"O problema não é falta de comida, falta de plantar, o problema é que o povo não tem dinheiro para ter acesso à comida", diz o presidente Lula
247 – Em uma cerimônia realizada em Teresina (PI) nesta quinta-feira, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o ambicioso Plano Brasil sem Fome, com o objetivo de eliminar a fome no país através da promoção de acesso a alimentação adequada e saudável, enquanto enfrenta as desigualdades sociais e os impactos das mudanças climáticas nos sistemas alimentares.
Durante o evento, o Presidente Lula destacou que a construção de um Brasil sem fome vai além de garantir o acesso à comida, mas também envolve proporcionar condições de emprego e renda para a população. Ele enfatizou a necessidade de acabar com a fome real no país, garantindo que todos os trabalhadores tenham oportunidades de emprego e salários dignos. Lula questionou por que um país tão rico em recursos como o Brasil tem 33 milhões de pessoas passando fome, ressaltando que o problema não é a falta de comida, mas sim a falta de recursos financeiros para acessá-la.
"A riqueza produzida neste país não é distribuída de maneira equitativa; alguns podem se alimentar várias vezes ao dia, enquanto outros passam dias sem comida. Por isso, tenho uma obsessão em lutar contra a fome, fazer a economia crescer e gerar empregos de qualidade para as pessoas", declarou o Presidente.
O Plano Brasil sem Fome abrange 80 ações e mais de 100 metas, envolvendo 24 ministérios, organizadas em três eixos fundamentais:
Eixo 1: Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania – Neste eixo, serão integradas políticas como o Bolsa Família, a Busca Ativa, a valorização do salário mínimo, a inclusão produtiva e a capacitação profissional, além do Programa Nacional de Alimentação no Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O objetivo é aumentar a renda das famílias para que possam adquirir alimentos e integrar benefícios sociais existentes em estados e municípios.
Eixo 2: Segurança alimentar e nutricional: alimentação saudável da produção ao consumo – Este eixo concentra-se na promoção de alimentação adequada e saudável, englobando o Plano Safra da Agricultura Familiar, segurança alimentar nas cidades, combate ao desperdício, políticas agroecológicas, a Política Nacional de Abastecimento, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a formação de estoques de alimentos.
Eixo 3: Mobilização para o combate à fome – Neste eixo, o Plano prevê o fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), a adesão de estados, municípios e entes federativos, caravanas em todo o Brasil na campanha por um Brasil sem fome e a organização de uma rede de iniciativas da sociedade civil.
Uma das novidades do Plano Brasil sem Fome é a produção de informações municipais sobre o número de pessoas em insegurança alimentar grave, baseada no Cadastro Único, com dados segmentados por faixa etária, sexo, cor/raça e outros fatores de identificação. Além disso, pela primeira vez, serão obtidas estatísticas anuais por meio da aplicação da Escala Brasileira de Segurança Alimentar e Nutricional na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE.
O Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou a abrangência e o planejamento do Plano, enfatizando a colaboração entre ministérios e municípios. "É um plano bem estruturado, discutido com a sociedade. São 24 ministérios e estaremos dia e noite trabalhando integrados com cada município, queremos trabalhar uma pactuação para que possamos planejar cada um dos estados brasileiros, planejar por municípios e planejar 80 metas para todo o Brasil", afirmou.
O Plano Brasil sem Fome representa um compromisso do governo brasileiro em combater a fome, reduzir a desigualdade e promover uma vida digna para todos os cidadãos, alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e buscando um futuro mais justo e próspero para o país.
Fonte: https://www.brasil247.com/poder/brasil-sem-fome-grande-aposta-de-lula-vai-integrar-24-ministerios
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