domingo, 31 de julho de 2022
sexta-feira, 29 de julho de 2022
Só piora: além de redução salarial, trabalhadores perdem direitos sociais
Salariômetro da Fipe revela deterioração no primeiro semestre. Quem ainda tem emprego abre mão de direitos para, pelo menos, repor a inflação nas negociações.
Comprimidos por desemprego, inflação e juros em dois dígitos, pela precarização e perda de rendimentos oriundos da reforma “trabalhista” de Michel Temer e pela ausência de políticas públicas de estímulo à geração de emprego e renda no deserto bolsonarista, trabalhadores e trabalhadoras estão abrindo mão de conquistas históricas da classe para, pelo menos, garantir a reposição inflacionária nas negociações coletivas.
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O cenário do primeiro semestre deste ano, pintado pelo Salariômetro da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), é tema de reportagem da Folha de São Paulo. A pesquisa revela que parte considerável dos acordos ou convenções coletivas fechadas em 2022 excluíram direitos como Participação nos Lucros e Resultados (PLR), abonos por aposentadoria/assiduidade, plano de saúde/odontológico e auxílio-creche.
“A presença dos adicionais diminuiu em 2022. Houve uma redução generalizada não no valor, mas na presença (desses benefícios)”, constata o professor sênior da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Salariômetro, Hélio Zylberstajn.
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Também não houve reajuste dos valores dos tíquetes. O vale-alimentação mensal se manteve em R$ 280 e o vale-refeição seguiu em R$ 22 por dia. A cesta básica subiu 22,35%, de R$ 170 para R$ 280 – ou 16,62% da cesta básica de alimentos de junho deste ano, calculada em R$ 1.251,44 pela pesquisa do Procon-SP/ Dieese.
A lógica, diz o professor, poderia muito bem sair da boca neoliberal de Paulo Guedes, o ministro-banqueiro de Jair Bolsonaro. “Como o poder de barganha dos trabalhadores não está forte, porque a inflação ainda é muito alta, não tem como pressionar”, explica Zylberstajn. “Para garantir a inflação, tem que abrir mão de alguma coisa.”
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Precarização e inflação roubaram renda da classe trabalhadora
O reajuste salarial mediano nos primeiros seis meses de 2022, aponta o Salariômetro, é de 10,6%, ante 6,2% do mesmo período de 2021. O piso salarial subiu, mas sequer supera a inflação. O valor médio (R$ 1.431) evoluiu 8,4% em relação ao de 2021 (R$ 1.320). Utilizado como parâmetro nas negociações salariais, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é de 11,92%, nos 12 meses encerrados em junho.
A pífia recuperação salarial pode se transformar em retrocesso agudo em julho, alerta ainda Zylberstajn. Segundo ele, números parciais apontam que 70,3% das negociações no mês resultaram em reajustes menores do que a inflação, o que será confirmado no final do mês, com o fechamento dos dados.
A cada nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que se vê é a medíocre recuperação dos postos de trabalho ocorrendo às custas da precarização das vagas oferecidas e da queda da renda de trabalhadores e trabalhadoras.
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Das 4,6 milhões de vagas de trabalho criadas entre 2016 e 2022, afirma o economista Lucas Assis, da Tendências Consultoria, 76% são informais. “Essa geração de vagas deu-se pela criação de 7 milhões de vagas com rendimento mensal de até um salário mínimo e destruição de 2,4 milhões com rendimento superior a um salário mínimo”, explica Assis no portal Uol.
Há quatro anos seguidos o Brasil está entre os 10 piores países do mundo para se trabalhar, em uma lista de 148 países da Confederação Sindical Internacional (CSI). Em 2022, o Brasil de Bolsonaro se alinha a nações como Bangladesh, Filipinas e Miamar. A reforma “trabalhista” de Temer fez a negociação coletiva entrar em colapso no Brasil, com drástica redução de 45% no número de acordos coletivos celebrados, aponta a lista.
“A deterioração a gente percebe desde 2017, com a perda da qualidade do trabalho desde o processo que passamos com o golpe de 2016 contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, com ataques fortes aos nossos direitos que haviam sido conquistados com muita luta, e que agora vêm sendo retirados com muita facilidade”, contou Rosana Fernandes, secretária-Adjunta de Combate ao Racismo da central sindical, durante o evento online de apresentação da pesquisa.
Da Redação da Agência PT, com informações da Folha de SP
Petrobrás lucra R$ 54,3 bilhões em três meses com política de preços que suga a renda dos brasileiros
Empresa está distribuindo praticamente todo o seu resultado, que causa inflação e pobreza, a seus acionistas
29 de julho de 2022, 05:16 h Atualizado em 29 de julho de 2022, 06:12
Logo da Petrobras, em São Paulo 20/02/2018 (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Agência Brasil – A Petrobras atingiu lucro líquido de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre deste ano. O resultado foi anunciado nesta quinta-feira (28), creditado à forte geração de caixa, refletindo o desempenho operacional e o aumento do preço de mercado do petróleo.
O diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Rodrigo Araujo Alves, ressaltou que os resultados mostram a resiliência e a solidez da companhia, que é capaz de gerar resultados sustentáveis, seguindo com sua trajetória de criação de valor.
“Em linha com nosso compromisso de distribuir nossos resultados, aprovamos remuneração aos acionistas de R$ 6,73 por ação ordinária e preferencial. Adicionalmente, recolhemos o total de R$ 77,3 bilhões em tributos e participações governamentais no segundo trimestre. No ano foram cerca de R$ 147 bilhões, um aumento de 92% na comparação com primeiro semestre do ano passado”, disse Alves.
De acordo com a Petrobras, o lucro líquido no trimestre refletiu principalmente a valorização do preço do petróleo tipo brent no período. O resultado também foi impactado pelo ganho de capital de R$ 14,2 bilhões referente ao acordo de coparticipação em Sépia e Atapu.
“Desconsiderados os itens especiais, o lucro líquido recorrente no trimestre foi de R$ 45 bilhões. Esses fatores explicam também o crescimento do EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, tradução livre do inglês) recorrente para R$ 99,3 bilhões (+27% comparado ao primeiro trimestre de 2022) e do fluxo de caixa livre para R$ 63,4 bilhões (+57% comparado ao primeiro trimestre de 2022)”, destacou a estatal.
Pré-sal
O avanço da produção do petróleo do pré-sal, aumentando a participação do segmento de exploração e produção de petróleo e gás (E&P) nos resultados da companhia, juntamente com a gestão de portfólio e os esforços para melhoria de eficiência, faz com que seus resultados estejam mais expostos, positivamente, a cenários favoráveis de preços de petróleo.
“A melhora percebida nos resultados, medidos pelo retorno sobre o capital, estão aderentes aos riscos envolvidos nesse segmento de negócio (E&P) e aproxima a rentabilidade da Petrobras - historicamente inferior - da média de seus pares”, explicou a companhia.
Dividendos
A Petrobras ressaltou que as atividades geraram retorno significativo para a sociedade, por meio de dividendos e do pagamento de tributos. Somente no primeiro semestre de 2022, a Petrobras já pagou R$ 179 bilhões aos cofres públicos, sendo R$ 147 bilhões entre tributos e participações governamentais e cerca de R$ 32 bilhões de dividendos para a União, pagos até julho. Os pagamentos de dividendos e de tributos para a administração pública, quando somados, superam o valor do lucro reportado no período.
Com a aprovação de nova parcela de dividendos anunciada nestas quinta-feira, o valor da remuneração do seu acionista majoritário - a União - somará R$ 64,1 bilhões este ano.
“O dividendo proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas, que prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a Petrobras poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos). Além disso, a Política também prevê a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, desde que a sustentabilidade financeira da companhia seja preservada”, frisou a estatal.
A íntegra do relatório de desempenho financeiro referente ao segundo trimestre pode ser acessada na página da companhia na internet.
quarta-feira, 27 de julho de 2022
Currículo do Lula
por Edilson Sindicalista via WatsApp
Meu candidato à Presidência da República em 2022 traz em seu currículo os seguintes títulos:
1. Aeronáutica lhe deu a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Militar, Ordem do Mérito Naval e Ordem do Mérito Aeronáutico – (Titulo perpétuo).
2. Grão-Colar da Ordem do Cruzeiro do Sul e da Ordem do Rio Branco – (Título perpétuo).
3. Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito - (Título perpétuo).
4. Grã-Cruz da Ordem do Mérito Judiciário Militar.
5. Grã-Cruz da Ordem da Águia Asteca (México).
6. Grã-Cruz da Ordem Amílcar Cabral (Cabo Verde).
7. Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada (Portugal).
8. Grã-Cruz da Ordem da Estrela Equatorial (Gabão).
9. Grã-Cruz de Cavaleiro da Ordem do Banho Reino Unido.
10. Grã-Cruz da Ordem de Omar Torrijos (Panamá).
11. Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito (Argélia).
12. Grande-Colar da Ordem da Liberdade (Portugal).
13. Grã-Cruz da Ordem de Boyacá (Colômbia).
14. Grão-Colar da Ordem Marechal Francisco Solano López (Paraguai).
15. Grão-Colar da Medalha da Inconfidência (Minas Gerais).
16. Grã-Cruz da Ordem do Mérito Aperipê (Sergipe).
17. Grã-Cruz com diamantes da Ordem do Sol do Peru (Peru).
18. Medalha do Mérito Marechal Floriano Peixoto (Alagoas).
19. Medalha do Mérito 25 de Janeiro, de São Paulo.
20. Medalha do Mérito Industrial do Brasil (Associação Brasileira de Indústria e Comércio).
21. Prêmio Príncipe de Astúrias (Espanha).
22. Prêmio Amigo do Livro, da Câmara Brasileira do Livro.
23. Prêmio Internacional Don Quixote de la Mancha (Espanha).
24. Medalha de Ouro "Aliança Internacional Contra a Fome", do Fundo das Nações Unidas contra a Fome.
25. Prêmio pela paz Félix Houphouët-Boigny da UNESCO, 2008.
26. Estadista Global entregue pelo Fórum Econômico Mundial em sua edição 2010, ocorrida em Davos – Suíça.
27. Prêmio L 'homme de l 'année (Homem do Ano), entregue pelo jornal Le Monde (França), edição 2009.
28. Prêmio Personalidade do Ano de 2009, entregue pelo jornal El País (Espanha);
29. Prêmio Mikhail Gorbachev.
30. Prêmio Chatham House 2009 do Reino Unido por sua atuação na América Latina.
31. "Brasileiro da Década" pela revista Isto é (2010).
32. Prêmio Norte-Sul do Conselho da Europa.
33. XXIV Prêmio Internacional Catalunha pelas políticas sociais e econômicas em seu mandato de Presidente do Brasil.
34. Ordem Nacional da República Benin, a mais alta condecoração beninense, na cidade de Cotonou.
35. Doutor honoris causa pela Universidade Federal de Viçosa.
36. Doutor honoris causa pela Universidade de Coimbra (Portugal).
37. Doutor honoris causa pela Universidade Federal de Pernambuco.
38. Doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
39. Doutor honoris causa pela Universidade de Pernambuco.
40. Doutor honoris causa pela Universidade Federal Fluminense.
41. Doutor honoris causa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
42. Doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
43. Doutor honoris causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
44. Doutor honoris causa pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
45. Doutor honoris causa pela Politécnica de Lausanne (Suíça).
46. Doutor honoris causa pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
47. Doutor honoris causa pelo Sciences-Po (Institut d'Etudes Politiques de Paris).
48. Doutor honoris causa pela Universidade Federal do ABC.
49. Doutor honoris causa pela Universidad Nacional de La Matanza (Argentina).
50. Doutor honoris causa pela Universidad Metropolitana de la Educación y el Trabajo (Argentina).
51. Doutor honoris causa pela Universidade de Salamanca (Espanha).
52. Prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos.
53. Prêmio Indira Gandhi.
54. Premio da FGV (Fundação Getútio Vargas) em 2010 por ter estabelecido a melhor política econômica dos últimos 30 anos.
55. Doutor honoris causa pela UFRB (Universidade Federaldo Recôncavo Baiano).
56. Doutor honoris causa pela UFS (Universidade Deferal de sergipe.
57. Título de Político mais influente e prestigiado do mundo, concedido pela Revista TIME edição nov./2015, por ter obtido o primeiríssimo lugar no ranking da prestigiada revista americana. (O Obama ficou em 4º lugar).
58. Honra ao mérito por ser o único Latino-americano indicado para o PRÊMIO NOBEL DA PAZ, por ter excluido totalmente o Brasil do mapa da fome da FAO.
59. Honra ao mérito por ter sido considerado por todos os dirigentes dos países do G20, a MAIOR LIDERANÇA POLÍTICA DO MUNDO.
60. Honra ao mérito por ter sido indicado, pelo presidente americano Barak Obama, para ser o SECRETÁRIO GERAL DA ONU.
61. Honra ao mérito por ser o único presidente "VIVO" de outra nação a merecer uma ESTÁTUA DE BRONZE NOS EUA, bem ao lado dos jardins da CASA BRANCA.
Luiz Inácio Lula da Silva será o presidente do Brasil!
segunda-feira, 25 de julho de 2022
O que é agricultura familiar e qual é a sua importância?
25 de outubro de 2021 • 4 mins. de leitura
A agricultura familiar representa quase 80% das propriedades agrícolas do Brasil e 67% do total de trabalhadores ocupados na agropecuária
A agricultura familiar é responsável por 77% dos estabelecimentos agrícolas do Brasil, segundo último Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A prática emprega 10 milhões de pessoas, o que corresponde a 67% da força de trabalho ocupada em atividades agropecuárias.
Em extensão de área, a agricultura familiar abrange 80,9 milhões de hectares, o que é equivalente a 23% da área total das propriedades agropecuárias no Brasil. De acordo com o IBGE, os agricultores familiares em sua maioria são homens (81%), com idade entre 45 e 54 anos. Além disso, apenas um pouco mais de 5% deles completaram o ensino superior.
O que é agricultura familiar?
Legislação estabelece parâmetros para caracterizar agricultores familiares. (Fonte: Shutterstock/Mladen Mitrinovic/Reprodução)
Para ser caracterizada como agricultura familiar, a produção deve utilizar mão de obra de sua própria família nas atividades econômicas e a propriedade não pode ser maior que quatro módulos fiscais. A direção do empreendimento agropecuário deve ser realizada por membros da família. Além disso, uma parte mínima da renda familiar precisa ser gerada pela propriedade rural.
A agricultura familiar foi reconhecida como profissão no Brasil a partir da aprovação da lei nº 11.326/2006. A legislação definiu esses limites da exploração da atividade rural realizada em pequenas propriedades para permitir o acesso a programas governamentais de incentivo a essa prática agrícola — como linhas de crédito, assistência técnica e programa de aquisição de alimentos.
Como funciona a produção agrícola em família?
Produção familiar é diversificada e respeita o meio ambiente. (Fonte: Shutterstock/Alf Ribeiro/Reprodução) Apiai, Sao Paulo, Brazil, December 18, 2009. Family of farmers in a beet plantation
O agricultor familiar tem uma relação muito próxima com à terra, com seu local de trabalho e moradia. A produção é equilibrada entre os alimentos destinados à subsistência da família e os vendidos ao mercado.
Diferente das grandes propriedades, que geralmente se concentram na monocultura, os empreendimentos familiares produzem uma diversidade maior de culturas, o que gera um impacto positivo na qualidade dos produtos.
O manejo do solo costuma ser orgânico, com respeito ao ecossistema, reduzindo o impacto no meio ambiente. Isso porque as práticas mais tradicionais valorizam medidas naturais de adubação e combate a pragas.
Muitos agricultores familiares também se dedicam ao extrativismo vegetal, colhendo produtos nativos, para comercializar regionalmente e ampliar a sua fonte de renda.
Qual é a importância da agricultura familiar?
Mais de 80% de todos os alimentos produzidos no mundo têm como origem propriedades familiares, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Em reconhecimento a essa importância, a ONU decretou que a década entre 2019 e 2028 é dedicada à agricultura familiar e estabelece uma série de ações para fomentar a prática.
No Brasil, o Censo Agrícola do IBGE indica que a agricultura familiar é a base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, com uma produção diversificada de grãos, proteínas animal e vegetal, frutas, verduras e legumes.
Os agricultores familiares têm importância tanto para o abastecimento do mercado interno quanto para o controle da inflação dos alimentos do Brasil, produzindo cerca de 70% do feijão, 34% do arroz, 87% da mandioca, 60% da produção de leite e 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos.
Fonte: Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Contraf), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
por Jacinto Pereira
Grifo meu: Hoje é o Dia Internacional da Agricultura Familiar e Campesina e eu Parabenizo a todos aqueles que praticam a Agricultura Familiar.
Jornal A FOLHA: Brasileiro se rende ao Pix, e total de chaves já s...
Bolsonaro admite derrota iminente: “se eu perder o mandato, poderei ser preso por até cem anos pelos ataques à democracia"
Em fala golpista a envangélicos, Jair Bolsonaro disse que tem "obrigação moral de não deixar o país perder a liberdade"
23 de julho de 2022, 16:39 h Atualizado em 23 de julho de 2022, 16:58
Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
247 - Bolsonaro admitiu neste sábado (23), para uma plateia de apoiadores evangélicos em Vitória-ES, que está preparado para dar um golpe caso não seja reeleito, e que não teme as ações contra ele na Justiça comum, informa o site O Antagonista.
Bolsonaro, que na última segunda-feira (18) levantou (sem provas) suspeitas sobre o processo eleitoral e a confiança das urnas para embaixadores de vários países em uma reunião no Planalto, disse que tem “a obrigação moral, até com o sacrifício da própria vida” de não deixar o país perder a liberdade. O mandatário, inclusive, admitiu que vem fazendo ataques à democracia.
“Se eu perder o mandato, poderei ser preso por até cem anos pelos ataques à democracia. Eu não dou recado a ninguém. Se querem dar recado a mim, não vai surtir efeito. Vou continuar fazendo a mesma coisa”, disse durante Bolsonaro durante a Marcha para Jesus de Vitória.
Se derrotado, Bolsonaro perde o foro privilegiado e diversas ações contra ele poderão ser movidas por procuradores pelo país.
domingo, 24 de julho de 2022
Jornal A FOLHA: O QR Code e o absoluto controle
sábado, 23 de julho de 2022
A TRADICIONAL FESTA DOS VAQUEIROS DO DISTRITO DE CAIÇARA
por Dr. Lima
O Distrito de Caiçara, localizado no município de Cruz-CE, foi criado pela Lei Estadual Nº 11.323 de 22 de maio de l987, mas a Festa dos Vaqueiros e Criadores começou há mais de cem anos, com a chegada dos primeiros pecuaristas à região, entre eles: Francisco Pereira, Manoel Jacinto, Pedro Jacinto, Antônio Jacinto, José Jacinto, Antônio Pereira Brandão (mais conhecido por Antônio Valdo), Manoel Valdo, José João Serafim Marques, Pedro Anselmo e Samuel. A Festa consiste em reunir vaqueiros e criadores da região onde hoje fica a APA (Área de Proteção Ambiental) de Jericoacoara e entorno, nos meses de abril a julho, para campear o gado, levar para o curral, fazer a ferra dos animais, selecionar alguns para venda ou troca, vacinar contra a doença do quarto inchado. Hoje, também são aplicadas vacinas contra as doenças sob o controle do Governo, constantes no calendário dos programas de sanidade animal. Quando é encontrado um animal de outros criadores (que não se encontra presente neste evento) no meio do gado, é identificado e afastado do rebanho ainda no campo. São três dias de trabalho, juntando os animais para fazer os serviços que forem necessários. Ninguém ganha nada pelo serviço, que é feito de forma voluntária na base de mutirão da solidariedade. Todos fazem questão de citar que conservam a tradição do vaqueiro nordestino, seja de roupa simples ou usando o uniforme completo (perneira, chapéu, gibão, guarda peito, chinelo e chicote). A maioria dos criadores tem suas marcas de ferrar gado registrado na SDR. Os cavalos são bem adestrados para fazerem a lida diária com o gado. A criação do gado é toda feita de forma extensiva e a exploração leiteira destina-se ao consumo da família. Não há aproveitamento comercial do leite, a produção de animais destina-se quase que exclusivamente ao abate, sendo comercializado na própria região. A venda é feita de acordo com a necessidade dos criadores. A principal área de criação fica situada entre o mar e a Lagoa de Jijoca. Os criadores reclamam que com a instituição da Área de Proteção Ambiental de Jericoacoara e a cerca das propriedades, ficou mais difícil para o desenvolvimento de suas criações de modo extensivo, até porquê o rebanho bovino tem aumentado muito nos últimos anos. Outro fator que vem dificultando a atividade pecuária é a estrada que passa pela região, a CE-085, pois quando os animais chegam à estrada são apreendidos e levados para a Regional de Itapipoca acarretando prejuízos para os criadores, pois para terem os seus animais de volta são obrigados a pagarem taxas e o transporte para o retorno dos animais. A estrada tem cercas nas laterais, mas os caminhos de acesso às comunidades não tem porteiras, o que permite que os animais cheguem até a estrada. Cada ano um grupo de criadores fica responsável pela organização e despesa da festa que consta em matar um boi para o almoço, aquisição de bebidas quentes, refrigerantes ou água de coco, que são consumidos à vontade. O convite é feito pessoalmente pelos próprios promotores do evento. Não há propaganda nem divulgação pelos meios de comunicação. A diversão é grande onde trabalho e brincadeiras se misturam diante dos olhos dos familiares que se aglomeram ao redor do curral, vindos de outras localidades ou até de outros municípios vizinhos. Também vem gente da região que moram em outros Estados e aproveitam este período para voltarem a sua terra natal e participarem da festa. A festa é familiar. Só participam os criadores, vaqueiros que lidam com o gado, seus familiares e algumas pessoas que forem especialmente convidadas. Não há presença nem apoio de políticos. A festa e as despesas são dos criadores para seus familiares. Fazem parte das animações, a música com temas de vaquejada. Muito raramente também despontam aboios e cantorias improvisadas apresentadas pelos próprios vaqueiros que entre uma prosa e outra fazem versos exaltando o trabalho de seus colegas. Os principais improvisadores é a dupla de vaqueiro José Arnoldo, da Comunidade de Castelhano, e Olavo da comunidade de Córrego dos Anas. Hoje, já está sendo permitida a presença de carros de som, mas nunca houve festa dançante. Os vaqueiros e criadores que fazem parte da festa são, na maioria das vezes, moradores das comunidades vizinhas de Caiçara, como: Córrego dos Anas, Cavalo Bravo, Formosa, Castelhano, Preá, Lagoa Grande, Castainho e Corguinho dos Jacintos. Cada ano a festa é realizada em uma comunidade diferente conforme seja a residência do anfitrião. Anualmente, cerca de trinta vaqueiros participam desta festa que é registrada através de fotografias e até filmagens. É uma tradição que passa de pai para filho. Logo sedo a garotada já se prepara para seguir a tradição dos seus pais que só abandonam a profissão quando a idade já não lhe permite mais desenvolver a atividade. Para isto os jovens praticam a montaria e até fazem pequenas vaquejadas exclusivas para jovens, como uma forma de prepararem-se para seguirem aos seus pais. Na lida com o gado, o registro de acidentes envolvendo os vaqueiros é caso muito raro. Pedro Brandão de Sousa (Pedro Valdo) foi acidentado quando o cavalo em que corria caiu e ele foi obrigado a passar vários dias hospitalizado em Sobral. Outro acidente foi com José Jacinto, que passou quatro dias no hospital após cair e ser pisoteado pelo cavalo.. O gado é todo sem raça definida, de pequeno porte, que os criadores chamam de raça mirim ou pé-duro, mas são animais resistentes e muito bem adaptados ao clima da região. Já houve tentativa de introduzir animais vindos de outras regiões, mas a adaptação é muito difícil e poucos conseguem sobreviver.
Alguns vaqueiros também fazem as suas proezas. Quando tem um boi para ser campeado, reúne-se um grupo de vaqueiros e vão para o campo. Vez por outra um vaqueiro foge do grupo e, sozinho, pega o boi e amarra para depois então avisar aos companheiros e mostrar a sua bravura. Terminada a festa o gado é devolvido ao campo. Vez por outra, reúne os companheiros e vão visitar os bois no pasto. Atualmente, há necessidade de vigilância constante, pois os amigos do alheio já começam a praticar roubo de animais e com isto prejudicando a atividade de criação extensiva, tradição secular nesta região. Entre os vaqueiros, há muita amizade e respeito. Não há dúvida entre eles. Hoje, já pensam em criar uma associação para que esta tradição não desapareça.
Dr. Lima
Cruz/CE
sexta-feira, 22 de julho de 2022
Pobreza e inflação: 350 mil famílias entram na fila do Auxílio Brasil cada mês
Além disso, a quantidade de famílias que buscam fazer o cadastro para conseguir obter o benefício, a chamada "fila da fila", vem aumentando
22 de julho de 2022, 07:21 h Atualizado em 22 de julho de 2022, 07:35
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
247 - O aumento da pobreza e da inflação no Brasil vem levando cada vez mais famílias a entrarem na fila de espera do Auxílio Brasil. Desde abril deste ano, 350 mil famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza são registradas no programa por mês e aguardam para receber o benefício.
Entre janeiro e maio, aproximadamente 2,5 milhões de famílias se cadastraram no Cadastro Único, que funciona como porta de entrada para programas sociais.
A fila do Auxílio Brasil foi zerada nos meses de janeiro e fevereiro. No entanto, com o agravamento da crise e a ampliação do orçamento do programa, os recursos não foram suficiente para todos, o que levou a uma fila de cerca de 1,1 milhão em junho.
Além disso, a quantidade de famílias que buscam fazer o cadastro para conseguir obter o benefício, a chamada "fila da fila", vem aumentando.
Agora, a intenção do Ministério da Cidadania é tentar manter a fila zerada até o fim do ano, mesmo que seja preciso obter ainda mais recursos para o programa. (Com informações da Folha de S. Paulo).
quinta-feira, 21 de julho de 2022
Fachin dá cinco dias para Bolsonaro explicar reunião com diplomatas com ataques ao sistema eleitoral
Em reunião com embaixadores de aproximadamente 40 países, Bolsonaro disparou uma série de ataques às urnas
21 de julho de 2022, 11:20 h Atualizado em 21 de julho de 2022, 12:03
(Foto: STF | ABr)
Metrópoles - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin, determinou, nesta quarta-feira (21/7), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste, em até cinco dias, sobre os ataques às urnas eletrônicas proferidos em apresentação a embaixadores.
No despacho publicado nesta quinta-feira, divulgado pelo jornal O Globo, Fachin solicitou explicações de todas as partes envolvidas no pedido de exclusão do vídeo, incluindo o presidente Jair Bolsonaro.
“Da leitura da petição inicial extrai-se da causa de pedir que os fatos retratados indicam que a anduzida prática de desinformação volta-se contra a lisura e confiabilidade do processo eleitoral, marcadamente, das urnas eletrônicas”, pontuou o ministro.
Leia a íntegra no Metrópoles.
Fonte: https://www.brasil247.com/poder/fachin-da-cinco-dias-para-bolsonaro-explicar-reuniao-com-diplomatas
quarta-feira, 20 de julho de 2022
Jornal A FOLHA: "Vergonha internacional", "vexame": militares reag...
segunda-feira, 18 de julho de 2022
Jornal A FOLHA: Fachin rebate ataques de Bolsonaro às urnas: "é ho...
Jornal A FOLHA: Bolsonaro usa presidência para mentir sobre urnas ...
Lula tem toda razão
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Quando um presidente da República abre a boca para falar, a sociedade precisa acreditar no que ele está falando, por isso ele tem que ser sério. Eu quero ajudar o Brasil a recuperar sua credibilidade e a dignidade da vida do povo. Boa noite.
domingo, 17 de julho de 2022
sábado, 16 de julho de 2022
Brasil tem mais de 156 milhões de eleitoras e eleitores aptos a votar em 2022
Eleitorado cresceu 6,21% em comparação a 2018
15/07/2022 14:00 - Atualizado em 15/07/2022 18:56
No dia 2 de outubro, primeiro turno das Eleições 2022, 156.454.011 eleitoras e eleitores poderão comparecer às urnas para escolher os novos representantes políticos. Neste ano, estão em disputa os cargos de presidente da República, governador, senador e deputado federal, deputado estadual ou distrital.
De acordo com o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, os números são “efetivamente impressionantes” e demonstram “a pujança cívica da cidadania”, uma vez que os dados revelam “o maior eleitorado cadastrado da história brasileira”.
Conforme destacou o ministro, “ao divulgar os dados e o perfil que compõe o eleitorado, o TSE cumpre uma de suas missões fundamentais que é organizar, preparar e realizar as eleições fundamentais para o Estado Democrático de Direito e para a própria democracia”. "Este é mais um serviço que a Justiça Eleitoral presta, como tem feito em 90 anos de existência, e em mais de 25 anos do sistema eletrônico de votação em prol da democracia, em prol de um sistema seguro, transparente e auditável”, ressaltou.
Assista ao vídeo no canal do TSE.
Evolução e distribuição
O eleitorado brasileiro está distribuído em 5.570 cidades – com a inclusão de Brasília e Fernando de Noronha – além de 181 cidades no exterior. A votação ocorrerá em 496.512 seções eleitorais distribuídas em 2.637 zonas eleitorais.
Segundo as estatísticas da Justiça Eleitoral, houve um aumento de 6,21% do eleitorado desde as últimas eleições gerais do país, em 2018. Naquele pleito, o número de eleitoras e eleitores habilitados a votar era de 147.306.275.
Para 2022, amparados pela Resolução TSE n° 23.696/2022, 4.159.079 de eleitores tiveram o cancelamento do título revertido para as eleições deste ano diante do contexto da pandemia de Covid-19. Nos últimos quatro anos, o eleitorado no exterior também cresceu. Saltou de 500.727 em 2018 para 697.078 em 2022, o que representa um aumento de 39,21%. Esses 697 mil brasileiros correspondem a 0,45% do eleitorado total apto a votar neste ano.
Mulheres são maioria
O Cadastro Eleitoral de 2022 mostra que, mais uma vez, a maior parte do eleitorado brasileiro é composta por mulheres. Ao todo, são 82.373.164 de eleitoras, o que equivale a 52,65% do total. Já os homens são 74.044.065, sendo 47,33%. Há ainda outros 36.782 votantes sem informação, num total de 0,02%.
Nome social
Pela terceira eleição consecutiva, a Justiça Eleitoral garante que pessoas transgênero, transexuais e travestis tenham o nome social – aquele pelo qual o eleitor prefere ser designado – impresso no título de eleitor e no caderno de votação.
Neste ano, 37.646 eleitores farão uso do nome social, um total de 0,02% do eleitorado apto. Em 2018 esse número foi de 7.945 pessoas, um aumento total de 29.701 pessoas que optaram pelo nome social ao se registrarem ou atualizarem os dados na Justiça Eleitoral. Na divisão por gênero, são 20.129 eleitoras e 17.517 eleitores que utilizarão o nome social nas Eleições 2022.
Distribuição geográfica
O estado de São Paulo continua a ser o maior colégio eleitoral brasileiro, com 22,16% de todos os eleitores. Isso significa que, a cada cinco votantes no país, um reside em São Paulo. Em seguida aparecem os estados de Minas Gerais, com 10,41% do total de eleitores e Rio de Janeiro, com 8,2%. Ao todo, a região Sudeste concentra 42,64% de todo o eleitorado nacional.
Em contrapartida, os três estados com menor eleitorado estão na região Norte, que responde por apenas 8,03% dos eleitores. Roraima (0,23%), Amapá (0,35%) e Acre (0,38%) são as unidades da Federação com menos eleitores, respectivamente. Ainda com relação às regiões, o Nordeste vem logo após o Sudeste, com 27,11% do eleitorado. Na sequência aparecem o Sul (14,42%), Norte (8,03%) e Centro-Oeste (7,38%).
Entre os municípios brasileiros, São Paulo também detém o maior número de eleitoras e eleitores, com 9.314.259 de pessoas. Em seguida aparecem Rio de Janeiro (5.002.621), Brasília (2.203.045), Belo Horizonte (2.006.854) e Salvador (1.983.198).
Os menores colégios eleitorais, em contrapartida, estão nos municípios de Borá (SP) (1.040), Araguainha (MT) (1.042), Serra da Saudade (MG) (1.107), Engenho Velho/RS (1.213) e Anhanguera/GO (1.234).
Voto facultativo
No Brasil, o voto é facultativo para os jovens de 16 e 17 anos, para as pessoas acima dos 70 anos e para os analfabetos. Nas eleições deste ano, 2.116.781 de jovens anos poderão votar. Em 2018, essa faixa etária alcançou 1.400.617. Esse número corresponde aos eleitores com 16 e 17 anos que terão essa idade no dia 2 de outubro, data do primeiro turno do pleito.
Em relação a 2018 houve um crescimento de 51,13% nessa faixa etária do eleitorado, fruto principalmente das ações promovidas pela Justiça Eleitoral durante a Semana do Jovem Eleitor. Somente nos quatro primeiros meses de 2022 o Brasil ganhou mais de dois milhões de novos eleitores jovens.
Por outro lado, o eleitorado acima de 70 anos também cresceu. O salto foi de 23,82%, indo de 12.028.608 em 2018 para 14.893.281 de idosos em 2022. Esse número representa 9,52% de todo o eleitorado apto a votar no dia 2 de outubro.
Biometria
Três em cada quatro eleitores já fizeram a identificação biométrica na Justiça Eleitoral. Ao todo, 118.151.926 serão identificados por meio das impressões digitais, o que corresponde a 75,51% do total. Outros 38.320.884 de brasileiros, ou 24,48%, ainda estão sem biometria.
Em relação aos anos anteriores o quantitativo subiu consideravelmente. Em 2018 eram 59,31% do eleitorado com a biometria completa, ante apenas 16,7% em 2014. Já no que diz respeito aos 5.570 municípios brasileiros, em 2022 são 4.510 cidades com biometria, um total de 80,97%. Há ainda 998 municípios híbridos (17,92%) e outros 62 sem biometria (1,11%). Dezoito estados brasileiros contam com a biometria em todos os municípios.
Escolaridade
Quanto ao grau de instrução, os dados do Cadastro Eleitoral mostram uma mudança importante em relação a 2018: a maior parcela do eleitorado se concentra entre aqueles que declararam possuir o ensino médio completo. São 41.161.552, o equivalente a 26,31% do total. Nas eleições anteriores, em 2018 e 2014, a principal faixa do eleitorado era aquela composta por pessoas com o ensino fundamental incompleto.
Neste ano, as brasileiras e os brasileiros que disseram contar apenas com o ensino fundamental incompleto alcançaram a marca de 35.930.401, correspondente a 22,97% de todo o eleitorado. Na sequência, 26.049.309 de eleitores afirmaram ter o ensino médio incompleto (16,65%) e outros 17.127.128 declararam ter o ensino superior completo (10,95%).
Eleitorado com deficiência
Para as Eleições 2022, 1.271.381 de eleitoras e eleitores declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, um crescimento de 331.466 pessoas em relação a 2018, quando 939.915 pessoas afirmaram estar nessas condições, um aumento de 35,27%.
Na divisão por gênero, são 642.441 mulheres e 628.827 homens que disseram precisar de atendimento ou condições especiais para votar, além de outras 113 pessoas sem informação de gênero. Esses eleitores, que correspondem a 0,81% do total apto a votar em outubro, podem, inclusive, exercer o voto em seções adaptadas pela Justiça Eleitoral para atendimento das necessidades apresentadas.
De acordo com o Calendário Eleitoral, o eleitor nessa situação tem até o dia 18 de agosto para solicitar transferência para uma seção com acesso facilitado.
Mais informações sobre o perfil do eleitorado em 2022 podem ser obtidas na página de Estatísticas do TSE.
JM/CM, DM
sexta-feira, 15 de julho de 2022
Humilhação: brasileiros vão ao mercado comprar sobras de alimentos
Produtos como feijão quebrado, “pontas de frios”, soro de leite e carcaça e pele de frango se tornam comuns nos supermercados;
O absurdo preço dos alimentos tem roubado a dignidade dos brasileiros na hora de se alimentar. Matéria publicada nesta quarta-feira (13) pela Folha de S. Paulo mostra que, diante da incapacidade das pessoas de comprar produtos como leite, frios, feijão e frango, supermercados estão vendendo alternativas com menor valor nutricional ou até mesmo sobras.
No Capão Redondo, zona sul de São Paulo, por exemplo, um mercado está vendendo o “feijão fora do tipo”, composto por 70% de grãos inteiros e 30% de grãos partidos. E, mesmo assim, o produto sai caro: R$ 8,48 o quilo, apenas R$ 1,50 a menos que o pacote tradicional. Na mesma loja, bandejas com “pontas de frios”, ou seja, pedaços de restos de queijo, são oferecidas na promoção.
Colocar à venda restos de comida, que geralmente iam para o lixo, tem se tornado cada vez mais comum. “Aqui perto de casa que já conhecem a gente, pegamos restos de carcaça, de frango, de gordura, quando dão, mas tá muito difícil de dar também, porque agora tudo eles colocam para vender”, contou à Folha Josefa da Silva, moradora de Osasco.
O que ela diz pode ser facilmente comprovado nas prateleiras dos supermercados, onde se tornou comum ver carcaça e pele de frango à venda. Assim, até esses produtos ficam inacessíveis para muitos trabalhadores. “Para te falar a verdade, nem carcaça tô podendo comprar, porque não tá sobrando nem para isso”, disse Ionara Jesus, moradora da cidade de São Paulo.
Foto: Cleberson Santos/Agência Mural
Soro de leite
Cada vez mais caro, o leite é outro produto que tem sido substituído por uma alternativa nem um pouco adequada. Em Guarulhos (SP), onde o litro já chega a R$ 10, um supermercado tem oferecido o soro de leite, que nada mais é que a sobra do leite utilizado na produção de queijos e sai por R$ 7.
Especialistas explicam que, além de o gosto não ser o mesmo, o valor nutricional também é alterado. “Como o soro de leite é um subproduto, em comparação com o leite ele acaba tendo menos proteína, menos gorduras totais e menos cálcio”, explicou ao jornal a nutricionista Ana Cláudia Mazzonetto.
Em entrevista recente ao site do PT, o deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP) alertou que a falta de leite na casa das famílias brasileiras deve gerar uma onda de desnutrição no país.
Já especialistas ouvidos pela Folha alertam que a substituição de produtos tradicionais por alternativas menos saudáveis trará também obesidade, hipertensão, diabetes mellitus e dislipidemia em maior porcentagem.
Fonte: http://ptnacamara.org.br/site/humilhacao-brasileiros-vao-ao-mercado-comprar-sobras-de-alimentos/
quinta-feira, 14 de julho de 2022
97% da população economicamente ativa devem R$ 1 trilhão
Mais 500 mil pessoas não conseguiram pagar dívidas entre abril e maio, somando 66,6 milhões de CPFs negativados. Brasileiros devem R$ 1 trilhão em contas vencidas;
A tragédia socioeconômica fomentada por Jair Bolsonaro e seu ministro-banqueiro Paulo Guedes desde 2019 levou cidadãos e famílias ao maior patamar de endividamento já registrado no país. Apenas em contas vencidas, 93,5 milhões de brasileiros e brasileiras, ou 97% da população economicamente ativa, deviam em abril R$ 1 trilhão, incluídos juros e mora. E a situação só deverá atingir o ponto crítico em 2023.
Os números foram compilados pela holding MGC, especializada em recuperação de crédito, para o jornal Valor Econômico. O levantamento combina dados da Serasa Experian, que consideram apenas dívidas vencidas em até cinco anos. Em torno de 27,5 milhões de CPFs já registram atrasos acima desse teto e estão fora das estimativas.
O sócio-diretor da MGC, Eduardo Martins, disse ao jornal que 2022 já bateu o recorde de volume de carteiras (de dívidas inadimplentes) negociadas no mercado. “Em apenas meio ano, já passamos do volume inteiro de 2021”, surpreende-se. O segundo semestre, avalia o especialista, tende a manter o ritmo de crescimento, com “a chegada ao mercado de carteiras (de crédito com atraso) muitos grandes”.
De fato, o levantamento divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Serasa revela que o recorde batido em abril – 66,1 milhões de CPFs negativados – já foi superado em maio, com mais 500 mil CPFs no triste rol da inadimplência em apenas um mês. Agora, são 66,6 milhões de pessoas, ou 31% da população, na “lista suja” do Serasa, fato inédito desde o início da série histórica, em 2016.
Na comparação com maio de 2021, são quatro milhões de pessoas a mais com o nome sujo no último ano do desgoverno Bolsonaro. Desde janeiro, o número de negativados aumentou em 1,8 milhão de pessoas.
“O número nunca tinha passado dos 66 milhões e ocorreu pela primeira vez em abril”, comenta o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Ele diz que o ciclo de inadimplência se acentuou a partir do início do quarto trimestre de 2021, quando a inflação passou ao patamar de dois dígitos.
“A inflação reduz a capacidade de pagamento e isso faz com que pessoas que estavam pagando normalmente não consigam mais”, ressalta Rabi, já projetando novos recordes nos próximos meses. “A combinação de inflação e juros altos está provocando um ciclo de aumento da inadimplência que não se encerrou”, destaca o economista. Essa elevação, avalia, “vai continuar ao longo do próximo trimestre ou até o fim do ano”.
Pico da inadimplência pode ocorrer só em 2023
Michel Viriato, professor de Finanças do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), concorda com a avaliação do economista. Segundo ele, “o pico da inadimplência ainda não chegou”. Ele explica que o auge dos atrasos em pagamentos de dívidas costuma ocorrer no “vale” do crescimento, quando a economia atinge o ponto mais fraco.
“Temos uma economia ainda em crescimento no segundo semestre e uma melhora de curto prazo, porque o governo despejará muito dinheiro na economia por meio da PEC que vai bonificar algumas classes”, enumera Viriato. “A gente talvez visse o vale do crescimento em meados deste ano, mas provavelmente vai ficar para o próximo.”
Quando o vale chegar, diz o professor, “é bem provável que tenhamos um pico de inadimplência maior do que na recessão anterior”. A pressão da alta de juros, prevê, deve continuar, com o Banco Central (BC) mantendo os juros em dois dígitos até o fim de 2023. “Vamos ver a inflação cair nos próximos meses como reflexo da redução do ICMS (sobre combustíveis), mas o BC terá de manter a Selic elevada por mais tempo, porque estamos empurrando inflação para o ano que vem”, conclui.
Puxado por preços mais altos da alimentação fora de casa e dos planos de saúde, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,67% em junho. O resultado mostra uma aceleração do índice oficial de inflação do país, pois o avanço foi menos intenso em maio (0,47%). A variação de 0,67% é a maior para junho desde 2018, quando o índice subiu 1,26%, influenciado pela greve dos caminhoneiros.
Para alegadamente combater a alta dos preços, o Conselho de Política Monetária (Copom) do BC promove desde o início de 2021 uma série de aumentos na taxa básica de juros (Selic), que saiu da mínima histórica de 2% ao ano para os atuais 13,25%. Ao aumento do custo do dinheiro se soma a taxa de desemprego, também de dois dígitos, e rendimentos cada vez mais baixos.
O economista da Serasa avalia que a crise atual não tem raízes no superendividamento, mas nessa combinação de perda de poder aquisitivo e encarecimento do crédito. “No início da pandemia, os estímulos ajudaram a fazer com que o número de inadimplentes caísse 2,4 milhões entre janeiro e dezembro de 2020,” afirma. “O auxílio emergencial e os juros historicamente baixos, que facilitaram renegociações, fizeram a diferença.”
Mas quando a inflação superou os dois dígitos, em outubro de 2021, o pêndulo se inverteu. “E não foi por superendividamento. Não estamos vivendo uma expansão frenética do crédito”, ressalta Rabi. “É uma questão de perda do poder aquisitivo, além de encarecimento e restrição do crédito, com as instituições sendo muito mais cautelosas na concessão.”
Da Redação da Agência PT, com informações do Valor Econômico
Mulheres ocupam Congresso para denunciar crescimento da misoginia e violência de gênero na era Bolsonaro
Foto: Richard Silva/ PCdoB na Câmara
Deputada Erika Kokay. Foto: Lula Marques
Dezenas de mulheres representantes de várias entidades e movimentos feministas de todo o País participaram na tarde desta quarta-feira (13), na Câmara dos Deputados, do “Ocupa Congresso pela Vida das Mulheres e Meninas”. Durante um Ato Público e uma plenária nas dependências da Casa Legislativa, mulheres proferiram palavras de ordem e discursaram contra a misoginia e a violência de gênero estimulada por palavras e atos do governo Bolsonaro. A mobilização foi uma iniciativa da Frente Parlamentar Feminista Antirracista – com a participação de mais de 50 organizações de 13 estados – da Liderança da Minoria na Câmara e apoiada por várias deputadas da Oposição, entre elas Erika Kokay (PT-DF) e Maria do Rosário (PT-RS).
Deputada Maria do Rosário. Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados
Durante o Ato Público no Hall da Taquigrafia da Câmara, local de grande movimento por ligar os gabinetes parlamentares e as comissões temáticas ao plenário da Câmara, representantes de entidades e movimentos feministas ocuparam o espaço para apresentar as demandas do movimento. Entre os principais pontos estavam o combate a criminalização do aborto e o aumento da violência contra as mulheres e meninas, além de críticas a ausência de políticas públicas de educação sexual.
Durante o Ato, foram relembrados casos recentes de violência de gênero cometidas por agentes do Estado. Em um deles, uma juíza e uma promotora de Santa Catarina tentaram impedir que uma menina de 11 anos, vítima de estupro que descobriu estar com 22 semanas de gestação após ser encaminhada a um hospital, pudesse realizar o aborto legal previsto em lei em casos de violência sexual. Foi lembrado ainda outro caso recente de um médico anestesista que estuprou na sala de cirurgia de um hospital uma mulher que acabara de realizar uma cesariana.
“Ele Não”
Integrante da coordenação colegiada da Frente Parlamentar Feminista Antirracista com Participação Popular, a deputada Erika Kokay, lembrou que os casos de violência e de desrespeito aos direitos das mulheres vem aumentando desde que Bolsonaro assumiu o poder, fruto do seu discurso cotidiano recheado de misoginia, machismo e de nenhuma empatia com o sofrimento que as mulheres passam atualmente no Brasil.
“Estamos todas nós dizendo “Ele Não” (ao se referir à campanha de 2018 das mulheres contra Bolsonaro) todas as vezes em que uma de nós é atacada em seus direitos ou estuprada. Nós dizemos “Ele Não”, quando declaramos que nós mulheres vamos derrotar esse que estufa o peito vestido com a faixa presidencial para proferir misoginia e fascismo. Queremos dizer a esse governo que nossos corpos nos pertencem e que eles não têm direito de decidir sobre eles. Chega desse atual salvo conduto para a lógica sexista, inclusive do presidente da República”, apontou.
Bolsonaro é réu
Em relação ao caso da menina de 11 anos estuprada em Santa Catarina, grupos bolsonaristas realizaram uma grande movimentação em defesa da juíza e da promotora que tentaram impedir o aborto legal previsto em lei em casos de estupro desde 1940.
Já sobre o caso de estupro no hospital de uma mulher sedada que acabara de passar por uma cesárea, a deputada Maria do Rosário lembrou que o próprio Jair Bolsonaro é réu no STF pelo delito de incitação ao crime de estupro e injúria contra ela em uma declaração quando ainda era deputado federal. Em 2014, Bolsonaro disse na tribuna da Câmara que “não estuprava” a petista porque “ela não merecia”.
“Esses ataques misóginos do Bolsonaro é contra todas nós, e também contra a democracia e nosso viver. Esse tipo de discurso chega às raias do absurdo quando grupos bolsonaristas tentam atacar a decisão de uma criança de 11 anos, que ainda nem tem um corpo formado para a gestação, como se ela fosse uma criminosa (por querer realizar o aborto). Fomos nós mulheres nesse Parlamento que fizemos a lei protegendo a vida e lutamos para enquadrar o estupro como crime hediondo, e Bolsonaro terá que responder por fazer apologia a esse crime e pela prática de tantos outros quando sair da presidência da República”, afirmou.
Também participaram do Ato Público parlamentares mulheres do PCdoB, PSOL e Rede.
Plenária
Durante reunião plenária realizada na tarde desta quarta-feira (13), militantes e dirigentes de dezenas de entidades e movimentos feministas debateram os atuais problemas que afligem as mulheres brasileiras, como o aumento da violência e a ausência de políticas públicas de gênero no País.
Héber Carvalho
Parabéns meu primo João Batista Brandão
por Jacinto Pereira
Hoje fui abraçar e parabenizar o meu primo João Batista Brandão pelos seus 79 anos bem vividos. João é filho de meu tio e padrinho Manoel Raimundo Brandão e minha madrinha Isaura Ferreira Brandão, que ainda está viva e já comemorou 104 anos de vida dedicada à felicidade de sua sua família. Parabéns meu primo e amigo, espero que você ultrapasse sua ditosa mãe em idade, com muita saúde, e com milhões de alegrias familiares, paz, harmonia e sempre abençoado pelo nosso Criador.
João e Eu
No Brasil de Guedes e Bolsonaro, a inadimplência castiga os mais velhos
Foto: Roberval Rocha / Site do PT
O tsunami de endividamento gerado por Jair Bolsonaro e seu ministro-banqueiro Paulo Guedes fez 751.745 mil pessoas com mais de 60 anos – boa parte, pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – tornarem-se inadimplentes entre 2021 e 2022. Dados do Serasa de abril deste ano revelam que o atual patamar recorde de inadimplência, se atingiu todas as faixas etárias, entre devedores com mais de 60 anos cresceu 7% em 12 meses.
Antes 10,7 milhões, agora são 11,4 milhões o número de pessoas com mais de 60 anos entre os 66,1 milhões de endividados registrados pelo Serasa em abril, recorde da série histórica iniciada em 2016. Antes, o pico do endividamento havia sido atingido em abril de 2020, com 65,9 milhões de devedores.
À Folha de São Paulo, o economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi, afirma que a inflação de Bolsonaro/Guedes e a consequente alta dos juros estão na origem desse fenômeno. “Basicamente é a inflação o principal fator. Foi justamente quando a inflação superou os 10% que a inadimplência começou a subir, em outubro de 2021”, explica.
“Inflação de dois dígitos você não consegue acompanhar, os salários não acompanham, o reajuste previdenciário também”, prossegue Rabi. “A inflação está correndo na frente do reajuste, que tem como base os 12 meses anteriores. Também depende muito da cesta de consumo, e o pessoal mais idoso tem remédio, plano de saúde”, enumera.
O economista afirma ainda que as seguidas altas da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central (BC) impulsionam a inadimplência porque encarecem as dívidas. “Hoje o brasileiro deve, em média, para quatro diferentes instituições. Precisa renegociar, pleitear desconto, ampliar o número das parcelas que caibam no bolso”, ensina Rabi.
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Entre o dia 25 de abril, quando começou a ser liberado o adiantamento da primeira parcela do 13º salário para aposentados e pensionistas, e 12 de maio, mais de 37 mil pessoas em todo o país com mais de 60 anos fecharam acordos de dívidas, informa a plataforma Serasa Limpa Nome.
Nove em dez pessoas com mais de 60 contribuem para o sustento dos lares
Outra pesquisa, feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, mostra que 91% dos brasileiros com mais de 60 anos contribuem financeiramente para o sustento da casa. Os dados mostram que 52% deles são os principais responsáveis pelas contas atualmente, um aumento de 9 pontos percentuais em relação a 2018.
O levantamento também revela que 46% dos idosos exercem alguma atividade profissional, um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2018. Em média, esses idosos pretendem trabalhar até os 74 anos. A pesquisa mostra que 35% desses idosos atuam como autônomos ou profissionais liberais, enquanto 19% trabalham de maneira informal (sobretudo nas classes C, D e E) e 15% são servidores públicos.
Ainda conforme a pesquisa, metade (50%) dos entrevistados relatou que tem pelo menos um desempregado em sua casa. E a maioria (63%) afirmou que conhece alguém que perdeu o emprego ou fechou o negócio na pandemia. “Há muitos casos em que a renda do aposentado é a única maneira para sustentar o lar de uma família que perdeu emprego, principalmente nesse momento de crise e de aumento do desemprego”, diz o presidente da CNDL, José César da Costa.
Além de sustentar suas famílias, a renda dos aposentados é determinante na vida econômica da maioria dos pequenos municípios brasileiros. Neles, os benefícios urbanos e rurais pagos pelo INSS são responsáveis por receitas maiores do que a arrecadação com impostos como ISS e IPTU e repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Dados levantados pela assessoria legislativa da Bancada do PT na Câmara em 2019 revelaram que os benefícios exercem influência direta no consumo das famílias. Isso gera impacto na arrecadação, nas economias locais e nos serviços públicos municipais, especialmente das pequenas cidades.
Conforme o estudo, baseado em dados do Tesouro Nacional, do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro e do INSS, os benefícios da Previdência rural são maiores do que a soma de ISS e IPTU em 88% dos municípios do país, equivalem a 129% do FPM e a cerca de 100% da soma do ISS com o IPTU. Também são maiores do que o FPM em 49% dos municípios do país.
Os benefícios pagos pelo INSS aos trabalhadores urbanos e rurais e também os assistenciais, como auxílio-doença, são maiores do que a soma do IPTU, ISS e FPM em 74% dos municípios. Mesmo se contabilizados apenas os benefícios assistenciais, os valores pagos pelo INSS são superiores à soma do IPTU e do ISS em todos os estados do Norte e Nordeste. Já o BPC é maior que a soma do ISS e IPTU em 72% dos municípios.
Bancada do PT é contra MP que aumenta limite do consignado
Na última quarta-feira (29), a bancada do PT na Câmara se posicionou contrariamente à Medida Provisória (MP) 1106/22, que aumenta o limite de crédito consignado para a maioria dos assalariados brasileiros e estende a modalidade de empréstimo a quem recebe BPC, Renda Mensal Vitalícia (RMC) e Auxílio Brasil.
O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (MG), liberou o voto da Minoria, mas criticou a proposta do desgoverno Bolsonaro. “Isso é uma vergonha. Essa é uma verdadeira contabilidade criativa que este governo quer fazer no estado de emergência eleitoral em que se encontra Bolsonaro”, afirmou.
“O sistema financeiro, que já chegou ao teto da classe média, agora se lança sobre os mais pobres, provocando um excessivo endividamento das famílias”, denunciou o deputado Merlong Solano (PT-PI). “O nosso partido é contra a transferência de recursos de programas sociais para o sistema financeiro, como acontece com a inclusão do BPC e do auxílio emergencial dentro do crédito consignado.”
O texto, que ainda precisa ser apreciado pelo Senado, amplia de 35% para 40% a margem consignável dos empregados celetistas, servidores públicos ativos e inativos, pensionistas, militares e empregados públicos.
A MP segue para o Senado e tem que ser votada até o próximo dia 15. Especialistas afirmam que a medida aumenta o risco de endividamento na parcela mais pobre da população. Hoje, 4.781.868 pessoas recebem o BPC. Desse total, 2.607.440 são pessoas portadoras de deficiência, e 2.174.428 são idosas.
“O risco de endividamento é muito grande, mas temos que considerar que na situação de miséria de grande parte do povo, toda e qualquer facilidade de empréstimo é visto com simpatia. Assim como toda a ajuda financeira que ajude a combater a fome e a miséria”, pontua o senador Paulo Paim (PT-RS).
Paim é autor do Projeto de Lei PL 3.657, de 2020, que estabelece o 14º salário para aposentados e pensionistas do INSS. “O 14º salário representa dinheiro novo para o comércio local. Gera emprego e renda, recolhe imposto e melhora a qualidade de vida.”
O projeto já avançou em duas comissões da Câmara — a de Seguridade Social e a de Finanças e Tributação — e agora está na de Constituição e Justiça (CCJ). Caso seja aprovada no colegiado, o projeto segue direto ao Senado, porque a tramitação tem caráter conclusivo.
PTNacional, com informações de agências
quarta-feira, 13 de julho de 2022
Bolsocaro: mercados vendem 'feijão partido', restos de frios e carcaça e pele de frango
No Brasil de Bolsonaro, nem mesmo o leite está garantido. Famílias têm trocado o item por soro de leite e misturas condensadas
13 de julho de 2022, 07:26 h Atualizado em 13 de julho de 2022, 09:55
(Foto: Reprodução/Twitter/@flaviocostaf)
247 - Com inflação alta e brasileiros perdendo renda, retrato fiel do que é o governo Jair Bolsonaro (PL), supermercados nas periferias de São Paulo estão vendendo produtos que antes nem eram comercializados, como carcaça e pele de frango, relata a Folha de S. Paulo.
No Capão Redondo, por exemplo, é vendido ao lado do feijão comum o chamado "feijão fora do tipo". Este é composto por 70% de grãos inteiros e 30% de feijão bandinha [partido], de acordo com o site da marca Solito Alimentos. A venda do produto é autorizada desde que esteja identificado, "cumprindo as exigências de marcação e rotulagem". O "feijão fora do tipo" custa R$ 8,48, enquanto o carioca tradicional é vendido a R$ 9,98.
Também estão sendo comercializadas pontas de frios, pedaços de restos de queijo, com preços promocionais. No Grajaú, mercados e açougues comercializam carcaça e pele de frango, embaladas em sacos plásticos e bandejas.
No Brasil de Bolsonaro, os cidadãos não conseguem nem mesmo consumir leite, vendido a R$ 8 ou R$ 10. Soro de leite e misturas condensadas têm sido usadas como substitutas. "A qualidade não é a mesma, e honestamente não gosto de consumi-los, porém necessito levar algum leite para casa", diz uma consumidora. "Troco os produtos senão não dá para comprar. Diariamente os valores aumentam nos supermercados. É impossível manter a mesma qualidade de vida com a situação atual", afirma a assistente administrativa Patrícia Ribeiro, 38.
Evite as agressões do pessoal do ódio
Leia as recomendações que o PT encaminhou a apoiadores
1 - Não aceite provocação de bolsonaristas infiltrados;
2 - Não discuta nem agrida nenhum provocador. Ações heróicas podem causar riscos desnecessários à você e ao teu coletivo de militantes;
3 - Se achar alguém suspeito que pareça ser uma ameaça, avise à equipe de segurança;
4 - Preencha a lista de presença no link;
5 - Tire fotos e grave situação de ameaça;
6 - Ande em grupos até parada de ônibus e rodoviária;
7 - Evite se expor a situação de risco. É bom ter uma camiseta não militante debaixo da vermelha caso precise andar só no trajeto para casa em locais públicos
domingo, 10 de julho de 2022
É disso que o Mito e seus seguidores querem para a sociedade brasileira
Bolsonarista invade festa de guarda municipal de esquerda e o assassina
Assassinado, Marcelo Arruda era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR). O bolsonarista que o assassinou também foi morto
10 de julho de 2022, 10:07 h Atualizado em 10 de julho de 2022, 10:28
(Foto: Reprodução)
247 - O guarda municipal Marcelo Arruda morreu na madrugada deste domingo (10) em sua festa de 50 anos de idade, em Foz do Iguaçu (PR), após levar três tiros do bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, da Polícia Penal Federal (PPH). Arruda havia sido candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT em 2020. Era tesoureiro do partido em Foz.
De acordo com a Revista Fórum, o bolsonarista parou seu carro próximo de onde acontecia a comemoração, aos gritos de “é Bolsonaro, seus filhos da puta". Depois Arruda foi até seu carro e pegou seu revólver funcional, afirmando a uma pessoa da festa, "vai que esse maluco volta mesmo, eu não vou ficar desprevenido". O bolsonarista assassino voltou e invadiu o local de arma em punho. Os dois morreram.
"Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma", afirmou a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
Nosso companheiro e amigo Marcelo Arruda, guarda municipal em Foz do Iguaçu, foi assassinado ontem em sua festa de 50 anos. Um policial penal, bolsonarista, tentou invadir a festa c/arma. Trocaram tiros. Ambos morreram.
Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma pic.twitter.com/Ixj5ZXn6UsNosso companheiro e amigo Marcelo Arruda, guarda municipal em Foz do Iguaçu, foi assassinado ontem em sua festa de 50 anos. Um policial penal, bolsonarista, tentou invadir a festa c/arma. Trocaram tiros. Ambos morreram. Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma
sexta-feira, 8 de julho de 2022
Carro de juiz atacado, atentado no Rio, em Minas e na Folha: violência bolsonarista avança a meses das eleições
Ações violentas ocorrem em um curto espaço de tempo e apontam para o aumento da violência às vésperas do pleito de outubro
8 de julho de 2022, 10:36 h Atualizado em 8 de julho de 2022, 10:50
Bolsonaro e atentados (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Reprodução)
Por Laís Gouveia , 247 - Com Jair Bolsonaro (PL) em segundo lugar nas pesquisas e com indícios de que o ex-presidente Lula (PT) poderá ganhar já no primeiro turno das eleições, extremistas aumentam o tom da violência contra os órgãos democráticos brasileiros, seguindo a cartilha pregada pelo chefe do Executivo brasileiro, que recorrentemente dá demonstrações de que não respeitará o resultado das urnas, inclusive colocando em xeque a segurança e a credibilidade destas.
Abaixo, listamos alguns dos atentandos promovidos por extremistas em um curto espaço de tempo:
Atentando à Folha de S. Paulo
A janela da sede do jornal Folha de S. Paulo foi atingida por um tiro na noite da última quarta-feira (6). O edifício fica na região central de São Paulo. A informação foi confirmada pelo próprio jornal.
Agora, o caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo. Policiais do 77º Distrito Policial, de Santa Cecília, foram ao local nesta quinta-feira (7). Um projétil foi encontrado nas imediações da sede do periódico.
Segundo a Folha, por volta das 22h30 de quarta, um projétil atingiu e perfurou uma janela da redação, que fica no quarto andar do prédio. Jornalistas estavam no local e ouviram um barulho. Ninguém foi atingido.
Atentado em Minas
O agropecuarista Rodrigo Luiz Parreira, apontado como um dos autores do ataque com drone a um ato que teria a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi preso no sábado (2) a pedido do MPF (Ministério Público Federal), que investiga o caso.
A prisão ocorreu não diretamente por causa do uso do drone, mas pela aquisição irregular de armas de fogo identificada pelo MPF. Rodrigo está no Presídio Uberlândia 1, segundo a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).
O agropecuarista já tem condenação por estelionato em Minas Gerais e por roubo em Goiás.
Atentado no Rio
O homem que lançou fogos de artifício em ato na Cinelândia na noite desta quinta-feira (7), região central do Rio, com a presença de Lula, tentou fugir dos policiais, mas foi encurralado pelos agentes, informou a corporação.
Dois artefatos foram atirados contra a plateia que acompanhava o ato do pré-candidato.
Informações iniciais davam conta que dois estrondos foram ouvidos no meio da multidão, que foi atingida por duas garrafas pets. Em seguida, um mau cheiro tomou conta do local.
Atentado contra juiz
Responsável pela ordem de prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara da Justiça Federal em Brasília, foi alvo nesta quinta-feira (7) de um ataque enquanto dirigia, logo após deixar sua residência na capital federal. No início da tarde, o carro foi atingido por fezes de animais, ovos e terra. As informações são do portal G1.
O juiz não se feriu. Ele teve a visão prejudicada no momento do ataque porque parte do vidro dianteiro ficou manchado. Mas conseguiu controlar o carro.
Renato Borelli autorizou a operação da Polícia Federal que no último dia 22 prendeu o ex-ministro da Educação e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, suspeitos de cobrar propina para liberação de verbas públicas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, mesmo sem cargos no ministério.
Estou realmente preocupado
Não consigo esquecer que uma parcela enorme da população brasileira está sofrendo muito, porquê a parte mais sensível do corpo humano, que é o "Bolso", está com um vazio permanente
quinta-feira, 7 de julho de 2022
Bolsonaro é o responsável pelo aumento da fome no Brasil; 61 milhões não têm o que comer
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Deputado Vicentinho. Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Sessenta e um milhões de pessoas neste Brasil não sabem o que ou se vão comer amanhã. A frase foi pronunciada com indignação pelo deputado Vicentinho (PT-SP), nesta quarta-feira (6), na tribuna da Câmara. Ele citou dados do relatório do Mapa da Fome, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado hoje. “O Brasil voltou ao Mapa da Fome. Olha que coisa grave num País que é celeiro do mundo, que produz alimento para o mundo, o País do agronegócio, que exporta commodities, exporta alimento com seu povo passando fome. Esse é o nosso Brasil”, lamentou.
A pesquisa da ONU mostra que o número de brasileiros que lidou com algum tipo de insegurança alimentar foi de 61,3 milhões – praticamente três em cada dez habitantes do País, que tem uma população estimada em 213,3 milhões. Desse total, 15,4 milhões enfrentaram uma insegurança alimentar grave. O relatório revela ainda que o número de pessoas afetadas pela fome em todo o mundo subiu para 828 milhões em 2021, uma alta de cerca de 46 milhões desde 2020 e 150 milhões desde o início da pandemia de Covid-19.
Vicentinho disse que foi à capital paulista, recentemente, e contatou em conversas com entidades sociais que há 35 mil pessoas morando nas ruas de São Paulo. “O Brasil é o País em que os trabalhadores constroem casas mas moram em favela, produzem alimentos mas passam fome, geram riquezas, mas estão na miséria. Não é culpa de Deus. O criminoso governo Bolsonaro é de um homem, de um presidente sem nenhum tipo de compaixão, vide o episódio que vai ficar para a história, lamentavelmente, do combate à pandemia da Covid-19”, frisou.
Como exemplo da crueldade do governo Bolsonaro, Vicentinho ainda citou os projetos aprovados pela base do governo para retirar direitos da classe trabalhadora, “empobrecendo o nosso povo, descartando o trabalhador, homem e mulher”.
Então, afirmou Vicentinho, “não é culpa de Deus o que está acontecendo neste País. O responsável é Bolsonaro e o seu grupo”, afirmou. Ele acrescentou que a Câmara tem responsabilidade, e precisa agir para melhorar a situação dessas pessoas que estão passando fome. “São 61 milhões de pessoas e nós não vamos nos comportar, nem ficar quietos diante desse projeto eleitoreiro apresentado pelo governo Bolsonaro, através da PEC 1, do Estado de emergência, que permite ao governo ampliar benefícios sociais que não seriam autorizados em ano eleitoral. Temos que ter políticas sociais profundas”, defendeu.
Brasil no Mapa da Fome
Deputado Padre João. Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados
O deputado Padre João (PT-MG) também usou a tribuna para falar do relatório do Mapa da Fome, divulgado pela FAO. “É muito triste ver que o Brasil volta para o Mapa da Fome. E não é culpa de pandemia, não é culpa de guerra, porque, em 2020, o Brasil já estava ladeira abaixo no desmonte das políticas e dos programas sociais. Na verdade, desde o golpe de 2016 que os trabalhadores, as trabalhadoras, os quilombolas, os indígenas, os vazanteiros, os ribeirinhos, os geraizeiros, os pescadores vêm sofrendo”.
O Brasil, afirmou Padre João, volta para o Mapa da Fome graças ao governo Bolsonaro, “que tira dinheiro das políticas e dos programas para passar para o Centrão e para a sua base de sustentação. Ele despeja dinheiro nos municípios, através da emenda do relator do orçamento, e tira dinheiro das políticas e dos programas construídos pelo povo, construídos pelas conferências municipais, estaduais, e no âmbito federal, seja de saúde, seja da assistência, seja da segurança alimentar”, denunciou.
Então, reiterou Padre João, a culpa da fome no Brasil é do Bolsonaro. “Do presidente covarde, que depois de assinar a sua posse, no dia 1º de janeiro de 2019, assinou ato para destituir o Consea (Conselho de Segurança Alimentar Nutricional Sustentável)”. O deputado citou que ao acabar com o Consea, Bolsonaro desmontou o Sistema de Segurança Alimentar Nutricional (Sisan).
“A culpa é do Bolsonaro, covarde, cruel, que voltou com o Brasil para o Mapa da Fome, porque acabou com o Consea, que era um conselho que tinha mais a cara do povo brasileiro. Agora vem com esses R$ 200 a mais no Auxílio Brasil, de forma desesperada, para tentar levar a eleição para o segundo turno, porque já sabe que vai perder no primeiro turno. Essa é uma tática do golpe que está em curso, ou tentativa de golpe”, denunciou.
O povo não é bobo
Na avaliação do deputado Padre João, o povo não é bobo. Não vai se deixar iludir por mais R$ 200, que tem um prazo de validade até o final das eleições. “Não há nenhuma garantia na Lei de Diretrizes Orçamentárias, nenhuma perspectiva de nós colocarmos esse valor no orçamento para o ano de 2023. Essa é uma proposta válida somente até o final das eleições. Isso é golpe. Mas o povo não é bobo. Quem vai dar um basta nesse desmonte do Estado é o próprio povo”, afirmou.
Dados da ONU
O relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, que engloba o período de 2019 a 2021, divulgado nesta quarta-feira (6) pela Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), revela que somente em 2021, cerca de 828 milhões de pessoas sofreram com a falta de alimentos. De acordo com a organização, os impactos econômicos da pandemia foram fatores que contribuíram fortemente com o cenário.
A publicação da ONU mostra que o número de pessoas que lidou com algum tipo de insegurança alimentar no Brasil foi de 61,3 milhões. Desse total, 15,4 milhões enfrentaram uma insegurança alimentar grave.
Os últimos números da instituição revelam uma piora alarmante da fome no Brasil. Entre 2014 e 2016, a insegurança alimentar atingiu 37,5 milhões de pessoas – 3,9 milhões estavam na condição grave.
Segundo a FAO, as definições para a insegurança alimentar são as seguintes:
Insegurança moderada: as pessoas não tinham certeza sobre a capacidade de conseguir comida e, em algum momento, tiveram de reduzir a qualidade e quantidade de alimentos.
Insegurança grave: as pessoas que ficaram sem comida e passaram fome e chegaram a ficar sem comida por um dia ou mais.
Vânia Rodrigues, com agências
quarta-feira, 6 de julho de 2022
Jornal A FOLHA: PT é o partido preferido por 64% dos brasileiros
Maioria absoluta dos brasileiros sabe que Lula é o pai dos programas sociais
Pesquisa aponta que 55% sabem que é o responsável pelo Bolsa Família, convertido por Jair Bolsonaro em Auxílio Brasil
5 de julho de 2022, 04:55 h Atualizado em 5 de julho de 2022, 05:03
Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
247 – Uma pesquisa publicada chamada "A cara da Democracia", publicada pelo jornal O Globo, revela que 55% dos brasileiros apontam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como responsável pela criação do Bolsa Família. "Quando questionados sobre quem criou o Bolsa Família, 55% dos eleitores afirmam ter sido Lula, seguido por Fernando Henrique (10%), Bolsonaro (4%) e Dilma (2%). Um quarto da população (26%) diz não saber, número que revela um desconhecimento, ou esquecimento, mais acentuado do programa criado por Medida Provisória em 2003", aponta a reportagem.
Ainda que 74% atribuam a Jair Bolsonaro a criação do Auxílio Brasil, que foi o Bolsa Família com nome alterado, a grande maioria sabe que se trata de um programa de Lula, com marca alterada – o que reduz o potencial eleitoral de Jair Bolsonaro. "O Auxílio Brasil é visto pelo governo como um grande desafio de comunicação política para convencer milhões de beneficiários de que o Bolsa Família, após quase duas décadas e fortemente vinculado aos governos do PT, mudou de nome", aponta ainda a reportagem. Segundo a mesma pesquisa, 88% dos entrevistados apoiam o Bolsa Família, e 85%, o Auxílio Brasil.
sábado, 2 de julho de 2022
sexta-feira, 1 de julho de 2022
Dez milhões de pessoas tornaram-se pobres em dois anos de Bolsonaro
A catastrófica condução socioeconômica do desgoverno Bolsonaro fez quase dez milhões de pessoas cruzarem para baixo a linha da pobreza no Brasil entre 2019 e 2021. “Foram 9,6 milhões de pessoas que cruzaram a linha. É quase a população de Portugal”, assusta-se o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Marcelo Neri.
“Os maiores nível e incremento da pobreza na pandemia são robustos. Eles pintam o mapa da pobreza brasileiro em tons mais fortes de tinta fresca”, afirma o pesquisador na apresentação do Mapa da Nova Pobreza. Segundo ele, “a pobreza nunca esteve tão alta no país quanto no ano passado, desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012”.
Divulgado nesta quarta-feira (29), o estudo coordenado por Neri revela que o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021. São 29,6%, ou quase um terço da população total de brasileiros, tentando sobreviver com menos de meio salário mínimo a cada mês.
“A pobreza nunca esteve tão alta no país quanto no ano passado, desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012”, segundo o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Marcelo Neri.
“Demonstramos neste trabalho que 2021 é ponto de máxima pobreza dessas séries anuais para uma variedade de coletas amostrais, conceitos de renda, indicadores e linhas de pobreza testados”, explica o economista. Foram analisados dados de pobreza entre os 146 estratos geográficos nacionais e todas as Unidades da Federação.
A pesquisa avaliou o nível e a evolução espacial da pobreza durante os últimos anos com base em microdados da Pnad Contínua Anual, divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Santa Catarina (10,16%) foi o estado com a menor taxa de pobreza registrada, e o Maranhão (57,90%), com a maior.
“Aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e Baixada Maranhense, com 72,59%. Já a menor está no município de Florianópolis, com 5,7%. Uma relação de 12,7 para um, refletindo a conhecida desigualdade geográfica brasileira”, conclui Neri.
Montanha-russa de ascensão e decadência em três anos
Em meados de junho, a FGV Social publicou outro estudo (A Montanha-Russa da Pobreza), revelando que a mudança da proporção de pobres se acelerou entre 2020 e 2021. De um ano para outro, o salto foi de 42,11%, correspondendo a 7,2 milhões de novos pobres em relação a 2020 e 3,6 milhões de novos pobres em relação ao pré-pandemia.
“Em termos da última fotografia anual da pobreza, 10,8% da população estava abaixo da linha de pobreza de R$ 210 per capita em 2021, ou cerca de 23 milhões de pessoas. Em termos relativos ou absolutos, é o nível mais alto da série histórica”, afirma Neri na apresentação. “Esta linha, embora baixa para suprir necessidades básicas, é usada como critério de elegibilidade a algum benefício pelo Auxílio Brasil.”
Brasil ganha 7,2 milhões de miseráveis em apenas um ano
Neri diz que “os brasileiros mais pobres têm de fato vivido uma montanha-russa nos três últimos anos”. Conforme o pesquisador, a renda mensal dos 10% mais pobres já vinha em queda antes da chegada da covid-19, despencando a menos da metade no início do isolamento social (R$ 114 em novembro de 2019 a R$ 52 em março de 2020).
A renda do grupo foi mais do que quadruplicada até o pico histórico em agosto de 2020 (R$ 215), que Neri considera “a fase mais generosa do Auxílio Emergencial”. Mas daquele pico, o valor desabou novamente, ficando 15,8% abaixo do nível pré-pandemia (R$ 96) em novembro de 2021.
“Este último valor projeta tendência negativa, pois incorpora os valores nominais fixados do novo Auxílio Brasil face o cenário prospectivo de inflação alta, especialmente para baixa renda”, ressalta o pesquisador. “Além de prosperidade e igualdade, estabilidade é um atributo fundamental para o bem estar social. Tal como as duas primeiras, ela se encontra em falta no caso brasileiro”, finaliza.
Golpe e Bolsonaro destruíram conquistas da população
O diretor do FGV Social coordenou um estudo apresentado em 2008 sobre a “nova classe média”. A pesquisa, hoje clássica, abordou a parte da população anteriormente classificada como classe de renda D que, na segunda metade da década de 2000, ascendeu à classe de renda C.
Entre 2003 e 2008, o número de brasileiros estatisticamente considerados como pobres se reduziu em três milhões. Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, mais de 42 milhões de brasileiros ascenderam à nova classe média até 2014.
O consumo dessa classe que finalmente ascendera socialmente injetou anualmente cerca de R$ 1,1 trilhão na economia brasileira, ajudando o país a minimizar os impactos da crise internacional de 2008-2011. Em 2014, com pleno emprego, alta taxa de formalização do trabalho e 92% dos reajustes de data-base superiores à inflação, a classe C brasileira, isoladamente, tornou-se o 18º maior mercado de consumo do mundo.
Classe média perde conquistas garantidas nos governos do PT
Após a reeleição de Dilma Rousseff, a crise promovida pelos derrotados em 2014 fez com que seis milhões de brasileiros deixassem essa faixa de renda entre 2015 e 2018. Em 2014, as pessoas que viviam na pobreza eram 9,8% da população, menor índice da série histórica. Pelos cálculos de Marcelo Neri, mesmo que o Brasil crescesse, em média, 2,5% ao ano, só voltaria a ostentar índices de pobreza semelhantes a 2014 em 2030.
PTNacional, com informações da FGV
Fonte: http://ptnacamara.org.br/site/dez-milhoes-de-pessoas-tornaram-se-pobres-em-dois-anos-de-bolsonaro/