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Ato em frente ao quartel militar, no Jardim Guanabara, em Goiânia — Foto: Gustavo Martins/TV Anhanguera
A Polícia Civil de Goiás identificou um domínio na internet como um dos organizadores de atos antidemocráticos que pedem um golpe de Estado das Forças Armadas após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano. O site foi encontrado pelas autoridades em faixas distribuídas com os dizeres “Intervention in Brasil” (intervenção no Brasil, em tradução livre), no acampamento de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) próximo a um quartel militar de Goiânia.
De acordo com a Folha de S.Paulo, os dados foram encaminhadas pela polícia ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no processo que vem tratando dessas manifestações. “Este endereço eletrônico dá acesso a uma página da web, que fornece acessos a grupos em apps [aplicativos] como Telegram, WhatsApp, solicita doações e também fornece informações a respeito das paralisações existentes no país”, diz o documento da Polícia de Goiás.
O mesmo relatório ainda fala que o local dos protestos goianos tem estrutura que conta com banheiros químicos e barracas de suporte que fornecem, de forma gratuita, refeições, águas e refrigerantes. Os acampamentos ainda seriam cobertos por grandes tendas “que servem de abrigo para os voluntários que ali prestam serviços, além dos manifestantes existentes no local”.
“Em tais barracas, haviam cartazes solicitando doações através de Pix, sendo possível levantar informações dos responsáveis pelo recebimento”, disseram as autoridades policiais. O site, identificado com a mensagem S.O.S. Forças Armadas Acampamento Goiás, informa pelo menos 18 canais em que os interessados pode obter dados sobre os movimentos antidemocráticos.
Nos links, são disponibilizados um mapa com o endereço do acampamento de Goiânia, uma petição online para a coleta de assinaturas em favor da intervenção, que pede nome e CPF, e um canal de acompanhamento virtual dos protestos antidemocráticas que bloqueiam vias públicas pelo país. Também existe uma “vaquinha” que busca arrecadar dinheiro para o movimento e um número de pix para doações.
“Ajude intervencionistas na porta do quartel para termos banheiro químico, água, comida, para todos. Ajudaremos também os irmãos caminhoneiros”, diz o apelo.
No material, também foi disponibilizado um vídeo com uma declaração antiga de Bolsonaro, sugerindo que ele apoia as manifestações, além do site da produtora de filmes Brasil Paralelo e o endereço da página oficial do Exército no Instagram.
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