por Jacinto Pereira
O final de 2020 e início de 2021 me forçaram a lutar com muito empenho pela minha saúde pessoal.
A algum tempo eu vinha lutando contra um ferimento num dedo do pé esquerdo e não foi a primeira vez que isso aconteceu, mas dessa vez estava demorando mais a sarar. Dia 26 de dezembro esse ferimento teve uma piora inesperada e eu fui ao posto de saúde do Preá e não tinha os meios necessário para cuidar da situação, então resolvi ir até o hospital de Cruz procurar recurso, pois o dedo já estava bastante inflamado. A orientação foi para procurar os hospitais de Sobral onde com certeza teria como resolver a situação. Como eu já sentia febre e outros sintomas que já me deixavam muito incomodado. Como já estou no grupo de risco para o COVID19, consegui que o hospital de Cruz-CE requeresse do laboratório da Fiocruz em Fortaleza-CE um exame para verificar se eu estava com o coronavírus. Depois desse procedimento e mais um curativo no dedo ferido, voltei para o sítio na comunidade de Cavalo Bravo. Logo que cheguei arrumamos as coisas e viajei para Sobral-CE. Chegando em Sobral fui num UPA- Unidade de pronto atendimento onde fui novamente orientado a procurar um hospital onde pudesse ser examinado por médico vascular. De Imediato eu e meu filho Dennis fomos para o Hospital Regional e logo que fui atendido por um médico, ele de imediato pediu meu internamento. Após dois dias internado eu fui submetido no dia 31/12 a um procedimento cirúrgico onde foram amputados dois dedos e parte do pé. Como eu tinha uma tosse seca, sem secreção, os médicos decidiram fazer o exame de COVID19 no dia 04/01, então procuramos o laboratório que havia feito o exame anterior e já tinha o resultado à disposição e tinha dado negativo para o coronavírus. Só que os médicos do Hospital Regional Norte não e resolveram fazer outro exame no mesmo laboratório e desta deu positivo. Após muita confusão me transferiram para a ala dos comprovadamente infectados, onde passei vários dias e para decepção dos médicos de lá eu não apresentei nenhum sintoma da doença e por isso fui liberado do hospital após 14 dias de internado.
Como eu tenho problema de retinopatia diabética, começou aparecer sangramento no olho direito, o único que ainda tenho visão. O jeito foi cuidar do olho e do pé diabético ao mesmo tempo. Após uma tomografia o oculista chegou a conclusão de que seria necessário três injeções para parar os sangramentos e mais quatro aplicações de raio lazer para interromper os novos vasos sanguíneos já existentes.
A algum tempo eu vinha me sentindo com dificuldades para respirar, acompanhado de um cansaço infeliz e isso me trazia muita dificuldade fazer alguma coisa, mas o pior era a noite, onde uma sensação de intestino preso e falta de ar não me deixava dormir. Dia 13/01, já não suportando mais essa situação, fui levado pelo Dennis para uma UPA onde uma amiga sua que é médica, me submeteu a um eletrocardiograma no qual veio a suspeita de problemas cardíacos sérios. Da UPA mesmo já fui levado para o hospital do coração e graças aos dois e suas amizades, fui internado já na UTI do citado hospital, onde fui fiquei cinco dias e fui submetido a cateterismo no qual foram desobstruídas vasos importantes e colocados três molas que garantem a abertura para a passagem normal do sangue.
Hoje já me sinto muito bem, se comparado ao estado em que me encontrava.
Estou agora acompanhado de perto pelos médicos do Hospital do Coração, do Hospital Regional e Clínica Oftalmológica, além de enfermeiras especializadas em tratamentos de grandes ferimentos.
Para concluir, deixo uma alerta para meus leitores: Tudo isso que me aconteceu, teve origem no descuido com minha Diabete.
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