sábado, 3 de agosto de 2013

Farinhada à moda antiga

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Ontem 02 sexta-feira estive na Casa de Farinho do meu amigo João Albano, próximo da lagoa da Jijoca. Já tinham terminado de torrar a farinha e estavam fazendo os beijús e as tapiocas (coisas que já ajudei a fazer a muitos anos). Meu pai tinha uma Casa de Farinha, onde nós fazíamos as farinhadas. A nossa era sempre feita no mês de agosto, era um mês inteiro só das nossas roças, nos outros meses o meu pai alugava para aqueles que não dispunha de um aviamento (como era chamado). O pagamento do aluguel era feito com farinha, goma, casca da mandioca ou a maniva (pé de mandioca), mais conhecida como a forragem, que usávamos para alimentar os animais durante o verão. Quando eu trabalhava nas farinhadas da minha comunidade, ainda não tinha um motor para serrar a mandioca e a prensa ainda era de palha de carnaúba. Hoje, ao invés da roda ou caititu para serrar a mandioca e a prensa de palha usa-se o parafuso para prensar e usa-se sacos de alinhagem (estopa) ou sacos fibra de plástico, para secar a massa da mandioca. Estou falando de como se fazia na minha comunidade. Nada era fácil, mas era animado o trabalho, por vários motivos: Muita gente trabalhando e principalmente porque a maioria desses trabalhadores eram moças e rapazes solteiros, possibilitando alguns romances amorosos. Tempos bons que se foram.

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