Presidente comentou sobre sua boa forma física e garantiu que vai para a disputa se estiver com a mesma disposição
Na abertura da reunião ministerial, vestindo o boné azul com a frase “O Brasil é dos brasileiros”, Lula já demonstrou muita disposição. Na sequência do encontro, que durou mais de três horas, e sem transmissão ao vivo, ele continuou com muita energia, como observou um dos participantes do encontro.
Ao final, Lula comentou que vai para a disputa eleitoral no ano que vem, se continuar com a mesma disposição, que, em grande parte, se deve à atividade física que pratica regularmente, na academia do Palácio do Alvorada.
Lula elogiou a boa forma física do escritor nigeriano Wole Soyinka, Prêmio Nobel de Literatura, de 91 anos, com quem se encontrou ontem, quando recebeu o presidente da Nigéria e comitiva. Ele falou dos cabelos brancos do escritor, que pareciam “algodão”. Mas o que mais o chamou a atenção foi sua “rapidez de raciocínio”, sua “lucidez”.
Era como se Lula estivesse dizendo: “Estão vendo, ele tem 91 anos e está mentalmente muito bem. No ano que vem, eu terei 81, dez anos mais novo, e também estou muito bem”. E Lula está mesmo, como se pode notar na reunião ministerial. E também confiante.
Ele bateu o martelo sobre o novo slogan do governo, que reforça o conceito de soberania: “Governo do Brasil - Do lado do povo brasileiro”. E falou sobre a importância de defender a nação..
“Somos um país soberano. Temos uma Constituição, uma legislação, e quem quiser entrar nesses 8 milhões e meio de quilômetros quadrados, no nosso espaço aéreo, no nosso espaço marítimo, nas nossas florestas, têm que prestar contas à nossa Constituição e à nossa legislação. É assim que tem que ser para que a gente possa construir e fortalecer esse mundo democrático, multilateralista que o Brasil faz questão de defender”, afirmou.
Lula defendeu mudanças na governança mundial, para evitar conflitos, como na Ucrânia e também em Gaza, onde ocorre o que mais uma vez chamou de genocídio.
"É por isso que estamos há muito tempo reivindicando essa questão de mudança na governança da ONU, para que tenha alguém que tenha interferência de parar com um genocídio como esse, de parar uma guerra. É por isso que vamos continuar brigando para que a governança seja repensada, fortalecida com a entrada de muitos outros membros (no Conselho de Segurança)”, declarou.
O presidente cobrou da Câmara uma atitude em relação a Eduardo Bolsonaro. “Eduardo Bolsonaro deveria ter sido expulso da Câmara. Ele está insuflando outro Estado contra o Brasil. No campo da política, isso precisa ser enfrentado. Ele adotou os Estados Unidos como pátria, nega a sua pátria e tenta insuflar o ódio de alguns americanos contra o povo brasileiro”, frisou.
Lula não demonstrou preocupação com a ameaça do Centrão (de Arthur Lira) e a extrema direita (bolsonarista) de não cobrar impostos de quem ganha muito no Brasil, em troca da isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Lula não comentou, mas ministros sabem que, dificilmente, algum parlamentar teria coragem de defender, publicamente, corte de investimentos sociais para poupar os super ricos.
“Se insistirem nessa pauta, vai ficar claro que trabalham para os ricos e não se importam com os mais pobres. Seria suicídio político”, comentou um dos participantes da reunião ministerial. A recente campanha nas redes “Congresso da Mamata” e “Hugo Motta traidor” revelou que existe uma militância atenta e que saiu do modo defensivo.
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