domingo, 11 de abril de 2021

Pensando no dias que já se foram

Esta casa foi construída em 1975 no mesmo lugar da casa de taipa onde nasci, que foi construída a partir de 1926.
Este é meu pai. Nessa foto ele está com meu primeiro casal de filhos. Quando eu era adolescente, principalmente no mês de abril, meus domingos tinham uma rotina interessante. Logo que amanhecia, eu ajudava encher os potes de água que serviam para beber e também para o serviço diário na cozinha. As vezes eu ia pegar as grozeiras nas lagoas próximas de casa. Em seguida ia ajudar ao papai tirar o leite das vacas. Em seguida íamos tomar café, que sempre era acompanhado de tapioca ou grolado de goma, que mamãe fazia muito cedo. Em seguida saia para encontrar meus amigos e nos divertir caçando passarinhos ou pescando de choque ou de anzol. Lá pelas onze horas íamos tomar banho na lagoa. Algumas vezes aproveitava o banho da lagoa para dar água e banhos nos cavalos. Ao meio dia teríamos o almoço, que aos domingos era sempre de carne de aves ou de outros animais. Lá pelas duas e meia da tarde eu ia assistir o jogo de futebol no Corguinho dos Jacinto, mas eu não jogava, pois papai proibia eu jogar. Meu pai sempre dizia: Se quebra uma perna no jogo, ninguém vai te ajudar, por isso é melhor evitar. No final da tarde tinha que está em casa para cuidar dos animais. Ou seja, colocar os cavalos nos locais para passar á noite. Também teríamos que separar separa os bezerros das vacas, para tirar o leite pela manhã. Outra tarefa era ir buscar as cabras nas dunas (que chamávamos de morros), par dormirem no chiqueiro. Depois da janta tinha o feijão seco para debulhar antes de ir dormir. Adorávamos ouvirmos o papai contar histórias (estórias de trancoso), enquanto debulhávamos o feijão. Eis aí um pequeno resumo de minhas atividades quando da minha saudosa adolescência no Sítio Cavalo.
A maioria destes coqueiros eu ajudei a plantar na minha infância e adolescência. Esse terreno me pertence desde 1974.

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