No Brasil de Bolsonaro, nem mesmo o leite está garantido. Famílias têm trocado o item por soro de leite e misturas condensadas
13 de julho de 2022, 07:26 h Atualizado em 13 de julho de 2022, 09:55
(Foto: Reprodução/Twitter/@flaviocostaf)
247 - Com inflação alta e brasileiros perdendo renda, retrato fiel do que é o governo Jair Bolsonaro (PL), supermercados nas periferias de São Paulo estão vendendo produtos que antes nem eram comercializados, como carcaça e pele de frango, relata a Folha de S. Paulo.
No Capão Redondo, por exemplo, é vendido ao lado do feijão comum o chamado "feijão fora do tipo". Este é composto por 70% de grãos inteiros e 30% de feijão bandinha [partido], de acordo com o site da marca Solito Alimentos. A venda do produto é autorizada desde que esteja identificado, "cumprindo as exigências de marcação e rotulagem". O "feijão fora do tipo" custa R$ 8,48, enquanto o carioca tradicional é vendido a R$ 9,98.
Também estão sendo comercializadas pontas de frios, pedaços de restos de queijo, com preços promocionais. No Grajaú, mercados e açougues comercializam carcaça e pele de frango, embaladas em sacos plásticos e bandejas.
No Brasil de Bolsonaro, os cidadãos não conseguem nem mesmo consumir leite, vendido a R$ 8 ou R$ 10. Soro de leite e misturas condensadas têm sido usadas como substitutas. "A qualidade não é a mesma, e honestamente não gosto de consumi-los, porém necessito levar algum leite para casa", diz uma consumidora. "Troco os produtos senão não dá para comprar. Diariamente os valores aumentam nos supermercados. É impossível manter a mesma qualidade de vida com a situação atual", afirma a assistente administrativa Patrícia Ribeiro, 38.
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