 anos. Quase todas estupradas por pai, biológicos ou de criação, ou por irmãos, ou por tios ou por amigos da família ou... enfim, por conhecidos. São mais de 30 crianças estupradas por dia neste país!
Resposta dos bolsonaristas e do “centrão”? Votam, em 24 segundos, a aprovação de um regime de urgência para votar um projeto de lei (um PL) que iguala aborto, mesmo nos casos legais (estupro, risco de vida à mãe e bebê anencéfalo, ou seja, sem cérebro e, portanto, que não poderá sobreviver fora do útero), à homicídio, com pena de 20 anos para a mulher que abortar. Detalhe, o estuprador pega, no máximo, 10 anos de cadeia.
Detalhe: o regime de urgência faz com que um PL não passe por comissões e audiências públicas, faz com que ele não seja revisado, já é votado direto no plenário da Câmara dos Deputados.


A delação premiada é um recurso jurídico que foi aprovado para facilitar investigações criminais de todos os tipos e o delator só recebe benefícios se provar o que está falando ou se apontar os meios para que as provas sejam achadas. Não vale por si só, a fala. Delação premiada não é prova, é meio de prova.
Resposta dos bolsonaristas e do “centrão”? Estão votando o fim da delação premiada, o que, óbvio, irá dificultar enormemente muitas investigações policiais.


O usuário de drogas ilícitas, não o traficante, o usuário, está sendo igualado, como criminoso, ao traficante. Proposta dos bolsonaristas e do “centrão”

O governo federal está sendo espremido porque o congresso está gerando muito mais despesas do que deveria (para além das que o próprio governo acaba gerando, uma parte, também indevidamente). Exemplo, o congresso, bolsonarista e “centrão” mantém R$26 bilhões da desoneração da folha de pagamentos (em que empresas e prefeituras deixam de pagar impostos), o STF, lembrando a Lei de Responsabilidade Fiscal (que não foi instituída pela esquerda, frise-se), disse que isso não pode acontecer porque há que se cobrir o rombo orçamentário. O governo propõe, então, cobrir com o fim da farra de antecipações da PIS/CONFINS o que, é bom frisar, exporia muita sonegação dos ricos e o congresso, bolsonaristas e “centrão”, vetam, mas o governo é quem será responsabilizado.


Poderia escrever mais, porém, paro como os exemplos. O que os bolsonaristas e o “centrão”, como os presidentes do congresso, Pacheco e Lira, à frente, estão fazendo é, voltando a aliarem-se  à extrema direita, estão causando rombos orçamentários, ajudando a incentivar sonegações, roubos e acobertamentos de bandidos, emparedando o governo por motivos apenas eleitorais, dando “uma banana” para as reais necessidades do povo e buscando fazer retornar ao poder, os corruptos, autoritários, cruéis, estúpidos (porém espertos, politicamente) e reacionários fascistas


Acorda, gente! Isso não é uma disputa entre esquerda e direita! Há boas pessoas dos dois lados, do centro, de cima, de baixo... isso é uma disputa civilizatória e sanitária!!!!


Se concordam, divulguem ao máximo esta mensagem

Bom dia 247: como Lula deve enfrentar o "capetalismo"? 17.06.24

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Lula discursa no G7 para as maiores economias do Ocidente

 

Lula no G7: "já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos"

247 - Levando a pauta da presidência do Brasil no G20 também ao G7, o presidente Lula (PT) discursou nesta sexta-feira (14) diante dos líderes das maiores economias do mundo e defendeu a proposta brasileira de criação de um imposto global sobre grandes fortunas. 

"É nesse contexto de combate às desigualdades que se insere a proposta de tributação internacional justa e progressiva que o Brasil defende no G20. Já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos", disse Lula, afirmando na sequência que a "concentração excessiva de poder e renda representa um risco à democracia".

"Muitos países em desenvolvimento já formularam políticas eficazes para erradicar a fome e a pobreza. Nosso objetivo, no G20, é mobilizar recursos para ampliá-las e adaptá-las a outras realidades. O apoio de todos os presentes nesta reunião à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que lançaremos na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, será fundamental para dar fim a essa chaga que ainda assombra a humanidade", acrescentou.

Leia o discurso na íntegra:

Quero agradecer à primeira-ministra Giorgia Meloni pelo convite para participar deste segmento ampliado. 

Na última reunião similar de que participei na Itália, na Cúpula de L´Áquila em 2009, enfrentávamos uma crise financeira global que expôs os equívocos do neoliberalismo.

Hoje o Brasil preside o G20 num contexto de múltiplos e novos desafios.

Conduzir uma revolução digital inclusiva e enfrentar a mudança do clima são dilemas existenciais do nosso tempo.

Precisamos lidar com essa dupla transição tendo como foco a dignidade humana, a saúde do planeta e um senso de responsabilidade com as futuras gerações.

Na área digital, vivenciamos concentração sem precedentes nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas, sediadas em um número ainda menor de países.

A inteligência artificial (IA) acentua esse cenário de oportunidades, riscos e assimetrias.

Seus benefícios devem ser compartilhados por todos.

Interessa-nos uma IA segura, transparente e emancipadora.

Que respeite os direitos humanos, proteja dados pessoais e promova a integridade da informação.

Que potencialize as capacidades dos Estados de adotarem políticas públicas para o meio ambiente e que contribua para a transição energética.

Uma IA que também tenha a cara do Sul Global, que fortaleça a diversidade cultural e linguística e que desenvolva a economia digital de nossos países.

E, sobretudo, uma IA como ferramenta para a paz, não para a guerra.

Necessitamos de uma governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial, em que todos os Estados tenham assento.

Os países africanos são parceiros indispensáveis no enfrentamento desses e de outros desafios.

Com seus 1,5 bilhão de habitantes e seu imenso e rico território, a África tem enormes possibilidades para o futuro.

A força criativa de sua juventude não pode ser desperdiçada cruzando o Saara para se afogar no Mediterrâneo.

Buscar melhores condições de vida não pode ser uma sentença de morte.

Além da União Africana, que integra o G20 pela primeira vez como membro pleno, convidamos Angola, Egito e Nigéria a participar das reuniões durante nossa presidência.

Muitos países africanos estão próximos da insolvência e destinam mais recursos para o pagamento da dívida externa do que para a educação ou a saúde.

Isso constitui fonte permanente de instabilidade social e política.

Sem agregar valor a seus recursos naturais, os países em desenvolvimento seguirão presos na relação de dependência que marcou sua história.

O Estado precisa recuperar seu papel de planejador do desenvolvimento.

Promover o emprego decente e a inclusão social são alguns dos temas que tratei ontem na Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra.

A Parceria para o Direito dos Trabalhadores que levamos adiante com o Presidente Biden tem essa finalidade.

É nesse contexto de combate às desigualdades que se insere a proposta de tributação internacional justa e progressiva que o Brasil defende no G20.

Já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos.

Essa concentração excessiva de poder e renda representa um risco à democracia.

Muitos países em desenvolvimento já formularam políticas eficazes para erradicar a fome e a pobreza.

Nosso objetivo, no G20, é mobilizar recursos para ampliá-las e adaptá-las a outras realidades. 

O apoio de todos os presentes nesta reunião à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que lançaremos na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, será fundamental para dar fim a essa chaga que ainda assombra a humanidade.

Senhoras e senhores,

As instituições de governança estão inoperantes diante da realidade geopolítica atual e perpetuam privilégios.

O ano de 2023 viu o gasto com armamentos subir em relação a 2022, chegando a 2,4 trilhões de dólares.

Em Gaza, vemos o legítimo direito de defesa se transformar em direito de vingança.

Estamos diante da violação cotidiana do direito humanitário, que tem vitimado milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças.

Isso nos levou a endossar a decisão da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça.

O Brasil condenou de maneira firme a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Já está claro que nenhuma das partes conseguirá atingir todos os seus objetivos pela via militar.

Somente uma conferência internacional que seja reconhecida pelas partes, nos moldes da proposta de Brasil e China, viabilizará a paz.

O G7, o BRICS e o G20 reúnem as maiores economias do planeta.

O futuro que compartilharemos dependerá de nossa capacidade de superar desigualdades e injustiças históricas para vencer as batalhas que a humanidade enfrenta hoje.

Muito obrigado.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/lula-no-g7-ja-passou-da-hora-dos-super-ricos-pagarem-sua-justa-contribuicao-em-impostos

Pepe Escobar falando da geopolítica do mundo multipolar



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Pepe Escobar

Pepe Escobar é jornalista e correspondente de várias publicações internacionais

As três principais mensagens de São Petersburgo à maioria global

"Quando o Ocidente Coletivo lançou uma guerra econômica total contra a Rússia, o estado-civilização inverteu a situação", escreve Pepe Escobar

12 de junho de 2024, 19:18 hAtualizado em 12 de junho de 2024, 23:45 h

Imagem ThumbnailVladimir Putin discursa no SPIEF 2024, em São Petersburgo

Vladimir Putin discursa no SPIEF 2024, em São Petersburgo (Foto: Kremlin.ru)

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No ano da presidência russa dos BRICS, o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF) tinha que entregar alguma coisa de muito especial.

E entregou mesmo: mais de 21 mil participantes representando nada menos que 139 países – um verdadeiro microcosmo da Maioria Global, discutindo cada uma das facetas do impulso rumo a um mundo multipolar, multimodal (itálicos meus) e policêntrico.

São Petersburgo, além de todos os contatos estabelecidos e do ritmo frenético do fechamento de acordos – 78 bilhões de dólares em apenas três dias – produziu três importantíssimas mensagens correlacionadas, que já ressoam por toda a Maioria Global.

Mensagem Número Um:

O Presidente Putin, um "russo europeu" e verdadeiro filho dessa deslumbrante e dinâmica maravilha histórica às margens do Neva, proferiu, na sessão plenária do fórum, um discurso extremamente detalhado de uma hora de duração sobre a economia russa.

A principal conclusão: quando o Ocidente Coletivo lançou uma guerra econômica total contra a Rússia, o estado-civilização inverteu a situação, conseguindo se posicionar como a quarta maior economia do mundo por paridade de poder de compra.

Putin demonstrou que a Rússia ainda tem o potencial de lançar nada menos que nove mudanças estruturais abrangentes – de escala global – em uma iniciativa ampla envolvendo as esferas federal, regionais e municipais.

Tudo está em jogo – do comércio e mercado de trabalho globais até plataformas digitais, tecnologias modernas, fortalecimento de pequenas e médias empresas e exploração do fenomenal potencial ainda inexplorado das regiões russas.

O que ficou perfeitamente claro foi que a Rússia conseguiu se reposicionar, indo muito além de apenas se evadir do tsunami de sanções ilegítimas, para criar um sistema sólido e diversificado, orientado para o comércio global – e totalmente vinculado à expansão dos BRICS. Os estados simpáticos à Rússia já respondem por três-quartos do volume de negócios de Moscou.

A ênfase colocada por Putin na aceleração do impulso da Maioria Global rumo ao fortalecimento de sua soberania liga-se diretamente ao fato de o Ocidente Coletivo dar o melhor – ou o pior – de si para solapar a confiança em sua própria infraestrutura de pagamentos.

O que nos leva a…

Glazyev e Dilma sacodem o barco.

Mensagem Número Dois:

É possível afirmar que esse tenha sido o principal avanço em São Petersburgo. Putin declarou que os BRICS estão trabalhando na criação de sua própria infraestrutura de pagamentos, independente das pressões/sanções do Ocidente Coletivo.

Putin teve uma reunião especial com Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) dos BRICS. Eles conversaram detalhadamente sobre o desenvolvimento do banco – e acima de tudo, como mais tarde confirmado por Rousseff, sobre A Unidade, cujos contornos foram revelados com exclusividade pela Sputnik: uma forma de pagamentos transfronteiras apolítica e transacional, ancorada no ouro (40%) e nas moedas do BRICS+ (60%).

No dia seguinte a seu encontro com Putin, a presidenta Dilma teve um encontro ainda mais crucial às dez da manhã, em uma sala privada do SPIEF, com Sergey Glazyev, Ministro de Macroeconomia da União Econômica Eurasiana (UEEA) e membro da Academia Russa de Ciências.

Glazyev, que anteriormente havia dado plena sustentação acadêmica ao conceito da Unidade, explicou à Presidenta Dilma todos os detalhes. Ambos pareciam extremamente satisfeitos com o resultado da reunião. Uma radiante Dilma Rousseff revelou que já havia discutido A Unidade com Putin. Ficou combinada a realização de uma conferência especial sobre A Unidade no NBD em Xangai, no mês de setembro.

O que significa que o novo sistema de pagamentos tem todas as chances de ser levado à mesa no decorrer da cúpula dos BRICS, a ser realizada em outubro, em Kazan, e de ser adotado pelos atuais BRICS 10 e, em um futuro próximo, expandido para o BRICS+.

Agora vamos à ...

Mensagem Número Três:

Que, é claro, tinha que ser sobre os BRICS que, segundo todos, Putin inclusive, serão significativamente expandidos. A qualidade das sessões tratando dos BRICS, em São Petersburgo, demonstra que a Maioria Global se confronta agora com uma conjuntura histórica inédita – que traz a possibilidade real de, pela primeira vez em 250 anos, partir decididamente para uma mudança estrutural do sistema mundial.

E não se trata apenas dos BRICS.

Ficou confirmado em São Petersburgo que nada menos que 59 países – número que continua aumentando – planejam se juntar não apenas aos BRICS, mas também à Organização de Cooperação de Xangai (OCX) e à União Econômica Eurasiana (UEEA).

Não é para menos: essas organizações multilaterais agora, finalmente, se firmaram na vanguarda do impulso rumo ao que Putin denominou de "mundo multipolar harmônico" e multimodal (itálicos meus).

As Principais Sessões para Referência Futura

Tudo o que foi dito acima pôde ser acompanhado ao vivo no decorrer dos frenéticos dois dias e meio das sessões do fórum. Aqui vai uma amostra das sessões que podem ser vistas como as mais interessantes. Esse material pode vir a ser de grande utilidade como referências futuras – inclusive para a cúpula dos BRICS a ser realizada em outubro e para outros encontros posteriores.

Sobre a Rota Marítima do Norte e a expansão para o Ártico. O melhor slogan da sessão: "Precisamos de quebradores de gelo!" O cerne da discussão foi a compreensão de que as atuais cadeias de fornecimento do comércio global deixaram de ser confiáveis, e como a Rota Marítima do Norte é mais rápida, mais barata e mais confiável.

Sobre a expansão empresarial dos BRICS.

Sobre as metas dos BRICS para uma verdadeira nova ordem mundial.

Sobre os 10 anos da UEEA.

Sobre uma maior integração entre a UEEA e a ASEAN.

A mesa-redonda dos BRICS+ sobre o Corredor Internacional de Trasnsportes Norte-Sul (CITNS).

Esta última sessão foi particularmente importante. Os principais atores do CITNS são Rússia, Irã e Índia – todos eles membros dos BRICS. Os atores mais periféricos que irão se beneficiar do CTINS, do Cáucaso à Asia Central e do Sul – já estão interessados em se juntar aos BRICS+. Igor Levitin, consultor de primeiro escalão de Putin, foi uma figura central nessa sessão.

A Parceria da Grande Eurásia (GEP).

Essa foi uma discussão essencial sobre o que vem a ser um projeto eminentemente civilizacional – em contraste com o enfoque exclusionista do Ocidente Coletivo. A discussão mostra de que forma a GEP se interliga com a OCX, a UEEA e a ASEAN, ressaltando a inevitável complementaridade entre transportes, logística, energia e estrutura de pagamentos por toda a Eurásia. Glazyev, o Primeiro-ministro Adjunto Alexey Overchuk e a antiga ministra das relações exteriores austríaca Karin Kneissl – sempre ultra-afiada – foram participantes de primeira importância. Um surpreendente bônus adicional: Adul Umari, Ministro do Trabalho e exercício do Afeganistão talibã, interagindo com seus parceiros eurasianos.

Sobre a filosofia da multipolaridade.

Em termos conceituais, essa sessão interage com a sessão sobre a Parceria Grande Eurásia. Ela oferece a perspectiva de um conciso diálogo intercivilizacional no âmbito dos BRICs+. Alexander Dugin, a irreprimível Maria Zakharova e o Professor Zhang Weiwei da Universidade de Fudan estão entre os participantes.

Sobre o Policentrismo. O tema envolve todas as instituições da Maioria Global: BRICS, OCX, UEEA, a Comunidade de Estados Independentes (CIS), a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), a Conferência sobre Medidas de Interação e Construção de Confiança na Ásia (CICA), a União Africana, o novo Movimento Não-Alinhado (NAM). Glazyev, Maria Zakharova, o Senador Pushkov e Alexey Maslov – diretor do Instituto de Estudos Asiáticos e Africanos da Universidade Estadual de Moscou – discutem formas de construção de um sistema policêntrico de relações internacionais.

Enquanto o Projeto Ucrânia Enfrenta a Ruína...

Por fim, é inevitável o contraste entre o – esperançoso e auspicioso – estado de espírito reinante no Fórum de São Petersburgo e a histeria do Ocidente Coletivo no momento em que o Projeto Ucrânia se vê frente à sua própria ruína. Putin deixou bem claro: a Rússia prevalecerá, aconteça o que acontecer. O Ocidente Coletivo pode requentar a "solução Istambul", como observado por Putin, mas modificado "com base na nova realidade" do campo de batalha.

Putin, com grande habilidade, também desativou toda a tola e pré-fabricada paranoia nuclear que infesta os círculos atlanticistas.

Mesmo assim, isso não será suficiente. Nos superlotados corredores do SPIEF, e também em reuniões informais, havia plena consciência do belicismo fantasiado de "defesa" que só faz revelar o desespero do Hegêmona. Aqui, não havia a menor ilusão de que a atual demência posando de "política externa" está apostando em um genocídio, não apenas em benefício do "porta-aviões" do Oeste Asiático mas, principalmente, para forçar a Maioria Global à submissão.

Isso colocaria a grave possibilidade de a Maioria Global ter que construir uma aliança militar a fim de deter essa Guerra Global planejada.

A Rússia-China, é claro, mais o Irã e uma defesa árabe com credibilidade, com o Iêmen apontando o caminho: tudo isso tem que se converter em um sine qua non. Uma aliança militar da Maioria Global terá que surgir de uma forma ou de outra: ou antes do desastre, planejado para um futuro próximo, a fim de mitigá-lo, ou após esse desastre ter engolfado por completo o Oeste Asiático em uma guerra monstruosa e maligna.

É lamentável que talvez estejamos muito próximos a esse ponto. Mas, ao menos, São Petersburgo ofereceu vislumbres de esperança. Putin: "A Rússia será o coração de um mundo multipolar harmônico". É assim que se fecha um discursos de uma hora.

Tradução de Patricia Zimbres

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/as-tres-principais-mensagens-de-sao-petersburgo-a-maioria-global

Bom dia 247: Lula encara o mercado e fortalece Haddad (14.6.24)

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Vejo o projeto de redução da Humanidade nas ações da extrema direita no mundo

 

 Por Jacinto Pereira

Grifo meu: Não é de hoje que eu me preocupo com esse assunto de redução da População Humana na Terra. Venho procurando respostas do porquê desse objetivo de selecionar os habitantes desse planeta em favor de uma suposta raça mais inteligente e mais pura. Isto em detrimento das camadas mais pobres, supostamente inferiores e impuras.  Para isso já pesquisei em publicações de algumas ordens iniciáticas e em documentos já traduzidos deixados por povos mais antigos de nossa história, como os egípcios, indianos e sumérios. Cada vez mais tenho a impressão de que esse projeto não é obra só dos gananciosos supremacistas de nossa sociedade. Desconfio que alguém mais está envolvido nisso com a intenção de preparar nosso planeta para deixá-lo nas condições adequadas para alguém que está chegando de outros orbes.

Foto de perfil de Bruna Frascolla
Foto de perfil de Bruna Frascolla
Monumento ambientalista.


pedras da geórgia 

As pedras da Geórgia, em Elbert, Geórgia (EUA). Foto de 2011.| Foto: Bigstock
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Copyright © 2024, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.As pedras da Geórgia simbolizam um combate perpétuo ao humano
Por  Bruna Frascolla

    08/08/2022 14:54


Mês passado, os confins mais obscuros do Twitter e do Telegram estavam falando da queda das pedras da Geórgia, com imagens de um mini Stonehenge. Eu pensei que se tratava de algum monumento ancestral do Leste europeu, mas não: é a Geórgia dos Estados Unidos, e o monumento foi inaugurado em 22 de março de 1980. As partes mais vistosas que compõem o monumento são as quatro tábuas gigantes com dez mandamentos escritos em oito línguas. Eis os dez mandamentos, escritos em inglês, espanhol, suaíli, indiano, hebraico, árabe, chinês e russo:

    Manter a humanidade abaixo dos 500.000.000, em perpétuo equilíbrio com a natureza.
    Guiar a reprodução com sabedoria – aprimorando a adequação (fitness) e diversidade.
    Unir a humanidade com uma nova língua viva.
    Governar a paixão – a fé – a tradição – e todas as coisas com a razão temperada.
    Proteger os povos e nações com leis e cortes justas.
    Deixar todas as nações governarem internamente, legando disputas externas a uma corte mundial.
    Evitar leis mesquinhas e burocratas inúteis.
    Equilibrar direitos individuais com deveres sociais.
    Premiar a verdade – a beleza – o amor – buscando harmonia com o infinito.
    Não ser um câncer na Terra – Deixar espaço para a natureza – Deixar espaço para a natureza.

Traduzi do inglês, mantendo a pontuação idiossincrática. O monumento tem mais umas inscrições em línguas mortas, orifícios para marcar eventos astronômicos, instruções incompletas para abrir uma cápsula do tempo… Quanto à sua autoria e financiamento, informa: quem fez foi “R. C. Christian (um pseudônimo)”, e quem bancou foi “um pequeno grupo de americanos que buscam a Idade da Razão”.

Sem dúvidas, o monumento foi financiado por um bando de malucos pretensiosos. Malucos pretensiosos não raro causam estrago – os nazistas eram malucos pretensiosos, os comunistas eram malucos pretensiosos. Mas se os nazistas e os comunistas diziam que queriam acabar com uma parcela da humanidade, é muito duvidoso que quisessem acabar com uma parcela tão grande e manter o resto sob coação. Os marxistas queriam que o proletariado reinasse, e o proletariado é numeroso. Os nazistas, mesmo que porventura quisessem matar todo não-alemão (o que não é verdade), pretendiam usar os terrenos da Rússia como Espaço Vital a ser ocupado pela raça ariana, que se multiplicaria ali indefinidamente. Não é exagero, portanto, dizer que as pedras da Geórgia pregam algo que vai além do genocídio: é um combate perpétuo ao humano, independentemente de considerações morais, raciais e econômicas.
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Quem fez?

O número mágico de meio bilhão de habitantes é coisa de ambientalista. Em seu breve resumo histórico do ambientalismo malthusiano, intitulado O Reich Verde: Do aquecimento global à tirania verde (Armada, 2021), Drieu Godefridi atribui à obra The Population Bomb (1968), de Paul Ehrlich, o número mágico. Segundo ele, “podemos encontrar seu desenfreado antihumanismo no ambientalismo contemporâneo, que tem vontade de reduzir a população humana a uma pequena fração do que é [Ehrlich falava em 500 milhões], uma redução drástica que seria a solução final para o problema ecológico e até mesmo a ideia de instituir um Imposto Internacional de Sobrevivência, pago por países desenvolvidos e recolhido pelas Nações Unidas, porque ‘homens e nações aprenderam como somos dependentes uns dos outros e da saúde da nossa pequena espaçonave chamada Terra’” (p. 32).

De fato, não há surpresas portanto quanto ao fato de os mandamentos serem voltados à preservação da natureza – natureza esta que curiosamente exclui o homem.

Se alguém pichasse uma suástica, sem dúvidas haveria esforços para descobrir o autor da pichação. Já a autoria desse monumento apologista de genocídio permaneceu um mistério por décadas.

Em 2015, o diretor Christian Pinto fez um documentário intitulado Dark Clouds over Elberton com a finalidade de descobrir a autoria do monumento. No fim das contas, a única pessoa que interagira de maneira mais próxima com R. C. Christian era o banqueiro encarregado de fazer as transações entre os artesãos e os pagadores. O banqueiro, já velhinho, gostava muito de R. C. Christian, jurava que era um cristão e alguém desejável em qualquer comunidade – e não um satanista, como diziam os moradores locais. Por isso, estava comprometido a levar o segredo de sua identidade para o túmulo. No entanto, mediante as insistências do documentarista, ele aceitara fazer uma pequena concessão: apenas abrir a caixa de papéis referentes à construção do monumento, sem se comprometer a abrir envelope nenhum. O velhinho despejou os envelopes no chão, o documentarista filmou o ato e investigou os endereços.

Outra fonte para pistas foi o livro que R. C. Christian publicou em 1986, para dar esclarecimentos relativos aos seus mandamentos. No mais, a empreiteira manteve papéis da época da construção do monumento e à compra do terreno, o que inclui cartas de R. C. Christian.

Somando-se tudo, o documentarista chegou às pessoas de Robert Merryman – que publicou o livro – e Herbert H. Kersten. Este último seria o R. C. Christian que visitara a cidade e tratara pessoalmente da construção do monumento. Kersten em alguma língua nórdica antiga significaria cristão (em inglês, Christian), e o pseudônimo acaba sendo a fusão do nome da dupla de amigos.

Kersten era médico e inventor, mas fez constar em sua lápide duas qualificações: médico e conservacionista, ou seja, ambientalista.
Mais americanos

De posse da identidade de Kersten, o documentarista pôde ir à cidade natal do inventor, Fort Dodge, procurar maiores informações na biblioteca local, bem como conversar com historiadores e conhecidos. A cidade tem hoje menos de 30 mil habitantes, o que quer dizer que todo o mundo se conhece. Logo souberam ainda que Kersten se considerava um arquiteto; além disso, encontraram um artigo em que o médico defendia que controle populacional era então o “problema de saúde” mais urgente, já que a população em breve levaria à exaustão de recursos naturais e estava poluindo demais. O problema seria resolvido com “educação” e contraceptivos. Paradoxalmente, Kersten era católico e deixou uma grande herança para a Igreja após a sua morte.

Na verdade, Kersten era um paradoxo ambulante, pois todos sabiam de sua concomitante adesão à Igreja e à contracepção, bem como por sua admiração pessoal por Shockley, um cientista que ganhou o Nobel, praticamente fundou o Vale do Silício, acreditava na superioridade ariana e defendia a redução populacional por meio da esterilização remunerada de quem tivesse um QI inferior a 100. Além disso, segundo o próprio Kersten contara, Shockley acreditava que ele conseguiria provar que os europeus nórdicos são a raça superior. Também nisso, é claro, estava em contradição com a Igreja.

No mais, Kersten era um notório supremacista branco. Chegou a enviar carta para jornal de outro estado defendendo David Duke, um ex-líder do Ku Klux Klan. O colunista criticado por ele respondera em público, e a alegação do médico era que David Duke era um dos poucos que conheciam o verdadeiro interesse dos EUA, e dá voz às crenças dos americanos racionais (reasonable). E David Duke, a seu turno, tem um livro autobiográfico no qual revela que Shockley era seu amigo.

É possível, portanto, que os ambientalistas que construíram o monumento da Geórgia sejam um círculo supremacista branco em cujo centro está William Shockley, o inventor do semicondutor, o cientista e engenheiro elétrico que deu origem à indústria tecnológica do Vale do Silício.
Dúvida que fica

Não há mistério quanto à escolha do local para a construção do monumento. Elberton, da Geórgia, é um local famoso pela qualidade do seu granito e da perícia dos artesãos em trabalhar a pedra. Convenhamos que é muito mais difícil contratar um empreiteiro numa cidadezinha para fazer uma obra excêntrica e cara anonimamente do que pichar uma suástica no meio da rua. As pedras da Geórgia atiçam a curiosidade de teóricos da conspiração há décadas e, é bom frisar, defendem a redução da humanidade a uma fração daquilo que era já na década de 80. Como foi preciso esperar 35 anos para um documentarista descobrir essas coisas? O mínimo necessário para tal coisa é a aceitabilidade social do genocídio, desde que se apresente sob a capa do ambientalismo ou da ciência. No mínimo é isso; no máximo – falemos enquanto ninguém criminaliza “teorias conspiratórias” – a elite do Vale do Silício, essa mesma que empurra o identitarismo e ambientalismo neomalthusiano goela abaixo, continua apitando até hoje, com o mesmo ideário de Shockley e seus pupilos.

De todo modo, a aceitabilidade do genocídio é um fato. O fatídico número de meio bilhão apareceu outra vez este ano, no Fórum Econômico Mundial, tratando do mesmo assunto do crescimento populacional, como mencionou Paula Schmitt aqui. É preciso abrir o olho para esse monte de aspirante a genocida que faz cara de paisagem.
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Marcador: Artigo de opinião

sábado, 8 de junho de 2024

Sugestão para a escolha de candidatos

  

Por Jacinto Pereira, Radialista e Blogueiro

Como ficou fácil escolher candidatos para votar. A Direita e extrema direita brigaram para aprovar as fake news em votação no Congresso. Então, esse pessoal defende a mentira. Depois dessa, não se pode levar a sério o que eles falam, já que valorizam mais a mentira do que a "Verdade". Sabe quem votou contra fake news e portanto em defesa da "Verdade"? Foi a "Esquerda" . Se você gosta da 'Verdade", não vete em candidatos de extrema direita como os bolsonaristas.

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Total falta de escrúpulos dos bolsonaristas na hora de criticar ações do Governo Federal em formas de fake news

 

  

Por Jacinto Pereira, radialista e blogueiro

Na certeza de que ficarão impunes os extremistas de direita produzem uma infinidade de fake news no Parlamento, nas redes sociais e em qualquer veículo de comunicação. 

Empresários bolsonaristas, usando de má fé, esconderam o arroz teria se perdido nas enchentes e ia faltar o produto e em seguida esconderam os estoques para fazer o preço subir. Foi só o Lula autorizar a importação de arroz para garantir o abastecimento e livrar os mais pobres da especulação financeira por partes dos empresários, começou a chiadeira dos empresários, dizendo que a safra já tinha cido quase toda colhida e que tinha arroz em estoque que daria para abastecer a demanda interna para aproximadamente oito meses. A essa altura eles já estavam vendendo o pacote de cinco quilos por valores próximos de quarenta reais. O arroz que o governo está importando vai custar cinco reais para o consumidor, tirando portanto a oportunidade desse empresários desumanos de venderem seu arroz pelo dobro do preço do arroz  importado. Agora aprece nas redes sociais uma campanha para que comprem o arroz produzido no Rio Grande do Sul e outra dizendo que o governo está importando arroz de plástico da China, portanto não devem comprar esse arroz de quatro reais o quilo, que está sendo importado pelo Governo Federal.

Isso é apenas parte dos ataques que os bolsonaristas estão fazendo para desacreditar o Governo Lula.

Agora dê uma olhada nas matérias abaixo, para ter a dimensão do que esses criminosos estão fazendo. Não só com o Governo Federal, mas contra o povo brasileiro. Ainda bem que o Brasil tem um governo democrático e progressista que cuida dos interesses dos mais vulneráveis da nossa Sociedade.

 Oportunismo de influencrs e bolsonaristas nas redes não poupa nem a catástrofe no RS... Veja mais em https://www.intercept.com.br/2024/05/11/durante-as-enchentes-fake-news-podem-matar/

 Crise no RS: governo federal passa a semana desmentindo fake news... Veja mais em https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/05/6855539-crise-no-rs-governo-federal-passa-a-semana-desmentindo-fake-news.html

 Extrema direita mente sobre RS para atacar governos e exaltar empresários… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/confere/ultimas-noticias/2024/05/18/o-que-esta-por-tras-fake-news-enchentes-rio-grande-do-sul.htm?cmpid=copiaecola

 Deputados espalham fake news sobre RS no plenário da Câmara… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/confere/ultimas-noticias/2024/05/11/deputados-reproduzem-desinformacoes-sobre-rs-no-plenario-da-camara.htm?cmpid=copiaecola

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Sputnik destaca o crescimento da indústria brasileira

 

Produção industrial brasileira acumula aumento de 3,5% nos 4 primeiros meses de 2023

14:40 05.06.2024

Linha de produção do veículo Renegade, produzido pela Jeep, do grupo Fiat Chrysler, em sua fábrica em Goiana (PE) - Sputnik Brasil, 1920, 05.06.2024

© Folhapress / JC Imagem

O setor industrial cresceu 3,5% nos quatro primeiros meses deste ano, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), relativos ao mês de abril, divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com abril de 2023, o crescimento foi 8,4% e em 12 meses, a expansão da indústria foi de 1,5%, segundo a pesquisa. Já em relação ao mês imediatamente anterior, a produção industrial em abril deste ano recuou 0,5%, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou expansão de 1%.

O IBGE destaca que o setor ainda se encontra 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Entretanto, o estudo aponta que resultados positivos predominam em três das quatro categorias econômicas e 18 dos de 25 ramos industriais mostrando expansão na produção.

Movimentação na indústria Bralyx, do setor de máquinas e equipamentos, em São Paulo, no dia 20 de abril de 2016 - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2021

Notícias do Brasil

Por que o setor de máquinas e equipamentos cresceu em meio ao arrefecimento industrial?

1 de abril 2021, 19:01

Indústria automobilística se destaca

O segmento automobilístico, à exceção do mês anterior, quando recuou 4,6% teve alta de 4,4% em janeiro e 3,5% em fevereiro, tendo crescido 13,2% em abril.

O movimento está relacionado ao mercado doméstico, influenciado pelo comportamento positivo do mercado de trabalho, sugere o estudo, com o aumento de pessoas ocupadas e da massa de rendimentos. Outro fator é a flexibilização da política monetária com redução da taxa de juros e queda da inadimplência. Entretanto, o setor segue abaixo do patamar pré-pandemia.

Entre os segmentos que mostram recuo na produção, valem destaque o setor extrativo, que recuou 3,4% no período levantado, devido à queda na produção tanto do minério de ferro como do petróleo; além do setor de alimentos, que também teve queda de 0,6% em abril. Esses dois setores representam cerca de 30% da estrutura industrial.

Indústria avança 8,4% frente a abril de 2023

Na comparação com o mesmo período de 2023, setor industrial cresceu 8,4% em abril de 2024, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 22 dos 25 ramos, 68 dos 80 grupos e 70,3% dos 789 produtos pesquisados.

No fechamento do primeiro quadrimestre, o setor industrial avançou 3,5%, ante queda de 1% em igual período de 2023.

O último quadrimestre de 2023 havia crescido 1%, com aceleração do movimento de crescimento em: bens de capital, associado a investimentos; bens consumos avançando; bens intermediários, que concentra a matéria prima, também mostrando taxa positiva.

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Fonte: https://noticiabrasil.net.br/20240605/producao-industrial-brasileira-acumula-aumento-de-35-nos-4-primeiros-meses-de-2023-34957602.html

O mundo como ele é - Eleição de Claudia Sheinbaum é vitória progressista...